Olá Alexandre,Mapinguari escreveu:Mas, Túlio, se assim fosse, os componentes americanos no Gripen nos trariam tantos problemas como esses mesmos componentes presentes na maioria das aeronaves da FAB, mesmo os fabricados pela Embraer.Túlio escreveu: Sei não, sei não...
É um senhor dum caça, o que tem de pequeno tem de diabolicamente poderoso. Vai que se resolvem as pendengas com os equipamentos ianques que ele usa...
Não vejo esse item, sinceramente, como problema. A menos que fabriquemos aqui no Brasil o caça sueco com a intenção de exportá-lo. Aí, poderíamos ter o mesmo tipo de problema que tivemos quando tentamos vender Super Tucano à Venezuela.
Não é este o caso.
Vale o que estaria assegurado no contrato, se fosse o caça escolhido.
sem entrar no mérito do caça em si e sem considerar uma possível exportação, ainda vejo problemas com componentes de certos fornecedores, em particular os americanos e até franceses. Explico: em tempos de paz, tanto faz, até prefiro que nossos equipamentos possuam componentes de origem americana, pois o suporte é muito bom, diria ótimo.
Porém em tempos de crise e de guerra a situação muda da água para o vinho. Se nos envolvermos em crise (aguda) ou guerra com um país "protegido" pelos americanos (o exemplo clássico é a guerra das Malvinas) não teremos certeza de que os mesmos continuarão a entregar certos componentes críticos. E não se pode esquecer que os desgastes são enormes nestes momentos. Em crise se faz muito treinamento de última hora, onde se apela para o efeito de dissuasão (demostração clara). Em caso de guerra, nem se fala, não carece de mais comentário.
Neste meu "pacote" coloquei os franceses justamente pela experiência argentina com os mesmos, ou seja, os franceses não só os deixaram na mão, como passaram informações detalhadas dos SUE e do Exocet para os ingleses. Só isto já me deixa com um caminhão de pulgas atrás da orelha.
Deixo bem claro que não citei os russos simplesmente porque não sei dizer nada sobre esta particularidade, se existir exemplos, os mesmos também vão para o "pacote". Assim sendo, se todos estiverem no mesmo pacote, cabe a FAB/Governo decidir qual seria o menos arriscado.
Contrato? Isto é sonho e que só vale antes de uma guerra. O seu fornecedor rompe um contrato no início de uma guerra travada por você e seu oponente, você vai procurar seus direitos ou vai fazer de tudo para colocar seus equipamentos em condições de combates? Ele vai romper, você não vai conseguir nada e para o resto do mundo o "bonzinho" foi o fornecedor que "impediu" que uma guerra continuasse. Neste caso, quem tem maior poder de argumentação (bélica), sempre ganha, até mesmo na hora de romper um contrato.
Repito o que venho dizendo de algum tempo pra cá, mais importante do que o equipamento em si são as questões logísticas e de manutenção, sem isso não se tem um equipamento apto para o combate real.
Abração,
Orestes