Marinha do Brasil - 2017
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Re: Marinha do Brasil - 2017
Prefiro que gaste grana com a MB , do que uma criação de uma Guarda Costeira ! Só no fato de adquirir viaturas , contratar pessoal , criar doutrina ou até mesmo bases vai ser um baita dinheiro .
E como vivemos num país onde dinheiro pro povo ou pra projetos demora séculos ,deixam as coisas como estão !
A MB deveria priorizar sisgaaz , e se preparar para aumentar a Aviação Naval com UAV de vigilância e aviões de asa fixa de patrulha oceânica !
Comprar mais OPV e navios patrulhas da classe Macaé e Marlin para a função de guarda costeira , fazer um MLU nas classes patrulhas atuais como as Grajaú ...
Enquanto as escoltas , comprar de oportunidade para substituir as Niterói e dar continuidade no prosub e nas Tamandaré !
Poderia ser criado um novo esquadrão no nordeste (Recife) , com a base da FAB para dotação de UAV e quem sabe os P-3 !
E como vivemos num país onde dinheiro pro povo ou pra projetos demora séculos ,deixam as coisas como estão !
A MB deveria priorizar sisgaaz , e se preparar para aumentar a Aviação Naval com UAV de vigilância e aviões de asa fixa de patrulha oceânica !
Comprar mais OPV e navios patrulhas da classe Macaé e Marlin para a função de guarda costeira , fazer um MLU nas classes patrulhas atuais como as Grajaú ...
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Gogogas !
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Re: Marinha do Brasil - 2017
Eu desafio muito essa necessidade de meios ASW para proteger o tráfego mercante, que traz muito de conceitos da Segunda Guerra Mundial e totalmente ultrapassados:FCarvalho escreveu:Solução para a nossa defesa naval: Guarda Costeira + Marinha de Guerra.
Guarda Costeira: navios de patrulha de 200 a 2000 mil tons + lanchas, botes e outros meios navais de polícia. Corpo de aviação para operações SAR e esclarecimento marítimo.
MB: 18 navios entre corvetas e fragatas. Porque? Simplesmente porque nosso comércio depende 95% do mar para acontecer. Qualquer um que queria nos pressionar e tiver meios navais críveis equivalentes ou maiores que os nossos pode nos por de joelhos antes mesmos de dar o primeiro tiro. Imagina a confusão na FIESP com um tipo de conversa como essa...
As cuecas irão descer ao chão antes do final da reunião.
abs.
- O trafego maritimo é muito maior que naquela época
- O comercio é feito muito mais com navios de diversas bandeiras e nacionalidades
- Submarinos atuais são presentes em menores número e concebidos para operar em outras missoes que o afundamento de navios mercantes
- Por fim e mais importante, os conflitos atuais são muito mais rapidos e intensos com uma resistencia enorme a perdas civis. Um bloqueio naval com perdas civis é algo inaceitável hoje em dia
Pensando tambem na nossa realidade, mesmo com 30 escoltas, o maximo que conseguiriamos é colocá-las inutilmente proximo às dezenas de portos no litoral brasileiro na vã esperança de encontrar um submarino enorme e caríssimo à espreita de navios civis e que poderiam facilmente operar mais longe da costa. Um meio muito mais eficiente seria operar simples navios patrulha com meios acusticos passivos apoiados por meios aéreos ASW capazes buscar intensamente possiveis alvos detectados.
Ao meu ver, os EUA sempre incentivou o Brasil a ter uma força ASW significativa para, principalmente, garantir o livre transito de meios navais militares pelo AS e apenas secundariamente proteger os meios mercantes. Com a queda da URSS isso deixou de fazer sentido ao meu ver - nem a Russia, nem a China tem frotas submarinas capazes de interditar o AS num caso de confilto global.
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Re: Marinha do Brasil - 2017
Talvez para os meios costeiros, mas o NaPaOc podem executar varias funções de controle maritimo em tempos de paz e mesmo funções secundarias em caso de guerra.FCarvalho escreveu:Por mim, tudo que for patrulha, inclusive os oceânicos fica com a guarda costeira, que seria responsável essencialmente pela tal da amazônia azul. Além disso é problema da marinha com seus navios. Aí sim entram corvetas, fravetas, fragatas, cruzadores, couraçados e o que mais couber.
Fato que é que a MB tem de atuar fora da ZEE, e garantir nossa presença naval e os 4 pilares do poder naval no AS em todas as rotas de acesso e saída dele.
No mais, é fazer o dever de casa.
abs.
Mesmo navio patrulha de 200t pode receber sensores acusticos antisubmarinos modulares, por exemplo, e atuar em caso de guerra.
Se for para economizar e desobrigar a MB de carregar esse fardo, é o caso de privatizar esse serviço de segurança, busca e salvamento. Simplesmente criar uma Guarda Costeira só cria mais espaço para cabides de emprego e corrupção.
- mmatuso
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Re: Marinha do Brasil - 2017
Nossa estratégia é ser amigo de todo mundo fornecendo futebol, carnaval e mulé pelada de forma que ninguém leve a sério, o que de fato ocorre.
Porém não podemos contar sempre que os outros vão olhar como motivo de chacota e não com cobiça.
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- FCarvalho
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Re: Marinha do Brasil - 2017
abs.gogogas escreveu:Prefiro que gaste grana com a MB , do que uma criação de uma Guarda Costeira ! Só no fato de adquirir viaturas , contratar pessoal , criar doutrina ou até mesmo bases vai ser um baita dinheiro .
A MB hoje tem uma infraestrutura a qual poderia ser totalmente aproveitada, tanto pessoal quanto material, para oferecer os aportes necessários à criação de uma guarda costeira. Não seria necessário portanto criar ou inventar novas estruturas, apenas adaptar o que já existe nos distritos navais e capitanias e delegacias dos portos.
E como vivemos num país onde dinheiro pro povo ou pra projetos demora séculos ,deixam as coisas como estão !
Acredite, o projeto original que criava uma guarda costeira tinha, e ainda tem, muito apoio na sociedade civil, principalmente das localidades ligadas diretamente ao mar e aos rios, e por conseguinte dos seus políticos. Isso só não foi para frente até hoje pela ferrenha oposição da própria MB, e da inabilidade, e indiferença, dos políticos em querer comprar briga com os militares.
A MB deveria priorizar sisgaaz , e se preparar para aumentar a Aviação Naval com UAV de vigilância e aviões de asa fixa de patrulha oceânica !
O SIGAAZ continua sendo uma prioridade, mas foi colocado de molho pelo simples fato de que se nada for feito no curtíssimo prazo, não teremos uma marinha para justificar a criação e o funcionamento do sistema.
Comprar mais OPV e navios patrulhas da classe Macaé e Marlin para a função de guarda costeira , fazer um MLU nas classes patrulhas atuais como as Grajaú ...
Isso seria muito bom, e até lógico, mas o nosso almirantado ainda pensa que nós devemos primeiro ser uma marinha de águas azuis, e depois a gente pensa no resto...
Enquanto as escoltas , comprar de oportunidade para substituir as Niterói e dar continuidade no prosub e nas Tamandaré !
As Tamandaré irão substituir a priori as Inhaúma, e no médio/longo prazo a Barroso. O Prosuper como o conhecemos está morto e não tem qualquer chance de voltar. Não da forma como foi concebido originalmente. O Prosub é hoje o principal e mais importante programa da MB contanto com prioridade de verbas para sustentar o seu andamento. Não haverá compras de oportunidade para as Niterói e T-22. Não temos tempo, grana e nem navios a disposição para isso. E se nada mudar no quadro econômico, talvez tenhamos a sorte de obter um segundo lote de CV-3 para compensar a baixa destes navios até 2025. Claro, se o cronograma original da CV-3 fosse obedecido, coisa que hoje é praticamente certo que não se dará.
Poderia ser criado um novo esquadrão no nordeste (Recife) , com a base da FAB para dotação de UAV e quem sabe os P-3 !
Os P-3 irão para Santa Cruz, e depois passarão no médio prazo para a MB, junto com o que sobrar, talvez, dos P-95M. Apenas um único esquadrão de aeronaves ASW. Os UAV's estão previstos no planejamento do SIGAAZ, mas como disse acima, este está em banho maria.
Eu particularmente gostaria muito de ver os C-295 repassados a MB, ou eventualmente a uma guarda costeira, posto que estas aeronaves, principalmente as SAR seriam ideais para cumprir o tipo de trabalho que uma OM como esta teria de cumprir. Mas isso já sou eu sonhando alto.
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- FCarvalho
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Re: Marinha do Brasil - 2017
Não precisamos de navios específicos para ASW, mas navios de uso múltiplos, de forma a garantir uma capacidade variada de atuar em diversas situações e contextos. O tempo da puxação de saco da USN passou. Por isso é importante dispor de navios de tonelagem diferentes, para atuar nas condições que se apresentarem. E é isso.pmicchi escreveu:Eu desconfio muito essa necessidade de meios ASW para proteger o tráfego mercante, que traz muito de conceitos da Segunda Guerra Mundial e totalmente ultrapassados:FCarvalho escreveu:Solução para a nossa defesa naval: Guarda Costeira + Marinha de Guerra.
Guarda Costeira: navios de patrulha de 200 a 2000 mil tons + lanchas, botes e outros meios navais de polícia. Corpo de aviação para operações SAR e esclarecimento marítimo.
MB: 18 navios entre corvetas e fragatas. Porque? Simplesmente porque nosso comércio depende 95% do mar para acontecer. Qualquer um que queria nos pressionar e tiver meios navais críveis equivalentes ou maiores que os nossos pode nos por de joelhos antes mesmos de dar o primeiro tiro. Imagina a confusão na FIESP com um tipo de conversa como essa...
As cuecas irão descer ao chão antes do final da reunião.
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- O trafego maritimo é muito maior que naquela época
- O comercio é feito muito mais com navios de diversas bandeiras e nacionalidades
- Submarinos atuais são presentes em menores número e concebidos para operar em outras missoes que o afundamento de navios mercantes
- Por fim e mais importante, os conflitos atuais são muito mais rapidos e intensos com uma resistencia enorme a perdas civis. Um bloqueio naval com perdas civis é algo inaceitável hoje em dia
Pensando tambem na nossa realidade, mesmo com 30 escoltas, o maximo que conseguiriamos é colocá-las inutilmente proximo às dezenas de portos no litoral brasileiro na vã esperança de encontrar um submarino enorme e caríssimo à espreita de navios civis e que poderiam facilmente operar mais longe da costa. Um meio muito mais eficiente seria operar simples navios patrulha com meios acusticos passivos apoiados por meios aéreos ASW capazes buscar intensamente possiveis alvos detectados.
Ao meu ver, os EUA sempre incentivou o Brasil a ter uma força ASW significativa para, principalmente, garantir o livre transito de meios navais militares pelo AS e apenas secundariamente proteger os meios mercantes. Com a queda da URSS isso deixou de fazer sentido ao meu ver - nem a Russia, nem a China tem frotas submarinas capazes de interditar o AS num caso de confilto global.
Vai levar um tempo, mas dá para fazer. Com ou sem soluções nacionais. De forma racional e baseada na realidade.
Tomara que a CV-3 seja apenas o começo disso.
abs.
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- FCarvalho
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Re: Marinha do Brasil - 2017
Como eu disse antes, a criação de uma guarda costeira encontra na estrutura da própria MB o seu amparo técnico, material e humano a fim de compor-se. É só uma questão de amparo legal e administrativo. O problema é que atualmente não temos nenhum dos dois.pmicchi escreveu:Talvez para os meios costeiros, mas o NaPaOc podem executar varias funções de controle maritimo em tempos de paz e mesmo funções secundarias em caso de guerra.FCarvalho escreveu:Por mim, tudo que for patrulha, inclusive os oceânicos fica com a guarda costeira, que seria responsável essencialmente pela tal da amazônia azul. Além disso é problema da marinha com seus navios. Aí sim entram corvetas, fravetas, fragatas, cruzadores, couraçados e o que mais couber.
Fato que é que a MB tem de atuar fora da ZEE, e garantir nossa presença naval e os 4 pilares do poder naval no AS em todas as rotas de acesso e saída dele.
No mais, é fazer o dever de casa.
abs.
Mesmo navio patrulha de 200t pode receber sensores acusticos antisubmarinos modulares, por exemplo, e atuar em caso de guerra.
Se for para economizar e desobrigar a MB de carregar esse fardo, é o caso de privatizar esse serviço de segurança, busca e salvamento. Simplesmente criar uma Guarda Costeira só cria mais espaço para cabides de emprego e corrupção.
Ademais, quantos aos NaPaOc, concordo que eles possam ser usados em uma miríade de situações, mas a priori, em nossa realidade, o que eles tem de ser bons é em patrulhar e vigiar a ZEE. E para isso, um bom canhão de proa e metralhadoras já dão conta do recado. O uso de Vants, ou mesmo de helos embarcados seriam um plus a mais. E se tiverem que ser usados em combate, bem, já no projeto eles podem vir arquitetados para tal. É só prever, planejar, escolher e implementar os sistemas adequados.
O trabalho de uma guarda costeira, até que se mude a constituição, faz parte do capítulo 142, que faz referência aos deveres do Estado para a defesa nacional.
Eu até entendo que a privatização de algumas atividades da segurança pública poderiam ter o apoio da iniciativa privada, mas não sem antes uma grande reestruturação do setor, e em proveito sobretudo, da sociedade, e não das corporações e do Estado.
Por fim, a MB tem mais de 50 mil homens. E tem/tinha previsão para chegar a mais de 70 mil em vinte anos. Honestamente, hoje creio ser um número mais que exagerado para uma infra-estrutura que não corresponde e nunca atendeu aos interesses navais do país. Com uns 35 mil homens e meios adequados a marcar posição com credibilidade no AS nas 4 funções do poder naval, já estaríamos muito bem arrumados. 18 navios e 15 subs já seriam mais que suficiente para isso. Sem contar os navios auxiliares e anfíbios. Se somarmos tudo, talvez nem chegássemos a 40 navios modernos com tripulações altamente treinadas e especializadas, e contando com muita tecnologia; que na guerra naval atual, é na verdade o que conta. Por isso da complexidade e envergadura do SIGAAZ.
O resto, uma guarda costeira bem organizada e equipada faz o seu trabalho sem maiores problemas, e libera a MB para ela ser o que precisa ser: uma marinha de guerra, e não uma tentativa esdruxula e cânhesta de polícia naval de guerra.
abs.
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- FCarvalho
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Re: Marinha do Brasil - 2017
pior... temos uma mistura de uma e outra que não conseguem fazer bem nem uma coisa e outra.artenobre escreveu:hoje nao temos nem marinha nem guarda costeira
abs.
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- EduClau
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Re: Marinha do Brasil - 2017
Não temos mas continuamos pagando (via impostos) como se tivéssemos, acho que o mesmo se pode dizer da segurança pública...
Ass.
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- FCarvalho
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Re: Marinha do Brasil - 2017
No nosso caso, pode dizer que em relação a tudo que é serviço público...
abs.
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