A guerra das Falkland

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Penguin
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#46 Mensagem por Penguin » Sáb Dez 10, 2005 4:50 am

Tripeiro escreveu:
Jose Matos escreveu:Olá a todos

Quanto à ideia da Espanha ser o inimigo de Portugal, isso é uma ideia ultrapassada e que infelizmente existiu em Portugal no meio militar durante muito tempo, pois os nossos militares depois do fim da guerra de África, tinham que arranjar um inimigo para justificar a existência de forças armadas.



Uma invasão espanhola nos dias de hoje parece realmente uma coisa muito improvável. As ambições de Espanha sobre Portugal no entanto continuam bem vivas. A própria "Espanha", segundo muitos Espanhóis está incompleta sem Portugal. Muitos olham para Portugal como uma província renegada. Eu vivi em Madrid um ano, não tenho nenhum complexo contra os nuestros hermanos (tenho grandes amigos de todos os cantos de Espanha). A verdade é que enquanto Portugal existir como independente é a própria união de Espanha que está em causa. Na realidade já conheci estrangeiros (não Ibéricos) que me diziam, mesmo depois de conhecer Portugal e Espanha, que não compreendiam o porquê de existir esta parcela da Península Ibérica independente. Espanha e Portugal não são países inimigos, é a nossa própria semelhança que coloca em causa a independência de Portugal (e não vamos ser hipócritas, um Português do norte, por exemplo, é muito mais próximo de um Galego que de um Algarvio ou Alentejano). Não defendo nenhuma corrida armamentista com Espanha (que nunca poderiamos vencer), mas um pouco de precaução, tendo em conta a nossa história, seria bom senso, não paranóia.


Eh mais facil a Espanha se desmembrar do a ideia de incorporar Portugal prosperar.

Alem disso no contxto da UE isso seria impossivel.




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Tripeiro
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#47 Mensagem por Tripeiro » Sáb Dez 10, 2005 9:07 am

jacquessantiago escreveu:
Tripeiro escreveu:
Jose Matos escreveu:Olá a todos

Quanto à ideia da Espanha ser o inimigo de Portugal, isso é uma ideia ultrapassada e que infelizmente existiu em Portugal no meio militar durante muito tempo, pois os nossos militares depois do fim da guerra de África, tinham que arranjar um inimigo para justificar a existência de forças armadas.



Uma invasão espanhola nos dias de hoje parece realmente uma coisa muito improvável. As ambições de Espanha sobre Portugal no entanto continuam bem vivas. A própria "Espanha", segundo muitos Espanhóis está incompleta sem Portugal. Muitos olham para Portugal como uma província renegada. Eu vivi em Madrid um ano, não tenho nenhum complexo contra os nuestros hermanos (tenho grandes amigos de todos os cantos de Espanha). A verdade é que enquanto Portugal existir como independente é a própria união de Espanha que está em causa. Na realidade já conheci estrangeiros (não Ibéricos) que me diziam, mesmo depois de conhecer Portugal e Espanha, que não compreendiam o porquê de existir esta parcela da Península Ibérica independente. Espanha e Portugal não são países inimigos, é a nossa própria semelhança que coloca em causa a independência de Portugal (e não vamos ser hipócritas, um Português do norte, por exemplo, é muito mais próximo de um Galego que de um Algarvio ou Alentejano). Não defendo nenhuma corrida armamentista com Espanha (que nunca poderiamos vencer), mas um pouco de precaução, tendo em conta a nossa história, seria bom senso, não paranóia.


Eh mais facil a Espanha se desmembrar do a ideia de incorporar Portugal prosperar.

Alem disso no contxto da UE isso seria impossivel.


Na realidade actual concordo inteiramente. No entanto ninguém têm uma bola de cristal para prever o futuro. Não vejo muitos países por Europa fora, mesmo sem ameaças, a brincar com a defesa como nós...




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#48 Mensagem por Penguin » Sáb Dez 10, 2005 9:55 am

Nenhum paises, nem mesmo os EUA estao preparados convencionalmente para qq cenario.

Os paises se preparam para cenarios possiveis.




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Delta Dagger
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#49 Mensagem por Delta Dagger » Sáb Dez 10, 2005 11:44 am

A Guerra das Malvinas sai do esquecimento na Argentina por conta do filme “Iluminados por el fuego”, no Brasil em 2006


Em meio ao horror e ao delírio da guerra, uma lufada de amizade, juventude e inocência. Não se trata de “O resgate do soldado Ryan”, mas de uma recuperação muito mais próxima das latitudes sul-americanas: “Iluminados por el fuego”, resgate fílmico da história dos 655 mortos, 1.100 feridos e 11.313 prisoneiros que combateram sob a bandeira argentina na Guerra das Malvinas, em 1982. O longa venceu o Prêmio Especial do Júri no Festival de San Sebastián neste ano e tem previsão de estréia no Brasil no primeiro semestre do ano que vem.
Dirigido por Tristán Bauer (do documentário “Evita, o túmulo sem paz”, exibido em 1998 na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo), a produção é uma ficção com registros documentais que devolve rosto e voz a personagens apagados da memória argentina depois do fracasso do país no conflito com o Reino Unido. O tema ainda é tabu numa sociedade que aprendeu a “desmalvinizar” (isso é, não tocar mais do assunto, ordem expressa dos mandatários do país aos soldados a caminho de casa) assim que o embate chegou, sem honra nem glória, ao fim.
“Tratar das Malvinas é difícil. Esse é ainda um tema abafado pelo cinema. Depois de 23 anos, e num período em que mais de mil ficções foram filmadas na Argentina, pouquíssimas tratam da guerra”, diz Bauer, de 46 anos.
“Há uma contradição na maneira como se vê tudo isso, o sentimento de recuperação de um território, entendido como nacional, com uma guerra no meio, e que se tornou um crime executado pelos generais da ditadura. Mas que teve também a população, no momento de anúncio do conflito, apoiando a decisão, como se estivéssemos entrando num campeonato de futebol. Aí veio a derrota e, depois, já não se fala mais disso”, analisa Bauer. “Sabíamos que se tratava de um tema complicado, mas assumimos o desafio.”
Entre eles, conseguir patrocínio para a produção, obter auxílio do Exército e, especialmente, vencer a desconfiança dos habitantes das Malvinas. A ajuda do Exército, para serem reproduzidas cenas de batalha, nunca se concretizou, apesar do apoio público às filmagens por parte do presidente argentino Néstor Kirchner. O diretor teve que recorrer aos serviços de uma companhia de dublês e efeitos especiais).
“Quando começamos a buscar apoios, as produtoras falavam: ´Esquece isso, das Malvinas as pessoas não querem nem ouvir falar`”, conta Bauer. E, uma vez desembarcados nesse território aparentemente destinado ao esquecimento, não encontraram uma população exatamente receptiva. “Filmar nas ilhas foi muito complexo. Chegamos depois de ´Fuckland`, filme que gerou muito antipatia por lá. A relação com os habitantes era de suspeita. Acabamos estabelecendo um relacionamento mais próximo com os jovens e uma convivência mais limitada com quem era mais velho. Mas foi, sempre, uma relação de respeito.”
Realizado em 2000 por José Luis Marques, “Fuckland” mostrava, com o propósito de emprestar algum humor e tom documental à situação, o desenvolvimento do plano de um jovem argentino: entrar clandestinamente nas Malvinas, engravidar uma mulher que fosse descendente de britânicos e, assim, ir reconquistando o território, através de um novo “povoamento”.
“Iluminados por el fuego” também coloca todas as suas fichas na valorização do sentido humano por trás da questão territorial e igualmente se ocupa de respingar cores da realidade em meio às liberdades garantidas pela ficção, mas o faz de modo muito diverso.
O longa-metragem é baseado em livro homônimo escrito por Edgardo Esteban, 43, hoje jornalista e presidente da Associação de Correspondentes Estrangeiros da Argentina. Aos 19 anos e faltando apenas uma semana para deixar o serviço militar, Esteban recebeu a convoção para lutar pela Argentina nas dez semanas em que perdurou o conflito.
Sua narrativa, realizada em parceria com Gustavo Romero Borri, descreve alguns desses 70 dias que abalaram definitivamente seu mundo, quando presenciou fome, frio, castigos, arbitrariedades e mortes. Por uma troca na escala de guarda dos soldados, Esteban não estava no seu posto quando uma bomba matou um colega de luta, Eduardo Vallejo -recruta que lhe substituía excepcionalmente naquele dia (leia trecho do livro abaixo).
Edgardo Esteban voltou às Malvinas em 1999 e depois em 2002 e 2003, para colaborar na produção do filme, experiência que lhe “fechou feridas”, segundo descreve. “Tenho minhas próprias Malvinas dentro de mim, e voltar ali foi poder tocar esse passado e dizer: ´Chega`. Fazer o que sempre digo: tratar de me comprometer com a vida.”
Ao longo dos dias e das baixas, os soldados perdem companheiros, perdem contato com a família, perdem a noção do tempo, já não compreendem por que e como estão lutando, perdem a vontade de viver. Em “Iluminados por el fuego”, a experiência é revivida sob o protagonismo de outro Edgardo, Leguizamón, nome do personagem encarnado por Gastón Pauls (o malandro jovem de “Nove Rainhas”). “Gastón tem uma generosidade e um compromisso como ator que lhe permitiram manter-se no projeto por quatro anos. Levei-o às Malvinas e uma vez lhe disse que, se ele conseguisse, nem que fosse por 15 segundos, transmitir o momento por que passa um menino de 18 anos a quem não se pode pedir que pense na morte, já seria suficiente”, diz Esteban. “Gastón conseguiu isso de maneira fantástica.”
Ao custo de US$ 1,2 milhão, o longa levou cinco anos para ser concluído, depois de obter recursos argentinos e espanhóis. Em cartaz na Argentina há dez semanas, já foi visto por mais de 350 mil espectadores, sinal para Bauer de que “hoje, finalmente, há interesse real nesse assunto”.
Ao lado da trajetória fictícia de Leguizamón, “Iluminados por el fuego” apresenta imagens de arquivo argentinas e britânicas e conteúdo resultante de entrevistas feitas com vários ex-combatentes. “Adotamos um trabalho de investigação como se estivéssemos tratando de preparar um documentário”, explica o diretor. “Escrevemos um roteiro que, se não chega a respeitar completamente o livro, mantém seu foco no olhar humano. Antes de fazer esse filme, não sabia da quantidade de suicídios que aconteceram por conta da guerra.”
“A sociedade se calou sobre as Malvinas porque também foi cúmplice de Leopoldo Galtieri (1926-2003, então presidente do país). A ´desmalvinização` derivou em mortes. Não houve psicólogos, nenhuma política de Estado que desse suporte aos soldados depois que voltaram. Isso fez com que o número de suicídios entre eles fosse maior do que as mortes em combate terrestre. Há 309 suicídios oficialmente registrados -mas fala-se em até 400-, contra 267 soldados que morreram em confrontos nos campos das Malvinas”, contabiliza Esteban.
O roteiro tem autoria de Bauer, Esteban, Borri e Miguel Bonasso, e procura não perder de vista a perspectiva humana sobre uma circunstância causada por objetivos eminentemente políticos. “A primeira coisa que havia em mãos era o livro de um ex-combatente. Que não faz análises políticas, geomilitares, ideológicas. Que traz, sim, o olhar de um jovem levado a enfrentar um dos Exércitos mais poderosos do mundo”, pondera o cineasta sobre o livro do jornalista.
O filme é também resultado de uma busca por sanar anseios internos dos dois autores. Dono de uma carreira marcada por produções em que o centro está sempre situado em figuras emblemáticas de seu país -Eva Perón, Cortázar, Borges-, Bauer encontrou nas Malvinas mais uma oportunidade de tratar de seu tema favorito: personagens e fatos históricos argentinos. “Isso é algo que resulta de uma questão muito interior, sou muito marcado pela história, é algo bastante arraigado em mim, um círculo em que a mente se mantém presa”, afirma. “Como se fosse uma maldição interna”, define, rindo. O diretor se divide agora entre as alternativas de começar a produzir uma ficção ambientada nos anos iniciais da ditadura ou priorizar um documentário sobre Che Guevara.
“Quando você tem 18, 19 anos, com todas possibilidades de vida pela frente, não pensa em morrer”, afirma Esteban. “Esse tema da morte, que tanto me atormentava, foi levado ao livro, sob a forma de como a sentia, como me afetava. Estou satisfeito que essa história agora pertença a outras pessoas e que os soldados possam se sentir refletidos no filme.”
Hoje, ainda às voltas com assuntos internacionais, mas a partir do terreno mais seguro do relato jornalístico, Esteban vê os conflitos contemporâneos como “aberrações”. “Sou antibélico”, diz o jornalista em entrevista a Trópico, concedida durante uma pausa sua na cobertura que realiza da Cúpula das Américas, em Mar del Plata, onde se reúnem presidentes de todo o continente. “Sou totalmente contra isso, ´os que mais podem` contra ´os que menos podem`, contra essa maneira de lutar e olhar a vida apenas através de interesses comerciais. Acredito que a palavra, e não as armas, é o que pode mudar o mundo.”

Leia um trecho do livro “Iluminados por el fuego”,
de Edgardo Esteban e Gustavo Romero Borri
“E entre a grande quantidade de projéteis que passavam por cima houve um que caiu mais perto de mim. Quando olhei, da minha posição fetal para a entrada, vi umas luzes, e a força instantânea de algo como uma rajada de vento me levantou. Quando caí, fiquei como tonto, cego pelo impacto. O que havia acontecido? Estava adormecido, me ardia o pescoço; quando me toquei, senti que me queimavam os dedos e sangrava. Aparentemente, uma lasca havia passado de raspão pelo pescoço. (...) Apalpei todo o meu corpo; estava inteiro, a salvo, mas entregue outra vez ao medo. Do lado de fora, escutei gritos de confusão:
- Escondam-se, merdas, que vão derrubar vocês!
E, entre essas vozes, alguém gritou: - Socorro, há um ferido! Ajuda! -e então, bruscamente, reagi saindo em direção de onde partiam os gritos. Sabia que Vallejos1 estava em apuros, porque enquanto me aproximava o chamavam e gritavam: - Está ferido! Chamem o enfermeiro!
(...) Havia outros soldados rodeando o buraco. (...) Burgos não reagia, estava mudo, como fora de si, sem compreender nada; Vallejos jazia dentro da vala, com todo o peito aberto. Uma massa de roupa e sangue. Quando me aproximei, me olhou nos olhos, como querendo falar. Tentei agarrá-lo, e fechou os olhos. Enquanto isso o fogo continuava nos acossando e os assobios dos projéteis atravessavam o ar em todas as direções.
(...) Alguém disse que nesse cemitério haviam enterrado o soldado Vallejos, morto na noite anterior. Então fomos para lá. Ao entrar no cemitério, a primeira coisa que vimos foram cruzes brancas; um monte de cruzes brancas distribuídas em fileiras simétricas. Cada um avançou por um dos pequenos caminhos, observando túmulo por túmulo, até que Burgos parou, quieto, em um lugar. Automaticamente e sem nos falarmos fomos até onde Burgos se deteve. À diferença de outros túmulos, o dele estava coberto por terra fofa; indubitavelmente havia sido o último argentino enterrado aí. Ainda que, ao lado do túmulo de Vallejos haviam enterrado o soldado Pizarro, preferi ficar com Vallejos, porque o havia visto morrer no lugar e na hora em que eu deveria ter estado; me impressionava essa morte, me impressionava tanto como o fato de eu estar com vida, visitando-lhe em seu descanso definitivo.
Estávamos ao redor desse túmulo onde tudo era silêncio. Um silêncio inusitado, absoluto.
(...) A noite em que Vallejos havia caído mortalmente ferido foi a pior noite da minha permanência nas Malvinas e a pior da minha vida. Foi a noite em que a morte esteve rondando mais perto, enquanto eu esperava com raiva e medo. (...) Enquanto caminhávamos, falamos do destino e dele; havia morrido justamente na penúltima noite da guerra.
- Podia ter esperado um pouco mais esse mané, e agora estaria conosco -disse Bizgarra.
Mas ninguém riu com a brincadeira. Então lhes disse que Vallejos estava de guarda no meu lugar, e Burgos disse que sim, que ele já sabia, porque Vallejos estava bravo comigo por isso.
Parecia que o destino do meu companheiro havia sido ficar nas ilhas. Mas dessas coisas nunca se sabe...”
.
Denise Mota
É jornalista. Vive em Montevidéu.


Fonte

http://p.php.uol.com.br/tropico/html/textos/2689,1.shl




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#50 Mensagem por CFB » Sáb Dez 10, 2005 11:32 pm

xandov escreveu:Perder a ilha é uma coisa. Agora, perder um ou dois porta-aviões e ter que recuar a esquadra pra não perder mais, talvez despertasse desejos insanos [047]


Tb acho,isso ia mexer mttt com o orgulho dos ingleses e ia dar uma moral do caramba pros generais argentinos




Apesar de todos os problemas, ainda confio no Brasil
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#51 Mensagem por CFB » Sáb Dez 10, 2005 11:49 pm

Eu tb q se os britanicos usasem armamento nuclear contra a Argentina, forcariam o Brasil e mais alguns paises Sul-Americanos a entram na guerra, e os EUAnaum poderiam fazer nd abertamente




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A Guerra das Falkland

#52 Mensagem por WalterGaudério » Qui Dez 15, 2005 10:48 pm

Boa noite, me chamo Walter Suddensk, e estive na MB por mais de 20 anos.

E ainda hoje sou marcado por este acontecimento chamado Malvinas.
Sou estudioso desse tema, pois integrei o GT da MB que monitorou a mobilização Britânica envolvida na operação Corporate. Poderíamos(eu particularmente) falar por semanas a fio sobre
aquele lementável acontecimento, que marcou definitivamente minha
vida profissional na MB, pois fazia parte do GT destacado exatamente
para manobras no litoral sul, no distante abril/maio de 82, como
parte da equipe de máquinas do S-22 Riachuelo.
Quero destacar o fato absurdo(mesmo 20 anos atrás) de não se ter
comunicações cripto-grafadas decentes.
Nós do CT Brasileiro podíamos(e de fato pudemos) acompanhar as msg do comando argentino com suas unidades navais, mas não podíamos fazer o mesmo c/ os britãnicos que encriptavam as suas...

Acreditem, a parte mais assustadora da guerra ainda não veiuo a tona, podem acreditar, e qdo. vier, vai fazer muita gente tremer na base.

Sobre as malvinas acreditem , sabe-se muito pouco, e quem sabe fica quieto.

Walter




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#53 Mensagem por pafuncio » Qui Dez 15, 2005 10:52 pm

Ops,


Hora de compartilhar idéias, meu velho.

Bem vindo !!!

Saludos, alexandre.




"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
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Re: A Guerra das Falkland

#54 Mensagem por FinkenHeinle » Qui Dez 15, 2005 11:02 pm

cicloneprojekt escreveu:Boa noite, me chamo Walter Suddensk, e estive na MB por mais de 20 anos.

Grande Walter!


Como vai meu amigo! Esteve sumido do SA!

Seja bem vindo!




Atte.
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#55 Mensagem por rodrigo » Qui Dez 15, 2005 11:17 pm

Acreditem, a parte mais assustadora da guerra ainda não veiuo a tona, podem acreditar, e qdo. vier, vai fazer muita gente tremer na base.
Será que foi a MB que afundou o Belgrano :?: :?: :?:




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
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#56 Mensagem por Mambo » Sex Dez 16, 2005 12:02 pm

Acreditem, a parte mais assustadora da guerra ainda não veiuo a tona, podem acreditar, e qdo. vier, vai fazer muita gente tremer na base.


A verdade segundo os Argentinos é que eles afundaram o HMS Invincible e o HMS Hermes.
Porém, a GB construiu urgentemente réplicas dos mesmos em sigilo e os enviu para a Inglaterra. :lol:




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Re: A Guerra das Falkland

#57 Mensagem por WalterGaudério » Sex Dez 16, 2005 12:52 pm

FinkenHeinle escreveu:
cicloneprojekt escreveu:Boa noite, me chamo Walter Suddensk, e estive na MB por mais de 20 anos.

Grande Walter!


Como vai meu amigo! Esteve sumido do SA!

Seja bem vindo!


Muito obrigado pelas palavras de boas-vindas, é um prazer poder falar à respeito do que se gosta com quem se interessa pelo mesmo assunto.
André Finkem, eu estou tentando retomar (criar) uma rotina, pois agora estou morando só com minha menina mais nova, após a morte de minha esposa no início deste ano, você sabe.
Meu filho mais velho se formou e está a bordo do Navio-escola Brasil em sua viagemn de instrução.
O mais novo , largou a AFA e está em Bauru-SP, pilotanto como PP(piloto-Privado).
E minha filha Ivana, que participava do SA, está morando em Trondheim Noruega, está noiva, e de casamento marcado.
Eu estou finalizando minha tese de Mestrado(finalmente).

È isso aí.
Espero poder acrescentar algo aqui no DB também.




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#58 Mensagem por Jose Matos » Sex Dez 16, 2005 1:00 pm

Olá

Bem, em relação à Guerra das Malvinas foram feitos vários trabalhos de investigação sobre a mesma e há livros sobre o assunto. É claro que podem existir sempre pormenores por revelar, mas no essencial o assunto está estudado e divulgado.

Um abraço





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Guerra das Falkland

#59 Mensagem por WalterGaudério » Sex Dez 16, 2005 1:11 pm

rodrigo escreveu:
Acreditem, a parte mais assustadora da guerra ainda não veiuo a tona, podem acreditar, e qdo. vier, vai fazer muita gente tremer na base.
Será que foi a MB que afundou o Belgrano :?: :?: :?:


O que posso dizer apenas.

É à respeito de um "contato" nada amistoso entre um submarino russo 671RTM e um submarino inglês não identificado, e, cerca de 21h depois um submarino americano, possivelmente um da classe lA, se juntou ao affair.

Não posso dar a data exata, e muito menos a localização.
Mas segundo detalhes que obtive em 1988, através de um oficial americano participante da operação UNITAS daquele ano, a situação evoluiu para um "abrir-fechar de TLT", "içar-arriar mastros SINS", a coisa quase degenerou para um incidente de proporções infinitamente maiores do que os protagonizados pelos atores principais do conflito que estava prestes à se iniciar.
Só posso comentar isso, sem detalhar mais.
O q vcs devem internalizar, é que se lutou naquele inverno horrível de 82 uma guerra de atrito enervante que envolveu OTAN-URSS e outros atores muito além do que se imagina.

Para os Colegas portugueses da lista, quero dizer q tb houve um incidente envolvendo a Marinha Portuguesa durante a crise das Falklands em 82.


Como eu acho muito esquisito falar de assuntos navais(geurra-ASW) no tópico Forças aéreas , vou postar essa mensagem lá no Forças Navais.
Walter




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Re: A Guerra das Falkland

#60 Mensagem por FinkenHeinle » Sex Dez 16, 2005 1:51 pm

cicloneprojekt escreveu: Muito obrigado pelas palavras de boas-vindas, é um prazer poder falar à respeito do que se gosta com quem se interessa pelo mesmo assunto.
André Finken, eu estou tentando retomar (criar) uma rotina, pois agora estou morando só com minha menina mais nova, após a morte de minha esposa no início deste ano, você sabe.
Meu filho mais velho se formou e está a bordo do Navio-escola Brasil em sua viagem de instrução.
O mais novo , largou a AFA e está em Bauru-SP, pilotanto como PP(piloto-Privado).
E minha filha Ivana, que participava do SA, está morando em Trondheim Noruega, está noiva, e de casamento marcado.
Eu estou finalizando minha tese de Mestrado(finalmente).

È isso aí.
Espero poder acrescentar algo aqui no DB também.

Fiquei Sabendo! Sinto Muito, Walter! :(


E parabéns aos seus filhos (e filha)! Deve estar orgulhoso!

E sobre sua Tese de Mestrado, sobre o que é?!




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