Exército Português - G.A.L.E.

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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JNSA
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#61 Mensagem por JNSA » Seg Mar 28, 2005 12:36 pm

Bem, vocês agora vão dar-me uma trabalheira a responder a isto tudo, porque não pararam quietos na minha ausência... :? :lol: :wink:

Raul Neto escreveu:1º - Nunca disse que o Lynx era o único héli capaz de fazer manobras arrojadas, (veja um pouco melhor o meu texto);


Também não disse que o tinha dito... :lol: Gostaria apenas de frisar uma coisa: manobras como loopings, quer as realizadas pelos Lynx ingleses, quer as que eu mostrei no vídeo do Super Stallion, não são normalmente realizadas. Em regra, estão excluídas do envelope de voo permitido, não porque a aeronave não as possa realizar, mas porque são demasiado perigosas para que novatos sejam autorizados a fazê-las. Por isso é que só excepcionalmente são vistas. De resto, algumas delas podem levar à suspensão e julgamento em tribunal marcial dos pilotos, quando não expressamente permitidas. Para além disso, um looping não tem grande utilidade em combate :wink: , o que não quer dizer que não seja revelador das qualidades do aparelho...

Raul Neto escreveu:2º - Terá de convir comigo que para evitar salganhadas logísticas convém ter na Armada, no Gale, e na FAP hélis ligeiros de preferência com as mesmas turbinas (no nosso caso serão as Rolls Royce - Gem 42), que o A-109 à partida não usa, bem como toda uma série de aviónicos semelhantes (para podermos benefeciar de manutenção conjunta);


De acordo... Mas convém não exagerar a questão das turbinas, visto que a logística dos helicópteros não se limita a isso. Embora a uniformização logística seja desejável, não se pode sobrepôr totalmente à busca da plataforma mais adequada. Já agora, eu não sou grande "fã" do A109... :wink:

Raul Neto escreveu:3º - Quanto ao preço tem razão, mas não tem lido todas as minhas mensagens (eu propus a compra em 2ª mão ao British Army, versão AH-7 e não a AH-9 mais recente), propus igualmente tirarmos partido a uma hipotética mesa de negociações da nossa relação supostamente priviligiada com o Reino Unido. Não acredito sinceramente que com negociações bem efectuadas não se conseguisse um "preço de amigo" Wink


Esteja descansado, amigo Raul, que eu li as suas mensagens todas... :wink: Mas tenho algumas dúvidas quanto à possibilidade de vinda de Lynx usados do Exército Britânico. Em primeiro lugar, tendo em conta os cortes orçamentais, não devem estar muito desejosos de se separar deles, sobretudo vendo os problemas que a introdução do WAH-64 trouxe. Em segundo lugar, os hélis do Exército Britânico têm sido bastante "batidos" (múltiplas operações de combate e de treino em ambientes hostis, como no Golfo ou em África). Por isso, se viessem a um "preço de amigo", não me parecesse que estivessem em grandes condições... E não tenha tanta fé na "Amizade Luso-Britânica"... :wink:

Raul Neto escreveu:4º - Quanto aos NH-90 para ASW/ASuW, até gostava de acreditar no que refere, só que já sabe ( e bem aludiu a isso) como são todos os politicos (falam...falam...falam..), por isso não é que não acredite em si, mas está-se bem de ver que vamos ter os Lynx ainda por muito bons anos na Armada, até porque serão em breve reforçados com mais duas unidades (não se esqueça desse pormenor), assim os AH-7 (que eu propus a sua vinda há anos, juntamente com os Lynx para a Armada), teriam prácticamente o mesmo "Phase-Out", até porque, repito seriam (mesmo que viessem agora) em 2ª mão ;


Raul, como disse, em princípio, os Lynx que virão para a Marinha serão em 2ª mão. Os hipotéticos Lynx do GALE também o seriam (e como já referi em cima, devem estar bem "batidos"). Ora introduzir um héli que só estará em serviço durante um terço a metade da sua vida útil (com sorte), não é muito sensato. Embora já exista treino ao nível da manutenção deste modelo, seria preciso criar doutrina de emprego e pilotos do exército para os operar. Ora este tipo de despesa é mais justificável se rentabilizada durante todo o tempo de vida de um aparelho.

Por isso, se só vierem os 2 Lynx em segunda mão para a Marinha, a despesa é menor, e há mais margem de manobra desta para exigir a sua substituição (visto que seriam apenas 7 aparelhos no tota) ao poder político. Com Lynx no GALE, a situação seria bastante mais complexa, porque teria que fazer um "phase-out" a um número muito maior de aparelhos, num quadro de aperto orçamental.

Raul Neto escreveu:5º - Por outro lado relembro-lhe que a África do Sul e a Suécia usam e vão usar o A-109 para instrução. Digo-lhe ainda que o Exército Alemão está a substituir (ou já o fez) o Alouette II, pelo EC-635 para a mesma missão, como vê tudo biturbinas;


Raul, já tivemos esta discussão várias vezes. Não é por haver países a operar hélis biturbina em missões de treino que estes passam a ser os mais adequados para a tarefa. Basta pensar um pouco para ver que é bastante mais simples instruir treino básico numa aeronave mais simples. Afinal, por alguma razão os pilotos de caça começam por treinar um Epsilon ou num Chipmunk, e não num Alpha Jet. Eu não digo que isto seja inviável, apenas menos adequado (e sobretudo, mais caro).

Raul Neto escreveu:6º - Não é um erro ver o Lynx como héli de ataque, foi usado pelo BA nessa tarefa, e se o BA comprou os Apache foi por questões não técnicas, e com forte oposição de Oficiais e Especialistas do Sector Britânicos, se o Amigo tiver por exemplo a obra de Bill Gunston "Helicópteros Militares" (e outras), verá que o Lynx está descrito como um excelente caçador de carros de combate;


Pelo que vejo, esta discussão já foi bastante longe com o Spectral, mas vou só dar algumas achegas... :wink:

O Lynx não é um helicóptero de ataque. Não se inclui na definição de helicóptero de ataque. No entanto, pela sua grande agilidade (e sobretudo por falta de alternativas no Reino Unido), foi preparado para missões de reconhecimento e apoio de fogo. Pela grande ameaça representada pelos carros de combate soviético, foi-lhe adaptado armamento anti-tanque.

Nesta missão, é uma plataforma razoável, barata (face a helicópteros de ataque dedicados), eficaz e versátil (pois pode igualmente ser usado como helicóptero ligeiro de transporte).

No entanto, não chega ao nível de um helicóptero de ataque dedicado, sobretudo aos modelos mais recentes. A sua mobilidade não é suficiente para garantir a sua sobrevivência. Não é com o recurso à mobilidade que se sobrevive a um MANPAD, mas sim com contra-medidas eficazes. Não tem igualmente o mesmo nível de protecção que um helicóptero de ataque (mesmo os mais levemente blindados, como o A129 ou o Tiger). Finalmente, a sua capacidade de combate não se mede apenas pela capacidade de lançar mísseis TOW ou Hellfire, mas sim pelo equipamento electrónico, de detecção e catalogação de alvos, de protecção electrónica, de radar, etc, que multiplicam a capacidade destes mísseis. Um Lynx não consegue lançar este tipo de mísseis da mesma forma que um Apache Longbow, um AH-1Z ou um Tiger o fazem. Embora tenha, creio eu, capacidade all-weather, não consegue lidar da mesma forma com alvos obscurecidos, altamente protegidos e tapados pelo terreno. Ou seja, a plataforma não é tudo - o mais importante é o "recheio".

Para além do mais, a manobralidade não é tudo. Os AH-1W são inferiores aos Apache Longbow, e no entanto, estes últimos são muito mais frequentemente abatidos. Isto por causa da doutrina de emprego. Se o exército inglês usasse um Lynx da mesma forma que o Exército Americano usa os Apache, eles cairiam que nem tordos. Já a doutrina do USMC é claramente melhor, e dá máxima efectividade a um helicóptero menos capaz.

Raul Neto escreveu:7º - Não vejo problema nenhum em adoptarmos o Lynx como aparelho de treino na FAP, as suas capacidades não seriam perdidas se apostássemos numa melhor rentabilização das mesmas, isto é não seriam (tal como os Alouette-III não são ) exclusivamente dedicados a treino de pilotos, poder-se-ia com planeamento (e a FAP sabe planear) distribuir o número de horas anuais, e de aeronaves por variadíssimo tipo de missões, tal como o apoio a Autoridades Civis por exemplo, ou o SAR Costeiro, no qual sai muito dispendioso enviar um EH-101, e para o qual (aliás para qualquer missão SAR), deve-se ter de preferência duas turbinas (as Aeronaves Civis que desempenhem tais tarefas são mesmo obrigadas a ter). Do ponto de vista de missões militares pode também por exemplo ser perfeitamente transformado (graças à sua velocidade e agilidade) num caçador de hélis inimigos, garantindo assim a vigilância de zonas consideradas sensívéis a ataques por esse tipo de plataformas;


Eu nunca disse que seria impossível adoptar um Lynx para as missões de treino da FAP. Apenas que isso seria um desperdício de capacidades. O Lynx é demasiado bom para esse tipo de missão. E não tenha ilusões - com a FAP a ter que realizar treino básico para os pilotos de todos os ramos, não sobrariam muitas horas de voo. Por outro lado, não surgiriam muitas hipóteses de utilizar o Lynx em missões de combate, pois a FAP argumentaria que para isso, o Exército já tem o GALE. Ou seja, estaríamos a usar um helicóptero para uma missão que poderia ser desempenhada por um aparelho muito mais barato de adquirir e sobretudo, de operar.

Raul Neto escreveu:8º - Meu Estimado Amigo JNSA, como sabe no Campo de Batalha quer-se agilidade, quer-se também capacidade polivalente e modular, porque:

a) Portugal (e não só) não tem Euros para gastar em meios dedicados;

b) Pretende-se evitar, como o meu Amigo tem feito alusão (e muito bem ) "Salganhadas Logísticas";

c) Não se esqueça dos custos inerentes à formação de pilotos em hélis de ataque dedicados (sempre era mais um modelo, a somar aos já existentes, e/ou em vias de existir).


Às vezes, modularidade e polivalência a mais, quer dizer que não se é bom em nada... :wink:

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Spectral escreveu:O A-109 tem um irmão mais novo, o A119 Koala, monoturbina:

http://www.agustawestland.com/products0 ... product=28

Sendo monoturbina e com bastante "comunualidade" com o A-109, seria uma combinação muito boa...


Também acho, Spectral, mas pelas notícias que correram nos jornais, parece que o héli ligeiro do GALE e o héli de treino da FAP seriam o mesmo... :?

Rui Elias Maltez escreveu:Relativamente aos 4 submarinos Uphloder que a Inglaterra nos propôs, que eu tenha conhecimento, apenas houve uma avaria grave num deles, mas que foi resolvida, e o problema foi de imadiato identificado.


Não sei se já surgiu algo de novo, mas até há bem pouco tempo, a frota de submarinos canadianos estava totalmente parada, desde aquele incidente com um incêndio...

A sua introdução ao serviço foi marcada por atrasos e descoberta de sucessivas avarias. Pouco tempo têm passado no mar, e aquando desse último incidente, chegou a levantar-se a hipótese do Canadá pedir uma indeminização ao Reino Unido. Resumindo, em retroespectiva, ainda bem que Portugal não os comprou

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Raul Neto escreveu:Desculpe Amigo Spectral,

Com todo o respeito pela sua opinião, mas não retiro uma vírgula ao que afirmei, basta ver entre um Apache e um Lynx qual deles é mais ágil, mais rápido e menos pesado, basta comparar as estruturas e as dimensões dos dois aparelhos, entre um Lynx e um Apache, o Lynx consegue escapar melhor ao fogo inimigo, disso não tenho dúvidas, eu não troco a agilidade do Lynx pelo armamento do Apache.

O Apache é imponente, mas é muito vulnerável, Israelitas e Norte-Americanos que o digam (já têm tido dissabores mais ou menos graves com eles em combate).


Raul, uma coisa é dizer que um Lynx se adequa melhor às nossas necessidades/capacidades do que um Apache (e até estou inclinado a concordar). Outra coisa é dizer que um Lynx é melhor do que um Apache, enquanto héli de ataque, o que é manifestamente falso.

Isso é o mesmo que dizer que um M8 Buford equipado com uma peça de 120mm tem o mesmo armamento que um M1A2SEP, é mais leve, mais versátil, mais rápido, tem maior mobilidade, é mais baratol, logo é um carro de combate melhor... :?

Não se trata de escapar melhor ao fogo inimigo - trata-se de detectar o inimigo a maior distância, ser capaz de o enfrentar com maior poder de fogo e maior precisão igualmente a uma maior distância e, se for preciso aproximar-se, ser capaz de resistir ao fogo inimigo graças à sua blindagem superior e sobretudo, às suas muito melhores contra-medidas. Um Apache Longbow é mais caro do que um Lynx, não porque a sua estrutura ou motores sejam muito melhores, mas porque foi concebido para realizar a missão de apoio aéreo próximo muito melhor do que o Lynx, com mais e melhor armamento, e com melhores radares e electrónica.

Os Apache resistiram a ataques no Afganistão que teriam causado autênticas catástrofes se tivessem sido usados Lynx. E por muito manobrável que seja, este não consegue escapar a balas de metralhadora e a RPG's disparados a menos de 100m de distância, sobretudo quando se está dentro de um vale no qual não se pode manobrar...

Raul Neto escreveu:A capacidade de manobra não pode nunca deixar de ser tida devidamente em conta, não é à toa que os tripulações dos helicópteros de ataque aprendem a pôr-se a salvo do fogo inimigo recorrendo aos obstáculos existentes no próprio terreno, pelo que eu reforço tudo o que atrás disse, dá sem dúvida jeito ter uma máquina que garanta uma boa capacidade de manobra.


Isso é uma questão de doutrina, não exclusivamente, nem sobretudo, da capacidade da plataforma. Os pilotos do USMC são ensinados a fazer isso com os seus Cobra, ao passo que o Exército Americano insiste mais na realização de disparo em voo estacionário com os seus Apache. Resultado - embora um AH-1W seja inferior a um AH-64D, este último tem um ratio de abates muito maior.


Raul Neto escreveu:É sempre extraordinário ver hélis efectuarem loopings, independentemente do tamanho, e contráriamente ao que pretende insinuar do vasto universo de helicópteros existente não há muitos (nem mesmo de menores dimensões que o consigam fazer).

A rapidez com que o héli consegue executar(descrever) manobras arrojadas é igualmente de ter em conta.

Já agora, conhece algum héli registado (civil ou militar) no nosso País que consiga descrever loopings ? Do que eu tenho conhecimento nem o Lynx da Armada tal como está equipado (ao nível mecânico) efectua essa manobra em festivais aéreos (pelo menos eu nunca vi, e estive muito possívelmente como o Amigo em vários).


Como disse mais acima, há alguns hélis que podem realizar loopings. Não sei se são muitos, bastantes ou poucos, porque normalmente os pilotos estão proibidos de realizar certo tipo de manobras. De certeza que, quer os Lynx da Armada, quer os seus pilotos, conseguem fazer um looping. Mas provavelmente, os hélis são considerados demasiado caros para arriscar em manobras com pouca ou nenhuma utilidade prática (um pouco como as manobras dos Su-35 e Su-37... :wink: )

Raul Neto escreveu:O Lynx tem definitivamente provas dadas em combate, e pode ao contrário do que afirma escapar de um MANPAD perfeitamente, está preparado para isso. Já os helicópteros que refere ainda têm de muito que provar, o A 109 é um soberbo Helicóptero, mas para desempenho civil, não tem grande currículo como héli de combate face ao Lynx. Isso tenha o meu Estimado Colega paciência mas não tem, não são sequer comparáveis em termos de desempenho, o Lynx bate francamente o A-109 em agilidade, e na versão que eu referi tem maior capacidade de transporte.

Aliás não é por acaso que o A-109 é muito mais barato face ao Lynx.


Ahh, o famoso argumento do "dar provas em combate"... :wink: Raul, não leve a mal, mas se tivesse que entrar num combate aéreo, preferia ir num F-4, equipado com AIM-9L e Sparrow's, ou num F/A-22 equipado com AIM-9X e AIM-120 C5?... :wink:

Nunca nenhum de nós questionou que o Lynx é melhor que o A109. Aliás, concordo perfeitamente consigo - é muito melhor. Mas melhor em quê? Um F/A-22 é um avião melhor que um C-17? Um AIM-120 é certamente melhor que um Sparrow, mas será que serve de muito quando a plataforma para o qual ele é comprado não o consegue usar?

Para ver o que é melhor - se o A109 ou se o Lynx, é preciso ver quais as nossas necessidades, o enquadramento da compra, as nossas possibilidades, etc.

Se vamos usar um héli simultaneamente para treino e como héli ligeiro do GALE, prefiro um A109 novo a Lynx usados...

Raul Neto escreveu:os Italianos seguiram para o A-129 Mangusta, porque que queriam um produto nacional que chegasse aos calcanhares do Lynx. Por essa altura os Ingleses estavam muito satisfeitos com o Lynx , e se depois foram a para o Apache foi pelos tais motivos não técnicos.

Na Alemanha e em Espanha também houve quem propusesse o desenvolvimento do BO-105 tendo em vista melhorar as suas já excelentes capacidades de combate.


Os Italianos não seguiram para o A-129 para terem algo que chegasse aos "calcanhares do Lynx"; seguiram para o A-129 porque queriam ter um helicóptero de ataque dedicado, em vez de um helicóptero de transporte convertido.

Quanto à Alemanha e Espanha, duvido que alguém nas Forças Armadas tenha proposto isso. Isso soa de certeza a proposta de político. :wink: Aposto em como nenhum piloto vai pensar duas vezes em trocar o seu BO-105 por um Tiger... :wink:
=======

Bem, e esta resposta já vai longa... :oops:

Para terminar - não estou a questionar os méritos do Lynx; acho que é um excelente aparelho. No entanto, não deve ser comparado com hélis de ataque dedicados.

Mas isto se precisarmos de hélis de ataque dedicados, pois caso contrário, um Lynx é claramente mais do que suficiente.

Não façam também do Lynx um héli de treino, pois isso é relegar uma plataforma muito capaz para uma missão que deve ser realizada por um héli barato de adquirir e de manter - é um desperdício de aeronaves e de dinheiro.

E nem pensem em "concordar em discordar", porque a discussão está animada, e é com estas discussões que se aprendem coisas novas... :wink:




Raul Neto
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#62 Mensagem por Raul Neto » Seg Mar 28, 2005 12:45 pm

    De Facto Rui. isto já parece a Questão Coimbrã :wink:

    Raul Neto, ao mesmo tempo que o Lynx possui um desempenho relativamente superior aos seus correntes o mesmo não possui um desempenho em termos absolutos que causem uma grande diferença nas sua possibilidades de combate.


    Ó meu Estimado Colega Slip, desculpe mas não posso deixar essa passar, o Lynx causa efectivamente diferença na sua capacidade de combate, ora veja:

    Lynx Helicopter AH 7 and AH9
    Fast and agile, the Lynx is a deadly tank-killer when equipped with eight TOW anti-armour missiles. Lynx is the British Army’s primary battlefield utility helicopter. Two versions are in service with the Army – the AH7 with skids, and the wheeled AH9. Lynx helicopters can also carry missile counter-measures, a stabilized roof sight and door guns.


    During the ‘cold war’ it’s primary job was in the anti-tank role


    in
    http://www.army.mod.uk/equipment/ac/ab_lnx.htm




Raul Neto
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#63 Mensagem por Raul Neto » Seg Mar 28, 2005 1:43 pm

    Estimado Amigo JNSA,

    Continuo a discordar de si, com todo o respeito que o Amigo me merece.

    Porque carga de àgua é o que os Lynx a virem para Portugal teriam de ser necessáriamente batidos (leia-se mau estado) ?

    Os "Blue Eagles" estão como todos sabemos autorizados a fazer esse tipo de manobras, que ao contrário do que afirma não são inúteis (já aqui aludi à necessidade de por exemplo ser necessário lutar contra hélis adversários no Campo de Batalha)

    E desculpe que lhe diga, mas no seu lugar não teria tanta certeza em afirmar que esse tipo de manobras não têm grande utilidade em combate, olhe que eu não ia por aí, têm e muita mesmo . eu aliás já coloquei aí citações de quem sabe sobre esse tipo de matérias e que vão no sentido perfeitamente contrário ao seu.

    Eu não tenho fé em Alianças, pois as mesmas só servem se forem devidamente aproveitadas, nisso sim eu tenho fé, e sempre foi isso que afirmei, receio que não me tenha compreendido correctamente.

    O "Phase Out " adequado das duas frotas seria sempre possível , e mais uma vez estou a ver que não me compreendeu, e desculpe que lhe diga mas quanto a mim está rotundamente enganado, pois a vinda de Lynx para o GALE seria mesmo benéfica dado que como já disse teremos os Lynx na Marinha por muitos anos ainda, criar-se-iam cinergias entre a Armada e o Exército, em virtude da Marinha já operar o Lynx na versão naval.

    Quanto à questão da permissão para realizar esse tipo de manobras, por amor de Deus ou de quem quiser, todos nós que aqui estamos sabemos muito bem que assim é, é básico !

    Volto a afirmar, e já aqui o citei que o Lynx está cotado como um excelente caçador de tanques, tenha paciência mas disso não abdico, e você sabe muito bem que assim é , sabe sim , sabe igualmente que ele teve durante muitos anos a função primária de héli de ataque e deu excelentes provas nesse campo.

    Agora se uns usam os hélis de uma forma e outros de outra, isso é outra questão, o BA lá sabe muito bem como usar os Lynx, e o que importa é que eles têm um currículo de combate invejável.

    Modularidade e Polivalência no caso do Lynx quer dizer que se é Bom em Quase tudo, você sabe também muito bem que é assim.

    Você sabe igualmente que as plataformas militares são cada vez mais polivalentes, e os hélis não são exepção são cada vez mais polivalentes (mesmo se estivermos a falar por exemplo de um Tiger Escolta/Apoio/Anti-Carro).

    Os Lynx também dispoêm da necessária capacidade de protecção em termos de contra medidas, e também já aludi aos sistemas de miras, portanto isso é novamente outra falsa questão.

    E eu continuo na minha, prefiro o Lynx ao Apache, pois conforme já referi o Apache é estático quando comparado com o Lynx, portanto nada de falso na minha afirmação.

    Facto é que os Lynx já deram cartas no Golfo, e os Apache ficaram muito aquém das expectativas, eu sei que isso se calhar vos custa a engolir, mas é um facto, que é que eu vos posso fazer ?

    Alemães, Suecos, e Sul-Africanos sabem muito bem porque é que usam biturbinas para missões de treino, porque é que nós que não podemos sequer investir o que eles investem na Defesa não podemos uniformizar o mesmo héli ligeiro para os três ramos ? Isso sim é que é racionalidade, conforme pode ver eu não tenho a minha visão limitada à questão das turbinas, que note-se são óbviamente dos componentes mais complexos de manter numa aeronave, daí que o NH-90, o EH-101 e o Apache Britânico estejam dotados todos eles com as RTM 322

    E Quanto aos Hélis ligeiros da FAP não tenha tanta certeza que não há por ano horas disponíveis para outro tipo de missões (como o SAR, e não só) missões essas em que mais uma turbina faz concerteza muita falta para potênciar a segurança, aliás o meu Amigo sabe muito bem que os Alouette III continuam a ser pau para toda a obra, mesmo estando já em número reduzido, sabe muito bem que ainda assim foram para Timor , e está pelo menos um destacado em Maceda Ovar para SAR, durante o verão dois estão afectos ao SNBPC (incêndios Florestais) e isto já aconteceu estando a FAP a treinar pilotos para os três ramos, por isso não vá por aí que vai mal, depois não há problema nenhum em a FAP sempre que possível/necessário reforçar o GALE com alguns dos seus Hélis, aí FAP não teria nada de argumentar, teria sim é de obedecer, ou o meu amigo JNSA é daqueles que defende a manutenção da mentalidade das quintinhas ?

    E os Italianos queriam um Héli de ataque, seguramente porque o A-109 não tinha as performances do Lynx senão não o fariam, pode crer que não iam gastar Liras (na altura) se o A-109 podesse ser comparável ao Lynx

    Em Espanha e na Alemanha propuseram isso sim Senhor (em relação ao BO-105), leia a Revista Soldiers Raids Nº 61 em que se referem à FAMET, não está a pretender insinuar que eu sou mentiroso pois não ?

    Virgem Santíssima! Nem quero acreditar nisso !

    Agora a sério Amigo JNSA a minha opinião é tão válida como a Sua, e você sabe isso muito bem, por isso proponho (e isto também se aplica a mim) que deixemos de nos armar em Professores uns dos outros, todos temos pontos fortes e pontos fracos, mas seguramente nenhum de nós é detentor da verdade absoluta, e eu modéstia à parte tenho consciência da pertinência e validade da minha proposta.





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#64 Mensagem por JNSA » Seg Mar 28, 2005 2:52 pm

Raul Neto escreveu:Porque carga de àgua é o que os Lynx a virem para Portugal teriam de ser necessáriamente batidos (leia-se mau estado) ?


Eu não disse que tinham que vir necessariamente em mau estado; disse que provavelmente viriam em mau estado, o que é diferente... :wink: A questão aqui é a seguinte:
- os ingleses consideram que têm hélis a menos, face às suas necessidades
- tendo em conta as dificuldades e atrasos com a entrada em serviço dos WAH-64, devem querer manter os Lynx a todo o custos
- as forças armadas inglesas estão a sofrer reduções orçamentais, por causa dos custos com a guerra do Iraque
- actualmente estão em fase de estudo vários programas tendo em vista a compra de hélis para uma série de funções, programas nos quais os novos Super Lynx 300 são fortes candidatos
- se as Forças Armadas dessem autorização para a venda desses aparelhos a Portugal, essa mensagem seria interpretada pelo poder político como a assunção de que não seria necessários tantos helicópteros para as futuras necessidades.

Tudo isto leva-me a concluir que, realisticamente, as únicas hipóteses de estes nos venderem Lynx em segunda mão seriam: ou exemplares em bom-estado, mas a preço muito elevado, ou exemplares mais desgastados pelo uso (o que sempre poderia ser usado como desculpa para a compra de novas aeronaves...)

Raul Neto escreveu:Os "Blue Eagles" estão como todos sabemos autorizados a fazer esse tipo de manobras, que ao contrário do que afirma não são inúteis (já aqui aludi à necessidade de por exemplo ser necessário lutar contra hélis adversários no Campo de Batalha)

E desculpe que lhe diga, mas no seu lugar não teria tanta certeza em afirmar que esse tipo de manobras não têm grande utilidade em combate, olhe que eu não ia por aí, têm e muita mesmo . eu aliás já coloquei aí citações de quem sabe sobre esse tipo de matérias e que vão no sentido perfeitamente contrário ao seu.


Os "Blue Eagles" são uma unidade acrobática. Da mesma forma, a única vez que vai ver uma aeronave fazer manobras semelhantes à "famosa" "Cobra" vai ser, ou em espectáculos acrobáticos dos Su-37, ou então, em filmes género "Top Gun"... Nunca em combate...

Acha sinceramente que um looping tem qualquer utilidade para um helicóptero em combate?? :roll: Quanto às citações que colocou, referem-se (e bem, volto a dizê-lo) à capacidade genérica de manobralidade do Lynx, e não aos loopings, que reconhecidamente não servem para muito mais do que agradar ao público dos espectáculos aéreos...

Raul Neto escreveu:O "Phase Out " seria semelhante ao que ocorre para a FAP neste momento com os Puma, e mais uma vez estou a ver que não me compreendeu, e desculpe que lhe diga mas quanto a mim está rotundamente enganado, pois a vinda de Lynx para o GALE seria mesmo benéfica dado que como já disse teremos os Lynx na Marinha por muitos anos ainda, criar-se-iam cinergias entre a Armada e o Exército, em virtude da primeira já operar o Lynx na versão naval.


Explique-me como é que é benéfico criar toda uma estrutura de logística, treino e doutrina para uma aeronave que, vindo em 2ª mão, só será usada durante metade a um terço do seu tempo de vida?... :roll:

Raul Neto escreveu:Quanto à questão da permissão para realizar esse tipo de manobras, por amor de Deus ou de quem quiser, todos nós que aqui estamos sabemos muito que assim é, é básico, mas também concerteza que os pilotos da Armada não são novatos, não é isso que está a pretender afirmar pois não ?


Nunca disse que os pilotos da Armada são novatos, antes pelo contrário, tanto quanto tenho ouvido, estão entre os melhores pilotos do mundo. Como tal, sabem eles, e sabe a Armada que, tendo apenas 5 Lynx, não convém arriscá-los em manobras que só servem para a fotografia... Se eles pertencessem a uma unidade acrobática, a conversa seria outra.

Raul Neto escreveu:Volto a afirmar, e já aqui o citei que o Lynx está cotado como um excelente caçador de tanques, tenha paciência mas disso não abdico, e voçê sabe muito bem que assim é , sabe sim , sabe igualmente que ele teve durante muitos anos a função primária de héli de ataque e deu excelentes provas nesse campo.



Raul, eu tenho muita paciência, esteja descansado, e se tivesse lido bem o meu post, teria visto que eu concordo com muito do que disse... :wink:

É preciso entender uma coisa: o Lynx teve, durante muito anos, a missão primária de caçador de tanques, porque o Exército Britânico não tinha mais nada para essa missão, à excepção dos Gazelle. A FAP tinha os A-7P Corsair com a missão primária de defesa aérea, missão em que eles eram francamente maus, porque não tinha nada melhor. Nunca ouviu a expressão "quem não tem cão, caça com gato"?

Foi exactamente isso que os Ingleses fizeram - pegaram num "utility helicopter", como o AllIII, o A109, o BO-105 ou o Kiowa Warrior, e preparam-no para missões anti-carro. Eu não digo, nem nunca disse, que ele não seja bom nesta missão, mas a realidade é que não pode ser comparado com a capacidade de um héli de ataque dedicado.

Raul Neto escreveu:Os Lynx também dispoêm da necessária capacidade de protecção em termos de contra medidas, e também já aludi aos sistemas de miras.


Raul, por muito que lhe custe perceber isto, o Lynx está a milhas, em termos de contra-medidas e de sistema de radar e detecção e catalogação de alvos, de por exemplo, um AH-1Z ou um Tiger. O radar de um Apache Longbow aumenta o preço deste helicóptero em 3,6 milhões de dólares... Acha que se o Lynx pudesse fazer o mesmo, os americanos gastariam mesmo este dinheiro para melhorar o seu helicóptero??

Um helicóptero de ataque dedicado consegue atacar alvos com um grau de eficácia muito elevado em situações de visibilidade degradada tais que o Lynx nem veria o inimigo...

Raul Neto escreveu:E eu continuo na minha prefiro o Lynx ao Apache, pois conforme já referi o Apache é estático quando comparado com ao Lynx, portanto nada de falso na minha afirmação.

Facto é que os Lynx já deram cartas no Golfo, e os Apache ficaram muito aquém das expectativas, eu sei que isso secalhar vos custa a engolir, mas é um facto que é que eu vos posso fazer ?


Raul, parece-me ser uma pessoa inteligente, por isso não caia no erro em que tantos amadores caem - não compare "alhos com bugalhos".

Prefere o Lynx sobre o Apache em quê?
Como héli de transporte? Eu também o prefiro, tendo em conta que o Apache não pode transportar ninguém...:roll:
Como héli multifunção com capacidade anti-tanque? Neste caso, também eu prefiro o Lynx...
Como héli de ataque, tendo em conta as necessidades e possibilidades da FAP? Provavelmente também prefiro, tal como você, o Lynx sobre o Apache
Como héli de ataque, em abstracto? Nunca. O Apache é muito melhor héli de ataque do que o Lynx, seja em missões anti-tanque, seja em apoio aéreo próximo, seja em missões de interdição do campo de batalha.

Quando fala do dar cartas, também esperava que não viesse com este argumento mais do que batido, e refutado por quem percebe mais deste assunto do que qualquer um de nós.

A experiência do Apache na 1ª Guerra do Golfo é exemplar, e foi tudo menos uma desilusão - estima-se que tenha destruído mais de 500 carros de combate e várias centenas de outros blindados.

O Lynx quantos destruiu?

Quanto á 2ª Guerra do Golfo, só quem não conheça a doutrina de emprego de helicópteros do US Army é que poderia pensar que as coisas se poderiam passar de outra forma. O US Army treinou as suas tripulações para combates nas planícies centro-europeias, contra carros de combate russos. O Apache detectaria o inimigo a longa distância e dispararia os seus mísseis o mais longe possível, sempre em voo estacionário. Isto funcionou na 1ª Guerra do Golfo. Já na 2ª, quando é necessário aproximar-se de tropas desmontadas, muitas vezes próximas de forças amigas, esta estratégia tornou-se mortal. A culpa não é do helicóptero, mas da doutrina de emprego, como foi demonstrado pela eficácia do AH-1W do USMC. Se colocasse um Lynx no lugar de um Apache, com a doutrina de emprego deste, em vez de ter alguns hélis abatidos e poucas baixas, teria dezenas de hélis abatidos, e dezenas de pilotos mortos ou capturados (isto porque um Apache é muito mais resistente que um Lynx). Se colocasse um Lynx no lugar de AH-1W, com a doutrina de emprego deste, teria mais alguns hélis destruídos, (porque o Lynx é igualmente menos blindado que um Cobra), e teria uma eficácia de combate menor, pois o armamento do Lynx é menos preciso do que o do Cobra, e não dispõe de um canhão como este...

E não, não me custa nada a "engolir" isto... Talvez às famílias dos pilotos mortos sim... E não é preciso falar com tanta agressividade... :roll:

Raul Neto escreveu:E Quanto aos Hélis da FAP, não tenha tanta certeza voç~e que não há por ano horas disponíveis para outro tipo de missões (como o SAR), missões essas em que mais uma turbina faz concerteza muita falta, aliás o meu Amigo sabe muito bem que os Alouette III continuam a ser pau para toda a obra, mesmo estando já em número reduzido, sabe muito bem que ainda assim foram para Timor , e está pelo menos um destacado em Maceda Ovar para SAR, e isto já aconteceu estando a FAP a treinar pilotos para os três ramos, por isso não vá por aí que vai mal, depois não há problema nenhum em a FAP sempre que possível/necessário reforçar o GALE com alguns dos seus Hélis, aí FAP não teria nada de argumentar, teria sim é de obedecer, ou o meu amigo JNSA é daqueles que defende a manutenção da mentalidade das quintinhas ?


Raul, não se esqueça que, com os dados que temos actualmente, virão dez a doze helicópteros para subsituir quase 20. Ou seja, terá menos hélis para dar instrução básica a mais pilotos (pilotos para mais dois Lynx, pelo menos, e para os futuros NH-90 e hélis ligeiros do GALE). Por isso é que digo que não devem sobrar muitas horas de voo.

E não se esqueça que estes hélis não teriam que ser pau para toda a obra, como os AllIII, visto que o GALE teria hélis próprios, ou seja, por exemplo em Timor, seriam enviados aparelhos do GALE e não da FAP.

E não, não sou adepto das quintinhas.... :roll: Limitei-me a dizer aquilo que penso que vai acontecer, e não o que eu gostaria que acontecesse...

======

Já agora, Raul se quer mesmo saber o que eu penso sobre a questão dos helicópteros, para mim a situação deveria ser tratada do seguinte modo:
- retirar todos os hélis aos diversos ramos e criar um corpo comum, ao qual todos os pilotos e aparelhos pertenceriam.

Em caso de destacamento operacional, os hélis de SAR seriam colocados temporariamente sobre controlo administrativo de uma esquadra da FAP, da base na qual se encontrassem. Os de ASW/ASuW ficariam temporariamente sob o comando do navio no qual estivessem embarcados.

Se pudesse voltar atrás no tempo, talvez tivesse desistido da compra dos NH-90, e faria seguinte estrutura:
-12 hélis monoturbina de treino e ligação (EC-120 ou A119, por exemplo)
- um número indefinido de hélis ASW/ASuW - modelo Super Lynx 300, substituindo os actuais quando chegassem ao fim de vida
-12/16 hélis ligeiros multifunção - modelo Super Lynx 300 na variante terrestre
-6 hélis médios/pesados - modelo EH-101 CSAR (os 4 actuais mais 2)
-10 hélis de SAR/SIFICAP - modelo EH-101 (os 8 actuais mais 2 - 5 no Continente, 3 nos Açores e 2 na Madeira)

Ou seja, 3 plataformas no total. Se houvesse dinheiro, juntava-lhe 12 AH-1Z Super Cobra. :wink:




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#65 Mensagem por Raul Neto » Seg Mar 28, 2005 7:34 pm

    Estimado Amigo JNSA:

    Vamos ver se conseguimos chegar aqui a um acordo...

    Tudo isto leva-me a concluir que, realisticamente, as únicas hipóteses de estes nos venderem Lynx em segunda mão seriam: ou exemplares em bom-estado, mas a preço muito elevado, ou exemplares mais desgastados pelo uso (o que sempre poderia ser usado como desculpa para a compra de novas aeronaves...)


    :arrow: Tudo uma questão de negociação, interesse e sobretudo vontade política , que diga-se de passagem nunca existiu.

    Acha sinceramente que um looping tem qualquer utilidade para um helicóptero em combate??


    :arrow: Sim, "Dog Fight" entre hélis, ou perante enfrentamentos com determinado tipo de aeronaves ligeiras.

    Explique-me como é que é benéfico criar toda uma estrutura de logística, treino e doutrina para uma aeronave que, vindo em 2ª mão, só será usada durante metade a um terço do seu tempo de vida?...


    :arrow: Tem a certeza ? Olhe que eu sinceramente não tenho, tudo aponta para que os Lynx estejam na Armada talvez ainda daqui a 25 anos, todos nós sabemos que em matéria de reequipamento das FA's Portugal adia, adia, adia, adia....adia...até um dia. E olhe não me faça essa pergunta, pois eu sempre disse que os Land Lynx já deveriam ter
    vindo para Portugal há mais de 10 anos, por isso sinto-me à vontade para defender o que defendo.

    Raul, por muito que lhe custe perceber isto, o Lynx está a milhas, em termos de contra-medidas e de sistema de radar e detecção e catalogação de alvos, de por exemplo, um AH-1Z ou um Tiger. O radar de um Apache Longbow aumenta o preço deste helicóptero em 3,6 milhões de dólares... Acha que se o Lynx pudesse fazer o mesmo, os americanos gastariam mesmo este dinheiro para melhorar o seu helicóptero??


    :arrow: Presentemente sim, mas é um vector capaz de incorporar muitos sistemas modernos, e isso de certa forma tem vindo a acontecer, a questão porém é que o Reino Unido não actualiza dessa forma o AH.7 , nem sequer no AH.9, em virtude de já dispôr de uma frota WAH-64 Apache. Conforme o meu Amigo disse e muito bem é uma questão de sensores e não da plataforma em si. Os Norte-Americanos investem é óbviamente na Indústria deles, esse é o motivo de tal dispendio.

    Como héli multifunção com capacidade anti-tanque? Neste caso, também eu prefiro o Lynx...


    :arrow: Aqui concordamos, contudo o seu desempenho como héli de ataque está subaproveitado, devia ter sido mais desenvolvido. Eu sempre disse que o Apache carrega (apto a disparar) mais armamento, contudo sacrifica muito a agilidade que eu gostaria que ele tivesse, e é aqui que reside quanto a mim a sua enorme fraqueza.

    O Lynx quantos destruiu?


    :arrow: Estes são todos os dados que para já consegui reunir, mas repare no número de unidades que foram destacadas para o Golfo

    Lynx had mulit-role versatility in the Gulf. anti-tank/anti-light armour, casualty evacuation, command and control, reconnaissance and logistic support. 24 Battlefield Lynxes were deployed, with a minimum of 95% available at any one time, and no losses incurred as a result of enemy action.


    E não é preciso falar com tanta agressividade...


    :arrow: Lamento profunda e sinceramente se o fiz, não tive nem de longe nem de perto tal intenção.

    Raul, não se esqueça que, com os dados que temos actualmente, virão dez a doze helicópteros para subsituir quase 20. Ou seja, terá menos hélis para dar instrução básica a mais pilotos (pilotos para mais dois Lynx, pelo menos, e para os futuros NH-90 e hélis ligeiros do GALE). Por isso é que digo que não devem sobrar muitas horas de voo.


    :arrow: Isso não é assim como diz, os quase 20 há dez anos atrás eram 18, de lá para cá (e já há alguns anos) do que eu tenho conhecimento perderam-se pelo menos mais dois acidentes, presentemente talvez tenhamos 14, e no entanto todas estas missões têm sido levadas a cabo:

    MISSÕES PRIMÁRIAS

    Executar operações de transporte aéreo táctico.

    MISSÕES SECUNDÁRIAS

    Ministrar instrução complementar de pilotagem, em helicóptero (aos três ramos);
    Executar missões de apoio aéreo ao combate;
    Executar missões de Busca e Salvamento;
    Executar operações de transporte aéreo geral;
    Executar operações de apoio no ataque a incêndios.

    E depois ? Quando surgirem períodos para os quais em virtude de quer o Exército, quer a Marinha já terem quadros formados, períodos esses em que os hélis ligeiros serão encarregues de outro tipo de missões como vai ser ? Será que o EC-120 ou A-119 são adequados para SAR costeiro por ex ?

    - O A-119 ainda escapa (mal porque só tem uma turbina), agora o EC-120 nem pensar!

    :arrow: Concordo com o grosso da sua proposta. :wink:

    Fumo branco :?: já podemos fumar o cachimbo da Paz :?:




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#66 Mensagem por Rui Elias Maltez » Ter Mar 29, 2005 7:08 am

Bom:

Como eu julgo que finalmente saiu fumo branco deste mano-a-mano entre o Raúl e o JNSA, eu proporia um mini inquérito para que os dois se pronunciasem sobre hipóteses de compra de helis para ataque e treino para o GALE.

Imaginem-se na pele do decisor final sobre a compra dos helis para treino e combate do GALE.

Obviamente que este mini-inquérito está aberto à participação dos outros colegas deste forum, mas por se tratar de coisa tão especializada, dispenso-me de promover um "enquete" como tópico, de que aliás parece que já houve um há meses:

Opções, para além dos anunciados NH-90:


1 -10 Linx Land, novos
2 - 15 Linx Land usados
3 - 12 A-109 novos
4 - 8 Apache
5 - 12 a 15 Tiger
6 - 12 Cobra




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#67 Mensagem por JNSA » Ter Mar 29, 2005 8:16 am

Raul Neto escreveu::arrow: Tudo uma questão de negociação, interesse e sobretudo vontade política , que diga-se de passagem nunca existiu.


OK, tudo bem... :wink:

Raul Neto escreveu::arrow: Sim, "Dog Fight" entre hélis, ou perante enfrentamentos com determinado tipo de aeronaves ligeiras.


Aí só mesmo nos filmes... :wink: Normalmente, os helicópteros só são usados em números relevantes em espaços aéreos não contestados. A ideia de criar/converter helicópteros em "caça-helicópteros" é para mim uma ideia relativamente falhada. Os franceses e os americanos usam ocasionalmente mísseis ar-ar nos seus aparelhos, mas não encaram seriamente a hipótese de os usar em larga escala. Os russos também gostam dessa ideia, mas que para mim tem uma falha essencial:
- do ponto de vista do "caçador" - se o inimigo ainda opera helicópteros, é porque não se detém a superioridade aérea, logo não se vai arriscar os próprios helicópteros quando eles são altamente vulneráveis a aeronaves de asa fixa. A melhor forma de destruir os aparelhos inimigos é com caças
- do ponto de vista da auto-defesa contra hélis inimigos - se há hélis inimigos no ar, é porque também há caças, logo não se devem realizar operações relevantes até se obter a superioridade aérea. (veja-se a Guerra do Vietnam, as duas Guerras do Golfo, e a última guerra no Afganistão)

Quanto às aeronaves ligeiras, como o Super Tucano, por alguma razão eles só são adquiridos para missões de combate (normalmente COIN) por forças aéreas relativamente secundárias (sem ofensa aos amigos brasileiros :wink: ). Isto porque são irrelevantes em cenários de elevada intensidade, pois são altamente vulneráveis. Ora são as principais forças aéreas a operarem o maior número de helicópteros...

Finalmente, e do ponto de vista do combate aéreo, o looping é uma manobra que faz perder velocidade, e como qualquer lhe piloto lhe dirá, a "velocidade é vida". Se fizer um looping com um Lynx, à frente de um héli de combate, das duas uma, ou é abatido pelo canhão móvel do nariz, ou por mísseis ar-ar... E não, não é possível, ao contrário do que alguns russos querem fazer crer com os Su-35/37, fugir a um míssil SRAAM moderno recorrendo apenas a manobras- um caça pode fazer manobras até 9G's; um míssil pode fazê-las até 40, 50 ou 60G's... A melhor esperança de um Lynx em combate são os flares e o RWR...

Raul Neto escreveu::arrow: Tem a certeza ? Olhe que eu sinceramente não tenho, tudo aponta para que os Lynx estejam na Armada talvez ainda daqui a 25 anos, todos nós sabemos que em matéria de reequipamento das FA's Portugal adia, adia, adia, adia....adia...até um dia. E olhe não me faça essa pergunta, pois eu sempre disse que os Land Lynx já deveriam ter
vindo para Portugal há mais de 10 anos, por isso sinto-me à vontade para defender o que defendo.


Se tivessem vindo há dez anos, não estaríamos a ter esta conversa... :wink: Quanto aos Lynx da Marinha, por muito que os políticos queiram, quase de certeza que eles não vão durar mais 25 anos (talvez nem 20). O desgaste em ambiente marítimo é demasidado elevado para isso.

Raul Neto escreveu:Presentemente sim, mas é um vector capaz de incorporar muitos sistemas modernos, e isso de certa forma tem vindo a acontecer, a questão porém é que o Reino Unido não actualiza dessa forma o AH.7 , nem sequer no AH.9, em virtude de já dispôr de uma frota WAH-64 Apache. Conforme o meu Amigo disse e muito bem é uma questão de sensores e não da plataforma em si. Os Norte-Americanos investem é óbviamente na Indústria deles, esse é o motivo de tal dispendio.


Sim e não... Os Lynx podem receber esses upgrades até certo ponto. A questão não é só instalar um radar, melhores contra-medidas, um RWR, e tudo isso. A questão fulcral é que isso não é realista, nem economicamente sensato, pois o Lynx nunca deixaria de ser uma conversão. Para fazer do Lynx um verdadeiro héli de ataque, teria que substituir o rotor por um mais blindado, instalar blindagem (pelo menos em torno da cabine, do veio do rotor e cauda), aumentar as redundâncias dos controlos de voo, aumentar a capacidade do sistema hidráulico (não sei qual é a capacidade "run-dry" do Lynx, mas deve ser mais fraca do que a dum héli dedicado), de preferência instalar um canhão numa plataforma móvel, instalar uma antena de radar no tecto ou sobre o rotor, etc, etc. Basicamente, tinha que fazer um héli novo.

Se quiser uma analogia, imagine que tinha que fazer uma corrida de velocidade contra um carro de Fórmula 1, mas o seu carro era um Citroen WRC. O que é que lhe parece mais lógico e menos dispendioso, para além de dar um melhor resultado final - comprar também um F1 ou converter o Citroen até ficar ao nível da concorrência?...

Por isso é que eu disse que o Lynx é melhor do que o Apache (ou qualquer outro héli de ataque) em todos os pontos, menos como aparelho dedicado para apoio de fogo/anti-tanque.

Raul Neto escreveu::arrow: Lamento profunda e sinceramente se o fiz, não tive nem de longe nem de perto tal intenção.


Não há problema, eu também exagerei um pouco... :wink:

Raul Neto escreveu: Isso não é assim como diz, os quase 20 há dez anos atrás eram 18, de lá para cá (e já há alguns anos) do que eu tenho conhecimento perderam-se pelo menos mais dois acidentes, presentemente talvez tenhamos 14, e no entanto todas estas missões têm sido levadas a cabo:

MISSÕES PRIMÁRIAS

Executar operações de transporte aéreo táctico.

MISSÕES SECUNDÁRIAS

Ministrar instrução complementar de pilotagem, em helicóptero (aos três ramos);
Executar missões de apoio aéreo ao combate;
Executar missões de Busca e Salvamento;
Executar operações de transporte aéreo geral;
Executar operações de apoio no ataque a incêndios.


Eu disse quase 20, porque não tinha a certeza quanto ao número, mas não creio que sejam só 14. De qualquer modo, vão ser menos helicópteros para treinar mais pilotos.

Quanto a essa lista, não é por ela estar no site da Força Aérea que isso quer dizer que os ALIII façam todas essas missões, ou sequer a maioria, com regularidade. Não se esqueça que, logo há partida, o transporte aéreo táctico e o transporte aéreo geral vão passar a ser da competência do GALE.

Raul Neto escreveu:E depois ? Quando surgirem períodos para os quais em virtude de quer o Exército, quer a Marinha já terem quadros formados, períodos esses em que os hélis ligeiros serão encarregues de outro tipo de missões como vai ser ? Será que o EC-120 ou A-119 são adequados para SAR costeiro por ex ?

- O A-119 ainda escapa (mal porque só tem uma turbina), agora o EC-120 nem pensar!


Nunca vão haver "quadros formados"... É sempre preciso treinar pilotos novos. A FAP tem um quadro de pilotos suficiente para o número actual de aviões, mas de qualquer modo, os Chipmunk, os Epsilon e os Alpha Jet são sempre poucos para as necessidades de treino.

Raul Neto escreveu:Fumo branco :?: já podemos fumar o cachimbo da Paz :?:


Fumo branco... :wink: Mas fique lá o meu amigo com o cachimbo da paz, que eu prefiro uma aguardente velha... :mrgreen:




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#68 Mensagem por JNSA » Ter Mar 29, 2005 8:23 am

Rui Elias Maltez escreveu:Imaginem-se na pele do decisor final sobre a compra dos helis para treino e combate do GALE.

Obviamente que este mini-inquérito está aberto à participação dos outros colegas deste forum, mas por se tratar de coisa tão especializada, dispenso-me de promover um "enquete" como tópico, de que aliás parece que já houve um há meses:

Opções, para além dos anunciados NH-90:


1 -10 Linx Land, novos
2 - 15 Linx Land usados
3 - 12 A-109 novos
4 - 8 Apache
5 - 12 a 15 Tiger
6 - 12 Cobra


Rui, há aí uma coisa que não percebo - o objectivo dessas alternativas é escolher um héli de treino e de combate? Então deveria ter estruturado isso de forma diferente, por exemplo X A109 + X Apache vs X Lynx. Isto porque não pode usar um Tiger, um Apache ou um Cobra para treino... :?




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#69 Mensagem por Rui Elias Maltez » Ter Mar 29, 2005 8:49 am

JNSA:

Para treino puro, poder-se-iam utilizar os AluetteIII enquanto dessem, como se faz com os Alpha Jet.

Quando refiro treino num Apache ou num Tiger, refiro a treinamento e horas de voo.

Esses helis também se submetem a manobras, ensaios, e não exclusivamente em missões de combate real.

Mas para simplificar, já que é altamente improvavel que Portugal venha a ter esse tipo de células (e talvez até sejam desnecessárias), eu proporia a simplificação:

Se você fosse o decisor final, e sem constrangimentos financeiros o que preferiria?

1 - 15 A-109 novos

2 - 10 Linx novos

3 - 15 Linx usados

4 - 20 A-109 usados

Outro - Qual?




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#70 Mensagem por JNSA » Ter Mar 29, 2005 9:06 am

Rui, a resposta a essa pergunta não é simples.

Quanto aos números, o que surgiu nos jornais, de acordo com fontes das FA, foi que seriam 12 helicópteros de treino para a FAP, e 8 helicópteros ligeiros para o GALE.

:arrow: Se forem de modelos diferentes, e se a uniformidade logística não for essencial, a melhor escolha seria 12 EC120 novos para treino, e 8 Super Lynx 300 na variante terrestre, para o GALE.

:arrow: Se forem modelos iguais, a escolha mais sensata seriam 12 A109 novos para a FAP, e 8 A109 novos para o GALE.

Infelizmente, "cheira-me" que ainda vamos acabar com alguns A109 em 2ª mão, do exército belga... :?




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#71 Mensagem por Rui Elias Maltez » Ter Mar 29, 2005 9:12 am

Infelizmente, "cheira-me" que ainda vamos acabar com alguns A109 em 2ª mão, do exército belga...


Infelizmente, eu também acho isso.

Mas sabe o sentimento que terei quando vir o nosso GALE com os A-109?

Será este: [024] [032] [024] [032]

O que vai valendo são os prometidos NH-90 :roll:




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#72 Mensagem por Raul Neto » Ter Mar 29, 2005 9:59 am

    Rui,

    Respondendo à sua pergunta eu preferia 20 Lynx novos, 10 dos quais seriam a versão BattleField Lynx (GALE), e os restantes numa versão LUH (FAP).

    JNSA e Spectral,

    Estou disposto a convergir em relação ao tipo de héli de treino com voçês, até disposto a ir para o A-119 Koala, mas na condição de este poder ser equipado com uma das seguintes turbinas:

    - RTM 322;

    - Rolls Royce GEM 42;

    E... se possível ter uma aviónica semelhante ao Lynx, podem me ajudar ?

    Será possível equipar o A-119 Koala com estes requisitos ?

    Assim uma combinação possível seria esta:

    10 AH.7 Lynx usados, mas em bom estado para o GALE.
    10 A-119 Koala, novos, mas nas condições que acima referi para a FAP.

    O que acham ?

    Ainda quanto ao número que em principio virá, eu preferia ver 10 no GALE, e outros tantos na FAP. Não me faz muito sentido ter mais hélis destinados essencialmente a treino de pilotos, do que a diversas missões no GALE. Inicialmente estavam previstos apenas 10 para a FAP.

    Um abraço,

    Raul Neto




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#73 Mensagem por JNSA » Ter Mar 29, 2005 1:13 pm

Raul Neto escreveu:
    JNSA e Spectral,

    Estou disposto a convergir em relação ao tipo de héli de treino com voçês, até disposto a ir para o A-119 Koala, mas na condição de este poder ser equipado com uma das seguintes turbinas:

    - RTM 322;

    - Rolls Royce GEM 42;

    E... se possível ter uma aviónica semelhante ao Lynx, podem me ajudar ?

    Será possível equipar o A-119 Koala com estes requisitos ?



Raul, suponho que queira esses motores por razões de uniformidade logística, não? Parece-me que por aí não terá muita sorte. O Rolls Royce GEM 42 apenas é usado pelos modelos menos recentes do Lynx; o Super Lynx 300 usa o LHTEC CTS800-4N (claro que se forem Lynx usados, virão com o motor anterior). Só encontro referências ao A119 equipado com o Pratt & Whitney PT6B-37A, e mesmo o Rolls Royce GEM 42 é mais potente que este. Quanto ao RTM 322, deve ser demasiado potente para o A119.

Equipar um helicóptero com turbinas diferentes não é nada fácil, visto que implica consideráveis alterações estruturais, ao nível da transmissão e do abastecimento de combustível.

De qualquer modo, parecem-me os dois demasiado potentes para o A119, mas esta não é de maneira nenhuma a minha área, e portanto deixo para o Spectral a resposta à sua dúvida... :oops: :?




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#74 Mensagem por Raul Neto » Ter Mar 29, 2005 2:40 pm

    Amigo JNSA,


    Se assim o diz, de facto estive a ver melhor, o RTM 322 parece ser muito potente para o A-119, mas o Rolls Royce GEM 42 (falamos claro na hipótese de Lynx usados) será que também excede em muito a potência para o A-119 Koala...?

    A ideia era uma boa ideia(uniformidade logística como bem perguntou), mas de facto a irmos por aí, tudo aponta para que tenhamos de ir para uma combinação A119/A109, daí que a outra alternativa (se bem que um pouco mais dispendiosa no sentido do consumo de combustível e manutenção, mas quanto a mim compensadora em termos de gestão global dos 3 ramos das FA's) seria a adopção de uma versão LUH do Lynx para a FAP.

    Fico à espera da ajuda do Amigo Spectral.


    Obrigado,


    Raul




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#75 Mensagem por JNSA » Qua Mar 30, 2005 8:53 am

Já agora, mais um vídeo para quem gosta de ver helicópteros a fazer loopings :wink: (eu também gosto :mrgreen: ). Desta vez, com o Eurocopter Tiger:

http://www.eurocop.com.au/mheli/videoTigre/mini-show1.WMV




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