Sobre este assunto do GALE, julgo que a filosofia da sua constituição, como é apanágio de tudo o que e passa nas FA's portuguesas, também é a do minimalismo, mais para justificar a sua própria existência, do que para materializar uma força militar credível.
Para já o número de aeronaves é insuficiente.
Quer a nível de helis de combate, que a nível de helis de transporte de tropas.
Eu tenho para mim que o GALE deveria ser uma força ligada ao Exército, e equipada de modo a poder operar sem o concurso de outros ramos das FA's, a menos que circunstâncias específicas o exigissem.
Ora um GALE com helis de combate como os que se pensa virem a constituí-lo farão dele um motivo de chacota a nível internacional.
E não serão 10 ou 12 NH-90 que disfarçarão o problema, porque como o Raul sublinhou, muitos deles estarão em manutenção.
Ou seja, de um conjunto de 10 NH-90, apenas 6 se manterão em estado de completa operaconalidade.
Por mim, e como já escrevi noutros locais, o GALE deveria ser constituído por:
15 a 20 helis de combate com provas dada em outros teatros e noutras FA's.
Por mim, defenderia o OH-58.D:
Em alternativa o
Linx, no modelo referido pelo Raul neste tópico.
Para transporte táctico os 10 NH-90 servem para transportar uma Companhia, mas para uma verdadeira movimentação/rotação de homens num teatro delimitado a 10/15 quilómetros quadrados, necessitariamos de ter capacidade para pelo menos 2 companhias.
Como para isso seriam necessários 20 NH-90, eu defenderia em alternativa, a aquisição prevista dos 10 NH-90, mais uma força de 5 EH-101 ou H-53 da
Sikorsky (mesmo que usados), ou em último caso 6 a 8
Chinook.
Mas como a FAP irá receber os EH-101, poderiamos encomendar mais 5 para o GALE, e assim poderem beneficiar de manutenção conjunta.
Desse modo e para além dos helis para ataque ao solo, poderíamos ter uma força conjunta para transporte de homens através dos helis de porte médio (os NH-90) e helis pesados para transporte de homens, e material médio, tal como viaturas tácticas que tenham que ser colocadas em teatros para onde não hajam estradas, ou para quem a importância da rapidez o exija.
Também os helis pesados poderiam transportar pequenas peças de artilharia, baterias terra-ar e terra-terra, um hospital de campanha e outros equipamentos de apoio, até que por terra chegassem os "reforços".
Julgo ainda que o GALE deveria ter exclusivamente integrado nessa unidade um conjunto de 20 viaturas tácticas
Land Rover Defender, viaturas de assalto
Panhard em número não inferior a 20, semelhante aos actuais, e 3 camiões todo-o-terreno para fornecimento de combustível.
Ainda uma frota de camiões todo-o-terreno multi-usos.
Ou seja, e resumindo:
10 a 12 NH-90
5 a 8 EH-101
15 a 20 OH-58D
20 viaturas tácticas
15 1 20 viaturas de assalto
3 viaturas pesadas para reabastecimento
8 viaturas pesadas multi-usos
Noutro tópico já defendi que se a solução passasse pela aquisição de
Linx para helis de ataque, se poderia/deveria usar desde já os actuais 5
Linx da Marinha, e adaptar as células para ambiente terrestre.
Compravam-se 7 ou 8
Linx novos para a Marinha, a fim de operarem nas Fragatas e com os actuais, até que chegassem os novos para o GALE, neste se poderia ir treinado, e fazendo "escola" e doutrina, em vez de assistirmos durante anos a uma unidade constituída, mas sem as plataformas que justifiquem a sua existência.
Ou seja:
Mais um exemplo de gastos desnecessários nas nossas FA's.