JAS-39 Gripen

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Carlos Mathias

#46 Mensagem por Carlos Mathias » Dom Fev 19, 2006 10:41 pm

Engraçado que o pessoal do gripen reclama que está de saco cheio mas quer sempre ter a última palavra, não é? E tome de reposta. Mas vamos lá.

Logo o Chile estara recebendo o seus AIM-120...ai a gente conversa sobre isso.


Vai? Que eu saiba eles vão(?) receber é Derby e mais Python ustamente porque não terão os AIM-120, que é bem mais barato. Sobre quem aceitou este negócio de arma estocada na casa dos outros certamente ainda não apareceu o otário para isso, pelo menos a FAB não aceitou.

Nao foi vetado nada para o Brasil! Dificil de entender isso


MAs meu querido colega, será que vou ter que revisar as revistas e a net que falam disso? Todo mundo sabe dos vulcan, dos códigos do moderno F-5, dos vetos ao VLS e etc, etc, etc. Segundo alguém da FAB, "só sendo São Tomé prá crer nisso."



E havia uma politica dos americanos de nao introduzir aqui equipamentos modernos


Mas afinal, tem ou não tem veto?

Sabe o que isso significa: que o Su-35 com uma carga levissima tem um raio lo-lo-lo maximo de 670km (1340/2), ou seja, ele eh pouco eficiente nesse ambiente. O Gripen com uma carga bem mais pesada (citada anteriormente) possui um raio de 550km.


Não entendi, os dados do SU-35 você divide ao meio e acha míseros 670km, os piores que já vi, nem o maior dos gripeiros daqui disse isso. Daí o mesmo valor do gripen vale inteiro... é isso mesmo? Mas aqui mesmo alguém falou que este caça(Gripen) não consegue fazer uma ataque em SP e voltar ao Rio sem um REVO, mas mesmo assim agora são 1100 de alcançe, pois 550 X 2=1100km. Interessante...

Como disse alguém aí atrás, tudo vai depender do que a FAB quer, se quer muitas bases espalhadas pelo país, pode-se usar o Gripen. MAs como a realidade parece ser outra, muito provavelmente a FAb vai continuar com poucas bases e o GDA vai continuar como uma unidade voltqada principalmente para a defesa aérea estratégica, portanto um caça de longo alcançe é a escolha óbvia.

Eu nunca neguei nem nego de jeito nenhum que o Gripen é uma excelente aeronave, na sua categoria de caça leve. Mas é necessário que se reconheça que está uma categoria abaixo dos SU-35 e F-15 da vida, se não duas. Tentar dizer que um Gripen tem o mesmo ou até mais alcançe e capacidade de armas que um SU-35 não dá, não mesmo. Lamento muito, mas não dá!




Avatar do usuário
Bolovo
Sênior
Sênior
Mensagens: 28558
Registrado em: Ter Jul 12, 2005 11:31 pm
Agradeceu: 547 vezes
Agradeceram: 442 vezes

#47 Mensagem por Bolovo » Dom Fev 19, 2006 10:51 pm

Carlos Mathias escreveu:Vai? Que eu saiba eles vão(?) receber é Derby e mais Python ustamente porque não terão os AIM-120, que é bem mais barato. Sobre quem aceitou este negócio de arma estocada na casa dos outros certamente ainda não apareceu o otário para isso, pelo menos a FAB não aceitou.

Vai ter 142 AIM-120 logo logo lá no Chile. Eu também acreditava que seriam Derbys, mas pelo que parece vai ser AIM-120 mesmo. :?




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Avatar do usuário
Carlos
Avançado
Avançado
Mensagens: 666
Registrado em: Seg Jan 03, 2005 9:03 pm
Localização: São Paulo - SP

#48 Mensagem por Carlos » Dom Fev 19, 2006 10:58 pm

Vc nao respondeu quem tem misseis (AIM-120) guardados no armario dos EUA? Logo o Chile estara recebendo o seus AIM-120...ai a gente conversa sobre isso.


Bom, não sei se posso responder mais Taiwan estão com os mísseis AMRAAM dos seus F-16 estocados nos Estados Unidos.




Avatar do usuário
Bolovo
Sênior
Sênior
Mensagens: 28558
Registrado em: Ter Jul 12, 2005 11:31 pm
Agradeceu: 547 vezes
Agradeceram: 442 vezes

#49 Mensagem por Bolovo » Dom Fev 19, 2006 11:05 pm

Carlos escreveu:
Vc nao respondeu quem tem misseis (AIM-120) guardados no armario dos EUA? Logo o Chile estara recebendo o seus AIM-120...ai a gente conversa sobre isso.


Bom, não sei se posso responder mais Taiwan estão com os mísseis AMRAAM dos seus F-16 estocados nos Estados Unidos.

Pelo que sei Taiwan já tem seus AIM-120 faz tempo.


Imagem
Imagem




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Avatar do usuário
Carlos
Avançado
Avançado
Mensagens: 666
Registrado em: Seg Jan 03, 2005 9:03 pm
Localização: São Paulo - SP

#50 Mensagem por Carlos » Dom Fev 19, 2006 11:19 pm

Bom, só se for depois de 2003, que é a data da informação que eu tenho :lol: .

De qualquer forma, ficaram com os mísseis estocados nos EUA por algum tempo.

Falou,

Carlos.




Avatar do usuário
Bolovo
Sênior
Sênior
Mensagens: 28558
Registrado em: Ter Jul 12, 2005 11:31 pm
Agradeceu: 547 vezes
Agradeceram: 442 vezes

#51 Mensagem por Bolovo » Dom Fev 19, 2006 11:20 pm

Carlos escreveu:Bom, só se for depois de 2003, que é a data da informação que eu tenho :lol: .

De qualquer forma, ficaram com os mísseis estocados nos EUA por algum tempo.

Falou,

Carlos.

A informação que tenho é que em 2004 eles chegaram no Taiwan.

E a prova são essas fotos! :wink:




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Avatar do usuário
Túlio
Site Admin
Site Admin
Mensagens: 62976
Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
Localização: Tramandaí, RS, Brasil
Agradeceu: 6834 vezes
Agradeceram: 7131 vezes
Contato:

#52 Mensagem por Túlio » Dom Fev 19, 2006 11:28 pm

jacquessantiago escreveu:Muitas revistas davam ao Gripen um raio de 550km :lol: :lol: e comparavam com o alcance de 3000km do Su. Algumas menos honestas comparavam com os 1500km de raio.
Essas comparacoes so nao explicavam que o raio do Gripen era em perfil antinavio, lo-lo-lo, com 2 RBS-15 (640kg cada) + 1 tanque + 2 AIM-120 + 2 AIM-9. A carga de armas é bem maior que 1500kg (principalmente se troca-se os 2 AIM-120 por 2 AGM-65. Configuracao essa muito documentada). Ou seja, com uma carga de mais de 1500kg de armas + 1 tanque externo, lo-lo-lo, o Gripen tem um raio de 550km. Se vc adiciona mais um tanque e diminui a carga de armas e troca para um perfil lo-hi-lo, o raio aumenta bastante. Bem mais do que o citado por vc.

E se vc adiciona capacidade supercruise, em missao ar-ar, os dados de alcance do Gripen tem que se analisados sob outra otica. Ai qd falam que ele tem raio de 1000km ou mais, comeca a fazer sentido.

Incrivel....basta alguem falar do Gripen que comecam a contaminar o topico com o Su-35! Sao cacas diferentes, com filosofias de emprego diferentes e de categorias diferentes.

Alcançe de translado- Gripen 2780km, SU-27/35 3680km. Uma diferença de 1000km, que não é pouca e seria muito importante num país como o Brasil.


Onde vc tirou isso? A maioria dos sites menciona 3000km no minimo. No site do fabricante menciona mais de 3200km.



Calma, índio véio. Daqui a pouco vais dizer que o Gripen voa mais longe que o Flanker... :twisted:




“You have to understand, most of these people are not ready to be unplugged. And many of them are so inured, so hopelessly dependent on the system, that they will fight to protect it.”

Morpheus
Avatar do usuário
Carlos
Avançado
Avançado
Mensagens: 666
Registrado em: Seg Jan 03, 2005 9:03 pm
Localização: São Paulo - SP

#53 Mensagem por Carlos » Dom Fev 19, 2006 11:41 pm

A informação que tenho é que em 2004 eles chegaram no Taiwan.

E a prova são essas fotos!


Tá bom, contra fatos não há argumentos. :lol: :lol:

(será que essas fotos não são uma montagem? Sei não...)

Falou,

Carlos




Avatar do usuário
Penguin
Sênior
Sênior
Mensagens: 18983
Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
Agradeceu: 5 vezes
Agradeceram: 374 vezes

#54 Mensagem por Penguin » Seg Fev 20, 2006 12:45 am

MAs meu querido colega, será que vou ter que revisar as revistas e a net que falam disso? Todo mundo sabe dos vulcan, dos códigos do moderno F-5, dos vetos ao VLS e etc, etc, etc. Segundo alguém da FAB, "só sendo São Tomé prá crer nisso."


Novamente...depois de alguns acontecimentos descritos na msg anterior a situacao com relacao a venda de armamentos avancados na AL mudou muito. Antes havia uma serie de restricoes que hoje nao mais existem. Algumas outras podem continuam a existir, porem o Brasil no FX nao foi afetado. Nosso papo eh sobre cacas (e armamentos convencionais).

Recentemente os americanos estao introduzindo na AL tecnologias que ha uns anos atras seriam muito dificil: SAM Standard, JDAM, Torpedos MK-48 ADCAP, Harpoon, Vulcan (CIWS) e Goalkeeper CIWS (usa o canhao do A-10), AIM-120, ofereceram F-16 versoes avancadas e F-18E. O kimite ai eh grana!

Com relacao a foguetes de grande porte existe um tratado internacional que limita as transferencias de tecnologias sensiveis...todas as potencias nucleares sao signatarias incluindo a Russia (Missile Technology Control Regime). O Brasil e mais uns 30 paises participam tb. Dai a grande dificuldade em adquirir tecnologias nesta area, mesmo com a Russia. Se fosse facil, ja estariamos com VLS operando ha muito tempo.




Sabe o que isso significa: que o Su-35 com uma carga levissima tem um raio lo-lo-lo maximo de 670km (1340/2), ou seja, ele eh pouco eficiente nesse ambiente. O Gripen com uma carga bem mais pesada (citada anteriormente) possui um raio de 550km.


Não entendi, os dados do SU-35 você divide ao meio e acha míseros 670km, os piores que já vi, nem o maior dos gripeiros daqui disse isso. Daí o mesmo valor do gripen vale inteiro... é isso mesmo? Mas aqui mesmo alguém falou que este caça(Gripen) não consegue fazer uma ataque em SP e voltar ao Rio sem um REVO, mas mesmo assim agora são 1100 de alcançe, pois 550 X 2=1100km. Interessante...


Obvio, ou vc tb eh daqueles que confunde alcance com raio?
No site russo esta muito claro. Eh alcance maximo e nao raio de acao!
Ao nivel do mar eh de 1340km e alto eh de 3520km (o que bate com os numeros postados por vc e em outros sites)

Maximum flight range (with rockets 2xR-27R1, 2xR-73E launched at half distance):
- at sea level, 1,340km
- at height, 3,530km



Como disse alguém aí atrás, tudo vai depender do que a FAB quer, se quer muitas bases espalhadas pelo país, pode-se usar o Gripen. MAs como a realidade parece ser outra, muito provavelmente a FAb vai continuar com poucas bases e o GDA vai continuar como uma unidade voltqada principalmente para a defesa aérea estratégica, portanto um caça de longo alcançe é a escolha óbvia.


Com o crescente numero de F-5 acho bom a FAB ir espalhando eles pelas fronteiras e bases pelo pais. Alias, a Suica tem operado os F-5 dispersos...

Imagem

Imagem


Eu nunca neguei nem nego de jeito nenhum que o Gripen é uma excelente aeronave, na sua categoria de caça leve. Mas é necessário que se reconheça que está uma categoria abaixo dos SU-35 e F-15 da vida, se não duas. Tentar dizer que um Gripen tem o mesmo ou até mais alcançe e capacidade de armas que um SU-35 não dá, não mesmo. Lamento muito, mas não dá!
[/quote]

Em nenhum momento se tentou afirmar isso.
O Gripen esta em outra categoria de peso realmente, tem menos capacidade de carga e menos alcance. Discordamos dos valores. E esta em outra categoria de custos operacionais, uma tres abaixo.




Carlos Mathias

#55 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Fev 20, 2006 10:35 am

Três não, duas. Olha, voltando ao problema das armas americanas, quero deixar claro aqui que as considero excelentes. Porém, destes armamentos aí citados, qual o Brasil tem em qual deles temos acesso liberado a todos os códigos fonte e etc? Isso é o cerne da questão, o Brasil poderia ter comprado os F-16A/MLU muito baratos, mas continuaria sem acesso aos sistemas da aeronave e é isso que importa. O que se tem que entender é que não é a toa que o Brasil está trilhando o caminho da maior independência possível no uso das suas armas. Não é à toa que se pretende fazer aqui mísseis como o A-darter, R-darter, MAR, MAN; submarinos, radares e etc. Poderíamos simplesmente comprar como o Chile e outros vizinhos fazem, porém nossas FA's escolheram um caminho mais árduo porém que a frente vai se revelar mais apropriado à nossa realidade. Dito isto, pode-se concluir que mesmo que um Gripen fosse mais barato que um MIG-29, haveria sempre uma sombra da instável política externa americana sobre ele e isto é inegável. Se hoje certas restrições caíram, outras continuam, vide os F-16 chilenos terem a capacidade de lançar os HARM retirada antes da entrega. Ora, o que é isso senão um bloqueio ou veto? Todos sabem que o F-16 foi o mais morto de todos os FX justamente por isso. Temos o exemplo do TP-2000, que babou quando a marinha quiz acesso a sistemas do torpedo que eram/são americanos. Compramos os MK-48(?) sim, mas penso que trata-se de uma solução intermediária até que se tenha um rumo certo para o próximo sub.

Se a SAAB retirasse os sistemas americanos do Gripen, certamente suas chances na FAB teriam sido muito melhores.




Avatar do usuário
Penguin
Sênior
Sênior
Mensagens: 18983
Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
Agradeceu: 5 vezes
Agradeceram: 374 vezes

#56 Mensagem por Penguin » Seg Fev 20, 2006 2:13 pm

Carlos Mathias escreveu:Três não, duas.

Dizem que custo por hora do Su-35 eh de US$8mil/hora contra US$2,5mil/hora do Gripen.

Olha, voltando ao problema das armas americanas, quero deixar claro aqui que as considero excelentes. Porém, destes armamentos aí citados, qual o Brasil tem em qual deles temos acesso liberado a todos os códigos fonte e etc?


O Brasil tem acesso a tecnologia do Python 3? Alguem no mundo fabrica R-77 sob licença? Ou mesmo o R-73? Uma coisa é vc adquirir, outra bem distinta é vc fabricar ou modificar. Pq a Embraer nao pode modificar os M2000 para o mesmo padrao do F-5? Eu diria que eh a famosa coleirinha que vc tanto fala. Sera que os russos seriam cooperativos se um operador de Mig escolhesse Israel (Elbit uo IAI) para ser o parceiro na modernizacao dos seus cacas russo? Pergunte ao romenos...

Isso é o cerne da questão, o Brasil poderia ter comprado os F-16A/MLU muito baratos, mas continuaria sem acesso aos sistemas da aeronave e é isso que importa. O que se tem que entender é que não é a toa que o Brasil está trilhando o caminho da maior independência possível no uso das suas armas. Não é à toa que se pretende fazer aqui mísseis como o A-darter, R-darter, MAR, MAN; submarinos, radares e etc. Poderíamos simplesmente comprar como o Chile e outros vizinhos fazem, porém nossas FA's escolheram um caminho mais árduo porém que a frente vai se revelar mais apropriado à nossa realidade.


Concordo com isso desde que seja viavel. E esse parece ter sido o caminho adotado. No caso dos cacas, o essencial para a FAB eh a liberacao dos codigos fonte para que o Brasil possa adaptar as armas que queira e modernizar as aeronaves. Se minha memoria nao me falha, isso era um requisito do FX e todos os participantes aceitaram, inclusive a Lockheed Martin.

Dito isto, pode-se concluir que mesmo que um Gripen fosse mais barato que um MIG-29, haveria sempre uma sombra da instável política externa americana sobre ele e isto é inegável. Se hoje certas restrições caíram, outras continuam, vide os F-16 chilenos terem a capacidade de lançar os HARM retirada antes da entrega.


Entao os Sul Africanos fizerma uma grande besteira...eles nao costumam seguir a politica externa americana cegamente, inclusive fazem parte do Movimento dos Países não-Alinhados, junto com Cuba, Indonesia, Malasia, ex- Iugoslavia e outros paises. Nao eh necessario dizer que os sul africanos sao experts em embargos e sansões da ONU.

Realmente os americanos nao vendem ainda misseis antiradiacao na AL. Se alguem introduzir antes, pode ter certeza que eles venderao. E se algum pais quiser comprar tem o Alarm ingles e o Armat frances (nao tenho certeza se ainda eh fabricado) ou algum russo. Ou se tiver cacife que desenvolva um (caminho adotado pelo Brasil).

Ora, o que é isso senão um bloqueio ou veto? Todos sabem que o F-16 foi o mais morto de todos os FX justamente por isso. Temos o exemplo do TP-2000, que babou quando a marinha quiz acesso a sistemas do torpedo que eram/são americanos. Compramos os MK-48(?) sim, mas penso que trata-se de uma solução intermediária até que se tenha um rumo certo para o próximo sub.


E pq a MB nao adquiriu outro torpedo cujo fabricante estivesse disposto a transferir tecnologia? Sera que havia algum?

Se a SAAB retirasse os sistemas americanos do Gripen, certamente suas chances na FAB teriam sido muito melhores.


Pq? Nao parece que o Brasil esteja pensando em se juntar ao "eixo do mal". Agora, revender a um deles eh sim passivo de veto dos americanos e provavelmente da UE, mas creio que nao eh essa a ideia do Brasil com o FX. Seria uma compra para uso proprio e nao para "trafico" :lol: .

Um detalhe...os motores do Gripen poderiam ser mantidos inteiramente pela GE Brasil (ex-Celma). Palavras do CEO da SAAB. Isso tem sido feito com os franceses ATAR (Mirage III e 2000)?




Avatar do usuário
Penguin
Sênior
Sênior
Mensagens: 18983
Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
Agradeceu: 5 vezes
Agradeceram: 374 vezes

#57 Mensagem por Penguin » Seg Fev 20, 2006 2:14 pm

Carlos Mathias escreveu:Três não, duas.

Dizem que custo por hora do Su-35 eh de US$8mil/hora contra US$2,5mil/hora do Gripen.

Olha, voltando ao problema das armas americanas, quero deixar claro aqui que as considero excelentes. Porém, destes armamentos aí citados, qual o Brasil tem em qual deles temos acesso liberado a todos os códigos fonte e etc?


O Brasil tem acesso a tecnologia do Python 3? Alguem no mundo fabrica R-77 sob licença? Ou mesmo o R-73? Uma coisa é vc adquirir, outra bem distinta é vc fabricar ou modificar. Pq a Embraer nao pode modificar os M2000 para o mesmo padrao do F-5? Eu diria que eh a famosa coleirinha que vc tanto fala. Sera que os russos seriam cooperativos se um operador de Mig escolhesse Israel (Elbit uo IAI) para ser o parceiro na modernizacao dos seus cacas russo? Pergunte ao romenos...

Isso é o cerne da questão, o Brasil poderia ter comprado os F-16A/MLU muito baratos, mas continuaria sem acesso aos sistemas da aeronave e é isso que importa. O que se tem que entender é que não é a toa que o Brasil está trilhando o caminho da maior independência possível no uso das suas armas. Não é à toa que se pretende fazer aqui mísseis como o A-darter, R-darter, MAR, MAN; submarinos, radares e etc. Poderíamos simplesmente comprar como o Chile e outros vizinhos fazem, porém nossas FA's escolheram um caminho mais árduo porém que a frente vai se revelar mais apropriado à nossa realidade.


Concordo com isso desde que seja viavel. E esse parece ter sido o caminho adotado. No caso dos cacas, o essencial para a FAB eh a liberacao dos codigos fonte para que o Brasil possa adaptar as armas que queira e modernizar as aeronaves. Se minha memoria nao me falha, isso era um requisito do FX e todos os participantes aceitaram, inclusive a Lockheed Martin.

Dito isto, pode-se concluir que mesmo que um Gripen fosse mais barato que um MIG-29, haveria sempre uma sombra da instável política externa americana sobre ele e isto é inegável. Se hoje certas restrições caíram, outras continuam, vide os F-16 chilenos terem a capacidade de lançar os HARM retirada antes da entrega.


Entao os Sul Africanos fizerma uma grande besteira...eles nao costumam seguir a politica externa americana cegamente, inclusive fazem parte do Movimento dos Países não-Alinhados, junto com Cuba, Indonesia, Malasia, ex- Iugoslavia e outros paises. Nao eh necessario dizer que os sul africanos sao experts em embargos e sansões da ONU.

Realmente os americanos nao vendem ainda misseis antiradiacao na AL. Se alguem introduzir antes, pode ter certeza que eles venderao. E se algum pais quiser comprar tem o Alarm ingles e o Armat frances (nao tenho certeza se ainda eh fabricado) ou algum russo. Ou se tiver cacife que desenvolva um (caminho adotado pelo Brasil).

Ora, o que é isso senão um bloqueio ou veto? Todos sabem que o F-16 foi o mais morto de todos os FX justamente por isso. Temos o exemplo do TP-2000, que babou quando a marinha quiz acesso a sistemas do torpedo que eram/são americanos. Compramos os MK-48(?) sim, mas penso que trata-se de uma solução intermediária até que se tenha um rumo certo para o próximo sub.


E pq a MB nao adquiriu outro torpedo cujo fabricante estivesse disposto a transferir tecnologia? Sera que havia algum?

Se a SAAB retirasse os sistemas americanos do Gripen, certamente suas chances na FAB teriam sido muito melhores.


Pq? Nao parece que o Brasil esteja pensando em se juntar ao "eixo do mal". Agora, revender a um deles eh sim passivo de veto dos americanos e provavelmente da UE, mas creio que nao eh essa a ideia do Brasil com o FX. Seria uma compra para uso proprio e nao para "trafico" :lol: .

Um detalhe...os motores do Gripen poderiam ser mantidos inteiramente pela GE Brasil (ex-Celma). Palavras do CEO da SAAB. Isso tem sido feito com os franceses ATAR (Mirage III e 2000)?




Avatar do usuário
Penguin
Sênior
Sênior
Mensagens: 18983
Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
Agradeceu: 5 vezes
Agradeceram: 374 vezes

#58 Mensagem por Penguin » Seg Fev 20, 2006 2:15 pm

Carlos Mathias escreveu:Três não, duas.

Dizem que custo por hora do Su-35 eh de US$8mil/hora contra US$2,5mil/hora do Gripen.

Olha, voltando ao problema das armas americanas, quero deixar claro aqui que as considero excelentes. Porém, destes armamentos aí citados, qual o Brasil tem em qual deles temos acesso liberado a todos os códigos fonte e etc?


O Brasil tem acesso a tecnologia do Python 3? Alguem no mundo fabrica R-77 sob licença? Ou mesmo o R-73? Uma coisa é vc adquirir, outra bem distinta é vc fabricar ou modificar. Pq a Embraer nao pode modificar os M2000 para o mesmo padrao do F-5? Eu diria que eh a famosa coleirinha que vc tanto fala. Sera que os russos seriam cooperativos se um operador de Mig escolhesse Israel (Elbit uo IAI) para ser o parceiro na modernizacao dos seus cacas russo? Pergunte ao romenos...

Isso é o cerne da questão, o Brasil poderia ter comprado os F-16A/MLU muito baratos, mas continuaria sem acesso aos sistemas da aeronave e é isso que importa. O que se tem que entender é que não é a toa que o Brasil está trilhando o caminho da maior independência possível no uso das suas armas. Não é à toa que se pretende fazer aqui mísseis como o A-darter, R-darter, MAR, MAN; submarinos, radares e etc. Poderíamos simplesmente comprar como o Chile e outros vizinhos fazem, porém nossas FA's escolheram um caminho mais árduo porém que a frente vai se revelar mais apropriado à nossa realidade.


Concordo com isso desde que seja viavel. E esse parece ter sido o caminho adotado. No caso dos cacas, o essencial para a FAB eh a liberacao dos codigos fonte para que o Brasil possa adaptar as armas que queira e modernizar as aeronaves. Se minha memoria nao me falha, isso era um requisito do FX e todos os participantes aceitaram, inclusive a Lockheed Martin.

Dito isto, pode-se concluir que mesmo que um Gripen fosse mais barato que um MIG-29, haveria sempre uma sombra da instável política externa americana sobre ele e isto é inegável. Se hoje certas restrições caíram, outras continuam, vide os F-16 chilenos terem a capacidade de lançar os HARM retirada antes da entrega.


Entao os Sul Africanos fizerma uma grande besteira...eles nao costumam seguir a politica externa americana cegamente, inclusive fazem parte do Movimento dos Países não-Alinhados, junto com Cuba, Indonesia, Malasia, ex- Iugoslavia e outros paises. Nao eh necessario dizer que os sul africanos sao experts em embargos e sansões da ONU.

Realmente os americanos nao vendem ainda misseis antiradiacao na AL. Se alguem introduzir antes, pode ter certeza que eles venderao. E se algum pais quiser comprar tem o Alarm ingles e o Armat frances (nao tenho certeza se ainda eh fabricado) ou algum russo. Ou se tiver cacife que desenvolva um (caminho adotado pelo Brasil).

Ora, o que é isso senão um bloqueio ou veto? Todos sabem que o F-16 foi o mais morto de todos os FX justamente por isso. Temos o exemplo do TP-2000, que babou quando a marinha quiz acesso a sistemas do torpedo que eram/são americanos. Compramos os MK-48(?) sim, mas penso que trata-se de uma solução intermediária até que se tenha um rumo certo para o próximo sub.


E pq a MB nao adquiriu outro torpedo cujo fabricante estivesse disposto a transferir tecnologia? Sera que havia algum?

Se a SAAB retirasse os sistemas americanos do Gripen, certamente suas chances na FAB teriam sido muito melhores.


Pq? Nao parece que o Brasil esteja pensando em se juntar ao "eixo do mal". Agora, revender a um deles eh sim passivo de veto dos americanos e provavelmente da UE, mas creio que nao eh essa a ideia do Brasil com o FX. Seria uma compra para uso proprio e nao para "trafico" :lol: .

Um detalhe...os motores do Gripen poderiam ser mantidos inteiramente pela GE Brasil (ex-Celma). Palavras do CEO da SAAB. Isso tem sido feito com os franceses ATAR (Mirage III e 2000)?




Carlos Mathias

#59 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Fev 20, 2006 2:56 pm

Dizem que custo por hora do Su-35 eh de US$8mil/hora contra US$2,5mil/hora do Gripen.


Bem, como foi dito antes, são de categorias diferentes e portanto os custos também o são, aliás estes custos do gripen eu acho que estão meio que encolhidos. 2550/h para um caça a jato de 4º geração???????

O Brasil tem acesso a tecnologia do Python 3? Alguem no mundo fabrica R-77 sob licença? Ou mesmo o R-73? Uma coisa é vc adquirir, outra bem distinta é vc fabricar ou modificar. Pq a Embraer nao pode modificar os M2000 para o mesmo padrao do F-5? Eu diria que eh a famosa coleirinha que vc tanto fala. Sera que os russos seriam cooperativos se um operador de Mig escolhesse Israel (Elbit uo IAI) para ser o parceiro na modernizacao dos seus cacas russo? Pergunte ao romenos...


Bem, sobre o python III não sei, mas sobre os mísseis russos a produção/montagem aqui foi colocada durante a fase final do FX, inclusive a participação da nossa querida EMBRAER foi assegurada também pelos russos. Mudar o M-2000C sai muito mais caro que o F-5BR, isso é o que impede de ser atualizado agora, talvez depois. Sobre os russos serem cooperativos com Israel, lembro que os SU-30MKI tem material de vários fornecedores, inclusive de Israel e França, portanto não seria impedimento algum. Foi colocado também no FX que se poderia ter uma versão do SU-35 com os aviônicos também da Aeroeletrônica, para se ter uma maior padronização.

Concordo com isso desde que seja viavel. E esse parece ter sido o caminho adotado. No caso dos cacas, o essencial para a FAB eh a liberacao dos codigos fonte para que o Brasil possa adaptar as armas que queira e modernizar as aeronaves. Se minha memoria nao me falha, isso era um requisito do FX e todos os participantes aceitaram, inclusive a Lockheed Martin.


Mas não todos aceitaram completamente. O F-5 tem acesso liberado e o M-III também, mas não à tudo. As propostas mais abertas neste sentido eram a francesa e russas.



E pq a MB nao adquiriu outro torpedo cujo fabricante estivesse disposto a transferir tecnologia? Sera que havia algum?


Não sei, penso que sim, mas a MB e muita gente tem alergia a certos fornbecedores, daí tem que comprar pacote fechado, caixa de surpreza.

Pq? Nao parece que o Brasil esteja pensando em se juntar ao "eixo do mal". Agora, revender a um deles eh sim passivo de veto dos americanos e provavelmente da UE, mas creio que nao eh essa a ideia do Brasil com o FX. Seria uma compra para uso proprio e nao para "trafico" Laughing .


Nunca pensou, mas mesmo assim teve o acesso negado aos códigos moderníssimos do super F-5, não pode comprar o F-4 quando quiz, não pode usar o vulcann o AMX e etc, etc, etc. Isso porque somos amiguinhos... será que ainda tem que tomar mais prá aprender? Como já disse antes, tem-se que convencer as nossas FAs de que não existe este negócio de bloqueio e veto, que teremos acesso irrestrito as tecnologias e estas coisas que eu não acredito que os americanos estejam dispostos a fazer. Mas tudo bem, se vocês acham que não é assim, melhor porque poderemos aprender muito com eles.




Avatar do usuário
Penguin
Sênior
Sênior
Mensagens: 18983
Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
Agradeceu: 5 vezes
Agradeceram: 374 vezes

#60 Mensagem por Penguin » Seg Fev 20, 2006 6:03 pm

Bem, sobre o python III não sei, mas sobre os mísseis russos a produção/montagem aqui foi colocada durante a fase final do FX, inclusive a participação da nossa querida EMBRAER foi assegurada também pelos russos.


A China e a India que importam em grandes qts nao fabricam sob licença, como o Brasil com um punhado de unidades justificaria a abertura de uma linha de producao de misseis russos?


Mudar o M-2000C sai muito mais caro que o F-5BR, isso é o que impede de ser atualizado agora, talvez depois.


Sai caro pq so os franceses podem fazer e eles nao liberam os codigos para terceiros. Se a Embraer quiser fazer vai ter que subcontratar a Dassault.

Sobre os russos serem cooperativos com Israel, lembro que os SU-30MKI tem material de vários fornecedores, inclusive de Israel e França, portanto não seria impedimento algum. Foi colocado também no FX que se poderia ter uma versão do SU-35 com os aviônicos também da Aeroeletrônica, para se ter uma maior padronização.


Os Romenos no programa de modernização dos Mig-21 tiveram os mesmos problemas que a FAB com os F-5. Os Romenos contrataram a Elbit ou IAI (nao me lembro) deixando os russos de escanteio. Os russos se negaram a repassar as informações sobre comportamento dinamicos da estrutura e os israelenses tiveram que testar toda a estrutura para obter os parametros para modificações estruturais. Fato igual passou aqui. E o mesmo passaria com os franceses.

Se vc paga a integração nao ha problemas com ninguem...A FAB pode pagar para que os Franceses integrem um radar russo no Mirage.




Responder