Fórum Defesa Brasil

Marechal-do-ar escreveu:

FCarvalho escreveu:Bom, mas como os Igla só tem 5 mil mts de alcance, e guiamento IR, no final das contas, continuo sem entender esse radar fará diferença, além de se saber que há aeronaves por perto, e os atiradores terão que esperar elas se aproximarem até entrar no alcance daquele míssil.

Mas os atiradores saberão quando a aeronave estará por perto, ao invés de serem pegos de calça curta.
E além do mais, esse é o alcance na melhor das hipóteses, um alvo em altitude diferente da ideal, com RCS menor, interferência, etc e alcance reduz bastante.

Me preocupa uma coisa: a maioria dos ataques hoje é feito a grandes altitudes. Raramente um caça se expõe abaixo dos 5 mil metros para atacar um alvo em terra, mesmo que em missões CAS, e estas, ainda assim, quando há superioridade aérea e um determinado nível de segurança e reconhecimento quanto a capacidade da AAe oponente na área.

Como já faz tempo que não vemos embates tradicionais entre exércitos, fico curioso se esse modelo adotado pelo EB seria realmente efetivo, já que a priori, quem quer que nos atacasse iria primeiro jogar tudo em cima a partir de distâncias muito grandes para além das capacidades que hoje temos e das que se preveem para o futuro.

Vale a pena então manter um radar em um btl atrelado a manpads quando se sabe que o inimigo vai estar quase sempre acima do alcance dos mísseis e fora do alcance dos radar quando disparar suas armas contra o btl?

abs

FCarvalho escreveu:Vale a pena então manter um radar em um btl atrelado a manpads quando se sabe que o inimigo vai estar quase sempre acima do alcance dos mísseis e fora do alcance dos radar quando disparar suas armas contra o btl?

Bem... Estamos falando do EB, que tem como CC principal o Leo 1A5!

Dito isso, alvos a uma altitude maior poderiam ser detectados por um radar com alcance maior e que esteja mais distante, o objetivo de um radar portátil seria mesmo de monitorar o espaço aéreo a baixa altitude, buscando, principalmente, helicópteros.

E, nos dias de hoje, o inimigo não estará apenas acima do teto de manpads, mas também além do alcance horizontal de mísseis de curto e médio alcance, só para lembrar que, nos recentes ataques de Israel à Síria os caças israelenses sequer sairam de Israel (os que entraram na Síria foram atacados, um foi abatido), apenas as munições invadiram o território sírio.

Para se ver Marechal como a coisa aqui está atrasada. Duvido que o pessoal da AAe não saiba disso, mas mesmo assim estamos andando muito devagar na questão. Basicamente, como tenho colocado, Manpads são recursos de última hora para infantaria, podendo ou não, contar com um radar a seu dispor.

No caso da baixa e média altura nós estamos mal, não apenas porque temos poucos sistema como limitados em qualidade e capacidade.

Mas enfim, eu fiquei até animado com a compra dos RBS-70 que servem bem para diversas funções na baixa altura e é um sistema bem mais capaz e adequado aquilo que o EB propõe a si em termos de organização. Falta mesmo é comprar com regularidade e quantidade.

Um Manpad desenvolvido aqui deveria ser algo com absoluta prioridade, até porque, este tipo de míssil pode ter amplas possibilidades de usos e versões. E nós precisamos muito disso, principalmente como último recurso contra munições guiadas.

abs

Na realidade usar manpads contra munições guiadas é forçar a barra, estão longe de serem adequados à função, seria mais um sistema "para inglês ver".

Manpads servem para a infantaria espantar helicópteros, e basicamente só isso.

Marechal-do-ar escreveu:Na realidade usar manpads contra munições guiadas é forçar a barra, estão longe de serem adequados à função, seria mais um sistema "para inglês ver".
Manpads servem para a infantaria espantar helicópteros, e basicamente só isso.

Dependendo do oponente e da situação, e também de um bom sistema Manpad, se equipado e moderno o suficiente, junto a radares e inteligência de campo, dá para fazer bastante coisas com este tipo de míssil.
Mas é como eu disse, ele é o último recurso, na falta ou na incapacidade dos demais meios AAe.
Em todo caso, ele continua sendo um oponente temido mesmo para caças avançados dentro de sua arena de atuação, e principalmente helos, turbohélices em missão CAS e UAV's desavisados.
Mas por enquanto, em nosso caso, para o bem e para o mal, Igla e RBS-70 continuam sendo o nosso principal, e único, sistema de míssil AAe.
Não dá para se alegrar, mas pelo menos estamos saíndo da época do canhão a manivela e do tal "acompanha desgraça!"

abs.

Guarani com torre UT30BR tem vantagens sobre o canhão do Cascavel
26 de Março de 2018

http://www.forte.jor.br/2018/03/26/guar ... -cascavel/

Aliás não sei porque reclamam tanto da torre. Exceto pela capacidade ABM, ela ainda é superior ao da Konisberg que o EUA estará adotando.

A ARES colocou em seu catálogo uma torre chamada TORC30 MK2, que é a UT-30 Mk2: http://www.ares.ind.br/new/img/banner/torc30-mk2.jpg

Falando em torre, a AEL já andou oferecendo a Mk II da UT-30 para o EB ou vai ficar neste modelo mesmo?

abs

Oferecendo não, só colocou no catálogo. Mas fora ter perfil mais baixo e usar o canhão XM813, tem as mesmas características da UT-30.

É uma torre muito larga (talvez mais pesada que a UT-30).

Melhor larga do que alta como a UT30.

Bem, pelo pouco que consegui saber dela, basicamente ela serve também para equipar os Guarani, e com municiamento interno. Não sei se ela entra no chassi do veículo ou não. Os sistemas optrônicos são melhorados e um canhão diferente. No mais, ela é muito parecida com a que TORC30 que ainda não disse a que veio por aqui.

Mas só pela nova ergonomia já valeria a pena usar a mesma. Mas com duas torres sendo fabricadas aqui, creio que esta versão dificilmente será vista por aqui.

abs

Marechal-do-ar escreveu:Melhor larga do que alta como a UT30.

Isso diminui o ângulo de elevação e descensão. Uma torre mais alta também pode garantir que a viatura fique em um nível de cobertura maior, deixando apenas a torre exposta...

Há uma série de desvantagens e vantagens, mas não é pelo seu perfil que a torna uma melhor que a outra.

Ela é quase da largura de um M113 e também bem mais pesada. Tem que ver se os flutuadores suportam.

FCarvalho escreveu:Bem, pelo pouco que consegui saber dela, basicamente ela serve também para equipar os Guarani, e com municiamento interno. Não sei se ela entra no chassi do veículo ou não. Os sistemas optrônicos são melhorados e um canhão diferente. No mais, ela é muito parecida com a que TORC30 que ainda não disse a que veio por aqui.

Mas só pela nova ergonomia já valeria a pena usar a mesma. Mas com duas torres sendo fabricadas aqui, creio que esta versão dificilmente será vista por aqui.

abs

Também acho curioso, não há muitos dados sobre ela, além do canhão ser o novo da ATK (que é apenas um MK44 com possibilidade de programar munição ABM), que possui ângulos verticais menores e que é mais pesada (não sei o quanto).

Fora isso tem tudo que a UT-30 MK1 possui. O problema é abrir mais uma linha de logística com mais uma torre.

Acho que não vai. Na verdade eu não sei porque ainda insistem na TORC30 se ate´agora o EB só tem mostrado interessado pela UT-30. Não há espaço aqui para duas torres.

A não ser que o CFN opte por equipar seus Piranha III com as TORC30. mas eu acho isso bem complicado de fazer. Mais fácil seria encomendar outros novos aí sim adaptados para receber aquela torre. Mas mesmo assim, a que preço, já que a demanda do CFN nem de longe conseguiria uma escala de economia que deixasse essas torres com um preço acessível.

abs

FCarvalho escreveu:Acho que não vai. Na verdade eu não sei porque ainda insistem na TORC30 se ate´agora o EB só tem mostrado interessado pela UT-30. Não há espaço aqui para duas torres.

A não ser que o CFN opte por equipar seus Piranha III com as TORC30. mas eu acho isso bem complicado de fazer. Mais fácil seria encomendar outros novos aí sim adaptados para receber aquela torre. Mas mesmo assim, a que preço, já que a demanda do CFN nem de longe conseguiria uma escala de economia que deixasse essas torres com um preço acessível.

abs

Sinceramente, pensei que já a dúvida sobre a TORC-30 já tinha se resolvido há muito tempo pelo tanto que já foi explicado...

Se fizeres a caridade de me lembrares agradeço, já que a minha memória anda afetada por tantas pílulas diariamente.

abs.