Legião Estrangeira, a minha experiência pessoal.
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Re: Legião Estrangeira, a minha experiência pessoal.
A minha secçao acabou a instruçao com a melhor classificaçao de todas as secçoes instruendas da altura e tinha sido a unica que nao tinha sofrido deserçoes. Eu e os outros portugueses ficamos particularmente orgulhosos quando o nosso chefe de secçao nos disse que tinhamos sido de longe, a melhor secçao da sua carreira de instrutor. Ficamos orgulhosos, sobretudo porque tinhamos, os quatro, acabado nos 6 primeiros classificados.
Como ja disse, a nossa secçao nao teve desertores, o mesmo nao aconteceu nas secçoes das outras companhias.
Assisti a uma cena que me ficou gravada na memoria :
Numa secçao vizinha da minha, dois tipos que tinham desertado, (e capturados pela Gendarmerie que os voltou a entregar ao regimento), depois de levarem uma surra dos cabos diante da secçao formada, foram em seguida espancados pelos colegas, obrigados a isso. A secçao formou em duas linhas, face a face, formando um estreito corredor por onde os desertores deveriam passar... e enquanto eles passavam no meio, os camaradas davam-lhes bofetadas,murros e pontapés...
Nota : Estas praticas sao proibidas pelos regulamentos militares franceses, mas eram (sao?) frequentes. O crime de "sevices ou brimades envers un subordonné", (sevicias e humilhaçoes ao encontro de um subordinado), as puniçoes colectivas, as agressoes, etc, seriam teoricamente motivos de severas sançoes por parte do comando...mas na pratica, estas sançoes sao raras.
Por outro lado, nunca vi um oficial praticar pessoalmente estes actos, apesar de os encobrirem na maior parte das vezes.
Como ja disse, a nossa secçao nao teve desertores, o mesmo nao aconteceu nas secçoes das outras companhias.
Assisti a uma cena que me ficou gravada na memoria :
Numa secçao vizinha da minha, dois tipos que tinham desertado, (e capturados pela Gendarmerie que os voltou a entregar ao regimento), depois de levarem uma surra dos cabos diante da secçao formada, foram em seguida espancados pelos colegas, obrigados a isso. A secçao formou em duas linhas, face a face, formando um estreito corredor por onde os desertores deveriam passar... e enquanto eles passavam no meio, os camaradas davam-lhes bofetadas,murros e pontapés...
Nota : Estas praticas sao proibidas pelos regulamentos militares franceses, mas eram (sao?) frequentes. O crime de "sevices ou brimades envers un subordonné", (sevicias e humilhaçoes ao encontro de um subordinado), as puniçoes colectivas, as agressoes, etc, seriam teoricamente motivos de severas sançoes por parte do comando...mas na pratica, estas sançoes sao raras.
Por outro lado, nunca vi um oficial praticar pessoalmente estes actos, apesar de os encobrirem na maior parte das vezes.
Editado pela última vez por legionario em Qui Set 16, 2010 5:51 am, em um total de 2 vezes.
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Re: Legião Estrangeira, a minha experiência pessoal.
Apesar de nao ter havido deserçoes na secçao, havia alguns legionarios que se queriam ir embora da Legiao. Tecnicamente, um legionario pode denunciar o contrato nos 6 primeiros meses de serviço. E estes homens, que nao tinham ousado desertar, contavam bem, acabada a instruçao e enviados ao 1°RE, em Aubagne para serem afetados num regimento de combate, pedir ali para se irem embora.
Os nossos graduados acompanharam a secçao até ao 1°RE, para ai a « entregarem » ja pronta, à disposiçao do Comando da Legiao.
Fomos todos de comboio, numa viagem que durou algumas horas, e quando chegamos à gare de Aubagne, a secçao formou no exterior esperando os autocarros que nos haveriam de conduzir ao quartel.
Formados, o nosso chefe de secçao perguntou ao pessoal :
- Quem é que vai pedir para regressar à vida civil ?
Quando estavamos no 4°RE, ao acabar a instruçao, ele ja tinha feito esta pergunta, mas ninguem tinha ousado levantar a mao com medo das represalias. Aqui o pessoal ja se sentia mais à vontade, nao so porque estavamos a chegar ao 1°RE, onde estes graduados ja nao tinham autoridade sobre nos, como porque estavamos na via publica, diante de desenas de olhos civis que nos observavam com um misto de curiosidade e de respeito.
Houve alguns braços que se levantaram timidement, talvez 5 ou 6 entre o efectivo de 40 homens que constituiam a secçao. O que é que eles foram fazer !!
O chefe de secçao, e alguns dos sargentos e cabos entraram numa colera surda, e ali mesmo, diante dos civis pasmados, esbofetearam os imprudentes, houve mesmo um que rebolou no chao com uma pancada que levou do cabo alemao…
Mais valia terem esperado algumas horas, porque uma vez chegados à CAPLE (companhia administrativa do pessoal da legiao estrangeira), poderiam pedir, sem receio algum de represalias, para regressar à vida civil.
Os nossos graduados acompanharam a secçao até ao 1°RE, para ai a « entregarem » ja pronta, à disposiçao do Comando da Legiao.
Fomos todos de comboio, numa viagem que durou algumas horas, e quando chegamos à gare de Aubagne, a secçao formou no exterior esperando os autocarros que nos haveriam de conduzir ao quartel.
Formados, o nosso chefe de secçao perguntou ao pessoal :
- Quem é que vai pedir para regressar à vida civil ?
Quando estavamos no 4°RE, ao acabar a instruçao, ele ja tinha feito esta pergunta, mas ninguem tinha ousado levantar a mao com medo das represalias. Aqui o pessoal ja se sentia mais à vontade, nao so porque estavamos a chegar ao 1°RE, onde estes graduados ja nao tinham autoridade sobre nos, como porque estavamos na via publica, diante de desenas de olhos civis que nos observavam com um misto de curiosidade e de respeito.
Houve alguns braços que se levantaram timidement, talvez 5 ou 6 entre o efectivo de 40 homens que constituiam a secçao. O que é que eles foram fazer !!
O chefe de secçao, e alguns dos sargentos e cabos entraram numa colera surda, e ali mesmo, diante dos civis pasmados, esbofetearam os imprudentes, houve mesmo um que rebolou no chao com uma pancada que levou do cabo alemao…
Mais valia terem esperado algumas horas, porque uma vez chegados à CAPLE (companhia administrativa do pessoal da legiao estrangeira), poderiam pedir, sem receio algum de represalias, para regressar à vida civil.
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Re: Legião Estrangeira, a minha experiência pessoal.
Foi pois a 15 de agosto, depois de ter acabado a instruçao de base e obtido os Certificados técnicos elementares "Légion" e "Choc et feu", com a média de 15,20 valores , que fui enviado para o 1° regimento estrangeiro, a casa-mae da legiao, em Aubagne, a fim de preparar a minha partida para a 13ème DBLE, em Djibouti, na costa oriental africana.
Normalmente, os 5 primeiros classificados nas secçoes de instruçao têm o direito de escolher o seu futuro regimento operacional, e os instrutores fazem tudo para que eles escolham o regimento de paraquedistas da legiao, o 2°REP.
Os outros portugueses optaram por este regimento e tentaram tambem convencer-me a ir com eles. Eu nao quis por 3 razoes : a primeira é que eu ja sabia que o pessoal do REP faz enormemente de saltos pesadamente carregados e que ao fim de alguns anos, têm frequentes problemas na coluna e nas vertebras ; a segunda razao é que o 2°REP na altura, era dos regimentos de combate da legiao que menos participavam em operaçoes internacionais devido a nao possuirem veiculos blindados VAB. Estes so foram adquiridos quando da guerra da Jugoslavia em meados dos anos 90. A terceira razao é que eu queria ir para Africa o mais rapido possivel, e a 13° Demi-brigade da L.E. respondia ao meu objetivo.
Depois de passar 5 semanas na CAPLE (Companhia administrativa do pessoal LE), embarquei para Djibouti em 21.09.89, onde cheguei no mesmo dia, sendo imediatamente afectado à 3a Companhia de combate.
Normalmente, os 5 primeiros classificados nas secçoes de instruçao têm o direito de escolher o seu futuro regimento operacional, e os instrutores fazem tudo para que eles escolham o regimento de paraquedistas da legiao, o 2°REP.
Os outros portugueses optaram por este regimento e tentaram tambem convencer-me a ir com eles. Eu nao quis por 3 razoes : a primeira é que eu ja sabia que o pessoal do REP faz enormemente de saltos pesadamente carregados e que ao fim de alguns anos, têm frequentes problemas na coluna e nas vertebras ; a segunda razao é que o 2°REP na altura, era dos regimentos de combate da legiao que menos participavam em operaçoes internacionais devido a nao possuirem veiculos blindados VAB. Estes so foram adquiridos quando da guerra da Jugoslavia em meados dos anos 90. A terceira razao é que eu queria ir para Africa o mais rapido possivel, e a 13° Demi-brigade da L.E. respondia ao meu objetivo.
Depois de passar 5 semanas na CAPLE (Companhia administrativa do pessoal LE), embarquei para Djibouti em 21.09.89, onde cheguei no mesmo dia, sendo imediatamente afectado à 3a Companhia de combate.
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Re: Legião Estrangeira, a minha experiência pessoal.
O FD está entregue à bicharada...legionario escreveu:Ola Cabeça de Martelo, como vai o FD Portugal ?cabeça de martelo escreveu:Tenho que acrescentar uma coisa, o nosso caro Legionário foi PA, por isso tinha já alguma "bagagem" em cima. É que os militares da PA têm uma curso muito interessante e há um espirito de corpo bastante forte. O meu pai foi PA (anos 70) e antes de ir para a FAP fez a recruta e especialidade (armas pesadas) no Exército. Do pessoal que tirou a especialidade com ele foi tudo para a Guiné, só um pequeno grupo que se tinha dado como voluntários para a FAP é que se safaram. Segundo ele, no curso aprendeu coisas que nunca tinha sequer ouvido falar, fez treinos com um rigor e com uma complexidade que só mesmo nas Tropas Especiais é que havia instrução semelhante (até porque metade dos instrutores eram Páras).
Os meus instrutores da PA eram quase todos paraquedistas. Uma coisa aprendi no curos de especialidade da PA que nao aprendi na legiao e que me veio a ser bem util mais tarde : o maneio da AK 47. Depois conto como é que isso me foi util .
Eu andei muita vez com uma AK (da familia) e inclusiver disparei com ela, afinal nos Páras a espingarda-automática é a Galil...
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Em relação aos saltos, o 2º REP deve ser a unidade na Europa que faz mais saltos. Os saltos operacionais são sempre feitos com mochila e armamento individual.

Editado pela última vez por cabeça de martelo em Qui Set 16, 2010 11:33 am, em um total de 1 vez.
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Re: Legião Estrangeira, a minha experiência pessoal.
O engraçado é que no site da Legião fica bem claro que castigos físicos não são permitidos mais e que são punidos com rigor! Se é verdade só um Legionário na ativa saberia dizer.
Mas uma pergunta, você falou do oficialato não usar castigos físicos mas encobri-los. Os Oficiais da LE são só franceses da École Spéciale Militaire de Saint-Cyr ou existe algum caminho diferenciado para eles?
Mas uma pergunta, você falou do oficialato não usar castigos físicos mas encobri-los. Os Oficiais da LE são só franceses da École Spéciale Militaire de Saint-Cyr ou existe algum caminho diferenciado para eles?
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Re: Legião Estrangeira, a minha experiência pessoal.
Moccelin não sejas inocente, então se na minha tropa (que não é uma Legião) houve um pobre catatua a ir parar ao hospital por causa de um "incentivo"...imagina numa Legião.
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Re: Legião Estrangeira, a minha experiência pessoal.
Sim, sim, não estou falando que não há, mas que no site está que é proibido...
Aqui no Brasil, atualmente, até onde eu sei, isso realmente está proibido. Não sei em tropas como os Comandos, mas no geral...
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Re: Legião Estrangeira, a minha experiência pessoal.
Pelo menos no BOPE e no BPChoque da PM/RN agressões físicas são bem frequentes, não é anormal policiais dessas unidades baixarem no hospital! Eles tem um código de conduta informal na qual vacilos durante as instruções ou do dia dia (como esquecer o armamento em algum local, ser reincidente em atraso, etc) são punidos com a famosa "manta". Se o camarada esborçar algum tipo de reação as coisas pioram bastante!Moccelin escreveu:Sim, sim, não estou falando que não há, mas que no site está que é proibido...
Aqui no Brasil, atualmente, até onde eu sei, isso realmente está proibido. Não sei em tropas como os Comandos, mas no geral...
Num era nem para eu estar comentando esse tipo de coisa, mas como se trata de um forum especializado, onde não tem ninguem bobo, me arrisquei.
.
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Re: Legião Estrangeira, a minha experiência pessoal.
Cara, acho que você nem precisa se preocupar. A pancadaria no BOPE virou até filme.
Mas vamos aguardar mais histórias do forista Légionnaire.
Mas vamos aguardar mais histórias do forista Légionnaire.
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Re: Legião Estrangeira, a minha experiência pessoal.
Como ja referi, os castigos fisicos, assim como as humilhaçoes e as puniçoes colectivas SAO PROIBIDOS pelo regulamento militar francês ; ja o eram no meu tempo. A pratica é bem diferente. Temos que levar em conta que os recrutas da legiao nao sao os garotos de 18 ou 20 anos que se alistam nos exercitos de Portugal ou do Brasil, mas sim homens mais velhos e "batidos", ja com muita experiencia da vida . Para dominar este tipo de recrutas é muitas vezes necessario usar outra pedagogia...Moccelin escreveu:O engraçado é que no site da Legião fica bem claro que castigos físicos não são permitidos mais e que são punidos com rigor! Se é verdade só um Legionário na ativa saberia dizer.
Mas uma pergunta, você falou do oficialato não usar castigos físicos mas encobri-los. Os Oficiais da LE são só franceses da École Spéciale Militaire de Saint-Cyr ou existe algum caminho diferenciado para eles?
Como os cabos e os sub-oficiais (classe de sargentos) sao recrutados entre as bases e estas vêm (geralmente) da "rua", nao podemos esperar que tenham os mesmos "valores" éticos do que um sub-oficial formado numa escola militar perfumada !
A maior parte dos oficiais franceses da Legiao vêm de Saint-Cyr, e devo dizer que geralmente têm muita classe...e boas maneiras. Foi isso que aprenderam na escola.
Alguns oficiais vêm do quadro de sargentos (sub-oficiais), mas estes na legiao sao raros. No meu regimento, havia um tenente-coronel e um capitao portugueses, mas tiveram que se naturalizar franceses para poder aceder ao estatuto de oficiais, como todo o estrangeiro que é selecionado para seguir o oficialato.
Mais adiante, no decurso do relato, explicarei como se chega a cabo e a sargento na legiao. Eu previ explicar tudo bem explicado ; se tiverem perguntas , escrevam num papelinho , e se no fim da historia eu nao tiver esclarecido, perguntem...

Editado pela última vez por legionario em Sex Set 17, 2010 4:06 am, em um total de 2 vezes.
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Re: Legião Estrangeira, a minha experiência pessoal.
Nesta altura da historia ja cheguei a Djibouti, e antes de avançar no relato queria publicar as fotos, mas estou com dificuldades para as sacar do Post Image, onde as coloquei. Eles mudaram aquilo e tenho que pedir ao meu sobrinho que é um "génio informatico" para me fazer a manobra.
Até breve, pois
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Re: Legião Estrangeira, a minha experiência pessoal.
Lembro-me de ler um artigo sobre o 2º REP em que o comandante era de origem Portuguesa.legionario escreveu:
[A maior parte dos oficiais franceses da Legiao vêm de Saint-Cyr, e devo dizer que geralmente têm muita classe...e boas maneiras. Foi isso que aprenderam na escola.
Alguns oficiais vêm do quadro de sargentos (sub-oficiais), mas estes na legiao sao raros. No meu regimento, havia um tenente-coronel e um capitao portugueses, mas tiveram que se naturalizar franceses para poder aceder ao estatuto de oficiais, como todo o estrangeiro que é selecionado para seguir o oficialato.
Mais adiante, no decurso do relato, explicarei como se chega a cabo e a sargento na legiao. Eu previ explicar tudo bem explicado ; se tiverem perguntas , escrevam num papelinho , e se no fim da historia eu nao tiver esclarecido, perguntem...
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Re: Legião Estrangeira, a minha experiência pessoal.
Vai aqui um link de uma foto de um Pára-quedista Português com uma AK durante a instrução:legionario escreveu:Ola Cabeça de Martelo, como vai o FD Portugal ?cabeça de martelo escreveu:Tenho que acrescentar uma coisa, o nosso caro Legionário foi PA, por isso tinha já alguma "bagagem" em cima. É que os militares da PA têm uma curso muito interessante e há um espirito de corpo bastante forte. O meu pai foi PA (anos 70) e antes de ir para a FAP fez a recruta e especialidade (armas pesadas) no Exército. Do pessoal que tirou a especialidade com ele foi tudo para a Guiné, só um pequeno grupo que se tinha dado como voluntários para a FAP é que se safaram. Segundo ele, no curso aprendeu coisas que nunca tinha sequer ouvido falar, fez treinos com um rigor e com uma complexidade que só mesmo nas Tropas Especiais é que havia instrução semelhante (até porque metade dos instrutores eram Páras).
Os meus instrutores da PA eram quase todos paraquedistas. Uma coisa aprendi no curos de especialidade da PA que nao aprendi na legiao e que me veio a ser bem util mais tarde : o maneio da AK 47. Depois conto como é que isso me foi util .

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Re: Legião Estrangeira, a minha experiência pessoal.
Chegada a Djibouti, instalaçoes do esquadrao de cavalaria

Farda de saida

Farda de terreno


Farda da Guarda

Farda de saida, ja com o brevet "commando"

Brincando com as duas "cheetas" do regimento. Estes animais foram capturados no deserto e eram as nossas mascotes.


De serviço à Porta de armas

Paisagens de Djibouti
Uma das mesquitas da capital

Aspecto do territorio, semi-desertico, desertico, montanhoso

Litoral de Djibouti, muito recortado e inospito, desertico

Um dos mercados da capital

Rua de Djibouti e mesquita

De serviço ao paiol



Farda de saida

Farda de terreno


Farda da Guarda

Farda de saida, ja com o brevet "commando"

Brincando com as duas "cheetas" do regimento. Estes animais foram capturados no deserto e eram as nossas mascotes.


De serviço à Porta de armas

Paisagens de Djibouti
Uma das mesquitas da capital

Aspecto do territorio, semi-desertico, desertico, montanhoso

Litoral de Djibouti, muito recortado e inospito, desertico

Um dos mercados da capital

Rua de Djibouti e mesquita

De serviço ao paiol


Editado pela última vez por legionario em Dom Set 19, 2010 7:30 am, em um total de 5 vezes.
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