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Enviado: Sex Jul 28, 2006 9:46 am
por Rui Elias Maltez
Timor-Leste
Preventiva para Reinado

http://jn.sapo.pt/2006/07/28/mundo/

O major Alfredo Reinado vai ficar em prisão preventiva, depois de ter sido surpreendido terça-feira, em Díli (Timor-Leste), com armas ilegais.A audição de ontem e anteontem pelo Ministério Público do oficial rebelde que, no início de Maio, abandonou a cadeia de comando das forças armadas timorenses, "correu muito mal", de acordo com uma fonte judicial citada pela Lusa. "Quando lhe foi comunicada a medida de coacção (prisão preventiva) Alfredo Reinado desatou aos insultos e os militares australianos tiveram de ser reforçados para o transportar para a cela", adiantou a mesma fonte.

A prisão preventiva aplicada ao major Alfredo Reinado e a mais 14 dos homens do seu grupo relaciona-se com a posse de um arsenal militar, incluindo designadamente pistolas, milhares de munições, granadas, rádios, armas brancas e farda militares. Todos foram ouvidos pelo Ministério Público por terem violado a disposição legal, em vigor a partir das 14 horas da passada segunda-feira, segundo a qual qualquer timorense que fosse apanhada com armas seria detido.

Ruak disponível

Entretanto, o brigadeiro-general Taur Matan Ruak informou o Ministério Público timorense de que está disponível para declarações no âmbito do processo relacionado com a morte de 10 polícias, após o inquérito militar em curso.

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Taur Matan Ruak

Fontes contactadas pela Lusa coincidiram que aquele oficial, comandante das forças armadas de Timor-Leste, recebeu cinco perguntas do Ministério Público no âmbito do processo relacionado com os acontecimentos do passado dia 25 de Maio, em plena crise político-militar, quando militares abriram fogo sobre uma coluna de dezenas de polícias, desarmados, que estavam acompanhados de oficiais e polícias das Nações Unidas.

Na ocasião, 10 polícias morreram e outras 28 pessoas ficaram feridas, entre as quais dois polícias da ONU.

O Ministério Público facultou a Matan Ruak a possibilidade de responder por escrito, tendo este oficial retorquido, por escrito, que está a decorrer um inquérito interno a nível das forças armadas timorenses, e que depois responderá às cinco questões colocadas.

Enviado: Sex Jul 28, 2006 11:19 am
por Rui Elias Maltez
TIMOR-LESTE
GNR detém 12 apoiantes do major Reinado

Em Timor 12 pessoas foram presas, esta manhã, numa manifestação ilegal em defesa do major Alfredo Reinado, detido por posse ilegal de armas.

( 12:14 / 28 de Julho 06 ) http://www.tsf.pt/online/internacional/

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GNR exibe as armas e muniç~ies apreendidas na casa ocupada por reinado


O capitão Gonçalo Carvalho, comandante da força da GNR em Díli, explicou à TSF que os manifestantes se envolveram em desacatos.

«Um dos grupos que estava a apoiar o major Reinado provocou alguns distúrbios na cidade de Díli, nomeadamente, atacaram um campo de deslocados com pedras e algumas agressões. Uma patrulha da GNR conseguiu interceptar uma das duas viaturas em que seguiam e fez doze detenções», afirmou.

Estes foram os primeiros incidentes desde que o major Alfredo Reinado foi supreendido, na terça-feira passada, na posse de um arsenal militar ilegal, composto por pistolas, milhares de munições, granadas, rádios e fardas.

O major Reinado abandonou, no início de Maio, a cadeia de comando das forças armadas timorenses e encontra-se desde quinta-feira sob o regime de prisão preventiva.

Mais 14 homens do seu grupo ficaram sob esta mesma medida de coacção.

Enviado: Qua Set 13, 2006 8:56 am
por Rui Elias Maltez
Timor-Leste
Ramos Horta ameaça demitir-se

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Primeiro-ministro timorense apela ao fim dos confrontos e da instabilidade


O primeiro-ministro timorense, José Ramos Horta, ameaça demitir-se do cargo caso persista a instabilidade no país.

"Não estou agarrado à cadeira do poder. Eu não procurei o lugar de primeiro-ministro. Aceitei-o perante as responsabilidades que o presidente (Xanana Gusmão) me pediu para assumir, mas assim como aceitei, tão prontamente poderei abandonar o posto de um momento para o outro", garantiu Ramos Horta à agência Lusa.

"Aqueles que fazem politiquices caseiras, sem pensar em consequências, têm depois que assumir as responsabilidades dos seus actos. Aponto o dedo a todos aqueles que em vez de contribuírem para estabilizar, continuam a desestabilizar as instituições do Estado", acrescentou.

O primeiro-ministro timorense falava no final da cerimónia realizada defronte do Palácio do Governo, em Díli, que assinalou a passagem de poder da polícia internacional para as forças policiais enquadradas pelas Nações Unidas, em que se integram os 127 efectivos da GNR estacionados no país.

"É uma salva de aviso. Eu não hesitarei em resignar caso veja que há manobras, de seja quem for, para continuar a desestabilizar o país", sublinhou.

"Ainda é cedo. Há-de chegar a altura em que denunciarei um por um, e o povo fará o seu juízo em relação às pessoas que neste país continuam a querer desestabilizar", adiantou.

José Ramos Horta substituiu Mari Alkatiri em plena crise político-militar, alimentada pelas manifestações anti-governamentais convocadas pela Frente Nacional para a Justiça e Paz (FNJP), coordenada por Alves Tara, um major que em Maio abandonou a cadeia de comando das forças armadas timorenses.

A FNJP realizou, terça-feira, um encontro preparatório para novas manifestações tendentes a pressionar Xanana Gusmão a demitir o governo e a dissolver o parlamento, caso o executivo e os deputados não assegurem reformas no sector da Justiça e não aprovem as leis que regulamentarão as eleições legislativas e presidenciais, previstas para Abril ou Maio de 2007.

http://jn.sapo.pt/2006/09/13/ultimas/

Enviado: Qui Out 12, 2006 12:19 pm
por Rui Elias Maltez
Relatório do International Crisis Group
Xanana e Alkatiri aconselhados a não participar nas eleições de 2007


10.10.2006 - 19h41 PUBLICO.PT , com AP e Lusa

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Xanana Gusmão, Presidente da Rep. Dem. de Timor Leste

Um relatório divulgado hoje aconselha o Presidente timorense, Xanana Gusmão, e o ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri a não participar nas eleições previstas para o próximo ano, alertando para o perigo de uma nova onda de violência no país.

Na sua última avaliação sobre a actual situação em Timor, o International Crisis Group (ICG), sediado em Londres, afirma as divisões internas constituem a principal ameaça às presidenciais e legislativas de 2007, acrescentando que “a garantia mais importante para evitar o regresso da violência passa pelo afastamento voluntário das figuras mais controversas” da política timorense.

Nesse sentido, este grupo de prevenção de crises sublinha que Xanana e o líder da Fretilin “devem pensar o impensável, recusando qualquer papel nas eleições, para que novos líderes possam emergir”.

O “think-thank” lembra que em Maio, em plena crise das forças de segurança, “as intervenções do então primeiro-ministro Mari Alkatiri e do Presidente Xanana Gusmão, que têm visões radicalmente divergentes da via que o país deve seguir e bases de poder antagónicas, pioraram muitas vezes as coisas". Esta luta pelo poder “tornou quase impossível sentar os membros da elite política na mesma sala, definindo sozinhos uma estratégia comum para resolver a crise”, lê-se no relatório de 36 páginas intitulado "Resolver a crise em Timor-Leste".

A última onda de violência foi desencadeada, em Março, pela decisão de Alkatiri de afastar 600 militares (cerca de um terço das Forças Armadas do país) que se tinham rebelado em protesto contra alegadas discriminações étnicas no seio do Exército.

Os protestos dos militares afastados acabaram por degenerar numa onda de violência em Díli, com grupos de jovens rivais a lançarem o caos na capital, levando mais de cem mil pessoas a abandonar as suas casas. A acalmia só regressou à cidade após a chegada de forças estrangeiras (em resposta a um apelo das autoridades timorenses) e a demissão de Mari Alkatiri.

No entanto, o ICG sublinha que as origens desta crise são anteriores à independência de Timor-Leste, radicando nas alianças estabelecidas ainda durante a ocupação indonésia.

"Toda a crise, as suas origens e soluções, anda à volta de dez pessoas", sublinha o relatório, referindo-se a Xanana, Alkatiri, José Ramos Horta, actual primeiro-ministro Rogério Lobato, ex-ministro do Interior, Taur Matan Ruak, comandante das forças de defesa, Lere Annan Timor, chefe de Estado Maior, Roque Rodrigues, ministro da Defesa e Ana Pessoa, ministra da Administração.

"Estes, os fundadores de Timor-Leste, podem ter criado um governo disfuncional mas cada um deles tem um papel a desempenhar para o pôr outra vez a funcionar - nalguns casos, afastando-se", sublinha o documento.

Enviado: Seg Out 16, 2006 9:31 am
por Rui Elias Maltez
TIMOR-LESTE
Violência em Díli fez mais um morto

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A violência na capital de Timor- -Leste fez ontem mais uma vítima, um homem de 50 anos natural do distrito de Viqueque (Leste do país) que foi mortalmente esfaqueado por desconhecidos junto ao campo de deslocados em que vivia, disse fonte militar citada pela agência Lusa.

O incidente ocorreu no mesmo dia em que partiu para o país um contingente de 17 elementos da PSP portuguesa e em vésperas da divulgação de um relatório da ONU sobre os responsáveis pela onda de violência registada em Abril e Maio.

Apesar de o número de acções de violência em Díli ter vindo a diminuir nas últimas semanas, continuam ainda a registar-se casos pontuais de ataques, como o de ontem e o do passado dia 9, quando um jovem de 17 anos morreu esfaqueado num ajuste de contas pelo assassínio de um outro rapaz timorense.

Os ajustes de contas ou os confrontos entre grupos rivais já provocaram, desde Julho, pelo menos 12 mortos na capital timorense, havendo um total de 250 vítimas (entre mortos e feridos). E a crise político-militar iniciada em Abril fez pelo menos cem vítimas mortais, precisou o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, José Luís Guterres, na intervenção que fez na 61.ª sessão da Assembleia Geral da ONU.

Teme-se uma eventual escalada de violência após a divulgação do relatório da Comissão Especial de Inquérito Independente da ONU, que segundo disse o primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, na sua recente visita a Camberra, pode ocorrer hoje. Esta comissão foi criada, em Junho, a pedido do próprio Ramos-Horta, então o chefe da diplomacia timorense.

Com o objectivo de manter a segurança, partiram ontem 17 elementos da PSP para Timor-Leste, que, segundo a Rádio Renascença, tiveram de pagar, à última hora, excesso de bagagem à TAP. Estes são os primeiros de um total de 58 homens da PSP que vão iniciar a missão nos próximos dias. O seu envio foi feito no âmbito da participação de Portugal na força de segurança da ONU - comandada pelo subintendente da PSP Antero Lopes.


http://dn.sapo.pt/2006/10/16/internacional/

Enviado: Seg Out 16, 2006 9:32 am
por Rui Elias Maltez
TIMOR-LESTE
Violência em Díli fez mais um morto

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A violência na capital de Timor- -Leste fez ontem mais uma vítima, um homem de 50 anos natural do distrito de Viqueque (Leste do país) que foi mortalmente esfaqueado por desconhecidos junto ao campo de deslocados em que vivia, disse fonte militar citada pela agência Lusa.

O incidente ocorreu no mesmo dia em que partiu para o país um contingente de 17 elementos da PSP portuguesa e em vésperas da divulgação de um relatório da ONU sobre os responsáveis pela onda de violência registada em Abril e Maio.

Apesar de o número de acções de violência em Díli ter vindo a diminuir nas últimas semanas, continuam ainda a registar-se casos pontuais de ataques, como o de ontem e o do passado dia 9, quando um jovem de 17 anos morreu esfaqueado num ajuste de contas pelo assassínio de um outro rapaz timorense.

Os ajustes de contas ou os confrontos entre grupos rivais já provocaram, desde Julho, pelo menos 12 mortos na capital timorense, havendo um total de 250 vítimas (entre mortos e feridos). E a crise político-militar iniciada em Abril fez pelo menos cem vítimas mortais, precisou o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, José Luís Guterres, na intervenção que fez na 61.ª sessão da Assembleia Geral da ONU.

Teme-se uma eventual escalada de violência após a divulgação do relatório da Comissão Especial de Inquérito Independente da ONU, que segundo disse o primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, na sua recente visita a Camberra, pode ocorrer hoje. Esta comissão foi criada, em Junho, a pedido do próprio Ramos-Horta, então o chefe da diplomacia timorense.

Com o objectivo de manter a segurança, partiram ontem 17 elementos da PSP para Timor-Leste, que, segundo a Rádio Renascença, tiveram de pagar, à última hora, excesso de bagagem à TAP. Estes são os primeiros de um total de 58 homens da PSP que vão iniciar a missão nos próximos dias. O seu envio foi feito no âmbito da participação de Portugal na força de segurança da ONU - comandada pelo subintendente da PSP Antero Lopes.


http://dn.sapo.pt/2006/10/16/internacional/

Enviado: Ter Out 17, 2006 5:14 am
por Rui Elias Maltez
MARI ALKATIRI
ONU recomenda investigação adicional

A comissão da ONU que investigou a violência ocorrida em Timor-Leste, em Abril e Maio, recomendou uma investigação adicional para determinar se o ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri deve ser responsabilizado criminalmente pela distribuição de armas a civis.

No relatório entregue, esta terça-feira, ao Parlamento Nacional de Timor-Leste e divulgado no "site" na Internet das Comissão dos Direitos Humanos da ONU, a comissão liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro adianta não ter encontrado provas que sustentassem uma recomendação para que Alkatiri seja acusado de «envolvimento pessoal» na distribuição, posse ou utilização ilegal de armas.

No entanto, a comissão refere ter recebido informações que «levam à suspeita» de que Alkatiri sabia da distribuição ilegal de armas da polícia pelo ex-ministro do Interior Rogério Lobato.

«Em conformidade, a comissão recomendou uma investigação adicional para determinar se o antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri deve ser responsabilizado criminalmente» em relação à distribuição de armas», diz o relatório.


09h:48m / 17 de Outubro 06 / http://www.tsf.pt/online/internacional/

Enviado: Qua Out 18, 2006 7:02 am
por Rui Elias Maltez
TIMOR LESTE
ONU iliba Xanana mas atribui-lhe alguma co-responsabilidade

MANUEL DE ALMEIDA / epa


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Violência em Timor provocou, este ano, a morte de 100 pessoas. Um terço da população de Díli continua, ainda hoje, refugiada nas montanhas


Orlando Castro

A Comissão Especial Independente de Inquérito para Timor-Leste, liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, que analisou os incidentes de Abril e Maio, considera que Xanana Gusmão não ordenou nem autorizou actos criminosos. Recomenda, contudo, que sejam instaurados processos criminais aos ex-ministros do Interior e da Defesa, respectivamente Rogério Lobato e Roque Rodrigues e ao chefe das Forças Armadas, Taur Matan Ruak.

Quanto ao ex-primeiro-ministro e líder da FRETILIN, Mari Alkatiri, o relatório recomenda uma investigação adicional que visa apurar eventuais responsabilidades criminais.

A comissão da ONU concluiu também existir matéria de facto comprovativa de que o major Alfredo Reinado, que se encontra a monte depois de uma fuga da prisão, é suspeito de ter cometido crimes durante o confronto armado em Fatu Ahi, no dia 23 de Maio.

No caso de Xanana, a comissão iliba-o do ponto de vista formal e jurídico, embora reconheça que o faz dada as dificuldades histórico-política e institucionais (líder da luta pela independência) que "criaram um grande potencial para a não clareza das responsabilidades relativamente à governação". "Embora seja evidente que o presidente actuou adequadamente em relação ao comportamento inicial dos militares peticionários ao mandá-los de volta para as FALINTIL-Forças de Defesa de Timor-Leste, alguns dos seus últimos pronunciamentos e actos mostram que o potencial para a não clareza das responsabilidades se concretizou", salienta o relatório da comissão de inquérito.

De acordo com a investigação da equipa de Paulo Sérgio Pinheiro, "apesar de o presidente dever ter mostrado maior comedimento e respeito pelos canais institucionais na comunicação directa com o major Reinado, após a sua deserção das Forças Armadas, não ordenou ou autorizou o grupo de homens armados sob o comando do major Reinado a praticar actos criminosos".

Segundo a comissão, Rogério Lobato, Roque Rodrigues e Taur Matan Ruak "actuaram sem autoridade legal e criaram uma situação de perigo potencial significativo com a distribuição de armas da Polícia e das Forças Armadas a civis".

O relatório salienta "a ausência de um controlo sistemático das armas e munições no sector da segurança, particularmente na Polícia Nacional de Timor-Leste" e sugere que aqueles três responsáveis "devem ser responsabilizados pela transferência ilegal de armas".

Quanto a Mari Alkatiri, a comissão recomenda uma investigação adicional para determinar se ele deve, ou não, ser responsabilizado criminalmente. No relatório ontem entregue ao Parlamento de Timor-Leste, a comissão diz não ter provas suficientes para acusar Alkatiri de "envolvimento pessoal" na distribuição, posse ou utilização ilegal de armas. Alkatiri reagiu dizendo que o documento não ajuda a esclarecer os fundamentos da crise. "Este relatório não veio acrescentar mais nada.

Veio continuar a lançar ao ar muitas suspeições, quando se esperava com ele resolver as suspeições, e analisa alguns factos sem ir às causas", disse o ex- primeiro-ministro.


http://jn.sapo.pt/2006/10/18/mundo/

Enviado: Qua Out 25, 2006 5:13 am
por Rui Elias Maltez
TIMOR-LESTE
Violência pode ter motivação politica, diz Ramos-Horta


José Ramos-Horta considera que os recentes casos de violência em Díli - que provocaram este fim-de-semana pelo menos dois mortos e um ferido - poderão ter motivações políticas. Há pessoas que estão «deliberadamente» a instigar a violência, defende o chefe de Estado.

O Primeiro-ministro de Timor-Leste, que falava à Agência Lusa à partida para o Vaticano, onde será recebido esta semana em audiência pelo Papa Bento XVI, salientou que «muito brevemente poderemos desvendar este
mistério».

«A polícia está a levar isto a sério e acredito que muito brevemente poderemos desvendar este mistério. Estarão pessoas deliberadamente a fomentar a instabilidade, a violência com fins políticos, ou na realidade (a violência) continua a ter apenas dimensão criminal, tratando-se de rivalidades de grupos de artes marciais», disse.

José Ramos-Horta adiantou existirem informações que apontam para que os actos de violência façam parte de uma agenda política.

«Há informações, não confirmadas, de que há elementos organizados nalguns campos (de deslocados), nalguns bairros, conluiados com certos elementos da ex-Polícia Nacional de Timor-Leste, com grupos de artes marciais, envolvidos na violência», frisou.

«Fala-se também de dinheiro que recebem. Quando há dinheiro a circular para instigar a violência, isso poderá significar já uma agenda política de alguém, de alguns sectores», declarou, sem adiantar pormenores.

«Não temos elementos. Há indícios. Há pessoas que dizem, que falam. A polícia internacional está a fazer uma investigação aturada, mas não temos ainda nada de concreto», reconheceu.

Segundo fonte hospitalar contactada pela Lusa, no sábado e domingo pelo menos duas pessoas morreram e uma ficou ferida, em consequência da violência registada em vários pontos da capital timorense.

Alguns órgãos de comunicação social estrangeiros aludiram à existência de mais dois mortos, mas a Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT) e o Hospital Nacional não confirmaram à Lusa a existência de mais vítimas mortais.

20 agentes da PSP e dois da GNR chegaram hoje a Díli

Mais 20 agentes da PSP e dois militares da GNR chegaram hoje a Díli, elevando-se agora a 186 o número de portugueses que prestam serviço na Missão Integrada da ONU em Timor-Leste.

Em Janeiro de 2007, quando estiverem em Timor-Leste todos os 1.608 efectivos policiais previstos na resolução 1704 do Conselho de Segurança da ONU, de 25 de Agosto, os agentes da PSP e militares da GNR totalizarão 251.

Daquele total fazem parte os actuais 140 militares da GNR, que constituem o sub-agrupamento Bravo - inicialmente formado por 127 elementos -, mais 48 efectivos da mesma corporação e 63 agentes da PSP.

Os 1.608 efectivos da UNPOL, fornecidos por 20 países, são comandados pelo comissário português Antero Lopes, da PSP.

Fora da UNMIT, e para garantir a protecção da comunidade portuguesa residente no país e da representação diplomática de Portugal, encontram-se actualmente oito agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP.

No pico da crise político-militar timorense, desencadeada em Abril, Portugal chegou a manter 18 agentes dos GOE em Díli.


12:57 / 23 de Outubro 06 / http://www.tsf.pt/online/internacional/

Enviado: Qui Out 26, 2006 4:50 am
por Rui Elias Maltez
TIMOR-LESTE
Conflitos têm por objectivo derrubar o governo, diz General


O comandante das Forças Armadas timorenses deu, esta quarta-feira, uma conferência de imprensa em que afirmou que o conflito em Timor Leste tem razões políticas. Matan Ruak diz que o objectivo é derrubar o governo.

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Taur Matanm Ruak, lider das FDTL


Taur Matan Ruak defende que o objectivo dos confrontos é conseguir derrubar o governo e dissolver o parlamento para que seja criado um executivo de unidade nacional.

«O conflito no nosso país é um conflito político que encobre dois grandes objectivos: queda do governo e dissolução do Parlamento, e o estabelecimento de um governo de unidade nacional», salientou Taur Matan Ruak.

Na sua primeira declaração sobre a crise político-militar, depois da divulgação do relatório de uma comissão das Nações Unidas sobre a violência em Timor-Leste, Taur Matan Ruak referiu que os actos de violência que ocorrem «esporadicamente pelo país, mas com maior incidência em Díli», visam «desestabilizar a governação, inviabilizando-a depois».

Relativamente ao relatório da comissão da ONU, Taur Matan Ruak é de opinião que o documento, embora analisando os factos e as circunstâncias que estiveram na base do conflito, falhou ao não adiantar o «enquadramento político».

«A Comissão Independente de Investigação da ONU acabou por divulgar o seu relatório (...), mas esqueceu-se de enquadrar [os factos e as circunstâncias do conflito] no contexto político», sustentou.

A conferência de imprensa seguiu-se a um encontro de alto nível das chefias das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), realizado na base do 1º Batalhão, em Baucau, cerca de 130 quilómetros a leste de Díli.

Para garantir o «rápido regresso da paz» a Timor-Leste, as forças armadas timorenses defendem a criação de uma comissão parlamentar de investigação, «para completar a missão da comissão» da ONU, com o objectivo de «determinar os objectivos da crise, as estratégias e os autores intelectuais e morais que estiveram atrás da crise timorense, responsabilizando-os».

Depois de reafirmar o desejo de cooperar com a justiça timorense, o brigadeiro-general Taur Matan Ruak, em nome das forças armadas, pediu desculpa aos timorenses «pelas ofensas e danos causados, directa ou indirectamente, no decurso da crise».


15:05 / 25 de Outubro 06 / http://www.tsf.pt/online/internacional/interior

Enviado: Qui Out 26, 2006 4:55 am
por Rui Elias Maltez
TIMOR-LESTE
Confrontos levam a fecho do aeroporto de Díli


Confrontos entre grupos de jovens levaram ao encerramento do Aeroporto Internacional de Díli na terça-feira à noite. Estes incidentes provocaram a morte de um timorense, atingido a tiro por militares australianos, e ferimentos em dois militares da GNR.


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Forças da GNR foram chamadas a acudir aos confontos em que populares apedrejavam militares e polícias australianos junto ao aeroporto.

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Confrontos entre grupos de jovens num bairro adjacente ao aeroporto internacional de Díli levaram ao encerramento das operações aéreas na capital de Timor-Leste na terça-feira à noite.

Os militares da GNR chamados ao local tiveram de usar a força para controlar os incidentes através da utilização de bagos de borracha numa operação de limpeza desta região.

«Foi necessária a intervenção da GNR por se encontrarem dois grupos com cerca de duas centenas de indivíduos a atacarem e a apredrejarem as forças da GNR», afirmou o relações públicas da GNR em Timor-Leste.

Em declarações à TSF, Paulo Cabrita confirmou ainda que dois militares da GNR ficaram feridos ligeiramente durante estes confrontos, depois de terem sido atingidos por pedras.

«Os militares foram imediatamente assistidos pela nossa equipa de emergência médica e encontram-se bem, porque se trata apenas de ferimentos ligeiros», acrescentou.

Os confrontos neste bairro ter-se-ão iniciado na terça-feira após a entrada de militares australianos no campo de deslocados, onde se encontram mais de 10 mil pessoas, aparentemente para deter duas pessoas.

Alguns moradores locais, maioritariamente originários da zona oeste do país, aproveitaram o ensejo para atacar os deslocados, que na sua maioria são do leste do país, situação que acabou por conduzir ao fecho do acesso ao aeroporto.

De acordo com a agência Lusa, durante os confrontos um timorense terá sido morto por um militar australiano, naquela que é a primeira baixa resultante da intervenção das forças internacionais em Timor-Leste desde a sua chegada em Maio.

Esta vítima mortal foi atingida na rotunda de Comoro, perto do aeroporto, numa zona sob a jurisdição conjunta da Austrália e Malásia.

Contudo, a agência Reuters, citando habitantes e autoridades locais, fala já em dois mortos resultantes destes confrontos.

Paulo Cabrita contudo, também ouvido pela TSF, diz apenas ter conhecimento da existência de uma vítima mortal, sublinhando que esta situação nada teve a ver com a intervenção dos militares portugueses.

Estes incidentes acontecem no dia em que o secretário-geral da ONU deve apresentar um relatório com a composição definitiva da força policial que deverá ser enviada para Timor-Leste.


09:24 / 25 de Outubro 06 / http://www.tsf.pt/online/internacional/interior

Enviado: Sex Out 27, 2006 5:49 am
por Rui Elias Maltez
"Senti-me prisioneiro no meu próprio país"



Armando Rafael / http://dn.sapo.pt/2006/10/27/internacional/

"Senti-me prisioneiro no meu próprio país. Foram seis meses assim. Além disso, senti-me humilhado, aos olhos do nosso povo, por tudo o que disseram de nós. Mas os timorenses sabem quais foram os nossos contributos nestes últimos 31 anos."

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Foi assim que Taur Matan Ruak, o brigadeiro-general que lidera as Falintil - Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), decidiu quebrar ontem o silêncio a que se remeteu no final de Abril, quando as suas forças passaram a estar confinadas aos quartéis de Taci Tolo e Metinaro. Deixando a segurança do país entregue a australianos, neozelandeses, malaios e portugueses.

Sem que a situação tenha melhorado muito. Como se tem visto nos últimos dias. Sobretudo em Díli, onde ainda se encontram milhares de refugiados, criando uma espécie de cultura para a violência entre gangs rivais.

Talvez por isso Matan Ruak tenha decidido falar, exigindo, em entrevista telefónica ao DN, um novo papel para os militares timorenses. "Somos parte interessada na pacificação do conflito.

O país tornou-se independente por causa dos nossos sacrifícios e dos sacrifícios do nosso povo. Por isso, não nos venham dizer agora que somos incompetentes, que não servimos para nada ou que há exércitos mais competentes.

Ao longo de 24 anos, enfrentámos um dos exércitos mais profissionais do mundo. Não somos assim tão ingénuos."

Questionado sobre o papel que pretende para os militares que comanda, Taur Matan Ruak não podia ser mais claro. "Não queremos nada. Só queremos que nos respeitem. Mas devemos exigir uma boa gestão das forças que se encontram no país.

As forças internacionais, as nacionais e até as da ONU. Senão, Timor- -Leste ainda se transforma num faroeste."

O que parece pressupor que o comandante das F-FDTL exige às autoridades do seu próprio país uma maior coordenação daquelas forças. "Ainda hoje [ontem], o Parlamento aprovou uma resolução, defendendo que as forças internacionais sejam enquadradas por um comando da ONU.

Quando há muitas forças, não podem existir vários comandos. Isso só cria confusão. Foi o que aconteceu nos últimos meses. Por isso é que digo que, se isto não muda, ainda vamos ter de mudar o nome de Díli para Cowboy City."

Afirmações que representam uma opinião muito crítica da actuação dos políticos timorenses. "Eles também não têm experiência. Mas eles deviam ser mais humildes. Deviam ouvir mais para [poderem] perceber melhor, permitindo que outros dessem os seus contributos."

Interrogado sobre se estas afirmações não põem em causa a autoridade do Presidente Xanana Gusmão, que há muito deseja um novo comandante para as F-FDTL, Matan Ruak não desarma. "O que me preocupa é que não consigamos curar as feridas que vêm do passado.

Se não as curarmos agora, elas gangrenam e rebentam. E, como dizia há dias o nosso bispo D. Carlos [Ximenes Belo], é bom recordar que Timor-Leste nunca teve uma cultura de paz."

Sem que isso explique, no entanto, a violência dos gangs na capital timorense, uma cidade onde Matan Ruak diz existirem agora mais armas do que no período da resistência à Indonésia. "Como é possível? É preciso regressar a Abril e Maio para se perceber. Primeiro, tivemos confrontos entre militares e desertores das F-FDTL e da PNTL, com alguns civis armados.

Depois, Díli foi tomada por gangs com motivações políticas e étnicas. Mas isso já passou. O que temos agora são gangs com motivações criminais e étnicas."

Razão por que Taur Matan Ruak insiste, uma vez mais, na mesma ideia. "O que propomos é que o Estado timorense faça uma reavaliação do papel das forças internacionais, analise as suas deficiências ao longo destes seis meses, reveja a estratégia, os métodos e os objectivos.

Caso contrário, só estaremos a aumentar os problemas. Uns criados por nós - como é o caso da má gestão da nossa administração para lidar com o problema dos milhares de refugiados que se encontram em Díli - e outros criados... por outros."

Enviado: Sex Nov 03, 2006 7:47 am
por Rui Elias Maltez
TIMOR-LESTE
Ana Gomes desvaloriza aviso dos EUA

Ana Gomes diz não encontrar razão para o aviso lançado pelos EUA, que desaconselhou os seus cidadãos a deslocar-se a Timor-Leste, devido ao risco de ataques. A eurodeputada, que está de visita a Díli, garante que o ambiente é calmo, havendo apenas alguns episódios de violência no território.

A eurodeputada Ana Gomes, que está de visita a Díli, integrada numa missão do Parlamento Europeu, disse esta quinta-feira não ver razão para o aviso lançado pelos EUA, que desaconselhou os seus cidadãos a deslocar-se a Timor-Leste por causa do risco de ataques.

Contactada pela TSF, Ana Gomes admitiu que há ainda episódios esporádicos de violência, sublinhando, contudo, que o ambiente é agora mais calmo.

«O ambiente está calmíssimo. Sabemos que houve uns incidentes em Díli, como já era de esperar, porque hoje é o Dia de Finados», explicou.

No entender de Ana Gomes, «os distúrbios estão muito ligados à existência de gente nova, desempregada e sem entretenimento».

Por outro lado, acrescentou, «também não podemos ignorar o cenário de conflito político que se tem vivido, sendo que a conflitualidade, de alguma forma, alimenta mais conflitualidade».



11:52 / 02 de Novembro 06 / http://www.tsf.pt/online/internacional/interior

Enviado: Ter Nov 07, 2006 7:31 am
por Rui Elias Maltez
Presidente timorense escreve artigo polémico
Xanana Gusmão acusa Fretilin de falta de honestidade política

06.11.2006 - 19h12 Lusa, PUBLICO.PT

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O Presidente timorense, Xanana Gusmão, acusou hoje a Fretilin e o seu Comité Central de "total falta de honestidade política", considerando que um documento aprovado na última reunião daquele órgão partidário representa um "insulto" à inteligência.

A acusação de Xanana Gusmão é feita na primeira parte de um artigo intitulado "A teoria das conspirações" que o Presidente publica no "Jornal Nacional Diário" de Díli.

Com a data da passada sexta-feira, o longo artigo assinado por Xanana Gusmão – com uma segunda parte prometida para a edição de amanhã do jornal –, analisa ponto por ponto o documento aprovado na última reunião do Comité Central da Fretilin, a 29 de Outubro.

No texto, a direcção do partido concluiu que a crise no país visou "pôr em causa a ordem constitucional", envolvendo "actores internos e externos" que, todavia, não identifica.

Face a estas acusações, que lhe serão dirigidas, Xanana escreve: "Imploro, rogo, peço ao CC da Fretilin para apresentar com melhores detalhes o plano urdido de golpe e de conspirações, com a identidade de todos os actores, internos e externos".

Para o partido maioritário, liderado pelo ex-primeiro-ministro, Mari Alkatiri, a crise assenta "essencialmente num conflito de natureza política, onde o desrespeito pela ordem constitucional democrática e os meios e formas de agir reflectem o carácter profundamente antidemocrático e golpista".

Segundo esta tese, a conspiração terá começado logo em 2002, com "a tentativa de forçar a criação de um governo de unidade nacional", tendo assumido diversas formas até à crise actual.

"Durante estes quatro anos, um plano bem traçado de contra-inteligência foi sendo implementado" e dele fizeram parte a exploração de alegadas rivalidades e de um "clima de suspeição mútua" entre as forças armadas e a polícia nacional, segundo o partido maioritário.

Para o Presidente timorense esta tese sugere “a total falta de honestidade política” da liderança timorense e representa “um insulto às mentes comuns das pessoas comuns”.

Mais à frente, Xanana Gusmão acusa a liderança da Fretilin de “hipocrisia política” por sugerir que em 2002 se registaram tentativas para derrubar o Governo de Alkatiri e de “falta de esperteza”, criticando-a por tentar deturpar a história.

Xanana publica o longo artigo duas semanas depois da divulgação do relatório da comissão independente criada pela ONU para investigar a onda de violência registada na última Primavera em Díli.

O documento confirma a progressiva erosão da relação entre o Presidente e o Governo de Alkatiri e recomenda a abertura de processos criminais contra vários dirigentes.

Ao contrário de vários antigos membros do Governo, Xanana é ilibado de envolvimento em actos criminosos, mas é criticado por algumas atitudes adoptadas durante a crise, como o desrespeito pelos canais institucionais ou falta de comedimento em momentos de maior tensão.

Enviado: Seg Nov 13, 2006 9:56 am
por Rui Elias Maltez
TIMOR-LESTE
Dois feridos em manifestação pela paz

Pelo menos duas pessoas ficaram feridas numa manifestação a favor da paz ocorrida em Díli. Os militares da GNR estacionados em Timor-Leste registaram ainda mais dois incidentes, que foram rapidamente sanados.

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Pelo menos duas pessoas ficaram feridas na sequência de uma marcha pela paz realizada esta segunda-feira em Timor-Leste e que acabou em recontros entre grupos de jovens do leste e do oeste do país.

Em Bebonuk, dezenas de jovens atacaram-se mutuamente com pedras e outros objectos, incidentes que resultaram em dois feridos.

Na rotunda de Caicoli e na zona do Matadouro registaram-se também confrontos que foram rapidamente sanados pelas forças da GNR, afirmou o relações públicas da Guarda portuguesa, em declarações à TSF.

«Registo dois incidentes muito pontuais que, em determinados locais, foram de alguma forma provocados por outros indivíduos que se encontravam junto das ruas onde esta manifestação passava», afirmou o tenente Cabrita.

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Segundo este responsável da GNR, esses jovens começaram a provocar os manifestantes, o que gerou uma situação de conflito, uma situação que foi rapidamente sanada pelos militares da GNR, que retomaram o curso normal da manifestação.

Segundo o tenente Cabrita, esta manifestação terminar com a chegada de vários ao Parlamento Nacional, onde alguns destes foram ouvidos por um membro do governo timorense.

Naquela que foi a primeira iniciativa do género desde o início em Abril da crise político-militar na antiga colónia portuguesa, milhares de jovens reuniram-se na capital Díli para gritar palavras de ordem a favor da paz.

A manifestação iniciou, esta segunda-feira de manhã, na avenida que liga a capital ao aeroporto de Díli, tendo juntado residentes dos bairros de Aimutin, maioritariamente originários do oeste do país e de Comoro, maioritariamente originários da outra metade de Timor-Leste.

Depois do início desta marcha, em participaram centenas de jovens, os manifestantes dividiram-se em vários grupos, que percorreram diversas zonas de Díli, enquadrados por veículos da polícia da ONU (UNPOL).

Nos cartazes que os manifestantes empunharam durante a manifestação podiam ler-se apelos à paz, bem como apelos à unidade e à reconciliação.

Esta manifestação, que terá sido organizada por jovens, decorreu sem incidentes à excepção de uma troca de pedras em Bebonuk e dos incidentes a que a GNR pôs cobro.

Os manifestantes dizem estar a comemorar os 15 anos sobre o massacre levado a cabo a 12 de Novembro de 1992 pelo ocupante indonésio no cemitério de Santa Cruz e que acabou com 271 mortos, 382 feridos e duas centenas e meia de feridos.

As comemorações de domingo tiveram uma fraca afluência de pessoas, tendo os organizadores justificado este facto com a crise pela qual Timor-Leste está a passar.



08:14 / 13 de Novembro 06 / http://www.tsf.pt/online/internacional/