Enviado: Sex Jul 28, 2006 9:46 am
Timor-Leste
Preventiva para Reinado
http://jn.sapo.pt/2006/07/28/mundo/
O major Alfredo Reinado vai ficar em prisão preventiva, depois de ter sido surpreendido terça-feira, em Díli (Timor-Leste), com armas ilegais.A audição de ontem e anteontem pelo Ministério Público do oficial rebelde que, no início de Maio, abandonou a cadeia de comando das forças armadas timorenses, "correu muito mal", de acordo com uma fonte judicial citada pela Lusa. "Quando lhe foi comunicada a medida de coacção (prisão preventiva) Alfredo Reinado desatou aos insultos e os militares australianos tiveram de ser reforçados para o transportar para a cela", adiantou a mesma fonte.
A prisão preventiva aplicada ao major Alfredo Reinado e a mais 14 dos homens do seu grupo relaciona-se com a posse de um arsenal militar, incluindo designadamente pistolas, milhares de munições, granadas, rádios, armas brancas e farda militares. Todos foram ouvidos pelo Ministério Público por terem violado a disposição legal, em vigor a partir das 14 horas da passada segunda-feira, segundo a qual qualquer timorense que fosse apanhada com armas seria detido.
Ruak disponível
Entretanto, o brigadeiro-general Taur Matan Ruak informou o Ministério Público timorense de que está disponível para declarações no âmbito do processo relacionado com a morte de 10 polícias, após o inquérito militar em curso.
Taur Matan Ruak
Fontes contactadas pela Lusa coincidiram que aquele oficial, comandante das forças armadas de Timor-Leste, recebeu cinco perguntas do Ministério Público no âmbito do processo relacionado com os acontecimentos do passado dia 25 de Maio, em plena crise político-militar, quando militares abriram fogo sobre uma coluna de dezenas de polícias, desarmados, que estavam acompanhados de oficiais e polícias das Nações Unidas.
Na ocasião, 10 polícias morreram e outras 28 pessoas ficaram feridas, entre as quais dois polícias da ONU.
O Ministério Público facultou a Matan Ruak a possibilidade de responder por escrito, tendo este oficial retorquido, por escrito, que está a decorrer um inquérito interno a nível das forças armadas timorenses, e que depois responderá às cinco questões colocadas.