P44 escreveu:hummmm.......
pois, Afonso de albuquerque para o NavPol não me parece má ideia...
(sempre é melhor do que para um navio hidrográfico a cair de podre, como foi o caso do Ultimo A. de Albuquerque!!!!)
Mas o último Afonso de Albuquerque não foi o aviso de 2ª classe afundado pela Marinha indiana em Goa?
P44 escreveu:Não houve um navegador português, João ou José Rodrigues Cabrilho????
(não confundir com José Rodrigues dos Santos

)
~
João Rodrigues Cabrilho foi um navegador português que descobriu (ou achou como agora dizem alguns

) a costa da Califórnia e do Oregon, navegando pela primeira vez onde hoje existe a cidade de San Diego, a 28 de Setembro de 1942.
A luso-americana Paula, que tem o blogue Alma de Pássaro , conta-nos o seguinte:
"Ontem fui às festas de comemoração da chegada de João Rodrigues Cabrilho a San Diego. Desde há 40 anos que, todos os anos, se festeja este acontecimento no último fim de semana de Setembro, numa festa conjunta das comunidades portuguesa, espanhola, mexicana, índia e San-dieguense. É interessante ver como a cultura portuguesa está em força naquele local; até brochuras em português (de Portugal!) existem disponíveis."
Adiantando mais sobre as celebrações escreve:
"Ontem tive a sorte de acompanhar a comitiva oficial em muitos dos acontecimentos. O mais alto representante de Portugal era um alto posto da Marinha Portuguesa. O mais alto representante de Espanha foi o Embaixador de Espanha nos EUA. Em anos anteriores costumavam estar presentes membros do Governo português. Este ano, certamente devido à crise (ou a Congressos mais importantes), ninguém do Governo apareceu. Já para não falar de nenhum jornal, rádio ou televisão portuguesa, a quem o acontecimento não interessará, decerto, por não poder resultar em escândalo nacional."
E rematando, escreve:
"Eu própria não teria sabido deste acontecimento se não tivesse sido uma americana a dizer-me. E ainda bem que assim foi. Que bem que me soube o pão com linguiça e que orgulho foi ver os americanos vibrarem com folclore. Acho que fui decididamente atingida pelo espírito de Emigrante!"
A sua data e local de nascimento são desconhecidas, embora entre os historiadores seja quase consensual que terá nascido em Portugal, tendo no entanto vivido a maior parte da sua vida nas colónias espanholas no Novo Mundo. Chegado ao México pela mão de Narvaez, prestou mais tarde a sua vassalagem a Cortez, ajudando na fundação da cidade de Oaxaca e juntando-se mais tarde a Alvarado nas suas expedições de conquista Mesoamericanas. Em 1542, já depois de se ter tornado um rico e abastado conquistador – muito por via da sua participação nos lucros da exploração de ouro na Guatemala – foi-lhe encomendada pelo vice-rei da Nova Espanha, António de Mendonza, uma viagem de exploração dos limites Setentrionais da costa ocidental da Nova Espanha.
Cabrilho partiu de Navidad (hoje Acapulco) a 27 de Junho de 1542, reinava em Portugal El-Rei D.João III. Comandando uma frota de dois navios, navegou para Norte em direcção à Baja Califórnia. Progredindo pela costa, descobriu Santa Catalina, a baía de San Diego a 28 de Setembro, San Pedro a 6 de Outubro e a baía de Santa Bárbara a 9 de Outubro. Embora tenha atingido Russian River (Sonoma County), locais como a Baía de San Francisco ou de Monterey passaram-lhe surpreendentemente despercebidos. É curioso notar que mesmo posteriores expedições falharam em conseguir descobrir estes locais. A própria baía de San Francisco só seria descoberta - por terra - em 1769 pela expedição Portolá (espanhola).
Chegado a este ponto, Cabrilho decidiu dar meia-volta, em busca de um porto seguro onde a sua expedição pudesse passar o Inverno, tendo a escolha recaído sobre a ilha de San Miguel, no Canal de Santa Bárbara, na qual fundearam a 23 de Novembro. Em finais de Dezembro ou princípios de Janeiro, Cabrilho e os seus homens envolvem-se numa escaramuça com os indígenas, tendo o Português falecido a 3 de Janeiro de 1543, após complicações decorrentes duma perna partida (gangrena?). Bartolomeu Ferrelo, seu compatriota, assume o comando da expedição, decidindo-se por uma nova tentativa para Norte, partindo a 18 de Fevereiro. A 1 de Março contornam Cape Mendoncino, chegando alguns dias depois a Rogue River (Oregon), a uma latitude de 43º Norte, o ponto mais Setentrional da viagem. Com uma tripulação exausta e minada pelo escorbuto, Ferrelo decide-se pelo regresso, visto a missão já ter sido cumprida. Na viagem de regresso, Ferrelo e os seus homens são fustigados por uma forte tempestade até alturas da ilha San Miguel, pela qual passam a 5 de Março. A 14 de Abril a expedição regressa a Navidad.
A expedição de Cabrilho teve pouco impacto. Nos anos que se lhe seguiram, a Espanha não faria qualquer reclamação territorial sobre estes territórios da Califórnia e do Oregon até aos finais do século XVIII, quando a colonização foi efectivamente iniciada. Os relatos da sua viagem foram impressos na "Colección de documentos para la historia de España" e na "Colección de documentos de Indias", ambas as obras impressas em Madrid e extremamente volumosas. Mesmo o leitor com mais “bagagem” é forçado a recorrer a informação acessória para compreender todo o contexto e detalhes da viagem. O mapa de Cabrilho seria publicado em 1770 pelo Arcebispo Lorenzana. O Português é hoje em dia reconhecido, de uma forma unânime, como o descobridor e primeiro explorador da costa Californiana. Apesar de ignorado no seu país de origem, a viagem de Cabrilho é mencionada de uma forma mais ou menos extensiva em qualquer obra de fôlego sobre a História da América do Norte. De facto, tudo o que era conhecido da Califórnia até 1769 deve-se à sua pioneira expedição, conjuntamente com as de Drake (1579), Gali (1584), Carmeño (1595), Vizcaíno (1602-1603) e Carreri (1696).
Pouco ou nada mais se conhece acerca de Cabrilho ou sua personalidade. É certo que terá sido educado como Católico, permanecendo fiel à sua fé até ao fim dos seus dias. Segundo os relatos, na sua personalidade era patente a nobreza dos seus actos, e o seu trato no contacto com os indígenas na sua derradeira viagem foi cortês e generoso. Pena que os indígenas de San Miguel não tenham retribuído na mesma moeda naquela fatídica manhã de Janeiro de 1543. Mas quais terão sido realmente as suas motivações e sonhos durante o seu agitado e invulgar percurso de vida? É inevitável uma comparação com Fernão de Magalhães, também ele um exilado voluntário, ao serviço da Coroa Espanhola. Quais as suas motivações para sair de Portugal? Seria um fidalgo de baixa nobreza cansado das intrigas da Corte? Um navegador menor em busca de aventura e oportunidades? Um ressabiado? Seria perseguido em Portugal? E nesse caso porquê?
Em minha opinião, diria que algumas destas razões – talvez todas – se combinam para explicar o percurso e feitos de João Rodrigues Cabrilho. Talvez mesmo a resposta não esteja em nenhuma delas. O que não deixa seja de ser claro é que muito da história das Navegações Portuguesas e seus Navegadores continua por ser escrita em Portugal. O contraste entre o entusiasmo com que esta efeméride é comemorada em San Diego e a nossa ignorância sobre o assunto (ou sobre os Bandeirantes, ou a presença Portuguesa na Tartária, Oceânia e Extremo Oriente em geral) mostra como ainda muito está por fazer no abrir de novos trilhos na nossa memória de Nação.
P44 escreveu:Para os Subs:
NRP TUBARÃO
NRP ORCA
(em vez de sardinha, carapau, chicharro...etc, etc...espadarte, salmão, foca, golfinho...)
Sempre era mais "Agressivo"
Sempre foi tradição da Marinha portuguesa, baptizar os submarinos com o nome de mamíferos marinhos. Penso que a tradição deve ser mantida e portanto aceito Orca e para o outro sugiro Narval.
O nome de Afonso de Albuquerque (o meu herói preferido, juntamente com D. João II, devo ser muito sanguinário

) já sabem que é minha opinião dá-lo a NAVPOL. Quanto às 2 OHP, dáva-lhes nomes de rios, como os antigos CT, por exemplo NRP Mondego e NRP Sado que são rios inteiramente portugueses, ou então marinheiros famosos.