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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Qui Jan 30, 2020 2:53 pm
por Túlio
arcanjo escreveu: Ter Jan 28, 2020 4:43 pm Brasil estreita relações com a Indústria de Defesa da Índia


Com informações e fotos da Secretaria de Produtos de Defesa (SEPROD)

FONTE: ASCOM Ministério da Defesa


https://defesabrasilnews.blogspot.com/2 ... stria.html

abs.

arcanjo
Interessante como ARGENTINOS oferecem informações bem mais detalhadas do que Brasileiros sobre o que o nosso pessoal esteve fazendo na Índia. É em castelhano mas vale a leitura, nem que seja apenas para saber o que vai ser a JV da Taurus com a Jindal ou o que é a CBC no mundo das munições. Talvez mesmo os objetivos a curto e médio prazo ou pelo menos que eles lá na Argentina não têm problemas em dizer que Brasil tem Presidente e qual seu nome.
Brasil firma acuerdo con India para la producción de armas

Por Anderson Barros -30 January, 2020

https://www.zona-militar.com/2020/01/30 ... -de-armas/

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Qui Jan 30, 2020 5:16 pm
por gabriel219
FCarvalho escreveu: Qui Jul 25, 2019 12:20 am LAAD Akaer-apresenta-conceito-de-aeronave-de-ataque-leve-Mosquito

https://i2.wp.com/www.cavok.com.br/blog/wp-content/uploads/2019/04/Akaer-Mosquito-2-1024x514.jpg?resize=768%2C386&ssl=1

https://www.cavok.com.br/blog/laad-akae ... -mosquito/

Eu consigo imaginar inúmeros tipos de missão e emprego dessa aeronave na Aviação Naval e na Avex. 8-]

abs
Penso em uma aeronave assim para substituir o A-29 no futuro, começando a ser desenvolvido lá pra 2030/35.

Com radar SAR, canhão 20 x 102 mm, EO/IR e entre outros, para missões COIN, CAS e CAP de baixo desempenho.

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Qui Jan 30, 2020 8:43 pm
por arcanjo
CBC firma joint venture com a empresa indiana SSS Springs

https://1.bp.blogspot.com/--nC4CQc3wqM/XjNnpla1EmI/AAAAAAAAD_k/FnT_1N4iWCo3B8H-L38uwIdRFBCWdrlvgCLcBGAsYHQ/s1600/43582755_1909473899140827_2153733422416134144_o.jpg
Munições CBC 9mm Luger ETOG (124gr) - Imagem ilustrativa

A CBC – Companhia Brasileira de Cartuchos vinha buscando uma parceria estratégica para entrar no imenso mercado indiano há quase cinco anos.

Em 2017, após o advento da nova política industrial “Make in India”, a CBC selecionou a empresa Stumpp Schuele & Somappa Springs (SSS Springs), maior fabricante indiano de molas automotivas e industriais, como seu parceiro estratégico para aquele mercado, através de uma joint venture.

Em novembro de 2017, após visitas mútuas entre as duas empresas, foi assinado um Memorando de Entendimentos para o estabelecimento da futura joint venture.

Em março de 2018, as empresas CBC e SSS participaram conjuntamente da conferência AMMO India 2018, a primeira conferência internacional sobre munições militares na Índia.

Em agosto de 2018, foi assinado o acordo para o estabelecimento da joint venture (JV Agreement), tendo como condição precedente a obtenção das devidas licenças para produção de munição pela empresa local. Tal licença foi obtida em agosto de 2019, emitida pelo Ministry of Home Affairs indiano.

A nova empresa se chama Stumpp Schuele & Somappa Defense (SSS Defense) e sua futura fábrica será instalada na cidade de Anantapur, no estado de Andhra Pradesh, em área com mais de 100.000m2 já adquirida pela sociedade.

Em dezembro de 2019, as empresas chegaram a um acordo sobre as condições para transferência de tecnologia para fabricação de munições de pequeno calibre e assinaram o Technology Transfer Agreement. Tal acordo é a última etapa para que o Ministry of Home Affairs (MHA) possa aprovar a entrada de um acionista estrangeiro (CBC) na empresa de defesa criada a partir da joint venture.

De acordo com a legislação local, o acionista estrangeiro terá sua participação limitada em 49%, e o acionista indiano com participação igual ou superior a 51%.

Atualmente, o MHA está analisando o pedido de inclusão da CBC no quadro acionário da empresa.


Produtos para o mercado indiano: munições e fuzis de precisão

A família de munições da SSS Defense para o mercado indiano inclui projéteis de combate e premium nos calibres 9 mm, 5,56x45 mm, 7,62x51 mm, 7,62x39 mm, 0,338 Lapua e 12,7 mm. A maioria desses está em conformidade com os padrões da OTAN. Além dos produtos de uso militar, também serão produzidas e comercializadas munições comerciais para caça e tiro de competição.

A divisão de armamentos da empresa projetou e desenvolveu, pela primeira vez em uma empresa indiana, dois protótipos de fuzis de precisão (sniper) destinados às forças armadas e espera submeter as duas armas às forças especiais em breve, com os olhos voltados para o mercado de exportação.

“Somos os primeiros a projetar e desenvolver fuzis de precisão. Não adquirimos tecnologia pronta do exterior para montar apenas. E o fato de não apenas oferecermos a arma, mas também uma solução completa, fornecendo aos usuários munições, óticas e outros acessórios necessários para operar a arma, nos torna únicos. Até o momento, as forças armadas compram tudo isso de diferentes empresas”, disse Vivek Krishnan, CEO da SSS Defense.

CBC: uma das maiores corporações de munição do mundo

A CBC - uma Empresa Estratégica de Defesa (EED) brasileira - é hoje a líder mundial em munições para armas portáteis, segunda maior produtora de munições do mundo e uma das maiores fornecedoras de munição para a OTAN e forças aliadas em todo o planeta, tendo sua sede e três unidades de produção no Brasil (onde são feitos os produtos Magtech), duas fábricas na Europa (MEN na Alemanha e Sellier & Bellot na República Tcheca) e uma subsidiária em Minnesota (Magtech USA), que atua como distribuidor mestre para o mercado dos EUA.

A empresa é considerada uma das maiores corporações de munição do mundo, com uma experiência combinada de mais de 300 anos na fabricação de calibres pequenos e médios. Juntas, as operações da companhia empregam mais de 3.500 trabalhadores qualificados e produzem mais de 1,7 bilhão de cartuchos de munição a cada ano.

A Stumpp, Schuele & Somappa (SSS Springs)

A Stumpp, Schuele & Somappa faz parte do MG Brothers Group, uma empresa de 60 anos que possui vários negócios, como transporte, concessionárias de veículos, agricultura e imóveis, para citar alguns. Com capacidade para converter 20.000 toneladas de aço em molas a cada ano, a SSS Springs é líder na fabricação de molas de alta qualidade na Índia. Fundada em 1960, a SSS foi a primeira unidade de fabricação de molas no subcontinente e, atualmente, conta com 10 plantas que fabricam mais de 4.000 variedades de molas.

Expertise da CBC: fundamental nas negociações da joint venture da Taurus

A expertise da CBC nos negócios com empresas privadas indianas e com os órgãos governamentais desse país, certamente está facilitando bastante as negociações atualmente em curso para que a Taurus Armas, sua controlada, possa firmar uma joint venture com o Jindal Group, maior fabricante de aço da Índia e um dos dez maiores do mundo, detentor de um faturamento superior a US$ 24 bilhões e com 200 mil funcionários no mundo, sendo 45 mil deles somente na divisão de aço. Os objetivos são a fabricação e a comercialização de armas em território indiano, de acordo com o programa "Make in India", que visa desenvolver a indústria local, gerando empregos, divisas e tecnologia para esse país.

As negociações, que já duram cerca de um ano, estão avançadas e devem ser concluídas até abril de 2020.

Fabricação de armas e munições na Índia

A fabricação de armas e munições na Índia é regulada por um sistema de licenciamento estabelecido pela Lei de Indústrias (Desenvolvimento e Regulamentação) de 1951 e pela Lei de Armas de 1959 / Regras de Armas de 2016, sob domínio completo do Governo. Até 2001, a fabricação de armas de pequeno porte para as forças armadas, paramilitares e policiais estava restrita à produção de empresas pertencentes ao Departamento de Defesa. Em 2001, o governo permitiu a participação de 100% do setor privado indiano na fabricação de armas, sujeita a licenciamento, mas foi só a partir de 2015, através do Arms Act Amendment Bill, que o setor privado começou efetivamente a poder participar da indústria de defesa indiana.

Índia: um mercado bilionário para o setor de armamento e munição

O segundo país mais populoso do mundo (1,37 bilhão de pessoas) é considerado também uma das maiores potências militares do planeta, atrás apenas dos EUA, Rússia e China. Com mais de 1,3 milhão de homens e mulheres a serviço da nação, a Índia possui a quarta maior força militar do mundo em termos de efetivo, segundo levantamento da Global Firepower. Seu orçamento de defesa para 2018 foi de 45 bilhões de dólares, embora haja fontes que situem os gastos militares do país nesse ano entre 62 e 65,5 bilhões de dólares.

Na área de Segurança Pública, a Índia possui 1,4 milhão de policiais e cerca de 7 milhões de agentes de segurança particulares, sendo um dos países do mundo em que o efetivo de agentes de segurança pertencentes às empresas particulares do setor supera em muito o efetivo policial. Seja como for, o número de agentes e policiais armados impressiona.

FONTE: LRCA Consulting

https://defesabrasilnews.blogspot.com/2 ... sa_30.html

abs.

arcanjo

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Qui Jan 30, 2020 10:58 pm
por Túlio
Acredito que mais Empresas Indianas se interessem pelas nossas (cooperação/JV) porque eles já fazem armas e munições lá, inclusive coisa mais poderosa do que nós, apenas:

:arrow: NO STRINGS ATTACHED - O Brasil por certo deve ter algum tipo de agenda internacional mas nunca achei quem me explicasse qual é nem para que serve, ou seja, há agenda mas nem mesmo nós sabemos qual é. Isso os desobriga de dançar pela música dos outros, o que certamente seria imperativo em caso de fazer o mesmo com EUA e UE.

:arrow: No caso da BID, falei várias vezes aqui sobre a importância que os nossos Militares dão a produtos que sigam criteriosamente cada norma STANAG. Eles fazem muita coisa lá mas não têm a menor ideia da diferença que faz e mesmo como se implementa isso: nós sim!

Assim, não estranharia nem um pouco se a cooperação com, p ex, a EMBRAER e AVIBRAS começasse a se aprofundar mais, pois podemos guiá-los com segurança por um caminho árduo mas que no fim compensa.

E, de quebra, embarcar em novos e excitantes desenvolvimentos conjuntos e ainda ganhar uma baita bolada e um mercado gigantesco! Assim, GOLAÇO!!!

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Sex Jan 31, 2020 9:50 am
por FCarvalho
Eu gostaria muito de outros desses acordos no mesmo nível com os demais Brics.
Só temos a ganhar saindo debaixo da saia do mundo ocidental judaico-cristão capitalista imperialista... :mrgreen: :twisted: 8-]

abs

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Sáb Fev 01, 2020 1:58 pm
por Túlio
FCarvalho escreveu: Sex Jan 31, 2020 9:50 am Eu gostaria muito de outros desses acordos no mesmo nível com os demais Brics.
Só temos a ganhar saindo debaixo da saia do mundo ocidental judaico-cristão capitalista imperialista... :mrgreen: :twisted: 8-]

abs
Para usar o "marxistês" :mrgreen: correto, devo dizer-te que a nossa grande mais-valia é exatamente estar "debaixo da saia do mundo ocidental judaico-cristão capitalista imperialista", que é o nosso grande trunfo: de todos os BRICS, o ÚNICO capaz de desenvolver desde o primeiro rascunho, produzir e depois certificar um produto no Ocidente inteiro e receber confiança é o tão menosprezado Brasil, cupincha.

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Sáb Fev 01, 2020 2:53 pm
por FCarvalho
Olá Túlio.

Isto é líquido e certo. Mas tirando Índia e África do Sul, não tem muito o que fazer em matéria de vendas com os outros dois, que são definidores de suas próprias diretrizes e requisitos no campo material militar.

Este acordo com a India pode ser o negócio do século para a BID. Mas no que compete aos demais, pouco ou nada agrega essa nossa capacidade em termos comerciais. A não ser que aceitemos o papel de mascate do oriente por estas bandas.

Mas aí fica a questão: eles precisam de nós para isso?

abs

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Sáb Fev 01, 2020 3:31 pm
por gabriel219
Posso estar equivocado, mas nós exportamos mais que a África do Sul e estamos pouco abaixo da Índia.

O negócio com a Índia ajuda alguns setores da BID, mas ainda precisamos de grandes parcerias na área de mísseis e tecnologias avançadas. Podemos conseguir isso com mais parcerias junto a África do Sul - aqui falo na aquisição de parte da Denel pela Embraer DS e Avibrás - e com Israel - criar JV's -, expandindo o mercado e nossos produtos.

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Sáb Fev 01, 2020 3:55 pm
por Túlio
FCarvalho escreveu: Sáb Fev 01, 2020 2:53 pm Olá Túlio.

Isto é líquido e certo. Mas tirando Índia e África do Sul, não tem muito o que fazer em matéria de vendas com os outros dois, que são definidores de suas próprias diretrizes e requisitos no campo material militar.
A Suécia também era assim; mudaram os tempos e ela teve que mudar junto.
FCarvalho escreveu: Sáb Fev 01, 2020 2:53 pm Este acordo com a India pode ser o negócio do século para a BID. Mas no que compete aos demais, pouco ou nada agrega essa nossa capacidade em termos comerciais.
No duro? Quantos aviões Regionais ou Comerciais Russos ou Chineses são certificados pela FAA? Quantos já foram vendidos e continuam vendendo no maior mercado para este tipo de aeronave no mundo?
FCarvalho escreveu: Sáb Fev 01, 2020 2:53 pm A não ser que aceitemos o papel de mascate do oriente por estas bandas.

Mas aí fica a questão: eles precisam de nós para isso?

abs
Não sei o que é "papel de mascate do Oriente", assim, fico devendo. Mas seríamos utilíssimos no desenvolvimento de novos produtos e mesmo métodos de produção, inclusive no mercado Militar. Não vamos confundir o fato de não desenvolvermos porque não temos dinheiro nem mercado com falta de capacidade e expertise para isso. O -390 está aí porque a FAB pagou e encomendou um lote inicial, porém há armas leves e munições que nem o EB usa mas tá cheio de gente lá fora comprando...

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Seg Fev 03, 2020 10:06 am
por Aim For The Top
Aparentemente a SIATT está desenvolvendo um novo míssel ar-terra junto a fab:

http://www.fab.mil.br/noticias/mostra/3 ... pos%20(SP)

" No LSSA, foi apresentado um projeto em parceria com a empresa SIATT de um míssil ar-solo. “A infraestrutura do CEI viabiliza as simulações de produtos desenvolvidos na SIATT, já que o custo para criar Clique aqui para baixar a imagem originalum local como esse, na empresa, é inviável”, comentou o Diretor da SIATT, Carlos Alberto Carvalho. Já o Laboratório de Sistemas Espaciais (LSE) foi estruturado para suportar e ensinar os processos de Engenharia de Sistemas para o acompanhamento do desenvolvimento de sistemas espaciais. "

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Qua Fev 05, 2020 1:40 pm
por Aim For The Top

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Qua Fev 05, 2020 11:00 pm
por FCarvalho
Se resultar na melhoria do MAR&1 e de uma familia de mísseis ar - terra já vai estar bom demais.
Isso também deve ser entendido como mais um efeito colateral benefíco da seleção do Gripen E no FX-2.

abs.

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Ter Abr 07, 2020 3:08 am
por FCarvalho
HIGHSPEED ROTORCRAFT OF THE MI-450 FAMILY – А NEW GENERATION OF CROSS ARRANGEMENT ROTARY – WING AIRCRAFT

https://pdfs.semanticscholar.org/c19c/2 ... 2d66e4.pdf

Vale a pena a leitura. A Embraer deve estar pensando nestas coisas agora.

abs

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Ter Mai 19, 2020 2:11 pm
por arcanjo
Equipaer passa a integrar Grupo Mac Jee
A aquisição da Equipaer foi anunciada pela empresa brasileira Mac Jee, que espera potencializar seu mercado na produção de lançadores de foguetes no País

Imagem

:arrow: https://www.defesabrasilnoticias.com/20 ... c-jee.html

abs.

arcanjo

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Enviado: Qua Jul 01, 2020 7:22 am
por Cassio