Timor Leste

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Timor Leste

#1 Mensagem por Sideshow » Qua Mai 24, 2006 3:56 pm

O ministro das Relações Exteriores do Timor Leste, José Ramos Horta, disse que aceitaria uma eventual oferta de assistência militar do Brasil para ajudar o país a enfrentar a pior onda de violência desde 1999, quando o país se tornou independente da Indonésia.

Em entrevista por telefone à BBC Brasil, o chanceler timorense disse que, até agora, não entrou em contato com o governo brasileiro para pedir assistência, mas ao ser perguntado se tal ajuda seria bem-vinda repondeu: "Certamente que sim".

"Eventualmente o Brasil ajudará. Não solicitamos ajuda nesta fase porque é muito longe, e o encargo é muito grande para o Brasil", afirmou.

Soldados da Austrália, Nova Zelândia e de Portugal estão sendo enviados para o país, que enfrenta uma série de confrontos desencadeada pela demissão de soldados timorenses.

"O Brasil já ajuda bastante. Estão aqui centenas de brasileiros trabalhando como missionários, professores e juristas. Por isso, achamos que não deveríamos sobrecarregar o Brasil", comentou Horta.

Tensão

Segundo Horta, a situação no Timor Leste, nesta quarta-feira, está "calma, sem violência, mas com muita tensão".

"Por causa dos incidentes de ontem e hoje, milhares de pessoas fugiram das suas casas e foram para igrejas e centros de acolhimento e também para fora da cidade. As ruas de Díli estão desertas", contou.

Os vôos para fora do país estão todos lotados e as Embaixadas dos Estados Unidos e da Austrália estão dispensando alguns funcionários.

Mas o chanceler timorense disse que "nenhum estrangeiro está em perigo".

"Não há necessidade de sair do país, mas compreendemos se eles decidirem sair do Timor Leste temporariamente."




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#2 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Mai 25, 2006 10:12 am

Para acompanhar os desenvolvimentos da crise em Timor-leste, e do que se vai passando, podem visitar:

http://www.forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?t=3056

http://www.forumdefesa.com/forum/viewtopic.php?t=3706

Neste forum, participa um português que trabalha e reside em Timor Leste que tem dado alguma informação in-loco do que se passa no dia a dia.




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#3 Mensagem por talharim » Qui Mai 25, 2006 10:51 am

Não seria a Indonésia o incentivador por trás dessa onda de violência ?




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#4 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Mai 25, 2006 11:19 am

Há muita especulação, talha.

Mas outras correntes falam que a Austrália pode estar por detrás dessa desestabilização, para que o governo da FRETILIN caia, e que a Austrália fique com a vida ainda mis facilitada em Timor (por causa do petróleo).

É que a FRETILIN (partido do governo) se está aproximar muito da China, e o presidente Xanana e Ramos Horta estão mais próximos de Portugal, e pretendem manter uma relação cordial com a Indonésia.




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#5 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Mai 25, 2006 11:27 am

Mais de 20 mortos em tiroteios em Timor-Leste

25-05-06 in: http://www.asemana.cv/article.php3?id_article=17749

Pelo menos 20 Pessoas morreram nesta quinta-feira, 25, em confrontos no centro da capital do Timor-Leste, Dili. A expectativa das autoridades é que a chegada ainda hoje dos militares australianos possa controlar a crise fique, sobretudo porque a manutenção da ordem está a ser impossível para a Policia, que tem vindo a perder parte dos efectivos.

As vítimas foram, de acordo com as agências internacionais de notícias, alvos de disparos em tiroteios junto ao quartel da polícia em Dili. Há vários quilómetros ainda podem ser ouvidos tiros de armas pesadas procedentes do centro da cidade.

Enquanto isso, a policia continua a perder os seus efectivos. "Temos apenas 15 efectivos na sede do Comando Distrital de Díli, unidade onde estão colocados mais de 400 efectivos, e no Quartel-General, em Caicoli, estão ao serviço cerca de 30 efectivos, acompanhados dos comandantes operacionais", confirma uma fonte policial.

Ontem, quarta-feira, o país viveu mais alguns episódios de violência, traduzidos em confrontos entre as FALINTIL-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) e os militares amotinados, tendo registado pelo menos, quatro mortos, segundo as autoridades. Já as fontes religiosas e civis falam em mais de 20 mortos.

O presidente da República, o presidente do Parlamento e o Governo já pediram ajuda aos governos da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, solicitando “o envio urgente de forças militares e policiais, de forma a repor-se o mais rapidamente possível a ordem pública, o respeito pela lei, a normalidade e a estabilidade, tão necessárias ao desenvolvimento do país”.

De acordo com o primeiro-ministro, Mari Alkatiri, “o pedido de ajuda internacional justifica-se face ao clima de medo que os militares amotinados estão a conseguir criar na população, e à evidente dificuldade revelada pelas F-FDTL, bem como pela Polícia Nacional, de porem cobro por elas à situação que se tem vivido na capital nos últimos dois dias, aliada à vontade de evitar derramamento de sangue”.

Segundo Alkatiri, o pedido feito aos governos foi "a título bilateral", seguindo-lhe um outro que "requer às Nações Unidas um suporte multilateral".

O conflito foi despoletado há duas semanas por 50 militares revoltosos, comandados por Alfredo Reinado, que atacaram o Quartel-General das Forças Armadas e a casa do chefe de Estado-Maior, Taur Matan Ruak. Seguiram-se confrontos noutros pontos da capital, que agravaram a tal nível que ontem a família de Xanana Gusmão teve de abandonar a sua residência oficial.

CP




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#6 Mensagem por talharim » Qui Mai 25, 2006 12:06 pm

O Timor está ferrado mesmo.

Eles tem petróleo em seu território mesmo ?

Se tiverem a sua existência como país fica ameaçada visto que estão no meio de gigantes potências militares sedentas do óleo negro.

E os Austrlaianos estão sendo muito filhos da puta se tiverem fazendo isso.Isso mostra que não tem santo naqueles lados.

Não vejo solução para o Timor num curto prazo,eles tem que se agarrar na proteção da ONU e numa possível ajuda diplomática de Portugal e Brasil.




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#7 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Mai 25, 2006 12:20 pm

Têm petróleo off-shore, e até já concessionaram os blocos para exploraçã petrolífera.

Durante a ocua+pação indonésia, a Austrália fi do primeirsopaíses a reconhecer a anexação de Timor pela Indonésia, em troca de facilidade na partilha do petróe timorense.

Não vejo solução para o Timor num curto prazo,eles tem que se agarrar na proteção da ONU e numa possível ajuda diplomática de Portugal e Brasil.


Também concordo contigo.

Mas só se os timorenses quiserem.

Porque não nos podemos esquecer que os países da região terão primazia, no seio da ONU.

Por isso que é eles para já pediram ajuda à Austrália, Nova Zelândia, Malásia (países da região) e a Portugal, dado os laços históricos, e porque sabem que a gente nunca diz que não a Timor.

Uma congregação de esforços entre Portugal, Brasil e eventualmente um ou outro PALOP seria positiva no quadro da CPLP, mas meios, só mesmo Portugal e Brasil para transportar para lá tropas e equipamentos.

Angola ou Moçambique poderiam apenas fornecer uns contingentes de tropas terrestres.




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#8 Mensagem por thicogo » Sex Mai 26, 2006 2:12 am

Pessoal,cerca de 150 soldados das Forças Especiais Australinas desembarcaram em Dili capital do Timor,olhem as fotos.
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VALEU :wink: :D :D




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#9 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Mai 26, 2006 6:46 am

Crise em Díli

Primeiros oficiais da GNR partem hoje para Timor

26.05.2006 - 07h45 Nuno Sá Lourenço PÚBLICO


Xanana pediu expressamente o envio de elementos da GNR. Serão 120, estarão todos em Díli até 23 de Junho e terão como missão a manutenção da ordem e a formação das forças policiais locais. O trabalho mais urgente fica a cabo de australianos e malaios.

Partem hoje os primeiros três elementos da GNR que o Governo português decidiu enviar para Timor-Leste depois de receber a carta assinada pelo Presidente, Xanana Gusmão, o primeiro-ministro, Mari Alkatiri, e o presidente da Assembleia Nacional timorense, solicitando o envio de forças de segurança portuguesas para o território.

O Conselho de Ministros votou ontem o decreto-lei que decide o envio da força, depois de uma ronda com os partidos com assento parlamentar e uma audição com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. Serão 120 agentes, que irão operar em Díli e arredores, e a sua missão será a "manutenção da ordem pública e a formação das forças de segurança" timorenses.

Depois dos três oficiais da equipa de avaliação, que seguem hoje, parte na próxima quarta-feira, o primeiro pelotão de 40 homens do Regimento de Infantaria, mais 12 elementos da Companhia de Operações Especiais da GNR.

Foi o ministro da Administração Interna, António Costa quem anunciou o calendário do envio, estimando o governante que o dispositivo esteja todo no território "até 23 de Junho". O ministro da Administração Interna fez questão de destacar que "os elementos da GNR ficarão na directa dependência de suas excelências, o senhor Presidente da República e o primeiro-ministro de Timor, tendo comando operacional próprio".

O Executivo português fez ainda questão de deixar claro por que razão segue uma companhia da GNR e não forças militares, que durante o dia de anteontem se mostraram disponíveis para avançar para o território - esse foi o desejo expresso dos timorenses.

Pedro Silva Pereira, ministro da Presidência do Conselho de Ministros, afirmou que no pedido timorense havia "uma expressa referência à GNR". Silva Pereira admitiu que essa referência podia ter que ver com o "excelente trabalho" levado cabo pela GNR nas suas anteriores missões no território.

O ministro acrescentou ainda que o pedido de apoio se reportava "à participação de Portugal na formação de forças de segurança e na manutenção de ordem pública em Díli".

Segundo António Costa, ficou acordado, nas negociações entre os governantes dos países que vão participar na força multinacional, que a missão de "restabelecimento da ordem pública" ficará a cargo da Austrália e da Malásia. "Os países acordaram a disponibilização de forças segundo a natureza da missão a desempenhar", explicou António Costa.

O ministro frisou não ter sido essa "a missão que nos foi solicitada".

Sobre a duração da missão, António Costa não se quis comprometer com uma data. Admitiu apenas que seria de "longo prazo", lembrando o carácter de formação que ela engloba.

O dia de ontem foi igualmente rico em movimentações diplomáticas. Além dos contactos com homólogos da Austrália, Nova Zelândia e Malásia, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Freitas do Amaral, foi o responsável pelo telefonema do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, recebido por José Sócrates.

"O secretário-geral da ONU telefonou ao primeiro-ministro a informar o apoio da ONU ao envio de uma força de segurança portuguesa", divulgou Pedro Silva Pereira.

Freitas do Amaral havia enviado no dia anterior uma carta solicitando uma tomada de posição do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Está prevista para hoje uma declaração do presidente deste órgão da ONU, que Freitas afirmou esperar que venha a ser "favorável" ao envio da força multinacional.

Costa admite enviar mais GOE

O ministro da Administração Interna admitiu após o primeiro Conselho de Ministros do dia que Portugal pode vir a colocar mais agentes da PSP em Timor. "O Governo avaliará a necessidade de um reforço da equipa dos GOE [Grupo de Operações Especiais] da PSP e, se tal for necessário, será dado conhecimento público dessa decisão quando os novos elementos estiverem no território em condições de operar."

Estes elementos da PSP estão já em Díli "há mais de 15 dias", com o objectivo de garantir a segurança da embaixada em Timor-Leste, bem como velar pelos portugueses no território.

De acordo com António Costa, estes elementos têm ainda instruções para preparar a evacuação dos portugueses, caso venha a revelar-se necessário.


__________________


2006-05-25 - 00:00:00 http://www.correiomanha.pt/

Crise - Revoltosos atacam quartel-general em Díli

120 ninjas da GNR vão para Timor

O Governo português espera apenas uma resolução da ONU, que deverá ser conhecida hoje, para enquadrar a missão internacional.

Em Timor, a escalada de violência entre militares revoltosos e as Forças Armadas, que já provocou um número indeterminado de mortes, poderá ter atingido o ponto de não retorno, com o ataque ao quartel-general em Díli.

“Temos meios e experiência, só precisamos que nos digam para avançar”, disse ontem o porta-voz da GNR. O ritmo nos gabinetes é frenético.

Ao que o CM apurou, a força a enviar para Timor-Leste terá cerca de 120 militares do Batalhão Operacional, aptos a desempenhar missões “exclusivamente policiais”: como patrulhamentos e manutenção da ordem pública.

De resto, segundo adiantou fonte militar, a força da GNR, que pode chegar a Timor em dois dias com recurso a aeronaves requisitadas, deverá contemplar, além de ordem pública, operações especiais e inactivação de explosivos. Ao contrário do Iraque, tudo indica que as viaturas a usar não serão blindadas – apenas protegidas. “A força terá uma missão policial, nunca militar, e actuará ao primeiro sinal de problemas”, disse a mesma fonte.

Após o pedido de ajuda das autoridades timorenses, feito também à Austrália, Nova Zelândia e Malásia, que deverão destacar forças militares, José Sócrates confirmou ontem o envio da GNR para Timor.

Apesar da disponibilidade demonstrada pelas Forças Armadas, em especial pela Marinha, que propôs uma força de Fuzileiros, esta opção necessitava de autorização do Presidente da República. O envio da GNR depende apenas do Governo.

Hoje, o Conselho de Segurança da ONU deve decidir o envio de uma força internacional para Timor-Leste. Esta resolução, disse fonte militar,“permitiria suportar os custos deste tipo de força e respectiva componente logística”, disse. A GNR já tem dois observadores em Díli que, em contacto permanente com Lisboa, informam sobre o que se passa em Timor .

Ontem, os militares revoltosos comandados pelo major Alfredo Reinado, armados com espingardas M16 e pistolas de 9 mm, atacaram o quartel-general das Forças Armadas, em Taci Tolu, a sete quilómetros do centro de Díli, e as casas dos dois máximos responsáveis militares. Os revoltosos já admitiram negociar com as tropas internacionais.

A Austrália e os Estados Unidos estão a retirar o pessoal não oficial e a embaixada de Portugal aconselhou os portugueses a ficarem em casa. Um padre jesuíta afirmou que os confrontos em Timor já provocaram 24 mortos. O governo timorense admite cinco mortes.

GOE NO TERRENO PREPARA SAÍDA DE PORTUGUESES

Oito homens do Grupo de Operações Especiais (GOE)da PSP estão, desde há duas semanas, em Timor-Leste a preparar a possível evacuação dos cerca de 450 portugueses que vivem e trabalham no país. “É um trabalho que está a ser feito pelo GOE em colaboração com os australianos, para garantir meios de transporte”, disse ao CM fonte da PSP.

O clima de instabilidade que se vive em Timor é, segundo fontes militares contactadas pelo CM, pouco “adequado” ao envio de uma força policial, como a GNR. “Trata-se de um conflito entre Forças Armadas e militares revoltosos, que exige outro tipo de abordagem”, referiu uma fonte militar.

LANCHA LUSA SALVA QUARTEL

A ‘Oecussi’, uma das duas lanchas da Marinha de Timor (que apenas tem esses dois navios, o 2.º é o gémeo ‘Ataúro’), que ontem repeliu a tiro o ataque ao quartel-general, já foi da Marinha de Guerra portuguesa.

As duas lanchas foram construídas em 1974 no Alfeite (baptizadas ‘Albatroz’ e ‘Açor’) e oferecidas a 12 de Janeiro de 2002, em Díli, pelo então ministro da Defesa, Rui Pena. Valiam dois milhões de euros. São lanchas de fiscalização pequenas (22 m de comprimento) e têm uma arma Oerlikon, de 20 mm, à proa, e uma metralhadora Browning, de 12,7 mm, à popa. As guarnições foram treinadas por Portugal.

RETIRADA

Por razões de segurança, o presidente Xanana Gusmão, a mulher, Kirsty, e os dois filhos do casal foram retirados da sua residência particular em Balibar e transferidos para o Palácio das Cinzas. Também os filhos do comandante das Forças de Defesa de Timor, Taur Matan Ruak, cuja casa foi atacada, foram transferidos para outra residência.

'FAZER A PAZ'

O major Alfredo Reinado, que comanda as forças rebeldes, mostrou-se disposto a “apertar as mãos” às forças internacionais que chegarem a Timor e “fazer a paz” nas condições pretendidas pelo presidente Xanana Gusmão.

FORÇA PORTUGUESA

PATRULHAMENTO DE ÁREAS DE RISCO


- Capacete anti-balístico
- Óculos de protecção
- Espingarda automática G3 (HK G36)
- Colete anti-bala
- Pistola com coldre HK USP 9mm
- Joalheiras de protecção

ORDEM PÚBLICA

- Capacete de ordem pública com viseira
- Escudo individual circular
- Bastão (70 cm)
- Equipamento anti-traumático de pernas (que pode ser usado no tronco)
- Cão de ordem pública

VIATURAS POLICIAIS

Ao contrário do que sucedeu no Iraque, onde foram usados veículos blindadas, a GNR deve enviar para Timor as viaturas Mercedes Sprinter: com protecção nos vidros e capazes de transportar equipas de nove militares

INTERESSES PORTUGUESES EM TIMOR

São cerca de 450 os portugueses que vivem e trabalham em Timor-Leste. Além disso, Portugal tem representação diplomática em Dili e a Caixa Geral de Depósitos é a entidade que emite a moeda timorense.

OUTRAS FORÇAS

O pedido internacional feito pelo Governo timorense foi dirigido, além de Portugal, à Nova Zelândia e à Malásia e à Austrália, cujas primeiras tropas devem chegar hoje a Timor-Leste




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#10 Mensagem por P44 » Sex Mai 26, 2006 7:23 am

talharim escreveu:O Timor está ferrado mesmo.

Eles tem petróleo em seu território mesmo ?


Sim, o chamado "Timor Gap" (entre a Austrália e a Ilha de Timor) alvo de cobiça pela Austrália.
foi por essa razão que a Austrália foi dos poucos países que logo após a Invsão de Dezembro de 1975, reconheceu a "anexação" de Timor Leste pela Indonésia, como a 27ª provincia desta , chamada pelos indónésios de "Timor Timur"
(Timur em bahasa indonésio significa "oriente")

Ah, e também são ricos em GÁS NATURAL! (mais uma )

Se tiverem a sua existência como país fica ameaçada visto que estão no meio de gigantes potências militares sedentas do óleo negro.

E os Austrlaianos estão sendo muito filhos da puta se tiverem fazendo isso.Isso mostra que não tem santo naqueles lados.


O que parece estar a acontecer, é uma luta de bastidores com Portugal e a Indonésia de um lado e a Austrália do outro.

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Aliás, parece muita "coincidencia" que estes disturbios surjam logo APÓS o concurso para a prospecção de gás natural tenha sido concluido...

o vencedor foram os italianos da ENI.




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#11 Mensagem por Mambo » Sex Mai 26, 2006 11:16 am

Tarde demais para os Portugueses e Brasileiros...

Blindados australianos tomam o centro de Dili

"De agora em diante, as tropas australianas dirigem as operações de segurança em Dili", afirmou à AFP o ministro das Relações Exteriores, José Ramos Horta.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2 ... 55173.jhtm




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#12 Mensagem por Guerra » Sex Mai 26, 2006 11:21 am

Mambo escreveu:Tarde demais para os Portugueses e Brasileiros...

Blindados australianos tomam o centro de Dili

"De agora em diante, as tropas australianas dirigem as operações de segurança em Dili", afirmou à AFP o ministro das Relações Exteriores, José Ramos Horta.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2 ... 55173.jhtm



Essa história eu já sei qual vai ser o desfecho...




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#13 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Mai 26, 2006 11:45 am

Para já, está de acordo com o pedido das autoridades de Timor.

Austráliaa entra com o grosso das tropas, a Malásia envia cerca de 250 militares e Portugal, para já, uma companhia da GNR.

Sobre a N. Zelândia, ainda não sei o que envia para lá.

Portugal não coloca para já de parte a possiblidade de enviar também mais tropas das FA's (Comandos, ou Fuzileiros ?).

Tudo depende agora do evoluir da situação.




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#14 Mensagem por P44 » Sex Mai 26, 2006 11:48 am

um LPD dava jeito agora, hein????? :wink:




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#15 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Mai 26, 2006 11:54 am

Já nos dava jeito há muito tempo.

E os 2 C-17 que em tempos nos foram propostos.

Mas como sempre, Portugal é um país de vistas curtas.

Neste forum, participa um português que trabalha e reside em Timor Leste que tem dado alguma informação in-loco do que se passa no dia a dia.


O Nuno Bento há 2 dias que não escreve para o FD.

Se calhar a confusão lá é tanta que ele nem tem possibilidades de participar. :?




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