Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Ter Nov 04, 2014 11:40 am
Precisa pesar que o mansueto é tucano e da chapa do aécio
Considero que o nome do ministro da fazenda é um proxy importante para identificar os rumos.
Aguardemos e veremos
Considero que o nome do ministro da fazenda é um proxy importante para identificar os rumos.
Aguardemos e veremos
A semana começa sem rumo
3 de novembro de 2014 por mansueto
http://mansueto.wordpress.com/2014/11/0 ... -sem-rumo/
Esta semana começa com as mesmas dúvidas e indefinições da semana passada e que não serão solucionadas nesta semana, pois o governo tem o seu tempo que é diferente do tempo do mercado. Enquanto isso, os problemas não resolvidos da gestão atual vão se agravando.
Vou fazer aqui alguns rápido comentários. Para aqueles que acham que o destino do país será definido por um excelente ministro da fazenda que montará uma equipe espetacular e solucionará os problemas do país, sugiro que leiam o artigo do economista Marcos Lisboa de hoje na Folha de São Paulo (clique aqui).
O problema fiscal é menos econômico e mais político. Como fala marcos: “A baixa confiança é resultado dos problemas, e não a sua causa. Ela requer uma agenda de governo, e não apenas um novo ministro da Fazenda”.
O que o mercado torce, mas não fala, é que o próximo ministro da fazenda seja forte o bastante para tornar o ex-presidente Lula o real mentor das ações na área econômica. Eu não acredito nisto até porque o “dream team” da presidente Dilma acredita que aumento da divida e subsídios são positivos e resolverão todos os nossos problemas. A politica de conteúdo nacional será cada vez mais presente independente da evidência se funciona ou não.
A imprensa noticiou recentemente que o governo já estuda um novo empréstimo de R$ 20 bilhões ao BNDES (clique aqui). Se daqui a seis meses o governo achar que não foi suficiente farão um novo empréstimo. Isso está no DNA do governo atual e não mudará, apesar dos discurso que esses empréstimos diminuirão.
Hoje, matéria do jornal o Estado de São Paulo mostra que o governo planeja ampliar os subsídios (clique aqui) para o setor produtivo. Eles fazem isso não é por maldade, mas por convicção que subsídios setoriais ocasionam mais crescimento. Não há nenhum evidência disso, mas as pessoas costumam ser muito seletivas da forma que olham a evidência empírica.
Adicionalmente, na dança das cadeiras, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, continuará muito forte ou até mais forte em um segundo governo Dilma como mostra matéria de hoje do jornal Folha de São Paulo (clique aqui). Segundo a matéria do jornal:
“O atual secretário do Tesouro Nacional deve assumir, a partir do próximo ano, o cargo de assessor especial da Presidência, com direito a sala ao lado do gabinete presidencial no Planalto. Funcionários do alto escalão dizem achar que, caso assuma a nova função, Arno será uma espécie de “grilo falante”, dando ideias à presidente não só na agenda macroeconômica, mas também na micro. Ou seja: sua influência aumentará em 2015.”
O mercado continuará sua procura, ao longo desta semana, por sinais de mudança na política econômica. Os rumores de quem será o novo titular da fazenda continuarão. Nada disso solucionará os nossos grandes dilemas que são políticos e, aqui, o governo continuará desconfiando do setor privado. O governo achava e continua achando que será o principal ator na definição dos grandes projetos de investimento e do crescimento do país. Não sei se essa veia intervencionista mudou. Acho que não.
Assim, a semana começa sem novidades e com o governo fazendo o que sempre fez que é tentar convencer aos outros que o maior problema da política econômica é o resto do mundo e não o tipo de política intervencionista que caracterizou o primeiro mandato da presidente Dilma. Há muitas razões para apostarmos em um cenário do mais do mesmo até perdermos o grau de investimento.