Fórum Defesa Brasil

Túlio escreveu:Não fecha com o que me disseram sobre Inf Mec e Cav Mec?

Exatamente. O movimento é adquirir os Guaranis que estão no pátio pra transformar a 3ª Bda em Mec. É um bom avanço, já que possuem acesso ao Sertão Baiano.
E não tem previsão para receberem Guarani 6x6 no Esq Cav Mec, mas há previsão de transforma-lo em Regimento. O que me leva a pensar que o Guarani 8x8 deve ter versão VBTP\VBCI, pois alguma coisa tem que transportar os Fuzileiros do Regimento.

Abs.

FCarvalho escreveu:É muito complicado para a iniciativa privada aventurar-se a participar de projetos da defesa mesmo tendo capacidade de tocá-los por sua própria conta quando não se tem segurança orçamentária e nem de planejamento na área. E todo mundo sabe disso. Não precisa nem ser da área de defesa.

Temos esta péssimo hábito de começar, sem o necessário e impositivo compromisso de terminar o que se começou. E o Estado é o primeiro e maior (mau) exemplo disso no Brasil.

abs.

Pura verdade. Infelizmente.

Se uma empresa Brasileira tivesse ficado com o Projeto Guarani, estaria fechada hoje.

Palavras do Senhor!

Amem.

Bacchi

O interessante é que eu sempre defendi o fato de que não seria necessário para o reconhecimento um veiculo possantemente. Só via a necessidade deste veiculo nas unidades de proteção. Sempre fui desprezado na minha opinião. Onde estão agora aqueles indivíduos do VBR com canhão de 120 ou 150 mm? Desde que Tulio comentou a opinião do C I Bld, eles sumiram!!!

Apenas uma opinião pessoal e de leigo.

Eu acredito que existe espaço para dois VBR's nas ffaa's. Um com torre equipada com canhão de 90mm e 6x6 para o EB, e uma com torre equipada com canhão 105mm e 8x8 para o CFN. Ambas as tropas tem possibilidades, em termos de conceito doutrinal, de emprego em nosso TO para estes tipos de veículos.

Como já disse aqui várias vezes, temos em nossa organização atual da cavalaria, junto agora com a infantaria mecanizada, a possibilidade de operar, se quiséssemos, VBR's armadas com canhões de 90 a 120mm, onde a infantaria mec seria equipada com aquele primeiro carro com canhão de 90mm, a cav mec com veículos com canhão 105mm e a cav blda com veículos com canhão de 120mm. Todos os veículos poderiam ter torres similares, como as oferecidas pela CMI ao EB para o VBR-SR da família Guarani. Enfim, espaço para encaixar todos os 3 tipos de veículos há na atual organização da cav e futuro da inf mecanizada.

Mas, obviamente que isto não será feito nem agora e nem em tempo nenhum, tendo em vista que o custo e a complexidade logísitica de tal adoção tornariam este modelo totalmente inadequado, para não dizer impraticável, à nossa realidade orçamentária, doutrinal e operacional das ffaa's.

Bem, fica ao menos o valor da discussão conceitual e doutrinária sob a questão.

Aliás, eu hoje vejo que se conseguirmos fazer com que o modelo 8x8 da VBR-SR sair da fase de concepção, já teremos feito grandes coisa. Ainda sonho com uma VBTP 8X8 da família Guarani para o CFN no longuíssimo prazo. Quem sabe alguém por ai nos ouça.

abs.

Reginaldo Bacchi escreveu:O interessante é que eu sempre defendi o fato de que não seria necessário para o reconhecimento um veiculo possantemente. Só via a necessidade deste veiculo nas unidades de proteção. Sempre fui desprezado na minha opinião. Onde estão agora aqueles indivíduos do VBR com canhão de 120 ou 150 mm? Desde que Tulio comentou a opinião do C I Bld, eles sumiram!!!

Oi?

Talvez eu me enquadre como um dos indivíduos que defendem o VBR com canhão de 120 ou 150mm, mas não sei ao certo, acho que não participei dos debates que você fala, mas claro, não é para reconhecimento que vocês imaginam, o nome da viatura (Viatura Blindada de Reconhecimento) é um pouco falho, porque da a entender que eles vão realizar uma missão diferente, de "achar o inimigo", não é o caso, alias, nesse fórum mesmo já questionei a existência das brigadas de cavalaria mecanizadas, tem brigada mais especializada do que essa? Nem a especialização excessiva das brigadas striker que o Bacchi criticou chega perto.

Então, vou falar dessas viaturas atuando nas brigadas de infantaria mecanizada (acho que poderíamos substituir as Bda Cav Mec por Reg Cav Mec orgânicos às Bda Inf Mec), nesse caso o que elas fazem de tão bem é o apoio de fogo a infantaria, no caso, fogo direto.

E quando a infantaria precisa disso? Basicamente sempre que as armas que humanos conseguem carregar não tiverem poder de fogo suficiente (seja um tanque, um banker ou o que for que o inimigo tenho e precise ser destruído), enfim, quando precisa de "mais", nesse caso, 76mm é suficiente? Bem, quando o "mais" que a infantaria precisa for mais que qualquer coisa que a infantaria carregue mas menos do que 76mm, então, será suficiente, e o 90mm, a mesma coisa, idem para 105mm, 120mm e 150mm, mas claro, um 120mm ou 150mm vai funcionar em mais situações que canhões menores.

E acompanho o que acontece nas brigadas strikers com os MGS, as vezes eles são úteis mas não é preciso muitos, eu que não seria louco de querer centenas desses veículos para as nossas brigadas, mudando de assunto mas ainda relacionado, as torres da CMI permitem uma elevação do canhão além dos 40°, permitindo que ele seja usado tanto para fogo direto quanto indireto, isso da mais flexibilidade ao veículo e pode servir para que os números deles não sejam tão reduzidos a ponto de serem inviáveis substituindo algumas peças de artilharia.

Não houve um debate, mas uma troca de ideias.

Concordo com o que você escreve, com a exceção de que eu não critiquei a Brigada Stryker. Eu a considero uma excelente unidade. Fiz questão de deixar isto claro no meu artigo sobre ela, escrito na Tecnologia & Defesa.

O que eu critico é usar a mesma como paradigma para a nossa Brigada de Infantaria Mecanizada, sem se considerar o mesmo tipo de unidades de outros exércitos. Repito, o Brasil não é os Estados Unidos da America. Não temos os equipamentos que este pais tem, nem em tipo nem em quantidade. O que não é ideal para aquele exercito pode ser ótimo para nosso.

Eu me lembro de uma critica que fizeram a Missão Militar Francesa: procuraram criar um exercito brasileiro que não tinha nada a ver com a realidade nacional e sul americana, baseado inteiramente no que era o exercito francês.

Bacchi


Bacchi

Volto a dizer que, segundo me foi informado, ninguém pretende copiar a Bda Stryker, apenas usar como ponto de partida combat proven para as nossas Bdas Inf Mec. Lendo um post acima achei uma falha grave de minha parte: estando no local mais especializado em Bldos do Brasil, jamais me ocorreu perguntar sobre uma de minhas grandes dúvidas, que é o que o Comando do C I Bld pensa sobre uma Bda Cav Mec. Notem o detalhe, a Bda Stryker é Inf Mec e foi sobre isso que sempre conversamos.

Mas eu deveria ter perguntado...

Túlio... Ia te perguntar exatamente isso...

Túlio escreveu:(...) estando no local mais especializado em Bldos do Brasil, jamais me ocorreu perguntar sobre uma de minhas grandes dúvidas, que é o que o Comando do C I Bld pensa sobre uma Bda Cav Mec. (...) Mas eu deveria ter perguntado...

Provavelmente você receberia uma resposta-padrão "para paisano ver" (como dizia o saudoso Sargento Valentim). Desconfio que certos assuntos um oficial só fala a um paisano de extrema confiança e no anonimato. Ou então quando o oficial já se reformou.

Também desconfio que a existência destas quatro brigadas de cavalaria mecanizada deve-se, principalmente, a manutenção das tradições das antigas divisões de cavalaria. E que um oficial da ativa, se considerasse o seu número como excessivo, evitaria dizer isso em público.

Uma vez, lendo um artigo de um oficial de infantaria sobre a organização da nova infantaria mecanizada, tive minha atenção despertada para uma afirmação do oficial que tentava "tranquilizar" os oficiais de cavalaria que, supostamente, teriam receios de que as novas brigadas de infantaria mecanizada fossem uma tentativa de redução da Arma de Cavalaria. Suponho que, dentro do Exército as diferentes Armas estejam muito preocupadas com a manutenção de um "status quo" dentro da corporação.

Clermont, excelente comentário.

Bacchi

Eu não vejo porque as bgdas cav mec não poderem ser absolvidas pela infantaria mec ou pelas própria Cav blda.

Há no EB hoje um discussão a nível acadêmico que divaga se a organização das novas bgdas deveria reforçar ou não a infantaria, tendo em vista que as bgdas cav mec não dispõe de infantaria suficiente para agir sozinhas, dependendo de apoio de outras bgdas inf para atuar em certos cenários; fato que já não acontece com a cav blda, que possui em sua organização um apoio de infantaria que lhe permite atuar com certa independência de outras OM do mesmo nível.

Aliás, pelo que se sabe até agora, as futuras bgdas inf mec não tem, e não terão, o apoio orgânico de cav mec suficiente e/ou necessário que dispense o auxílio de outras bgdas de cav para atuar com relevante autonomia.

Assim, é preciso saber quais os limites, e/ou até onde o EB pensa poder dar flexibilidade e capacidade necessárias a atuação de suas bgdas, inf ou cav, de forma que possam operar sem apoio direto de outras OM's do mesmo nível, seja como um FT independente, seja como parte de uma ação de maior evergadura.

A ver.

abs.

http://www.defesaaereanaval.com.br/viat ... -exercito/
Interessante essa torre, aparenta expor menos ainda o atirador que o modelo anterior, porém limita a visão.

Ans

Por que não uma torre remotamente controlada?!

Marechal-do-ar escreveu:Por que não uma torre remotamente controlada?!

$$$

A ideia, ao que penso, é com o tempo adotar, em todos os Guaranis, torres REMAX.

Abs