Fórum Defesa Brasil

Mas Fcarvalho, nós continuamos não produzindo estas coisas, a diferença é que antes importávamos o produto acabado hoje importamos por partes e montamos aqui. Diga-se de passagem, pagamos mais caro por isso, pois além de pagarmos o custo de importação dos componentes temos que pagar o custo da mão de obra para fazer a montagem final. O que eu estou dizendo é que essas empresas não podem ser tratadas da mesma maneira que devem ser tratadas a Avibras ou a Embraer, até por que isto é injusto, haja vista que estas empresas encaram todos os riscos de desenvolvimento de um produto original, (Astros 2020, KC390, Super Tucano, etc). Também não acho que elas devam simplesmente ir embora, entretanto tem que disputar as licitações e correr o risco de perder como todas as outras, sem favoritismos, no melhor sentido do termo lei do livre mercado. Mas garanto a você, se esta política fosse aplicado ao pé da letra, elas iam espernear, choramingar e depois iriam embora, uma vez que o objetivo principal delas, que é o de fazer lobby e sequestrar contratos, não estaria mais sendo alcançado.

Fábio Machado escreveu: ↑Ter Out 27, 2020 1:14 pm Mas Fcarvalho, nós continuamos não produzindo estas coisas, a diferença é que antes importávamos o produto acabado hoje importamos por partes e montamos aqui. Diga-se de passagem, pagamos mais caro por isso, pois além de pagarmos o custo de importação dos componentes temos que pagar o custo da mão de obra para fazer a montagem final. O que eu estou dizendo é que essas empresas não podem ser tratadas da mesma maneira que devem ser tratadas a Avibras ou a Embraer, até por que isto é injusto, haja vista que estas empresas encaram todos os riscos de desenvolvimento de um produto original, (Astros 2020, KC390, Super Tucano, etc). Também não acho que elas devam simplesmente ir embora, entretanto tem que disputar as licitações e correr o risco de perder como todas as outras, sem favoritismos, no melhor sentido do termo lei do livre mercado. Mas garanto a você, se esta política fosse aplicado ao pé da letra, elas iam espernear, choramingar e depois iriam embora, uma vez que o objetivo principal delas, que é o de fazer lobby e sequestrar contratos, não estaria mais sendo alcançado.

Sim, ainda somos importadores de vários sistemas e insumos, mas a diferença é que essas empresas hoje fazem parte do pool de vendas internacional de suas donas, e estão, mal ou bem, desenvolvendo aqui a mão de obra técnica que eles precisam para desenvolver novos produtos e soluções para o mercado que atendem.

Elas não são apenas simples montadoras. Estão gerando know How, e mais importante, Know why em áreas que a depender apenas da iniciativa nacional, das ffaa's ou de governos, não teríamos tão cedo.

É essa parte que nos cabe modificar se não quisermos continuar na dependência de empresas estrangeiras, e indiretamente, dos interesses de seus países. O que é bastante comum até entre os grandes.

A ABIMDE tem procurado manter relações mais estreitas com o poder legislativo e o MD, além das próprias forças armadas. As filiais estão no meio disso também, pois fazem parte da associação e salvo engano do sindicato também. Está todo mundo no mesmo bolo. Não há inocentes. Avibrás e outras tem os seus defensores dentro e fora do governo. Mas isso é natural. Faz parte do jogo.

A INBRA acabou de lançar um vídeo com uma voltinha no pátio da empresa com o protótipo da empresa. Ainda é um veículo incipiente em termos de evolução. Mas já é uma excelente notícia que o projeto simplesmente não foi defenestrado. Ainda há esperança de que ele possa vir um dia a ser uma alternativa factível para as forças armadas. Mas isso também depende das políticas de incentivo e proteção - sim proteção, todo mundo faz isso com suas BID no mundo - que levemos verdadeiramente a efeito. Do contrário, esses 5 anos de desenvolvimento podem virar 10, 12, 15, 20 e depois acabar como uma Engesa ou Bernadini da vida.

Tenho em mente que as lições foram aprendidas. Não é mais admissível repetir os mesmos erros de trinta ou quarenta anos atrás com a BID. Todo mundo que milita nesse meio sabe disso. Mas, os políticos sabem disso? Eles querem isso? A sociedade tem algum comprometimento com essa ideia?

A ver. Não existe solução para a Defesa no Brasil e sua indústria fora do congresso nacional. Gostemos ou não.

abs

Elbit vai fornecer blindados Guarani e tanques leves ao Exército Filipino

O site filipino MaxDefense informa que a empresa israelense Elbit Systems é a vencedora de duas grandes licitações para o fornecimento de tanques leves e veículos blindados de transporte de pessoal (APC – Armored Personnel Carriers) para o Exército Filipino. Segundo o site, o Ministério da Defesa de Israel recebeu o aviso de adjudicação para essas duas licitações há vários meses.

Como parte do contrato de tanques leves, a Elbit fornecerá 18 tanques Sabrah ASCOD 2 sobre esteiras, 10 veículos Sabrah Pandur II 8×8 com rodas, um veículo de comando blindado ASCOD 2 e um veículo blindado de recuperação ASCOD 2 no valor de aproximadamente US$ 196 milhões.

Todos os tanques são equipados com uma torre Elbit com um canhão de 105 mm, um sistema de comunicação baseado em computador E-LynX e um sistema de gerenciamento de batalha Torch-X feito pela Elbit.

O contrato inclui o fornecimento de munição de tanque de 105 mm. Neste concurso, a Elbit colaborou com a General Dynamics European Land Systems (GDELS) e o Grupo Tcheco Excalibur, que forneceu os veículos blindados ASCOD 2 e Pandur II 8X8 para o projeto.

O contrato de APC com rodas inclui 28 APCs com rodas IVECO Guarani 6×6 no valor de cerca de US$ 47 milhões.

Todos os APCs têm uma torre tripulada com uma metralhadora pesada de 12,7 mm e um lançador de granadas automático de 40 mm. Além disso, os APCs são equipados com um sistema de comunicação baseado em computador E-LynX e um sistema de gerenciamento de combate Torch-X feito pela Elbit.

Nesse contrato, a Elbit cooperou com a empresa italiana Iveco, que cedeu seu APC com rodas para o projeto.

O MaxDefense deu uma descrição detalhada das razões pelas quais a Elbit foi selecionada como o fornecedor dos produtos em questão.

De acordo com o site, o ponto forte da empresa foi a inclusão de sistemas de gerenciamento de campo de batalha, comando e controle, controle de fogo e comunicação que sejam comuns e compatíveis, ou que sejam compatíveis com os sistemas de rede existentes e futuros que o exército e o restante das armadas forças estão introduzindo.

Os concorrentes da Elbit para ambos os projetos foram considerados incapazes de oferecer subsistemas compatíveis com o que as Forças Armadas estarão usando.

A instalação do sistema de gerenciamento de campo de batalha Elbit Torch-X, o sistema de comando e controle Combat NG e os rádios definidos por software E-LynX nos veículos Sabrah ASCOD 2, Sabrah Pandur II e Guarani são vistos como permitindo conectividade em rede perfeita para cada um outro e para outras unidades que usam os mesmos sistemas.

Embora a Hanwha Defense tenha oferecido a instalação de um sistema de gerenciamento de campo de batalha (BMS) feito na Coreia em seu tanque leve e APC com rodas para as propostas, o sistema não funciona com o BMS israelense e o sistema de comunicações já em uso ou encomendado pelo Exército e o resto das forças armadas filipinas.

Outra vantagem para a Elbit era o não uso de torres e armas de fabricação belga, devido às restrições em curso do governo regional da Valônia da Bélgica às exportações de armas para as Filipinas.

Uma vez que os concorrentes da Elbit para o Projeto de Tanque Leve, Hanwha Defense-Otokar JV e PT Pindad, usam a torre John Cockerill C3105 e canhões 105 mm feitos na Bélgica, havia a possibilidade de atrasos ou problemas se uma dessas empresas ganhasse o projeto de tanque leve.

A torre do Sabrah foi feita pela Elbit Systems com a ajuda do Corpo de Artilharia da Força de Defesa de Israel MANTAK (projetista da torre do tanque Merkava), substituindo uma proposta anterior que usava a torre Hitfact Oto Melara. As mudanças foram feitas devido à necessidade de um sistema de carregamento automático, melhor arco de tiro para a arma e menor custo.

Outros fatores também foram considerados, incluindo a falta de usuários do tanque Harimau da PT Pindad, bem como o melhor desempenho geral dos sistemas selecionados, mas os motivos acima mencionados foram considerados os principais para a seleção.

Uma vez que o Exército das Filipinas solicitou originalmente 144 tanques leves e 114 APCs com rodas em sua proposta original apresentada em 2017, resta saber se o Exército Filipino irá buscar a aquisição de mais 116 tanques leves e mais 86 APCs com rodas sob a 3ª fase da Revisão Programa de Modernização das Forças Armadas das Filipinas, que vai de 2023 a 2027.

FONTE: www.israeldefense.co.il

Mais 86 unidades é uma excelente perspectiva. Como existem bldos esperando por verba do EB para serem entregues na fábrica da Iveco - desconheço a quantidade exata, mas diz-se serem dezenas - isso pode ser um ponto positivo no caso da Elbit conseguir negociá-los para revenda as Filipinas.

abs

FCarvalho escreveu: ↑Qui Out 29, 2020 10:43 pm Mais 86 unidades é uma excelente perspectiva. Como existem bldos esperando por verba do EB para serem entregues na fábrica da Iveco - desconheço a quantidade exata, mas diz-se serem dezenas - isso pode ser um ponto positivo no caso da Elbit conseguir negociá-los para revenda as Filipinas.

abs

Vendo um vídeo da visita do ministro Agustín Rossi à fábrica da Iveco, fiquei impressionado com a quantidade de blindados estacionados no pátio da empresa.


Abraços,

Wesley

Pois é. Essa é a nossa contradição. Fazemos mais bldos do que conseguimos comprar.
Mas por outro lado, com essa venda, é possível que as sobras nos sejam até benéficas pois assim como a Elbit, outras empresas do tipo podem também negociar com a Iveco a revenda deles, e com a vantagem de entrega imediata, quando for o caso.
Para os italianos é bom pois tem como esvaziar os pátios sem depender exclusivamente do EB e ainda ganha uns trocados a mais, além de manter a linha funcionando sem dar prejuízo.
Vamos torcer para que outras vendas aconteçam como no caso argentino, onde os Guarani negociados poderiam ser entregues de imediato. Para o EA com certeza seria uma vantagem.

abs

O real desvalorizado torna bastante favorável a exportação desse veículo.

No momento sim. Mas é preciso mais do que o real desvalorizado para vender esses blindados.

abs

https://photos.app.goo.gl/BxCzSfma81HghyjJ6

Ouvindo esse roncar aí do motor do Guarani, alguém saberia dizer se é possível fazer a troca desse motor na eventual versão aperfeiçoada do mesmo para outro de maior rendimento/pontência, caso seja necessário? E quais seriam as alternativas?
O motor do Guarani é produzido na Argentina pela própria Iveco.
Fuçando um pouquinho encontrei isto:

Motor FPT Cursor 13


https://www.iveco.com/brasil/produtos/p ... rm_01.aspx

É a mesma linha de motores utilizada hoje no Guarani.
O que vocês acham. Um novo motor é necessário para melhorar a VBTP SR do exército ou que temos está de bom tamanho?

abs

Advanced ERA, Level 6+ Armor Among the New Survivability Solutions From Plasan
Plasan NA CEO John Cavedo: "More than an armor provider, we supply survivability solutions"

By Tamir Eshel -Oct 22, 2020



https://defense-update.com/20201022_advanced-armor.html

Pelo menos, após mais de 10 anos, conseguiram ultrapassar a barreira dos 10% do total orçado. Dos programas estratégicos existentes, é o mais provável de ser desfigurado.

(o EB decidiu equipar apenas 2 Bias AP -SR nos GAC das Bdas de Infantaria Mecanizadas. E mesmo assim, cada GAC completo (com Arps, radar de contrabateria, etc) vai custar cerca de USD 100 milhões. Repetindo, cada GAC, e em Dólar.)

Só que é tudo novo. Zero-bala. Até que enfim. O pessoal da Artilharia vai infartar. Outros vão achar que é 1º de Abril. "Nunca antes na história desse país" foi comprado MEM novo para a Art. de Campanha de tubo. E ademais um sistema completo.

knigh7 escreveu: ↑Ter Nov 24, 2020 5:31 am Pelo menos, após mais de 10 anos, conseguiram ultrapassar a barreira dos 10% do total orçado. Dos programas estratégicos existentes, é o mais provável de ser desfigurado.

(o EB decidiu equipar apenas 2 Bias AP -SR nos GAC das Bdas de Infantaria Mecanizadas. E mesmo assim, cada GAC completo (com Arps, radar de contrabateria, etc) vai custar cerca de USD 100 milhões. Repetindo, cada GAC, e em Dólar.)

Só que é tudo novo. Zero-bala. Até que enfim. O pessoal da Artilharia vai infartar. Outros vão achar que é 1º de Abril. "Nunca antes na história desse país" foi comprado MEM novo para a Art. de Campanha de tubo. E ademais um sistema completo.

Durante o Seminário de Defesa realizado na ESG em Brasília-DF, o comandante do EB expôs esse quadro no qual o próprio disse que a Viatura Blindada de Reconhecimento será um 8x8 que deverá substituir os EE-9 Cascavel. Além disso, em ralação aos LMV 4x4, o comandante afirmou que o primeiro lote está preste a ser entregue ao Exército. O 01 da Força Terrestre também revelou que há conversações com os comandantes das demais forças (MB e FAB) no sentido para uma ocasional aquisição desse meio blindado da Iveco (pelo menos foi essa a deixa em sua fala - 2:06:00):

Knight7, esses 3.830 blindados são referentes a todas as versões propostas do Guarani, ou incluem outros modelos, como os LMV?

Frederico, eu quero crer que a compra dos LMV da Iveco pelas as demais forças deveria ser uma discussão com o ministro da Defesa, e não entre comandantes das forças. Mais uma mostra da existência inoportuna desse ministério e o incomodo que ele causa em setores estrelados das ffaa's.

abs.

Vai chegar a década de 2030 e veremos Urutu e Cascavel na Ativa .....
O exército deve priorizar as versões do Guarani , porta morteiros , ambulância , posto de comando , adquirir as versões de engenharia , socorro entre outros, e deixar o mesmo sendo o cavalo de batalha do EB ....
A outra questão , é comprar um projeto pronto e produzi-lo no país como no caso do LMV , pois não há mais tempo para desenvolver e produzir o temos hoje no EB ..