Sobre o KC-390
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Re: Sobre o KC-390
FCarvalho
Não sei a resposta. Acho que pode ser feito se a FAB quiser e pagar. Mas não acredito que queira e/ou que possa pagar.
A conta seria alta. E se realmente quiser / ou precisar, bane a pena comprar um avião comercial e converter.
No mais, não acho que existia mercado atualmente para um cargueiro nesta categoria.
Não sei a resposta. Acho que pode ser feito se a FAB quiser e pagar. Mas não acredito que queira e/ou que possa pagar.
A conta seria alta. E se realmente quiser / ou precisar, bane a pena comprar um avião comercial e converter.
No mais, não acho que existia mercado atualmente para um cargueiro nesta categoria.
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Re: Sobre o KC-390
Até onde consigo saber, a FAB se recente ainda hoje da ausência de um cargo pesado para o Corsário. Mas estranhamente o projeto foi cancelado há dois anos atrás, e, ficou por isso.Cassio escreveu: ↑Qua Jul 15, 2020 6:19 pm FCarvalho
Não sei a resposta. Acho que pode ser feito se a FAB quiser e pagar. Mas não acredito que queira e/ou que possa pagar.
A conta seria alta. E se realmente quiser / ou precisar, vale a pena comprar um avião comercial e converter.
No mais, não acho que existia mercado atualmente para um cargueiro nesta categoria.
Para as necessidades de transporte estratégico que temos, e com o esforço feito para operar via leasing um 767 usado ao longo de 3 anos, no mínimo há de se pensar o porque da FAB não estar correndo atrás de resolver esta questão.
Em todo caso, o projeto chinês chama a atenção por se mostrar um avião que, embora menor que o A400M, consegue dispor de capacidade de carga praticamente igual.
Enfim, já li muitas matérias sobre o Corsário e sobre a operação dos KC-137 e outros tantos textos e entrevistas sobre o transporte estratégico na FAB que só confirmam a necessidade de suprir esta lacuna. E razões não faltam. Só não consigo entender o que levou à decisão pelo cancelamento do programa KC-X, visto a sua inegável necessidade na força aérea.
O Y-20 tem em perspectiva o desenvolvimento de versões Revo e AEW, algo que ainda terá de ser equacionado no nível estratégico quanto aquele na FAB.
Me parece que um pedido da FAB para uma versão "pesada" do KC-390 só se justifique na medida em que ela não encontrar uma solução mais palatável para o KC-X via Airbus/Boeing, ou, resolver inovar e fazer com o avião da Embraer a mesma coisa que os chineses estão vislumbrando para o Y-20, quer seja, um avião para transporte, REVO e AEW. Sem contar outras opções como SAR, EW/SINGIT e por aí vai. Conquanto, neste aspecto entra uma questão mais complicada: teríamos nós demanda suficiente para justificar do ponto de vista econômico e comercial o desenvolvimento deste derivado do KC-390 para equipar virtualmente um único esquadrão? Se tomarmos por base a quantidade de KC-137 operados, ou mesmo de seus antecessores, é uma opção deveras questionável. Por outro lado, no mercado militar internacional não existem aviões na categoria do C-17, com o Il-76 sendo o seu concorrente mais próximo, mas que também está com os dias contados em termos de linha de produção, enquanto o avião americano nem mais é produzido. Restará no curto prazo o Y-20 chinês e o novo projeto russo da Ilyushin que substituirá os modelos Il-76, além do Kawasaki C-2, que está mais para o A400M.
De qualquer forma, como vejo, uma aeronave para complementar eventuais Airbus ou Boeing que venham a ser adquiridos é uma opção válida e por que não dizer, meritória. Se puder ser uma versão esticada ou bombada do KC-390, com payload maior, melhor ainda. Mas caso não seja, nos próximos anos só existirão as opções russas e chinesas na prática.
Há sim, o 1o/2o GT opera hoje os ERJ-145 em missões típicas de aeronaves como o C-17, Y-20 e Il-76. Não vejo nenhum problema equipar este esquadrão com um modelo bombado do KC-390 ou mesmo daqueles últimos aviões. Mesmo que sejam apenas algumas unidades. Algo talvez entre 6 a 9 unidades e estamos bem, já que um A330 MRTT ou KC-767 aqui dificilmente passará de 4 unidades, se muito.
abs
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Re: Sobre o KC-390
Fazendo uma continhas...
Unidade de Transporte 'Pesado' da FAB em julho de 2020
1o GTT (1o e 2o Esquadrão) - KC-390 > 3 unidades
1o/1o GT - KC-390
1o/2o GT - C-145
2o/2o GT - sem aeronave orgânica
1o/9o Gav - C-105
1o/15o Gav - C-105
2o/10o Gav - C-105
Ao todo são 7(8) OM em nível de esquadrão ou grupo de aviação. Se fôssemos dividir os 28 KC-390 por cada um, seriam 4 aeronaves por unidade. Uma esquadrilha praticamente. Como a FAB está acostumada a operar seus esquadrões com números sempre muito abaixo do indicado nos livros de doutina, podemos admitir que uma nova encomenda de 28 aeronaves poderia deixar todos estes esquadrões com um número razoável de aeronaves e permitir uma disponibilidade permanente de 5 a 6 aviões. A nível de Brasil isso seria muita coisa. Com 56 aeronaves seria possível atender às necessidades sempre crescentes da FAB, e também, das demais forças, principalmente o EB, já que a aviação naval tem a opção de poder no futuro optar pelo mesmo KC-390 para suas operações.
Neste aspecto, pensar em uma eventual versão esticada do KC-390 que pudesse eventualmente complementar os modelos básicos, seria algo viável, posto que destas 7 OM, pelo menos 2 podem aspirar a utilizar esta versão, senão 3 se incluirmos o 1o/1o GT junto aos dois esquadrões do 2o GT. Seriam, em tese, cerca de 24(32) aeronaves. Um dos esquadrões do 1o GTT também poderia ser incluído, pois é a OM responsável pelo apoio à brigada paraquedista.
Uma versão esticada do KC-390 já foi pensada no início do projeto, mas não passou disso. Porém, os anos vindouros poderão anunciar novas exigência e necessidades, bem como a obtenção de capacidades que o avião da Embraer modificado pode nos oferecer.
Seria o caso de verificar se estes números compensam o investimento para desenvolver uma versão esticada do KC-390.
E aqui um adendo. Se caso a MB decidir-se por operar o avião da Embraer, a quantidade demandada pode ser uma solução de conveniência para encaminhar novos pedidos e tornar novas encomendas mais palatáveis do ponto de vista dos custos e, óbvio, orçamentário e político. É sempre bom lembrar das qualidades multi-role do avião, o que só coopera para a aumentar, e muito, as chances de ele envergar o cocar da aviação naval brasileira. Uma versão SAR e outra ASW/ASupW são no mínimo o que se pode esperar em termos de demanda. Para estas, o desenho abaixo pode ser um bom indicativo do quanto o avião da Embraer é suficientemente versátil para poder servir a vários propósito e necessidades.
Daí para um outro modelo um pouco maior e que atenda a FAB oferecendo um maior volume e peso de carga é um piscar. Para não falar da possibilidade de encomendas conjuntas para ambas as forças dos vários modelos. Afinal, a MB também não teria problema nenhum em encomendar a versão de transporte/revo para atender suas próprias demandas.
abs
Unidade de Transporte 'Pesado' da FAB em julho de 2020
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Ao todo são 7(8) OM em nível de esquadrão ou grupo de aviação. Se fôssemos dividir os 28 KC-390 por cada um, seriam 4 aeronaves por unidade. Uma esquadrilha praticamente. Como a FAB está acostumada a operar seus esquadrões com números sempre muito abaixo do indicado nos livros de doutina, podemos admitir que uma nova encomenda de 28 aeronaves poderia deixar todos estes esquadrões com um número razoável de aeronaves e permitir uma disponibilidade permanente de 5 a 6 aviões. A nível de Brasil isso seria muita coisa. Com 56 aeronaves seria possível atender às necessidades sempre crescentes da FAB, e também, das demais forças, principalmente o EB, já que a aviação naval tem a opção de poder no futuro optar pelo mesmo KC-390 para suas operações.
Neste aspecto, pensar em uma eventual versão esticada do KC-390 que pudesse eventualmente complementar os modelos básicos, seria algo viável, posto que destas 7 OM, pelo menos 2 podem aspirar a utilizar esta versão, senão 3 se incluirmos o 1o/1o GT junto aos dois esquadrões do 2o GT. Seriam, em tese, cerca de 24(32) aeronaves. Um dos esquadrões do 1o GTT também poderia ser incluído, pois é a OM responsável pelo apoio à brigada paraquedista.
Uma versão esticada do KC-390 já foi pensada no início do projeto, mas não passou disso. Porém, os anos vindouros poderão anunciar novas exigência e necessidades, bem como a obtenção de capacidades que o avião da Embraer modificado pode nos oferecer.
Seria o caso de verificar se estes números compensam o investimento para desenvolver uma versão esticada do KC-390.
E aqui um adendo. Se caso a MB decidir-se por operar o avião da Embraer, a quantidade demandada pode ser uma solução de conveniência para encaminhar novos pedidos e tornar novas encomendas mais palatáveis do ponto de vista dos custos e, óbvio, orçamentário e político. É sempre bom lembrar das qualidades multi-role do avião, o que só coopera para a aumentar, e muito, as chances de ele envergar o cocar da aviação naval brasileira. Uma versão SAR e outra ASW/ASupW são no mínimo o que se pode esperar em termos de demanda. Para estas, o desenho abaixo pode ser um bom indicativo do quanto o avião da Embraer é suficientemente versátil para poder servir a vários propósito e necessidades.
Daí para um outro modelo um pouco maior e que atenda a FAB oferecendo um maior volume e peso de carga é um piscar. Para não falar da possibilidade de encomendas conjuntas para ambas as forças dos vários modelos. Afinal, a MB também não teria problema nenhum em encomendar a versão de transporte/revo para atender suas próprias demandas.
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Re: Sobre o KC-390
Um comparativo muito interessante frente aos dois aviões tidos como concorrentes do KC-390.
É possível ver as diferenças entre as elas no que tange o espaço e capacidade de carga que cada um tem.
Nota-se logo que o avião da Embraer tem espaço de sobra para "crescer e aparecer" enquanto os demais já atingiram o seu limite.
Ao menos ma versão para equiparar o volume de carga do C-130J pode ser vislumbrada, enquanto outra para equiparar a capacidade de carga e volume do A400 também pode ser vislumbrada.
Nada que eventualmente vá exigir grandes alterações no projeto básico do avião, o que é muito importante tendo em vista a questão dos custos de desenvolvimento e do avião em si.
Pessoal, vocês que entendem de matemática muito melhor do que eu, poderiam explicar como conseguir fazer o KC-390 igualar o volume do compartimento de carga do C-130J-30 e do A400M sem para isso ter de fazer um novo avião?
No caso da diferença entre o KC e o C-130J é de 14 metros cúbicos. Já entre o KC e o A400M é de 144 metros cúbicos.
Se conseguirem implicar os ganhos de payload neste processo também agradeço.
abs
É possível ver as diferenças entre as elas no que tange o espaço e capacidade de carga que cada um tem.
Nota-se logo que o avião da Embraer tem espaço de sobra para "crescer e aparecer" enquanto os demais já atingiram o seu limite.
Ao menos ma versão para equiparar o volume de carga do C-130J pode ser vislumbrada, enquanto outra para equiparar a capacidade de carga e volume do A400 também pode ser vislumbrada.
Nada que eventualmente vá exigir grandes alterações no projeto básico do avião, o que é muito importante tendo em vista a questão dos custos de desenvolvimento e do avião em si.
Pessoal, vocês que entendem de matemática muito melhor do que eu, poderiam explicar como conseguir fazer o KC-390 igualar o volume do compartimento de carga do C-130J-30 e do A400M sem para isso ter de fazer um novo avião?
No caso da diferença entre o KC e o C-130J é de 14 metros cúbicos. Já entre o KC e o A400M é de 144 metros cúbicos.
Se conseguirem implicar os ganhos de payload neste processo também agradeço.
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Re: Sobre o KC-390
Minha opinião...
Igualar volume do C130J... Requer aumento da fuselagem, mantém-se o resto, inclusive o payload.
Igualar o volume/payload do A400 = novo avião.
Igualar volume do C130J... Requer aumento da fuselagem, mantém-se o resto, inclusive o payload.
Igualar o volume/payload do A400 = novo avião.
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Re: Sobre o KC-390
Os C-105 são relativamente novos e vão operar por muito tempo ainda, além do que, devido ao menor tamanho, podem operar em determinadas situações onde o KC-390 não vai conseguir ou precisar ser deslocado. Acho que podem ser tirados dessa conta.FCarvalho escreveu: ↑Qui Jul 16, 2020 12:23 am Fazendo uma continhas...
Unidade de Transporte 'Pesado' da FAB em julho de 2020
1o GTT (1o e 2o Esquadrão) - KC-390 > 3 unidades
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Ao todo são 7(8) OM em nível de esquadrão ou grupo de aviação. Se fôssemos dividir os 28 KC-390 por cada um, seriam 4 aeronaves por unidade. Uma esquadrilha praticamente. Como a FAB está acostumada a operar seus esquadrões com números sempre muito abaixo do indicado nos livros de doutina, podemos admitir que uma nova encomenda de 28 aeronaves poderia deixar todos estes esquadrões com um número razoável de aeronaves e permitir uma disponibilidade permanente de 5 a 6 aviões. A nível de Brasil isso seria muita coisa. Com 56 aeronaves seria possível atender às necessidades sempre crescentes da FAB, e também, das demais forças, principalmente o EB, já que a aviação naval tem a opção de poder no futuro optar pelo mesmo KC-390 para suas operações.
Neste aspecto, pensar em uma eventual versão esticada do KC-390 que pudesse eventualmente complementar os modelos básicos, seria algo viável, posto que destas 7 OM, pelo menos 2 podem aspirar a utilizar esta versão, senão 3 se incluirmos o 1o/1o GT junto aos dois esquadrões do 2o GT. Seriam, em tese, cerca de 24(32) aeronaves. Um dos esquadrões do 1o GTT também poderia ser incluído, pois é a OM responsável pelo apoio à brigada paraquedista.
Uma versão esticada do KC-390 já foi pensada no início do projeto, mas não passou disso. Porém, os anos vindouros poderão anunciar novas exigência e necessidades, bem como a obtenção de capacidades que o avião da Embraer modificado pode nos oferecer.
Seria o caso de verificar se estes números compensam o investimento para desenvolver uma versão esticada do KC-390.
E aqui um adendo. Se caso a MB decidir-se por operar o avião da Embraer, a quantidade demandada pode ser uma solução de conveniência para encaminhar novos pedidos e tornar novas encomendas mais palatáveis do ponto de vista dos custos e, óbvio, orçamentário e político. É sempre bom lembrar das qualidades multi-role do avião, o que só coopera para a aumentar, e muito, as chances de ele envergar o cocar da aviação naval brasileira. Uma versão SAR e outra ASW/ASupW são no mínimo o que se pode esperar em termos de demanda. Para estas, o desenho abaixo pode ser um bom indicativo do quanto o avião da Embraer é suficientemente versátil para poder servir a vários propósito e necessidades.
Daí para um outro modelo um pouco maior e que atenda a FAB oferecendo um maior volume e peso de carga é um piscar. Para não falar da possibilidade de encomendas conjuntas para ambas as forças dos vários modelos. Afinal, a MB também não teria problema nenhum em encomendar a versão de transporte/revo para atender suas próprias demandas.
abs
O 1°/2° GT), o Esquadrão Condor até onde sei nunca operou aeronave do porte/missão do KC-390.
Acredito que o destino seja mesmo os 4 esquadrões, hj no RJ. Aos Quais, os 28 dariam 7 por unidade.
Creio um numero adequado a Realidade.
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Re: Sobre o KC-390
No primeiro caso qual seria o tamanho da esticada na fuselagem do KC-390? Muita coisa ou pouca coisa.
Na imagem que coloquei, se minha memória não me trai, relatava-se na época a adição de um anel de 80 cm à frente da asa e outro de cerca de 1,20 mts na parte detrás. Saberia dizer o quanto isso aumentaria o volume interno?
No caso, o KC-390 é do mesmo comprimento do C-130J-30, mas o tamanho do compartimento de carga é diferente, sendo que o avião da Embraer empata neste quesito se contar com a rampa de carga, que por sua vez tem cerca de 4 metros de extensão.
abs
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Re: Sobre o KC-390
Os C-105 seriam transferidos para os ETA, ou na minha opinião, em um primeiro momento, para a aviação naval, e posteriormente, para uma guarda costeira a ser criada no futuro a médio//longo prazo.Fab-Wan escreveu: ↑Qui Jul 16, 2020 10:29 am Os C-105 são relativamente novos e vão operar por muito tempo ainda, além do que, devido ao menor tamanho, podem operar em determinadas situações onde o KC-390 não vai conseguir ou precisar ser deslocado. Acho que podem ser tirados dessa conta. O 1°/2° GT), o Esquadrão Condor até onde sei nunca operou aeronave do porte/missão do KC-390.
Acredito que o destino seja mesmo os 4 esquadrões, hj no RJ. Aos Quais, os 28 dariam 7 por unidade.
Creio um numero adequado a Realidade.
Se o projeto do avião da Embraer e do ATL-100 saírem do papel, e creio que serão aeronaves bastante distintas, elas podem cobrir a função destes aviões na FAB dentro dos ETA. Contabilizei apenas as OM de transporte indiferente os vetores.
O 1o/2o GT tem como uma de suas missões primárias operar as linhas logísticas internas da FAB, e atender as demandas do CAN, e demais forças, ministérios e órgãos do governo federal. Cumpre também missões internacionais em apoio as embaixadas complementando os KC-137 já fora de serviço. Com a introdução dos C-99A este trabalho ficou muito limitado por causa da aeronave em si. O esquadrão também opera os C-97 Brasília. A introdução do KC-390 ofereceria de volta a capacidade que tinha antes e atender melhor as missões que lhes são impostas. Uma aeronave com volume e carga maior que a atual do KC-390 seria na minha opinião, melhor e mais adequada.
O KC-390 em princípio será destinado ao 1o GTT (2 esquadrões) em Anápolis, e ao 1o/1o GT que são as unidades da FAB que operam o Hércules. Deixando os 28 nestas três OM, naquela primeira podem ficar até 18 aeronaves, já que supõe-se a brigada inf pqt será transferida para Goiás, enquanto este último pode operar até 10 aeronaves.
Não creio ser uma divisão ideal, mas por hora é o que se tem.
Com esta quantidade, pelo menos o 1o/2o GT poderia trocar os seus C-99A por KC-390, dando à unidade maior e melhor condição de cumprir com suas missões. Seria o caso de apôr 9 unidades para as OM do Rio de Janeiro, com Anápolis ficando com 10 aeronaves. A meu ver ficaria bem mais adequado.
A FAB poderia aproveitar os C-99A como AEW e/ou ISR, que não por acaso fazem bastante falta e são tão importante quanto os cargo. Juntando com os 2 do GTE, seriam mais 8 vetores que na minha opinião, novamente, podem e devem aumentar a capacidade da FAB neste setor imprescindível de inteligência do poder aéreo.
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Re: Sobre o KC-390
Até onde sei o Condor nunca operou organicamente o KC-137. Foi do C-54 pro Avro C-91 e dai pro C-99.FCarvalho escreveu: ↑Qui Jul 16, 2020 12:22 pmO 1o/2o GT tem como uma de suas missões primárias operar as linhas logísticas internas da FAB, e atender as demandas do CAN, e demais forças, ministérios e órgãos do governo federal. Cumpre também missões internacionais em apoio as embaixadas complementando os KC-137 já fora de serviço. Com a introdução dos C-99A este trabalho ficou muito limitado por causa da aeronave em si. O esquadrão também opera os C-97 Brasília. A introdução do KC-390 ofereceria de volta a capacidade que tinha antes e atender melhor as missões que lhes são impostas. Uma aeronave com volume e carga maior que a atual do KC-390 seria na minha opinião, melhor e mais adequada.Fab-Wan escreveu: ↑Qui Jul 16, 2020 10:29 am Os C-105 são relativamente novos e vão operar por muito tempo ainda, além do que, devido ao menor tamanho, podem operar em determinadas situações onde o KC-390 não vai conseguir ou precisar ser deslocado. Acho que podem ser tirados dessa conta. O 1°/2° GT), o Esquadrão Condor até onde sei nunca operou aeronave do porte/missão do KC-390.
Acredito que o destino seja mesmo os 4 esquadrões, hj no RJ. Aos Quais, os 28 dariam 7 por unidade.
Creio um numero adequado a Realidade.
Quem operava o KC era o Corsário. Também desconheço o C-97 no Condor...acho que vc ta misturando as bolas ai...
No mais, não sei que tanto de capacidade o Condor perdeu na relação C-54/C-91 x C-99.
Vc notou em quantas unidades e até mesmo Forças vc "Mexeu" nessa, vamos chamar de idéia?
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Re: Sobre o KC-390
Falei que complementava os KC-137, que obviamente eram operados pelo Corsário, única unidade a dispor desses aviões na FAB.Fab-Wan escreveu: ↑Qui Jul 16, 2020 1:18 pmAté onde sei o Condor nunca operou organicamente o KC-137. Foi do C-54 pro Avro C-91 e dai pro C-99.FCarvalho escreveu: ↑Qui Jul 16, 2020 12:22 pm O 1o/2o GT tem como uma de suas missões primárias operar as linhas logísticas internas da FAB, e atender as demandas do CAN, e demais forças, ministérios e órgãos do governo federal. Cumpre também missões internacionais em apoio as embaixadas complementando os KC-137 já fora de serviço. Com a introdução dos C-99A este trabalho ficou muito limitado por causa da aeronave em si. O esquadrão também opera os C-97 Brasília. A introdução do KC-390 ofereceria de volta a capacidade que tinha antes e atender melhor as missões que lhes são impostas. Uma aeronave com volume e carga maior que a atual do KC-390 seria na minha opinião, melhor e mais adequada.
Quem operava o KC era o Corsário. Também desconheço o C-97 no Condor...acho que vc ta misturando as bolas ai...
No mais, não sei que tanto de capacidade o Condor perdeu na relação C-54/C-91 x C-99.
Vc notou em quantas unidades e até mesmo Forças vc "Mexeu" nessa, vamos chamar de idéia?
O C-97 foi introduzido recentemente.
Sim. Apenas nas OM de transporte que utilizam os C-130 e C-105.
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Re: Sobre o KC-390
Definitivamente, quanto o KC-390 pode transportar? Alguns lugares dizem 20, 23 toneladas ou 26 toneladas, porém a Embraer cita que pode transportar um Boxer, que possui 25,3 toneladas vazio.
Qual é a carga que o mesmo transporta, definitivamente?
Quanto a uma versão esticada, se o KC-390 transporta realmente as 26 toneladas, creio que uma nova versão deveria transportar pouco mais que o dobro, eu imagino, algo perto da classe do Globemaster III, transportando até 63 toneladas, o que poderia transportar alguns carros de combate já prontos, como K2. O volume deveria poder acomodar um VBC CC e até duas viaturas VBR's (30 toneladas cada) e 3 VBTP Guarani (20 toneladas cada).
Essa versão seria birreatora, utilizando algo como PW4000-100, o que teria uma potencia pouco menor que a do C-17 com quatro turbinas.
Qual é a carga que o mesmo transporta, definitivamente?
Quanto a uma versão esticada, se o KC-390 transporta realmente as 26 toneladas, creio que uma nova versão deveria transportar pouco mais que o dobro, eu imagino, algo perto da classe do Globemaster III, transportando até 63 toneladas, o que poderia transportar alguns carros de combate já prontos, como K2. O volume deveria poder acomodar um VBC CC e até duas viaturas VBR's (30 toneladas cada) e 3 VBTP Guarani (20 toneladas cada).
Essa versão seria birreatora, utilizando algo como PW4000-100, o que teria uma potencia pouco menor que a do C-17 com quatro turbinas.
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Re: Sobre o KC-390
Carga útil máxima:
16.000 kg (tático)
23.000 kg (normal/logístico)
26.000 kg (carga máxima concentrada)
abs.
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16.000 kg (tático)
23.000 kg (normal/logístico)
26.000 kg (carga máxima concentrada)
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Re: Sobre o KC-390
gabriel219 escreveu: ↑Qui Jul 16, 2020 4:45 pm Definitivamente, quanto o KC-390 pode transportar? Alguns lugares dizem 20, 23 toneladas ou 26 toneladas, porém a Embraer cita que pode transportar um Boxer, que possui 25,3 toneladas vazio.
Qual é a carga que o mesmo transporta, definitivamente?
Quanto a uma versão esticada, se o KC-390 transporta realmente as 26 toneladas, creio que uma nova versão deveria transportar pouco mais que o dobro, eu imagino, algo perto da classe do Globemaster III, transportando até 63 toneladas, o que poderia transportar alguns carros de combate já prontos, como K2. O volume deveria poder acomodar um VBC CC e até duas viaturas VBR's (30 toneladas cada) e 3 VBTP Guarani (20 toneladas cada).
Essa versão seria birreatora, utilizando algo como PW4000-100, o que teria uma potencia pouco menor que a do C-17 com quatro turbinas.
Sei lá eu, me parece que uma versão de piso reforçado e com novas asas e motores (agora 2 TF) do A400 poderia, após alguns anos e vários USD bilhões QUE NÃO TEMOS, carregar talvez aquele famigerado "MMBT". Muito dinheiro para pouco resultado, se me entendes...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
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Re: Sobre o KC-390
Se fosse pra transportar K2, valeria a grana, néTúlio escreveu: ↑Qui Jul 16, 2020 5:42 pmgabriel219 escreveu: ↑Qui Jul 16, 2020 4:45 pm Definitivamente, quanto o KC-390 pode transportar? Alguns lugares dizem 20, 23 toneladas ou 26 toneladas, porém a Embraer cita que pode transportar um Boxer, que possui 25,3 toneladas vazio.
Qual é a carga que o mesmo transporta, definitivamente?
Quanto a uma versão esticada, se o KC-390 transporta realmente as 26 toneladas, creio que uma nova versão deveria transportar pouco mais que o dobro, eu imagino, algo perto da classe do Globemaster III, transportando até 63 toneladas, o que poderia transportar alguns carros de combate já prontos, como K2. O volume deveria poder acomodar um VBC CC e até duas viaturas VBR's (30 toneladas cada) e 3 VBTP Guarani (20 toneladas cada).
Essa versão seria birreatora, utilizando algo como PW4000-100, o que teria uma potencia pouco menor que a do C-17 com quatro turbinas.Sei lá eu, me parece que uma versão de piso reforçado e com novas asas e motores (agora 2 TF) do A400 poderia, após alguns anos e vários USD bilhões QUE NÃO TEMOS, carregar talvez aquele famigerado "MMBT". Muito dinheiro para pouco resultado, se me entendes...
Na verdade penso não só pra FAB, penso num concorrente pobre do C-17 e do Y-20, que com toda a certeza possuirão operação mais cara, principalmente por serem quadrirreatores, diferente de um birreator. Poderia até ser num custo semelhante ao Y-20 e o mesmo preço hiperfaturado do A400, mais barato que o C-17.
Os clientes do KC-390 - imagino que irá se expandir conforme venha o IOC e seja bem estabelecido - poderiam optar.
De toda forma, vejo a necessidade de possuir cargueiros pesados na FAB, ao menos uma dúzia. Faz mais sentido possuir 36 KC-390 + 12 Cargueiros Pesados do que 56-60 KC-390.
- FCarvalho
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Re: Sobre o KC-390
Penso da mesma forma. Mas por alguma motivo ignóbil, a FAB simplesmente deixou de lado o KC-X, não fala nada a despeito de uma aeronave cargo militar pesada, e vislumbra até o momento operar em apenas três esquadrões os KC-390, como expus anteriormente acima.gabriel219 escreveu: ↑Qui Jul 16, 2020 6:53 pm De toda forma, vejo a necessidade de possuir cargueiros pesados na FAB, ao menos uma dúzia. Faz mais sentido possuir 36 KC-390 + 12 Cargueiros Pesados do que 56-60 KC-390.
Quando os anos 2030 chegarem, teremos na seara dos cargo militares pesados apenas o C-17 (fora de produção), os Il-76-90MD/Il-476 hora sendo introduzidos na força aérea russa, o novo projeto da Ilyushin que substituirá estes em início de produção/introdução operacional, e o Y-20 (Y-20F-100). Um pouco mais abaixo, teremos o A400M e um possível concorrente chinês na forma do Shenyang Y-30. Quem quiser comprar um cargo pesado militar novo terá obrigatoriamente que bater na porta desses países. Não temos problemas com russos e chineses, e os americanos com certeza não nos cederiam o seu avião padrão de transporte sem já dispor de uma alternativa para a sua substituição na USAF.
Então, uma versão com a mesma capacidade de volume de carga do C-130J-30, ou talvez até um pouco maior, me parece ser apenas questão de tempo até aparecer na forma de um KC-390 esticado. São apenas 14 m3 a mais de diferença. Como o avião da Embraer é mais largo e mais alto do que o americano, seria o caso de aumentar pouca coisa o compartimento de carga. Em termos de payload ele já é superior ao Hércules. Mas nada que não possa ser melhorado. Vai depender do que a FAB pensar a respeito. Eu tenho a impressão que ela até que gosta dessa ideia, e talvez arriscasse mesmo um ganho marginal de payload nele se isso não estourar os custos e preços do avião.
Como apontei acima, o 1o/2o GT tem espaço e disposição para operar um KC-390 maior, assim como um dos esquadrões do 1o GTT. Se voltarmos a operar widebody no Corsário, seria o modelo organizacional mais adequado a novos tempos no transporte da FAB. Se preço e custos compensarem, é até natural que a FAB possa solicitar um lote na mesma quantidade do primeiro, ou algo pouco menor talvez, a fim de reequipar os esquadrões de transporte em Manaus e Campo Grande com o deslocamento de parte da frota de KC-390 básicos. Seriam 9 aviões, o suficiente para dotar estas unidades e Anápolis. O resto ficaria no Rio de Janeiro, onde se encontram os outros esquadrões, e perto também da 12 bda Amv e da bgda pqdt que pelo jeito tão cedo não sai de lá.
Aliás, esse é outro ponto de pauta a se discutir sobre o transporte da FAB. O 1o GTT já está no centro-oeste como havia planejado a FAB. Mas o EB não tirou até hoje a brigada paraquedista do RJ. E com o passar do tempo, parece cada vez mais difícil ela sair de lá. E mudar uma brigada de lugar não é exatamente fácil. Ficou algo estranho com a principal OM de apoio da FAB aos pqdt em Goiás e estes no Rio de Janeiro. Alguém terá de rever os seus planos.
abs
Carpe Diem