Fórum Defesa Brasil

PORTA RIA Nº 020-EM E, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2020

Aprova os Requisitos Operacionais da Viatura Blindada de Combate Anticarro – Média Sobre Rodas, VBC AC – MSR (EB20-RO-04.058), 1ª Edição, 2020.
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NOTA: os Requisitos Operacionais da Viatura Blindada de Combate Anticarro – Média Sobre Rodas, VBC AC – MSR (EB20-RO-04.058), 1ª Edição, 2020, encontram-se disponíveis na intranet da SGEx, link: (intranet.sgex.eb.mil.br), Sistema de Busca aos Boletins do Exército (SisBBEx)/Boletim do Exército/Separatas e Anexos; e na internet da SGEx, link: (http://www.sgex.eb.mil.br)/Boletm/Boletm do
Exército/Separatas e Anexos

Bom, vamos então de um blindado 8X8, com can 105 e peso máxima de 30 ton com direito a blindagem e proteção ativa e passiva adicional. Tudo isso para um veículo anti-carro. Nada de mísseis.

É provável que se esteja pavimentando aos poucos o caminho para a VBR MR 8x8, que no final das contas, a partir do descrito aqui, será só questão de tempo e recursos para sair.

A base deste blindado está amparada no ROB da VBC Fuz SL. O que se aplicou lá foi em partes transferido para este documento.

Com alguma sorte teremos a nossa VBCI SR nos próximos anos.

abs

Centauro?

Mano, dá vontade de morrer ver que querem um VBC com canhão 105 mm pra função anti-carro. Ô mentalidade atrasada da desgraça, uma viatura 4x4 ou 6x6 com mísseis é o suficiente pra isso, até melhor, já que pode fazer disparos indiretos com mísseis que tenham capacidade LOAL.

Uma viatura VBC sob rodas é até aceitável, mas sendo a matriz dos Regimentos de Cavalaria Mecanizado.

Uma canhão mais leve como misseis AC resolve o problema 30mm, 35mm, 40m e até o 50 mm, só escolher.

Não lhes ocorreu que isto pode ser também mera questão de nomeclatura designativa a fim de se garantir as VBR MSR 8x8 que tanto se almejava, só que em números bem mais módicos?
Afinal, quantas VBC AC seriam necessárias para mobiliar os pelotões AC que cada BInfMec e/ou RCM deve ter ou ainda nas bgdas cav mec?
No final, o ROB emitido também para a VBR MSR 6x6 mas que contempla um can 90 ou 105 é de qualquer forma uma tentativa do EB em começar a substituir os EE-9 Cascavel no curto prazo, dado que tanto estes veículos assim como osEE-11 Urutu não tem mais nenhuma condição de continuarem a ser mantidos com economicidade e operacionalidade válidos.
Vamos ser realistas. O EB sabe que nada do que está sendo publicado até agora, inclusive os ROB das VBE para o Guarani tem qualquer garantia de sair do papel em prazo previsível.
E como no congresso todo mundo caga e anda para a defesa, pouco importa os nomes ou designações que deem para os bldos. Para os políticos e burrocratas de Brasília tudo é "tanque".
Enfim, parece que a ideia é trabalhar com o pé no chão o mais que possível e aproveitar o bom momento de relações com o planalto e tentar garantir o mais rápido possível o maior número de MEM para a cav e inf mec e com isso tirar parte do atraso do desenvolvimento do programa Guarani.
Já é melhor que nada.
Antes uma VBC AC 8x8 can 105 e uma VBR MSR 6x6 can 90/105 do que continuar com Cascavel e Urutu só o bagaço ad ifinitum.

abs

Não, não ocorreu.

Se o nome é "Anticarro", então é anticarro e pronto. Usar canhão de alto calibre como função anti-carro em pleno século XXI é atestado de ultrapassado com mentalidade presa numa bigorna.

Fazem 30 anos que o conceito MGS foi estabelecido do mundo Ocidental e migrado pro Oriental, sendo os Italianos os pioneiros, abandonando função anticarro para apoio de fogo direto cerrado com limitada capacidade de choque. Todas as viaturas anticarro foram reduzidas há viaturas com mísseis anticarro, desde 4x4 até 8x8. NINGUÉM usa viatura com canhões como arma anticarro há três décadas!

Os motivos são claríssimos para terem abandonado isso.

Bom, uma vez estando em operação, o que impede o EB de usá-los com bem lhe aprouver?
Que eu saiba podem colocar o nome que quiserem nele que isso não fará diferença alguma para quem assina o cheque, e penso, mais ainda para o EB, que vai utilizá-lo realmente.
Aliás, a forma de utilização de qualquer um destes bldos não depende da designação que recebem, mas do emprego efetivo que terão nas OM.
No mais, ninguém vai perguntar onde, como e de quando eles estão sendo usados.
Em sendo baseados na plataforma do Guarani, e se utilizarem o mesmo can 105 e torre - que é uma possibilidade concreta - a única diferença será a do peso, tração e o trem de força. Um será 6x6 com 15 ton e outro 8x8 com 30 ton.
Nada impede o EB de destinar os 6x6 para a inf mec e os 8x8 para a cav mec, usar ambos como VBR e está tudo em casa.
Ou será que algum deputado ou senador vai abrir uma CPI dos bldos porque o EB não está usando os seus veículos de acordo com os nomes que eles tem?
Eu acho pouco crível, para não dizer improvável.

abs

Mano, então pra que DIABOS criar a porcaria de um ROB com nome "ANTICARRO" se não irão usar esta bosta como arma "ANTICARRO"????

É cada coisa...

Vamos abrir ROB pra uma aeronave de transporte e depois usar ela como MBT, que tal? Papel aceita qualquer coisa de retardado, não é mesmo?

O papel anti-carro Gabriel com certeza é apenas um dos que serão realizados por este bldo. E penso eu aqui que não será o principal e menos ainda o único. Não se projeta bldos para cumprir uma única missão já há algumas décadas. Nem o exército faria isso.

O ROB é uma questão necessária e impositiva dentro da burocracia estatal servindo como referência para empresas, os políticos, os burocratas, e também para o planejamento técnico, doutrinal, logístico e orçamentário do EB. Serviço público não funciona sem papel.

O que é importante nisso tudo é que todos estes bldos saiam do ROB e ganhem vida real nas garagens do EB.

Sendo o Guarani a base deles, a Iveco já vai ter muita coisa para fazer em termos de modificações, pois agora sabe o que deverá fazer no seu bldo a fim de adequá-lo aos documentos e permitir assim o desenvolvimento de todas as variantes desejadas pelo EB.

Em havendo recursos orçamentários no próximo ano para o desenvolvimento de todas estas variantes observadas até o momento, já vamos estar no lucro, pois talvez em 2 ou 3 anos - no caso dos bldos SR baseados no Guarani - teremos os os mesmos prontos para produção.

Agora é torcer para que não fiquemos, mais uma vez, a ver navios.

abs

Eu achei essa nova torre da CMI muito interessante para equipar as atuais VBTP Guarani 6x6. São pequenas, leves, flexíveis e muito bem armadas.

CPWS Gen. 2

Estava olhando o site do SGEX com os docs emitidos para a família Guarani, e de 2017 até março de 2020, o que temos em matéria de Requisitos Operacionais Básicos e Requisitos Técnicos Logísticos e Industriais emitidos é o seguinte:

1. VBC MSR 6x6 can 90/105
2. VBC AC 8x8 can 105
3. VBE MRT 81/120
4. VBMT REC 4x4

Aparentemente, a ideia é começar no menor prazo possível a substituição dos EE-9 Cascavel, seja com a viatura de reconhecimento ou a anti-carro.

Notar que os ROB da VBC Fuz pode basicamente ser aplicado a uma eventual VBCI MR e/ou em partes à versão VBTP MSR apenas trocando-se o trem de rolamento e adaptando-se os itens necessários. Como a VBC AC será 8x8, o caminho para aqueles veículos estará sendo pavimentado no EB com maior segurança e menores riscos.

Pode se esperar que ainda este ano outros ROB/RTLI para alguns outros membros da família sejam emitidos também, tal como: VBE Engenharia, VBE Posto de Comando, VBE Comunicações e VBE Ambulância. Talvez a VBE AAe também tenha o seu ROB/RTLI definido, tendo em vista o trabalho do GT AAe dispor de tempo até Maio deste ano para entregar o resultado de seus estudos.

As versões VBE Diretora de Tiro, Oficina e Socorro, pelo que li dos ROB/RTLI sobre os veículos de apoio para o SAC - Sistema de Artilharia de Campanha emitidos até aqui, praticamente elegem a adoção no médio/longo prazo os chassi Tatra/Avibrás como a base comum para estes e outros veículos, a serem distribuídos pela inf e cav mecanizada e blda,

Nota-se neste sentido um esforço do EB em comunalizar o mais que possível seus MEM onde e como possível nas diversas armas. Ao menos até agora, pelo que se pode ler e depreender destes documentos, o Tatra/Avibrás vãos servir não somente a artilharia como a infantaria e cavalaria. E nada impede que não sejam usados também na engenharia e comunicações, e até mesmo na Avex e OM logísticas. Enfim, as possibilidades de empregos diversos são enormes.

No caso da família Guarani, esperamos que as versões hora destacadas possam tornar-se realidade ainda durante esta década que se inicia. O EB já vem empregando os VBTP 6x6 em diversas OM que não de inf ou cav a fim de inserir estas unidades em modelos mais atualizados de material e organização. O que falta agora é simplesmente tirar do papel as VBE tão necessárias quanto as VBTP que já contam com quase meio milhar entregues.

O advento do Guarani II, se apenas uma atualização ou verdadeira modernização do bldo, é um ponto de partida importante para corrigir, aperfeiçoar e deixar o bldo brasileiro a altura dos desafios que lhe são próprios, no país, e não menos importante, fora dele.

abs

FCarvalho escreveu: ↑Sáb Mar 07, 2020 1:21 am Eu achei essa nova torre da CMI muito interessante para equipar as atuais VBTP Guarani 6x6. São pequenas, leves, flexíveis e muito bem armadas.

CPWS Gen. 2

Uma coisa que eu tenho percebido, é que em muitos países militarmente relevantes, é o comum os ministérios de defesa manterem um think-tank composto de civis especialistas e militares do serviço ativo para sugerirem ideias de futuros equipamentos a serem adotados e doutrinas a serem desenvolvidas/aperfeiçoadas, o Tom Clancy por exemplo fez parte de um desses por anos. E me ocorreu que o MD não tem absolutamente nada do tipo, e aqui temos muitos usuários que tem muito mais competência e visão de futuro do que os oficiais das forças armadas cujo as funções são especificamente essas. Por que não temos um grupo de estudos desse tipo no nosso país? Será aquela velha mentalidade de assunto militar não é coisa de civil? Vejamos essa torre por exemplo, ela realmente seria muito útil pro Guarani, aí mais a versão com o canhão no calibre 30mm acoplada a uns lançadores de mísseis, sejam Spike ou Ingwe. Mas nada disso ainda foi definido pro Guarani.

gabriel219 escreveu: ↑Sex Mar 06, 2020 6:46 pm Mano, dá vontade de morrer ver que querem um VBC com canhão 105 mm pra função anti-carro. Ô mentalidade atrasada da desgraça, uma viatura 4x4 ou 6x6 com mísseis é o suficiente pra isso, até melhor, já que pode fazer disparos indiretos com mísseis que tenham capacidade LOAL.

Uma viatura VBC sob rodas é até aceitável, mas sendo a matriz dos Regimentos de Cavalaria Mecanizado.

Temos que considerar a possibilidade de que a visão estratégica de quem faz esse planejamento esteja extremamente limitada e não estejam considerando como ameaças prováveis nada mais do que um TAM Argentino.

Viktor Reznov escreveu: ↑Dom Mar 08, 2020 1:14 am

gabriel219 escreveu: ↑Sex Mar 06, 2020 6:46 pm Mano, dá vontade de morrer ver que querem um VBC com canhão 105 mm pra função anti-carro. Ô mentalidade atrasada da desgraça, uma viatura 4x4 ou 6x6 com mísseis é o suficiente pra isso, até melhor, já que pode fazer disparos indiretos com mísseis que tenham capacidade LOAL.

Uma viatura VBC sob rodas é até aceitável, mas sendo a matriz dos Regimentos de Cavalaria Mecanizado.

Temos que considerar a possibilidade de que a visão estratégica de quem faz esse planejamento esteja extremamente limitada e não estejam considerando como ameaças prováveis nada mais do que um TAM Argentino.

Mas mesmo que a ameaça seja TAM, utilizar canhões pesados como armas anticarro não existe há mais de 50 anos. Desde a introdução de mísseis, usam viaturas leves armadas com eles para a função anticarro, com exceção de Israel com as viaturas Pereh e a Rússia com uma versão do 9M123 sobre chassis do BMP-3.

É uma mentalidade muito ultrapassada considerar canhões 105-120 mm para tal função.

Se fosse na função de MGS - aqui falo da Stryker Brigade - ou Choque com Mobilidade Estratégica - e aqui das Brigada Media dá Itália - até vai, mas função anticarro?

Eu já penso que os RCMec deveriam ser reorganizados em Regimentos Quartenários, com 3 Esquadrões de Armas Combinadas (2 Pel VBC SR com 4x cada, 2 Pel Fz Mec com 4-5 VBCI's e 1 Plt Ap Fg) e 1 Esquadrão de Cav Mec padrão atual.

Aumentaria o poder de choque e a quantidade de infantaria.