#52
Mensagem
por cabeça de martelo » Sex Nov 21, 2008 8:40 am
Resgate em Kolwezi
Uma das mais espetaculares ações da Legião Estrangeira Francesa na África aconteceu em 1978, no Zaire, em apoio ao governo do presidente, general Mobutu.
No dia 13 de maio de 1978 cerca de 4 000 Tigres, guerrilheiros da Frente Nacional de Libertação do Congo, ocuparam a cidade de Kolwezi, na conturbada Província de Shaba (ex-Katanga), cortando as comunicações com a capital e infligindo grandes perdas ao exército governamental. Seguiu-se uma orgia de violência e matanças que atingiram centenas de europeus habitantes da região. No dia seguinte, o presidente Mobutu pediu a ajuda dos franceses. A resposta veio rapidamente.
A operação
Em 17 de maio, por volta das 10 horas, o 2º Regimento Estrangeiro de Pára-Quedistas da Legião Estrangeira, baseado em Calvi, Córsega, foi designado para se deslocar no prazo de seis horas. Mas as ordens executivas só chegaram à lh30 da madrugada seguinte. Às 8 horas o regimento estava na base aérea de Solenzara, pronto para partir.
O primeiro escalão embarcou naquela tarde em cinco DC-8 de carreira, seguidos pelo restante do contingente que foi junto com as armas e os veículos pesados, em aviões C-141 e C-5 da USAF. Os DC-8 aterrissaram no início da noite no porto de Kinshasa (capital do Zaire) e os legionários souberam que embarcariam para Kolwezi (a 2 000 km de distância) em quatro Hercules C-130 e em dois 'Transall C-160 da Força Aérea do Zaire. Teriam como tarefa resgatar todos os civis que estivessem aprisionados pelos rebeldes em Kolwezi e arredores. Pouco se sabia de concreto sobre o que acontecia em Kolwezi.
Os homens do 2° REP trabalharam toda a noite para se organizar e então foram colocados às pressas no avião. Poucos já tinham saltado de um C-130 e todos teriam de usar pára-quedas norte-americanos T-10, aos quais não estavam acostumados. Um pneu do C-160 estourou quando ele ia decolar e os legionários tiveram que ser distribuídos pelos outros cinco aviões. Oitenta pára-quedistas foram espremidos num avião feito para levar 66 pessoas. Eles não dormiam havia 48 horas. Depois de quatro horas de vôo, o 2° REP fez com sucesso seu primeiro salto operacional desde a derrota de Dien Bien Phu, e saltou diretamente sobre o objetivo e não a 1 km de distância, como fora previsto. Embora não houvesse resposta imediata, a ação foi rápida. A 1ª Companhia ocupou uma escola (Liceu João XXIII), a 2ª apoderou-se de um hospital e de uma oficina e a 3ª tomou o Hotel Impala e uma ponte.
A noite transcorreu com ações esporádicas e, na manhã seguinte, os quatro C-130 e um C-160 chegaram com o restante do regimento. O comandante achou que não se justificava o risco de um salto noturno e mandou os aviões seguirem até perto de Lubumbashi. Ao amanhecer voltaram para o local da operação e lançaram os homens e os equipamentos com êxito total. Enquanto tudo transcorria, os legionários em terra continuavam em sua tarefa de resgatar prisioneiros, impor ordem na cidade e enfrentar (muito duramente) os Tigres na FNLC. Por volta do meio-dia de 20 de maio (dois dias depois da primeira aterrissagem) a situação em Kinshasa estava sob controle suficiente para que a 4ª Companhia avançasse em direção à cidade de Metal Shaba, ao norte. Ali deparou com uma grande força inimiga - que dispunha de infantaria motorizada, apoiada por dois tanques leves de fabricação soviética, mas acabou logo com ela.
Aos primeiros clarões de 21 de maio, a maior parte dos veículos de transporte do regimento chegava de Lubumbashi, logo seguida pelo restante da unidade. Totalmente mobilizadas, as companhias passaram os dois dias seguintes percorrendo os arredores à procura de rebeldes e prisioneiros. Encontraram grupos de europeus aterrorizados pelas violências dos Tigres.
Vitória
No dia 28 de maio, o 2? REP da Legião Estrangeira recebeu ordens para ceder seu espaço a tropas belgas, marroquinas e zairenses que se aproximavam, e se deslocar para Lubumbashi, de onde voltaria à Córsega em aviões C-141 da USAF. Na sua rápida operação, o 2° Regimento foi o responsável direto pelo salvamento de 3 000 europeus e africanos leais ao governo Mobutu. Cerca de trezentos Tigres da FNLC foram mortos e 163 capturados, com grande quantidade de armas e munições. Cinco legionários morreram em combate e 25 ficaram feridos. Levando-se em conta o rápido deslocamento da Córsega para Kinshasa e a precariedade do vôo para Kolwezi, bem como as condições adversas do local dos combates, o desempenho dos legionários foi excepcional. Foi possível dizer que o lema não oficial da Legião - Démerdez vous - correspondeu aos acontecimentos de Kolwezi.
fonte: Resgate em Kolwezi
Uma das mais espetaculares ações da Legião Estrangeira Francesa na África aconteceu em 1978, no Zaire, em apoio ao governo do presidente, general Mobutu.
No dia 13 de maio de 1978 cerca de 4 000 Tigres, guerrilheiros da Frente Nacional de Libertação do Congo, ocuparam a cidade de Kolwezi, na conturbada Província de Shaba (ex-Katanga), cortando as comunicações com a capital e infligindo grandes perdas ao exército governamental. Seguiu-se uma orgia de violência e matanças que atingiram centenas de europeus habitantes da região. No dia seguinte, o presidente Mobutu pediu a ajuda dos franceses. A resposta veio rapidamente.
A operação
Em 17 de maio, por volta das 10 horas, o 2? Regimento Estrangeiro de Pára-Quedistas da Legião Estrangeira (2? REP), baseado em Calvi, Córsega, foi designado para se deslocar no prazo de seis horas. Mas as ordens executivas só chegaram à lh30 da madrugada seguinte. Às 8 horas o regimento estava na base aérea de Solenzara, pronto para partir.
O primeiro escalão embarcou naquela tarde em cinco DC-8 de carreira, seguidos pelo restante do contingente que foi junto com as armas e os veículos pesados, em aviões C-141 e C-5 da USAF. Os DC-8 aterrissaram no início da noite no porto de Kinshasa (capital do Zaire) e os legionários souberam que embarcariam para Kolwezi (a 2 000 km de distância) em quatro Hercules C-130 e em dois 'Transall C-160 da Força Aérea do Zaire. Teriam como tarefa resgatar todos os civis que estivessem aprisionados pelos rebeldes em Kolwezi e arredores. Pouco se sabia de concreto sobre o que acontecia em Kolwezi.
Os homens do 2° REP trabalharam toda a noite para se organizar e então foram colocados às pressas no avião. Poucos já tinham saltado de um C-130 e todos teriam de usar pára-quedas norte-americanos T-10, aos quais não estavam acostumados. Um pneu do C-160 estourou quando ele ia decolar e os legionários tiveram que ser distribuídos pelos outros cinco aviões. Oitenta pára-quedistas foram espremidos num avião feito para levar 66 pessoas. Eles não dormiam havia 48 horas. Depois de quatro horas de vôo, o 2° REP fez com sucesso seu primeiro salto operacional desde a derrota de Dien Bien Phu, e saltou diretamente sobre o objetivo e não a 1 km de distância, como fora previsto. Embora não houvesse resposta imediata, a ação foi rápida. A 1ª Companhia ocupou uma escola (Liceu João XXIII), a 2ª apoderou-se de um hospital e de uma oficina e a 3ª tomou o Hotel Impala e uma ponte.
A noite transcorreu com ações esporádicas e, na manhã seguinte, os quatro C-130 e um C-160 chegaram com o restante do regimento. O comandante achou que não se justificava o risco de um salto noturno e mandou os aviões seguirem até perto de Lubumbashi. Ao amanhecer voltaram para o local da operação e lançaram os homens e os equipamentos com êxito total. Enquanto tudo transcorria, os legionários em terra continuavam em sua tarefa de resgatar prisioneiros, impor ordem na cidade e enfrentar (muito duramente) os Tigres na FNLC. Por volta do meio-dia de 20 de maio (dois dias depois da primeira aterrissagem) a situação em Kinshasa estava sob controle suficiente para que a 4ª Companhia avançasse em direção à cidade de Metal Shaba, ao norte. Ali deparou com uma grande força inimiga - que dispunha de infantaria motorizada, apoiada por dois tanques leves de fabricação soviética, mas acabou logo com ela.
Aos primeiros clarões de 21 de maio, a maior parte dos veículos de transporte do regimento chegava de Lubumbashi, logo seguida pelo restante da unidade. Totalmente mobilizadas, as companhias passaram os dois dias seguintes percorrendo os arredores à procura de rebeldes e prisioneiros. Encontraram grupos de europeus aterrorizados pelas violências dos Tigres.
Vitória
No dia 28 de maio, o 2? REP da Legião Estrangeira recebeu ordens para ceder seu espaço a tropas belgas, marroquinas e zairenses que se aproximavam, e se deslocar para Lubumbashi, de onde voltaria à Córsega em aviões C-141 da USAF. Na sua rápida operação, o 2° Regimento foi o responsável direto pelo salvamento de 3 000 europeus e africanos leais ao governo Mobutu. Cerca de trezentos Tigres da FNLC foram mortos e 163 capturados, com grande quantidade de armas e munições. Cinco legionários morreram em combate e 25 ficaram feridos. Levando-se em conta o rápido deslocamento da Córsega para Kinshasa e a precariedade do vôo para Kolwezi, bem como as condições adversas do local dos combates, o desempenho dos legionários foi excepcional. Foi possível dizer que o lema não oficial da Legião - Démerdez vous - correspondeu aos acontecimentos de Kolwezi.
fonte: Resgate em Kolwezi
Uma das mais espetaculares ações da Legião Estrangeira Francesa na África aconteceu em 1978, no Zaire, em apoio ao governo do presidente, general Mobutu.
No dia 13 de maio de 1978 cerca de 4 000 Tigres, guerrilheiros da Frente Nacional de Libertação do Congo, ocuparam a cidade de Kolwezi, na conturbada Província de Shaba (ex-Katanga), cortando as comunicações com a capital e infligindo grandes perdas ao exército governamental. Seguiu-se uma orgia de violência e matanças que atingiram centenas de europeus habitantes da região. No dia seguinte, o presidente Mobutu pediu a ajuda dos franceses. A resposta veio rapidamente.
A operação
Em 17 de maio, por volta das 10 horas, o 2? Regimento Estrangeiro de Pára-Quedistas da Legião Estrangeira (2? REP), baseado em Calvi, Córsega, foi designado para se deslocar no prazo de seis horas. Mas as ordens executivas só chegaram à lh30 da madrugada seguinte. Às 8 horas o regimento estava na base aérea de Solenzara, pronto para partir.
O primeiro escalão embarcou naquela tarde em cinco DC-8 de carreira, seguidos pelo restante do contingente que foi junto com as armas e os veículos pesados, em aviões C-141 e C-5 da USAF. Os DC-8 aterrissaram no início da noite no porto de Kinshasa (capital do Zaire) e os legionários souberam que embarcariam para Kolwezi (a 2 000 km de distância) em quatro Hercules C-130 e em dois 'Transall C-160 da Força Aérea do Zaire. Teriam como tarefa resgatar todos os civis que estivessem aprisionados pelos rebeldes em Kolwezi e arredores. Pouco se sabia de concreto sobre o que acontecia em Kolwezi.
Os homens do 2° REP trabalharam toda a noite para se organizar e então foram colocados às pressas no avião. Poucos já tinham saltado de um C-130 e todos teriam de usar pára-quedas norte-americanos T-10, aos quais não estavam acostumados. Um pneu do C-160 estourou quando ele ia decolar e os legionários tiveram que ser distribuídos pelos outros cinco aviões. Oitenta pára-quedistas foram espremidos num avião feito para levar 66 pessoas. Eles não dormiam havia 48 horas. Depois de quatro horas de vôo, o 2° REP fez com sucesso seu primeiro salto operacional desde a derrota de Dien Bien Phu, e saltou diretamente sobre o objetivo e não a 1 km de distância, como fora previsto. Embora não houvesse resposta imediata, a ação foi rápida. A 1ª Companhia ocupou uma escola (Liceu João XXIII), a 2ª apoderou-se de um hospital e de uma oficina e a 3ª tomou o Hotel Impala e uma ponte.
A noite transcorreu com ações esporádicas e, na manhã seguinte, os quatro C-130 e um C-160 chegaram com o restante do regimento. O comandante achou que não se justificava o risco de um salto noturno e mandou os aviões seguirem até perto de Lubumbashi. Ao amanhecer voltaram para o local da operação e lançaram os homens e os equipamentos com êxito total. Enquanto tudo transcorria, os legionários em terra continuavam em sua tarefa de resgatar prisioneiros, impor ordem na cidade e enfrentar (muito duramente) os Tigres na FNLC. Por volta do meio-dia de 20 de maio (dois dias depois da primeira aterrissagem) a situação em Kinshasa estava sob controle suficiente para que a 4ª Companhia avançasse em direção à cidade de Metal Shaba, ao norte. Ali deparou com uma grande força inimiga - que dispunha de infantaria motorizada, apoiada por dois tanques leves de fabricação soviética, mas acabou logo com ela.
Aos primeiros clarões de 21 de maio, a maior parte dos veículos de transporte do regimento chegava de Lubumbashi, logo seguida pelo restante da unidade. Totalmente mobilizadas, as companhias passaram os dois dias seguintes percorrendo os arredores à procura de rebeldes e prisioneiros. Encontraram grupos de europeus aterrorizados pelas violências dos Tigres.
Vitória
No dia 28 de maio, o 2? REP da Legião Estrangeira recebeu ordens para ceder seu espaço a tropas belgas, marroquinas e zairenses que se aproximavam, e se deslocar para Lubumbashi, de onde voltaria à Córsega em aviões C-141 da USAF. Na sua rápida operação, o 2° Regimento foi o responsável direto pelo salvamento de 3 000 europeus e africanos leais ao governo Mobutu. Cerca de trezentos Tigres da FNLC foram mortos e 163 capturados, com grande quantidade de armas e munições. Cinco legionários morreram em combate e 25 ficaram feridos. Levando-se em conta o rápido deslocamento da Córsega para Kinshasa e a precariedade do vôo para Kolwezi, bem como as condições adversas do local dos combates, o desempenho dos legionários foi excepcional. Foi possível dizer que o lema não oficial da Legião - Démerdez vous - correspondeu aos acontecimentos de Kolwezi.
Resgate em Kolwezi
Uma das mais espetaculares ações da Legião Estrangeira Francesa na África aconteceu em 1978, no Zaire, em apoio ao governo do presidente, general Mobutu.
No dia 13 de maio de 1978 cerca de 4 000 Tigres, guerrilheiros da Frente Nacional de Libertação do Congo, ocuparam a cidade de Kolwezi, na conturbada Província de Shaba (ex-Katanga), cortando as comunicações com a capital e infligindo grandes perdas ao exército governamental. Seguiu-se uma orgia de violência e matanças que atingiram centenas de europeus habitantes da região. No dia seguinte, o presidente Mobutu pediu a ajuda dos franceses. A resposta veio rapidamente.
A operação
Em 17 de maio, por volta das 10 horas, o 2? Regimento Estrangeiro de Pára-Quedistas da Legião Estrangeira (2? REP), baseado em Calvi, Córsega, foi designado para se deslocar no prazo de seis horas. Mas as ordens executivas só chegaram à lh30 da madrugada seguinte. Às 8 horas o regimento estava na base aérea de Solenzara, pronto para partir.
O primeiro escalão embarcou naquela tarde em cinco DC-8 de carreira, seguidos pelo restante do contingente que foi junto com as armas e os veículos pesados, em aviões C-141 e C-5 da USAF. Os DC-8 aterrissaram no início da noite no porto de Kinshasa (capital do Zaire) e os legionários souberam que embarcariam para Kolwezi (a 2 000 km de distância) em quatro Hercules C-130 e em dois 'Transall C-160 da Força Aérea do Zaire. Teriam como tarefa resgatar todos os civis que estivessem aprisionados pelos rebeldes em Kolwezi e arredores. Pouco se sabia de concreto sobre o que acontecia em Kolwezi.
Os homens do 2° REP trabalharam toda a noite para se organizar e então foram colocados às pressas no avião. Poucos já tinham saltado de um C-130 e todos teriam de usar pára-quedas norte-americanos T-10, aos quais não estavam acostumados. Um pneu do C-160 estourou quando ele ia decolar e os legionários tiveram que ser distribuídos pelos outros cinco aviões. Oitenta pára-quedistas foram espremidos num avião feito para levar 66 pessoas. Eles não dormiam havia 48 horas. Depois de quatro horas de vôo, o 2° REP fez com sucesso seu primeiro salto operacional desde a derrota de Dien Bien Phu, e saltou diretamente sobre o objetivo e não a 1 km de distância, como fora previsto. Embora não houvesse resposta imediata, a ação foi rápida. A 1ª Companhia ocupou uma escola (Liceu João XXIII), a 2ª apoderou-se de um hospital e de uma oficina e a 3ª tomou o Hotel Impala e uma ponte.
A noite transcorreu com ações esporádicas e, na manhã seguinte, os quatro C-130 e um C-160 chegaram com o restante do regimento. O comandante achou que não se justificava o risco de um salto noturno e mandou os aviões seguirem até perto de Lubumbashi. Ao amanhecer voltaram para o local da operação e lançaram os homens e os equipamentos com êxito total. Enquanto tudo transcorria, os legionários em terra continuavam em sua tarefa de resgatar prisioneiros, impor ordem na cidade e enfrentar (muito duramente) os Tigres na FNLC. Por volta do meio-dia de 20 de maio (dois dias depois da primeira aterrissagem) a situação em Kinshasa estava sob controle suficiente para que a 4ª Companhia avançasse em direção à cidade de Metal Shaba, ao norte. Ali deparou com uma grande força inimiga - que dispunha de infantaria motorizada, apoiada por dois tanques leves de fabricação soviética, mas acabou logo com ela.
Aos primeiros clarões de 21 de maio, a maior parte dos veículos de transporte do regimento chegava de Lubumbashi, logo seguida pelo restante da unidade. Totalmente mobilizadas, as companhias passaram os dois dias seguintes percorrendo os arredores à procura de rebeldes e prisioneiros. Encontraram grupos de europeus aterrorizados pelas violências dos Tigres.
Vitória
No dia 28 de maio, o 2? REP da Legião Estrangeira recebeu ordens para ceder seu espaço a tropas belgas, marroquinas e zairenses que se aproximavam, e se deslocar para Lubumbashi, de onde voltaria à Córsega em aviões C-141 da USAF. Na sua rápida operação, o 2° Regimento foi o responsável direto pelo salvamento de 3 000 europeus e africanos leais ao governo Mobutu. Cerca de trezentos Tigres da FNLC foram mortos e 163 capturados, com grande quantidade de armas e munições. Cinco legionários morreram em combate e 25 ficaram feridos. Levando-se em conta o rápido deslocamento da Córsega para Kinshasa e a precariedade do vôo para Kolwezi, bem como as condições adversas do local dos combates, o desempenho dos legionários foi excepcional. Foi possível dizer que o lema não oficial da Legião - Démerdez vous - correspondeu aos acontecimentos de Kolwezi.
Resgate em Kolwezi
Uma das mais espetaculares ações da Legião Estrangeira Francesa na África aconteceu em 1978, no Zaire, em apoio ao governo do presidente, general Mobutu.
No dia 13 de maio de 1978 cerca de 4 000 Tigres, guerrilheiros da Frente Nacional de Libertação do Congo, ocuparam a cidade de Kolwezi, na conturbada Província de Shaba (ex-Katanga), cortando as comunicações com a capital e infligindo grandes perdas ao exército governamental. Seguiu-se uma orgia de violência e matanças que atingiram centenas de europeus habitantes da região. No dia seguinte, o presidente Mobutu pediu a ajuda dos franceses. A resposta veio rapidamente.
A operação
Em 17 de maio, por volta das 10 horas, o 2? Regimento Estrangeiro de Pára-Quedistas da Legião Estrangeira (2? REP), baseado em Calvi, Córsega, foi designado para se deslocar no prazo de seis horas. Mas as ordens executivas só chegaram à lh30 da madrugada seguinte. Às 8 horas o regimento estava na base aérea de Solenzara, pronto para partir.
O primeiro escalão embarcou naquela tarde em cinco DC-8 de carreira, seguidos pelo restante do contingente que foi junto com as armas e os veículos pesados, em aviões C-141 e C-5 da USAF. Os DC-8 aterrissaram no início da noite no porto de Kinshasa (capital do Zaire) e os legionários souberam que embarcariam para Kolwezi (a 2 000 km de distância) em quatro Hercules C-130 e em dois 'Transall C-160 da Força Aérea do Zaire. Teriam como tarefa resgatar todos os civis que estivessem aprisionados pelos rebeldes em Kolwezi e arredores. Pouco se sabia de concreto sobre o que acontecia em Kolwezi.
Os homens do 2° REP trabalharam toda a noite para se organizar e então foram colocados às pressas no avião. Poucos já tinham saltado de um C-130 e todos teriam de usar pára-quedas norte-americanos T-10, aos quais não estavam acostumados. Um pneu do C-160 estourou quando ele ia decolar e os legionários tiveram que ser distribuídos pelos outros cinco aviões. Oitenta pára-quedistas foram espremidos num avião feito para levar 66 pessoas. Eles não dormiam havia 48 horas. Depois de quatro horas de vôo, o 2° REP fez com sucesso seu primeiro salto operacional desde a derrota de Dien Bien Phu, e saltou diretamente sobre o objetivo e não a 1 km de distância, como fora previsto. Embora não houvesse resposta imediata, a ação foi rápida. A 1ª Companhia ocupou uma escola (Liceu João XXIII), a 2ª apoderou-se de um hospital e de uma oficina e a 3ª tomou o Hotel Impala e uma ponte.
A noite transcorreu com ações esporádicas e, na manhã seguinte, os quatro C-130 e um C-160 chegaram com o restante do regimento. O comandante achou que não se justificava o risco de um salto noturno e mandou os aviões seguirem até perto de Lubumbashi. Ao amanhecer voltaram para o local da operação e lançaram os homens e os equipamentos com êxito total. Enquanto tudo transcorria, os legionários em terra continuavam em sua tarefa de resgatar prisioneiros, impor ordem na cidade e enfrentar (muito duramente) os Tigres na FNLC. Por volta do meio-dia de 20 de maio (dois dias depois da primeira aterrissagem) a situação em Kinshasa estava sob controle suficiente para que a 4ª Companhia avançasse em direção à cidade de Metal Shaba, ao norte. Ali deparou com uma grande força inimiga - que dispunha de infantaria motorizada, apoiada por dois tanques leves de fabricação soviética, mas acabou logo com ela.
Aos primeiros clarões de 21 de maio, a maior parte dos veículos de transporte do regimento chegava de Lubumbashi, logo seguida pelo restante da unidade. Totalmente mobilizadas, as companhias passaram os dois dias seguintes percorrendo os arredores à procura de rebeldes e prisioneiros. Encontraram grupos de europeus aterrorizados pelas violências dos Tigres.
Vitória
No dia 28 de maio, o 2? REP da Legião Estrangeira recebeu ordens para ceder seu espaço a tropas belgas, marroquinas e zairenses que se aproximavam, e se deslocar para Lubumbashi, de onde voltaria à Córsega em aviões C-141 da USAF. Na sua rápida operação, o 2° Regimento foi o responsável direto pelo salvamento de 3 000 europeus e africanos leais ao governo Mobutu. Cerca de trezentos Tigres da FNLC foram mortos e 163 capturados, com grande quantidade de armas e munições. Cinco legionários morreram em combate e 25 ficaram feridos. Levando-se em conta o rápido deslocamento da Córsega para Kinshasa e a precariedade do vôo para Kolwezi, bem como as condições adversas do local dos combates, o desempenho dos legionários foi excepcional. Foi possível dizer que o lema não oficial da Legião - Démerdez vous - correspondeu aos acontecimentos de Kolwezi.
Resgate em Kolwezi
Uma das mais espetaculares ações da Legião Estrangeira Francesa na África aconteceu em 1978, no Zaire, em apoio ao governo do presidente, general Mobutu.
No dia 13 de maio de 1978 cerca de 4 000 Tigres, guerrilheiros da Frente Nacional de Libertação do Congo, ocuparam a cidade de Kolwezi, na conturbada Província de Shaba (ex-Katanga), cortando as comunicações com a capital e infligindo grandes perdas ao exército governamental. Seguiu-se uma orgia de violência e matanças que atingiram centenas de europeus habitantes da região. No dia seguinte, o presidente Mobutu pediu a ajuda dos franceses. A resposta veio rapidamente.
A operação
Em 17 de maio, por volta das 10 horas, o 2? Regimento Estrangeiro de Pára-Quedistas da Legião Estrangeira (2? REP), baseado em Calvi, Córsega, foi designado para se deslocar no prazo de seis horas. Mas as ordens executivas só chegaram à lh30 da madrugada seguinte. Às 8 horas o regimento estava na base aérea de Solenzara, pronto para partir.
O primeiro escalão embarcou naquela tarde em cinco DC-8 de carreira, seguidos pelo restante do contingente que foi junto com as armas e os veículos pesados, em aviões C-141 e C-5 da USAF. Os DC-8 aterrissaram no início da noite no porto de Kinshasa (capital do Zaire) e os legionários souberam que embarcariam para Kolwezi (a 2 000 km de distância) em quatro Hercules C-130 e em dois 'Transall C-160 da Força Aérea do Zaire. Teriam como tarefa resgatar todos os civis que estivessem aprisionados pelos rebeldes em Kolwezi e arredores. Pouco se sabia de concreto sobre o que acontecia em Kolwezi.
Os homens do 2° REP trabalharam toda a noite para se organizar e então foram colocados às pressas no avião. Poucos já tinham saltado de um C-130 e todos teriam de usar pára-quedas norte-americanos T-10, aos quais não estavam acostumados. Um pneu do C-160 estourou quando ele ia decolar e os legionários tiveram que ser distribuídos pelos outros cinco aviões. Oitenta pára-quedistas foram espremidos num avião feito para levar 66 pessoas. Eles não dormiam havia 48 horas. Depois de quatro horas de vôo, o 2° REP fez com sucesso seu primeiro salto operacional desde a derrota de Dien Bien Phu, e saltou diretamente sobre o objetivo e não a 1 km de distância, como fora previsto. Embora não houvesse resposta imediata, a ação foi rápida. A 1ª Companhia ocupou uma escola (Liceu João XXIII), a 2ª apoderou-se de um hospital e de uma oficina e a 3ª tomou o Hotel Impala e uma ponte.
A noite transcorreu com ações esporádicas e, na manhã seguinte, os quatro C-130 e um C-160 chegaram com o restante do regimento. O comandante achou que não se justificava o risco de um salto noturno e mandou os aviões seguirem até perto de Lubumbashi. Ao amanhecer voltaram para o local da operação e lançaram os homens e os equipamentos com êxito total. Enquanto tudo transcorria, os legionários em terra continuavam em sua tarefa de resgatar prisioneiros, impor ordem na cidade e enfrentar (muito duramente) os Tigres na FNLC. Por volta do meio-dia de 20 de maio (dois dias depois da primeira aterrissagem) a situação em Kinshasa estava sob controle suficiente para que a 4ª Companhia avançasse em direção à cidade de Metal Shaba, ao norte. Ali deparou com uma grande força inimiga - que dispunha de infantaria motorizada, apoiada por dois tanques leves de fabricação soviética, mas acabou logo com ela.
Aos primeiros clarões de 21 de maio, a maior parte dos veículos de transporte do regimento chegava de Lubumbashi, logo seguida pelo restante da unidade. Totalmente mobilizadas, as companhias passaram os dois dias seguintes percorrendo os arredores à procura de rebeldes e prisioneiros. Encontraram grupos de europeus aterrorizados pelas violências dos Tigres.
Vitória
No dia 28 de maio, o 2? REP da Legião Estrangeira recebeu ordens para ceder seu espaço a tropas belgas, marroquinas e zairenses que se aproximavam, e se deslocar para Lubumbashi, de onde voltaria à Córsega em aviões C-141 da USAF. Na sua rápida operação, o 2° Regimento foi o responsável direto pelo salvamento de 3 000 europeus e africanos leais ao governo Mobutu. Cerca de trezentos Tigres da FNLC foram mortos e 163 capturados, com grande quantidade de armas e munições. Cinco legionários morreram em combate e 25 ficaram feridos. Levando-se em conta o rápido deslocamento da Córsega para Kinshasa e a precariedade do vôo para Kolwezi, bem como as condições adversas do local dos combates, o desempenho dos legionários foi excepcional. Foi possível dizer que o lema não oficial da Legião - Démerdez vous - correspondeu aos acontecimentos de Kolwezi.
Tirei este texto de um site brasileiros Tropas de elite (?)
"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".
O insulto é a arma dos fracos...
