JAS-39 Gripen

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Carlos Mathias

#46 Mensagem por Carlos Mathias » Dom Fev 19, 2006 10:41 pm

Engraçado que o pessoal do gripen reclama que está de saco cheio mas quer sempre ter a última palavra, não é? E tome de reposta. Mas vamos lá.

Logo o Chile estara recebendo o seus AIM-120...ai a gente conversa sobre isso.


Vai? Que eu saiba eles vão(?) receber é Derby e mais Python ustamente porque não terão os AIM-120, que é bem mais barato. Sobre quem aceitou este negócio de arma estocada na casa dos outros certamente ainda não apareceu o otário para isso, pelo menos a FAB não aceitou.

Nao foi vetado nada para o Brasil! Dificil de entender isso


MAs meu querido colega, será que vou ter que revisar as revistas e a net que falam disso? Todo mundo sabe dos vulcan, dos códigos do moderno F-5, dos vetos ao VLS e etc, etc, etc. Segundo alguém da FAB, "só sendo São Tomé prá crer nisso."



E havia uma politica dos americanos de nao introduzir aqui equipamentos modernos


Mas afinal, tem ou não tem veto?

Sabe o que isso significa: que o Su-35 com uma carga levissima tem um raio lo-lo-lo maximo de 670km (1340/2), ou seja, ele eh pouco eficiente nesse ambiente. O Gripen com uma carga bem mais pesada (citada anteriormente) possui um raio de 550km.


Não entendi, os dados do SU-35 você divide ao meio e acha míseros 670km, os piores que já vi, nem o maior dos gripeiros daqui disse isso. Daí o mesmo valor do gripen vale inteiro... é isso mesmo? Mas aqui mesmo alguém falou que este caça(Gripen) não consegue fazer uma ataque em SP e voltar ao Rio sem um REVO, mas mesmo assim agora são 1100 de alcançe, pois 550 X 2=1100km. Interessante...

Como disse alguém aí atrás, tudo vai depender do que a FAB quer, se quer muitas bases espalhadas pelo país, pode-se usar o Gripen. MAs como a realidade parece ser outra, muito provavelmente a FAb vai continuar com poucas bases e o GDA vai continuar como uma unidade voltqada principalmente para a defesa aérea estratégica, portanto um caça de longo alcançe é a escolha óbvia.

Eu nunca neguei nem nego de jeito nenhum que o Gripen é uma excelente aeronave, na sua categoria de caça leve. Mas é necessário que se reconheça que está uma categoria abaixo dos SU-35 e F-15 da vida, se não duas. Tentar dizer que um Gripen tem o mesmo ou até mais alcançe e capacidade de armas que um SU-35 não dá, não mesmo. Lamento muito, mas não dá!




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#47 Mensagem por Bolovo » Dom Fev 19, 2006 10:51 pm

Carlos Mathias escreveu:Vai? Que eu saiba eles vão(?) receber é Derby e mais Python ustamente porque não terão os AIM-120, que é bem mais barato. Sobre quem aceitou este negócio de arma estocada na casa dos outros certamente ainda não apareceu o otário para isso, pelo menos a FAB não aceitou.

Vai ter 142 AIM-120 logo logo lá no Chile. Eu também acreditava que seriam Derbys, mas pelo que parece vai ser AIM-120 mesmo. :?




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#48 Mensagem por Carlos » Dom Fev 19, 2006 10:58 pm

Vc nao respondeu quem tem misseis (AIM-120) guardados no armario dos EUA? Logo o Chile estara recebendo o seus AIM-120...ai a gente conversa sobre isso.


Bom, não sei se posso responder mais Taiwan estão com os mísseis AMRAAM dos seus F-16 estocados nos Estados Unidos.




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#49 Mensagem por Bolovo » Dom Fev 19, 2006 11:05 pm

Carlos escreveu:
Vc nao respondeu quem tem misseis (AIM-120) guardados no armario dos EUA? Logo o Chile estara recebendo o seus AIM-120...ai a gente conversa sobre isso.


Bom, não sei se posso responder mais Taiwan estão com os mísseis AMRAAM dos seus F-16 estocados nos Estados Unidos.

Pelo que sei Taiwan já tem seus AIM-120 faz tempo.


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#50 Mensagem por Carlos » Dom Fev 19, 2006 11:19 pm

Bom, só se for depois de 2003, que é a data da informação que eu tenho :lol: .

De qualquer forma, ficaram com os mísseis estocados nos EUA por algum tempo.

Falou,

Carlos.




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#51 Mensagem por Bolovo » Dom Fev 19, 2006 11:20 pm

Carlos escreveu:Bom, só se for depois de 2003, que é a data da informação que eu tenho :lol: .

De qualquer forma, ficaram com os mísseis estocados nos EUA por algum tempo.

Falou,

Carlos.

A informação que tenho é que em 2004 eles chegaram no Taiwan.

E a prova são essas fotos! :wink:




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#52 Mensagem por Túlio » Dom Fev 19, 2006 11:28 pm

jacquessantiago escreveu:Muitas revistas davam ao Gripen um raio de 550km :lol: :lol: e comparavam com o alcance de 3000km do Su. Algumas menos honestas comparavam com os 1500km de raio.
Essas comparacoes so nao explicavam que o raio do Gripen era em perfil antinavio, lo-lo-lo, com 2 RBS-15 (640kg cada) + 1 tanque + 2 AIM-120 + 2 AIM-9. A carga de armas é bem maior que 1500kg (principalmente se troca-se os 2 AIM-120 por 2 AGM-65. Configuracao essa muito documentada). Ou seja, com uma carga de mais de 1500kg de armas + 1 tanque externo, lo-lo-lo, o Gripen tem um raio de 550km. Se vc adiciona mais um tanque e diminui a carga de armas e troca para um perfil lo-hi-lo, o raio aumenta bastante. Bem mais do que o citado por vc.

E se vc adiciona capacidade supercruise, em missao ar-ar, os dados de alcance do Gripen tem que se analisados sob outra otica. Ai qd falam que ele tem raio de 1000km ou mais, comeca a fazer sentido.

Incrivel....basta alguem falar do Gripen que comecam a contaminar o topico com o Su-35! Sao cacas diferentes, com filosofias de emprego diferentes e de categorias diferentes.

Alcançe de translado- Gripen 2780km, SU-27/35 3680km. Uma diferença de 1000km, que não é pouca e seria muito importante num país como o Brasil.


Onde vc tirou isso? A maioria dos sites menciona 3000km no minimo. No site do fabricante menciona mais de 3200km.



Calma, índio véio. Daqui a pouco vais dizer que o Gripen voa mais longe que o Flanker... :twisted:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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#53 Mensagem por Carlos » Dom Fev 19, 2006 11:41 pm

A informação que tenho é que em 2004 eles chegaram no Taiwan.

E a prova são essas fotos!


Tá bom, contra fatos não há argumentos. :lol: :lol:

(será que essas fotos não são uma montagem? Sei não...)

Falou,

Carlos




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#54 Mensagem por Penguin » Seg Fev 20, 2006 12:45 am

MAs meu querido colega, será que vou ter que revisar as revistas e a net que falam disso? Todo mundo sabe dos vulcan, dos códigos do moderno F-5, dos vetos ao VLS e etc, etc, etc. Segundo alguém da FAB, "só sendo São Tomé prá crer nisso."


Novamente...depois de alguns acontecimentos descritos na msg anterior a situacao com relacao a venda de armamentos avancados na AL mudou muito. Antes havia uma serie de restricoes que hoje nao mais existem. Algumas outras podem continuam a existir, porem o Brasil no FX nao foi afetado. Nosso papo eh sobre cacas (e armamentos convencionais).

Recentemente os americanos estao introduzindo na AL tecnologias que ha uns anos atras seriam muito dificil: SAM Standard, JDAM, Torpedos MK-48 ADCAP, Harpoon, Vulcan (CIWS) e Goalkeeper CIWS (usa o canhao do A-10), AIM-120, ofereceram F-16 versoes avancadas e F-18E. O kimite ai eh grana!

Com relacao a foguetes de grande porte existe um tratado internacional que limita as transferencias de tecnologias sensiveis...todas as potencias nucleares sao signatarias incluindo a Russia (Missile Technology Control Regime). O Brasil e mais uns 30 paises participam tb. Dai a grande dificuldade em adquirir tecnologias nesta area, mesmo com a Russia. Se fosse facil, ja estariamos com VLS operando ha muito tempo.




Sabe o que isso significa: que o Su-35 com uma carga levissima tem um raio lo-lo-lo maximo de 670km (1340/2), ou seja, ele eh pouco eficiente nesse ambiente. O Gripen com uma carga bem mais pesada (citada anteriormente) possui um raio de 550km.


Não entendi, os dados do SU-35 você divide ao meio e acha míseros 670km, os piores que já vi, nem o maior dos gripeiros daqui disse isso. Daí o mesmo valor do gripen vale inteiro... é isso mesmo? Mas aqui mesmo alguém falou que este caça(Gripen) não consegue fazer uma ataque em SP e voltar ao Rio sem um REVO, mas mesmo assim agora são 1100 de alcançe, pois 550 X 2=1100km. Interessante...


Obvio, ou vc tb eh daqueles que confunde alcance com raio?
No site russo esta muito claro. Eh alcance maximo e nao raio de acao!
Ao nivel do mar eh de 1340km e alto eh de 3520km (o que bate com os numeros postados por vc e em outros sites)

Maximum flight range (with rockets 2xR-27R1, 2xR-73E launched at half distance):
- at sea level, 1,340km
- at height, 3,530km



Como disse alguém aí atrás, tudo vai depender do que a FAB quer, se quer muitas bases espalhadas pelo país, pode-se usar o Gripen. MAs como a realidade parece ser outra, muito provavelmente a FAb vai continuar com poucas bases e o GDA vai continuar como uma unidade voltqada principalmente para a defesa aérea estratégica, portanto um caça de longo alcançe é a escolha óbvia.


Com o crescente numero de F-5 acho bom a FAB ir espalhando eles pelas fronteiras e bases pelo pais. Alias, a Suica tem operado os F-5 dispersos...

Imagem

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Eu nunca neguei nem nego de jeito nenhum que o Gripen é uma excelente aeronave, na sua categoria de caça leve. Mas é necessário que se reconheça que está uma categoria abaixo dos SU-35 e F-15 da vida, se não duas. Tentar dizer que um Gripen tem o mesmo ou até mais alcançe e capacidade de armas que um SU-35 não dá, não mesmo. Lamento muito, mas não dá!
[/quote]

Em nenhum momento se tentou afirmar isso.
O Gripen esta em outra categoria de peso realmente, tem menos capacidade de carga e menos alcance. Discordamos dos valores. E esta em outra categoria de custos operacionais, uma tres abaixo.




Carlos Mathias

#55 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Fev 20, 2006 10:35 am

Três não, duas. Olha, voltando ao problema das armas americanas, quero deixar claro aqui que as considero excelentes. Porém, destes armamentos aí citados, qual o Brasil tem em qual deles temos acesso liberado a todos os códigos fonte e etc? Isso é o cerne da questão, o Brasil poderia ter comprado os F-16A/MLU muito baratos, mas continuaria sem acesso aos sistemas da aeronave e é isso que importa. O que se tem que entender é que não é a toa que o Brasil está trilhando o caminho da maior independência possível no uso das suas armas. Não é à toa que se pretende fazer aqui mísseis como o A-darter, R-darter, MAR, MAN; submarinos, radares e etc. Poderíamos simplesmente comprar como o Chile e outros vizinhos fazem, porém nossas FA's escolheram um caminho mais árduo porém que a frente vai se revelar mais apropriado à nossa realidade. Dito isto, pode-se concluir que mesmo que um Gripen fosse mais barato que um MIG-29, haveria sempre uma sombra da instável política externa americana sobre ele e isto é inegável. Se hoje certas restrições caíram, outras continuam, vide os F-16 chilenos terem a capacidade de lançar os HARM retirada antes da entrega. Ora, o que é isso senão um bloqueio ou veto? Todos sabem que o F-16 foi o mais morto de todos os FX justamente por isso. Temos o exemplo do TP-2000, que babou quando a marinha quiz acesso a sistemas do torpedo que eram/são americanos. Compramos os MK-48(?) sim, mas penso que trata-se de uma solução intermediária até que se tenha um rumo certo para o próximo sub.

Se a SAAB retirasse os sistemas americanos do Gripen, certamente suas chances na FAB teriam sido muito melhores.




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#56 Mensagem por Penguin » Seg Fev 20, 2006 2:13 pm

Carlos Mathias escreveu:Três não, duas.

Dizem que custo por hora do Su-35 eh de US$8mil/hora contra US$2,5mil/hora do Gripen.

Olha, voltando ao problema das armas americanas, quero deixar claro aqui que as considero excelentes. Porém, destes armamentos aí citados, qual o Brasil tem em qual deles temos acesso liberado a todos os códigos fonte e etc?


O Brasil tem acesso a tecnologia do Python 3? Alguem no mundo fabrica R-77 sob licença? Ou mesmo o R-73? Uma coisa é vc adquirir, outra bem distinta é vc fabricar ou modificar. Pq a Embraer nao pode modificar os M2000 para o mesmo padrao do F-5? Eu diria que eh a famosa coleirinha que vc tanto fala. Sera que os russos seriam cooperativos se um operador de Mig escolhesse Israel (Elbit uo IAI) para ser o parceiro na modernizacao dos seus cacas russo? Pergunte ao romenos...

Isso é o cerne da questão, o Brasil poderia ter comprado os F-16A/MLU muito baratos, mas continuaria sem acesso aos sistemas da aeronave e é isso que importa. O que se tem que entender é que não é a toa que o Brasil está trilhando o caminho da maior independência possível no uso das suas armas. Não é à toa que se pretende fazer aqui mísseis como o A-darter, R-darter, MAR, MAN; submarinos, radares e etc. Poderíamos simplesmente comprar como o Chile e outros vizinhos fazem, porém nossas FA's escolheram um caminho mais árduo porém que a frente vai se revelar mais apropriado à nossa realidade.


Concordo com isso desde que seja viavel. E esse parece ter sido o caminho adotado. No caso dos cacas, o essencial para a FAB eh a liberacao dos codigos fonte para que o Brasil possa adaptar as armas que queira e modernizar as aeronaves. Se minha memoria nao me falha, isso era um requisito do FX e todos os participantes aceitaram, inclusive a Lockheed Martin.

Dito isto, pode-se concluir que mesmo que um Gripen fosse mais barato que um MIG-29, haveria sempre uma sombra da instável política externa americana sobre ele e isto é inegável. Se hoje certas restrições caíram, outras continuam, vide os F-16 chilenos terem a capacidade de lançar os HARM retirada antes da entrega.


Entao os Sul Africanos fizerma uma grande besteira...eles nao costumam seguir a politica externa americana cegamente, inclusive fazem parte do Movimento dos Países não-Alinhados, junto com Cuba, Indonesia, Malasia, ex- Iugoslavia e outros paises. Nao eh necessario dizer que os sul africanos sao experts em embargos e sansões da ONU.

Realmente os americanos nao vendem ainda misseis antiradiacao na AL. Se alguem introduzir antes, pode ter certeza que eles venderao. E se algum pais quiser comprar tem o Alarm ingles e o Armat frances (nao tenho certeza se ainda eh fabricado) ou algum russo. Ou se tiver cacife que desenvolva um (caminho adotado pelo Brasil).

Ora, o que é isso senão um bloqueio ou veto? Todos sabem que o F-16 foi o mais morto de todos os FX justamente por isso. Temos o exemplo do TP-2000, que babou quando a marinha quiz acesso a sistemas do torpedo que eram/são americanos. Compramos os MK-48(?) sim, mas penso que trata-se de uma solução intermediária até que se tenha um rumo certo para o próximo sub.


E pq a MB nao adquiriu outro torpedo cujo fabricante estivesse disposto a transferir tecnologia? Sera que havia algum?

Se a SAAB retirasse os sistemas americanos do Gripen, certamente suas chances na FAB teriam sido muito melhores.


Pq? Nao parece que o Brasil esteja pensando em se juntar ao "eixo do mal". Agora, revender a um deles eh sim passivo de veto dos americanos e provavelmente da UE, mas creio que nao eh essa a ideia do Brasil com o FX. Seria uma compra para uso proprio e nao para "trafico" :lol: .

Um detalhe...os motores do Gripen poderiam ser mantidos inteiramente pela GE Brasil (ex-Celma). Palavras do CEO da SAAB. Isso tem sido feito com os franceses ATAR (Mirage III e 2000)?




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#57 Mensagem por Penguin » Seg Fev 20, 2006 2:14 pm

Carlos Mathias escreveu:Três não, duas.

Dizem que custo por hora do Su-35 eh de US$8mil/hora contra US$2,5mil/hora do Gripen.

Olha, voltando ao problema das armas americanas, quero deixar claro aqui que as considero excelentes. Porém, destes armamentos aí citados, qual o Brasil tem em qual deles temos acesso liberado a todos os códigos fonte e etc?


O Brasil tem acesso a tecnologia do Python 3? Alguem no mundo fabrica R-77 sob licença? Ou mesmo o R-73? Uma coisa é vc adquirir, outra bem distinta é vc fabricar ou modificar. Pq a Embraer nao pode modificar os M2000 para o mesmo padrao do F-5? Eu diria que eh a famosa coleirinha que vc tanto fala. Sera que os russos seriam cooperativos se um operador de Mig escolhesse Israel (Elbit uo IAI) para ser o parceiro na modernizacao dos seus cacas russo? Pergunte ao romenos...

Isso é o cerne da questão, o Brasil poderia ter comprado os F-16A/MLU muito baratos, mas continuaria sem acesso aos sistemas da aeronave e é isso que importa. O que se tem que entender é que não é a toa que o Brasil está trilhando o caminho da maior independência possível no uso das suas armas. Não é à toa que se pretende fazer aqui mísseis como o A-darter, R-darter, MAR, MAN; submarinos, radares e etc. Poderíamos simplesmente comprar como o Chile e outros vizinhos fazem, porém nossas FA's escolheram um caminho mais árduo porém que a frente vai se revelar mais apropriado à nossa realidade.


Concordo com isso desde que seja viavel. E esse parece ter sido o caminho adotado. No caso dos cacas, o essencial para a FAB eh a liberacao dos codigos fonte para que o Brasil possa adaptar as armas que queira e modernizar as aeronaves. Se minha memoria nao me falha, isso era um requisito do FX e todos os participantes aceitaram, inclusive a Lockheed Martin.

Dito isto, pode-se concluir que mesmo que um Gripen fosse mais barato que um MIG-29, haveria sempre uma sombra da instável política externa americana sobre ele e isto é inegável. Se hoje certas restrições caíram, outras continuam, vide os F-16 chilenos terem a capacidade de lançar os HARM retirada antes da entrega.


Entao os Sul Africanos fizerma uma grande besteira...eles nao costumam seguir a politica externa americana cegamente, inclusive fazem parte do Movimento dos Países não-Alinhados, junto com Cuba, Indonesia, Malasia, ex- Iugoslavia e outros paises. Nao eh necessario dizer que os sul africanos sao experts em embargos e sansões da ONU.

Realmente os americanos nao vendem ainda misseis antiradiacao na AL. Se alguem introduzir antes, pode ter certeza que eles venderao. E se algum pais quiser comprar tem o Alarm ingles e o Armat frances (nao tenho certeza se ainda eh fabricado) ou algum russo. Ou se tiver cacife que desenvolva um (caminho adotado pelo Brasil).

Ora, o que é isso senão um bloqueio ou veto? Todos sabem que o F-16 foi o mais morto de todos os FX justamente por isso. Temos o exemplo do TP-2000, que babou quando a marinha quiz acesso a sistemas do torpedo que eram/são americanos. Compramos os MK-48(?) sim, mas penso que trata-se de uma solução intermediária até que se tenha um rumo certo para o próximo sub.


E pq a MB nao adquiriu outro torpedo cujo fabricante estivesse disposto a transferir tecnologia? Sera que havia algum?

Se a SAAB retirasse os sistemas americanos do Gripen, certamente suas chances na FAB teriam sido muito melhores.


Pq? Nao parece que o Brasil esteja pensando em se juntar ao "eixo do mal". Agora, revender a um deles eh sim passivo de veto dos americanos e provavelmente da UE, mas creio que nao eh essa a ideia do Brasil com o FX. Seria uma compra para uso proprio e nao para "trafico" :lol: .

Um detalhe...os motores do Gripen poderiam ser mantidos inteiramente pela GE Brasil (ex-Celma). Palavras do CEO da SAAB. Isso tem sido feito com os franceses ATAR (Mirage III e 2000)?




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#58 Mensagem por Penguin » Seg Fev 20, 2006 2:15 pm

Carlos Mathias escreveu:Três não, duas.

Dizem que custo por hora do Su-35 eh de US$8mil/hora contra US$2,5mil/hora do Gripen.

Olha, voltando ao problema das armas americanas, quero deixar claro aqui que as considero excelentes. Porém, destes armamentos aí citados, qual o Brasil tem em qual deles temos acesso liberado a todos os códigos fonte e etc?


O Brasil tem acesso a tecnologia do Python 3? Alguem no mundo fabrica R-77 sob licença? Ou mesmo o R-73? Uma coisa é vc adquirir, outra bem distinta é vc fabricar ou modificar. Pq a Embraer nao pode modificar os M2000 para o mesmo padrao do F-5? Eu diria que eh a famosa coleirinha que vc tanto fala. Sera que os russos seriam cooperativos se um operador de Mig escolhesse Israel (Elbit uo IAI) para ser o parceiro na modernizacao dos seus cacas russo? Pergunte ao romenos...

Isso é o cerne da questão, o Brasil poderia ter comprado os F-16A/MLU muito baratos, mas continuaria sem acesso aos sistemas da aeronave e é isso que importa. O que se tem que entender é que não é a toa que o Brasil está trilhando o caminho da maior independência possível no uso das suas armas. Não é à toa que se pretende fazer aqui mísseis como o A-darter, R-darter, MAR, MAN; submarinos, radares e etc. Poderíamos simplesmente comprar como o Chile e outros vizinhos fazem, porém nossas FA's escolheram um caminho mais árduo porém que a frente vai se revelar mais apropriado à nossa realidade.


Concordo com isso desde que seja viavel. E esse parece ter sido o caminho adotado. No caso dos cacas, o essencial para a FAB eh a liberacao dos codigos fonte para que o Brasil possa adaptar as armas que queira e modernizar as aeronaves. Se minha memoria nao me falha, isso era um requisito do FX e todos os participantes aceitaram, inclusive a Lockheed Martin.

Dito isto, pode-se concluir que mesmo que um Gripen fosse mais barato que um MIG-29, haveria sempre uma sombra da instável política externa americana sobre ele e isto é inegável. Se hoje certas restrições caíram, outras continuam, vide os F-16 chilenos terem a capacidade de lançar os HARM retirada antes da entrega.


Entao os Sul Africanos fizerma uma grande besteira...eles nao costumam seguir a politica externa americana cegamente, inclusive fazem parte do Movimento dos Países não-Alinhados, junto com Cuba, Indonesia, Malasia, ex- Iugoslavia e outros paises. Nao eh necessario dizer que os sul africanos sao experts em embargos e sansões da ONU.

Realmente os americanos nao vendem ainda misseis antiradiacao na AL. Se alguem introduzir antes, pode ter certeza que eles venderao. E se algum pais quiser comprar tem o Alarm ingles e o Armat frances (nao tenho certeza se ainda eh fabricado) ou algum russo. Ou se tiver cacife que desenvolva um (caminho adotado pelo Brasil).

Ora, o que é isso senão um bloqueio ou veto? Todos sabem que o F-16 foi o mais morto de todos os FX justamente por isso. Temos o exemplo do TP-2000, que babou quando a marinha quiz acesso a sistemas do torpedo que eram/são americanos. Compramos os MK-48(?) sim, mas penso que trata-se de uma solução intermediária até que se tenha um rumo certo para o próximo sub.


E pq a MB nao adquiriu outro torpedo cujo fabricante estivesse disposto a transferir tecnologia? Sera que havia algum?

Se a SAAB retirasse os sistemas americanos do Gripen, certamente suas chances na FAB teriam sido muito melhores.


Pq? Nao parece que o Brasil esteja pensando em se juntar ao "eixo do mal". Agora, revender a um deles eh sim passivo de veto dos americanos e provavelmente da UE, mas creio que nao eh essa a ideia do Brasil com o FX. Seria uma compra para uso proprio e nao para "trafico" :lol: .

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#59 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Fev 20, 2006 2:56 pm

Dizem que custo por hora do Su-35 eh de US$8mil/hora contra US$2,5mil/hora do Gripen.


Bem, como foi dito antes, são de categorias diferentes e portanto os custos também o são, aliás estes custos do gripen eu acho que estão meio que encolhidos. 2550/h para um caça a jato de 4º geração???????

O Brasil tem acesso a tecnologia do Python 3? Alguem no mundo fabrica R-77 sob licença? Ou mesmo o R-73? Uma coisa é vc adquirir, outra bem distinta é vc fabricar ou modificar. Pq a Embraer nao pode modificar os M2000 para o mesmo padrao do F-5? Eu diria que eh a famosa coleirinha que vc tanto fala. Sera que os russos seriam cooperativos se um operador de Mig escolhesse Israel (Elbit uo IAI) para ser o parceiro na modernizacao dos seus cacas russo? Pergunte ao romenos...


Bem, sobre o python III não sei, mas sobre os mísseis russos a produção/montagem aqui foi colocada durante a fase final do FX, inclusive a participação da nossa querida EMBRAER foi assegurada também pelos russos. Mudar o M-2000C sai muito mais caro que o F-5BR, isso é o que impede de ser atualizado agora, talvez depois. Sobre os russos serem cooperativos com Israel, lembro que os SU-30MKI tem material de vários fornecedores, inclusive de Israel e França, portanto não seria impedimento algum. Foi colocado também no FX que se poderia ter uma versão do SU-35 com os aviônicos também da Aeroeletrônica, para se ter uma maior padronização.

Concordo com isso desde que seja viavel. E esse parece ter sido o caminho adotado. No caso dos cacas, o essencial para a FAB eh a liberacao dos codigos fonte para que o Brasil possa adaptar as armas que queira e modernizar as aeronaves. Se minha memoria nao me falha, isso era um requisito do FX e todos os participantes aceitaram, inclusive a Lockheed Martin.


Mas não todos aceitaram completamente. O F-5 tem acesso liberado e o M-III também, mas não à tudo. As propostas mais abertas neste sentido eram a francesa e russas.



E pq a MB nao adquiriu outro torpedo cujo fabricante estivesse disposto a transferir tecnologia? Sera que havia algum?


Não sei, penso que sim, mas a MB e muita gente tem alergia a certos fornbecedores, daí tem que comprar pacote fechado, caixa de surpreza.

Pq? Nao parece que o Brasil esteja pensando em se juntar ao "eixo do mal". Agora, revender a um deles eh sim passivo de veto dos americanos e provavelmente da UE, mas creio que nao eh essa a ideia do Brasil com o FX. Seria uma compra para uso proprio e nao para "trafico" Laughing .


Nunca pensou, mas mesmo assim teve o acesso negado aos códigos moderníssimos do super F-5, não pode comprar o F-4 quando quiz, não pode usar o vulcann o AMX e etc, etc, etc. Isso porque somos amiguinhos... será que ainda tem que tomar mais prá aprender? Como já disse antes, tem-se que convencer as nossas FAs de que não existe este negócio de bloqueio e veto, que teremos acesso irrestrito as tecnologias e estas coisas que eu não acredito que os americanos estejam dispostos a fazer. Mas tudo bem, se vocês acham que não é assim, melhor porque poderemos aprender muito com eles.




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#60 Mensagem por Penguin » Seg Fev 20, 2006 6:03 pm

Bem, sobre o python III não sei, mas sobre os mísseis russos a produção/montagem aqui foi colocada durante a fase final do FX, inclusive a participação da nossa querida EMBRAER foi assegurada também pelos russos.


A China e a India que importam em grandes qts nao fabricam sob licença, como o Brasil com um punhado de unidades justificaria a abertura de uma linha de producao de misseis russos?


Mudar o M-2000C sai muito mais caro que o F-5BR, isso é o que impede de ser atualizado agora, talvez depois.


Sai caro pq so os franceses podem fazer e eles nao liberam os codigos para terceiros. Se a Embraer quiser fazer vai ter que subcontratar a Dassault.

Sobre os russos serem cooperativos com Israel, lembro que os SU-30MKI tem material de vários fornecedores, inclusive de Israel e França, portanto não seria impedimento algum. Foi colocado também no FX que se poderia ter uma versão do SU-35 com os aviônicos também da Aeroeletrônica, para se ter uma maior padronização.


Os Romenos no programa de modernização dos Mig-21 tiveram os mesmos problemas que a FAB com os F-5. Os Romenos contrataram a Elbit ou IAI (nao me lembro) deixando os russos de escanteio. Os russos se negaram a repassar as informações sobre comportamento dinamicos da estrutura e os israelenses tiveram que testar toda a estrutura para obter os parametros para modificações estruturais. Fato igual passou aqui. E o mesmo passaria com os franceses.

Se vc paga a integração nao ha problemas com ninguem...A FAB pode pagar para que os Franceses integrem um radar russo no Mirage.




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