Fórum Defesa Brasil

prp escreveu:

Começaram com scanner, trocaram sensor de temperatura, trocaram bomba de pressurização, trocaram válvula de vácuo, trocaram o cabeçote, depois de 23 loooooongos dias descobriram um fio do chicote quebrado.

Isso é coisa de mecânico porco e oficina picareta.

Já aconteceu duas vezes comigo.
Meu fordKA 1998 motor endurae estava morrendo quando pisava no freio, fui na primeira oficina o cara passou o scaner e deu problema na marcha lenta,
Ele falou que tinha que trocar a borboleta com a lenta (esqueci o nome do sensor)
Eu tirei a borboleta, o sensor da lenta(válvula) e limpei tudinho. Coloquei no lugar e o troço continuou a falhar.
Fui em outra oficina que passou o scaner e, novamente, condenou a peça.
Eu já tinha desencanado e estava procurndo uma usada para comprar.
Um dia eu mexendo na embreagem, tentando regular um pouco, vi um fio solto lá.
Liguei o fio em um sensor que ia na embreagem e voialá, nunca mais o carro morreu.

A segunda vez foi meu primo que comprou um carro e estava acendendo a luzinha do ABS , ele foi na oficina e o cara orçou em dois mil reais Levou o carro pro meu irmão(que trabalhava com caminhões) e ele só olhou, deitou debaixo do carro, ligou um fio solto, e tudo voltou ao normal

A oficina em questão é concessio0nário autorizado da marca do caminhão, e é um o terceiro concessionário mais antigo da marca no RS, o problema não é este. O problema é formação profissio0nal de técnicos de nível médio com qualidade e conhecimento de base. O que nós temos hoje na maioria esmagadora são os famosos "trocadores de peças" e "achistas" e isto não vai mudar tão cedo..

Grande abraço

juarez castro escreveu:A oficina em questão é concessio0nário autorizado da marca do caminhão, e é um o terceiro concessionário mais antigo da marca no RS, o problema não é este. O problema é formação profissio0nal de técnicos de nível médio com qualidade e conhecimento de base. O que nós temos hoje na maioria esmagadora são os famosos "trocadores de peças" e "achistas" e isto não vai mudar tão cedo..

Grande abraço

O problema é com as próprias autorizadas, que não ganham nada se de fato identificarem e resolverem com rapidez e facilidade os problemas mecânicos, mas enchem a burra de dinheiro se trocarem o máximo de peças, já que ganham comissão sobre elas.

Aluguei um apartamento para um mecânico meu amigo (é o que cuida dos meus carros) e conversamos bastante sobre isso. As autorizadas não tem nenhum interesse em formar mecânicos experientes e realmente resolver os problemas dos proprietários, e isso vale para particulares, empresas ou o EB. Mas um particular tem a opção de entregar o carro a uma delas ou procurar um mecânico de sua confiança. O EB, por outro lado, vai fazer acordos com alguma concessionária ou com o próprio fabricante do veículo, e depois vai ficar na mão deles. E não há o que fazer sobre isso.


Leandro G. Card

LeandroGCard escreveu:

juarez castro escreveu:A oficina em questão é concessio0nário autorizado da marca do caminhão, e é um o terceiro concessionário mais antigo da marca no RS, o problema não é este. O problema é formação profissio0nal de técnicos de nível médio com qualidade e conhecimento de base. O que nós temos hoje na maioria esmagadora são os famosos "trocadores de peças" e "achistas" e isto não vai mudar tão cedo..

Grande abraço

O problema é com as próprias autorizadas, que não ganham nada se de fato identificarem e resolverem com rapidez e facilidade os problemas mecânicos, mas enchem a burra de dinheiro se trocarem o máximo de peças, já que ganham comissão sobre elas.

Aluguei um apartamento para um mecânico meu amigo (é o que cuida dos meus carros) e conversamos bastante sobre isso. As autorizadas não tem nenhum interesse em formar mecânicos experientes e realmente resolver os problemas dos proprietários, e isso vale para particulares, empresas ou o EB. Mas um particular tem a opção de entregar o carro a uma delas ou procurar um mecânico de sua confiança. O EB, por outro lado, vai fazer acordos com alguma concessionária ou com o próprio fabricante do veículo, e depois vai ficar na mão deles. E não há o que fazer sobre isso.


Leandro G. Card

Leandro, o teu amigo tem razão parcial, mas não total, explico:

Porque o concessionário de uma maneira geral não tem muito interesse no assunto, porque ele investe pesadamente no profissional com cursos teóricos, práticos que são caros e bancado pelo empregador, as atualizações que são necessárias e ainda muitas vezes a empresa banca a volta do dito cujo para estudar coisas como física e matemática que são importante nisto e quando ele está prontinho da silva ele pede demissão, abre uma oficina e manda o empregados catar coquinho, é um ciclo Leandro que agora nós estamos pagando o "pato".

Grande abraço

juarez castro escreveu:Leandro, o teu amigo tem razão parcial, mas não total, explico:

Porque o concessionário de uma maneira geral não tem muito interesse no assunto, porque ele investe pesadamente no profissional com cursos teóricos, práticos que são caros e bancado pelo empregador, as atualizações que são necessárias e ainda muitas vezes a empresa banca a volta do dito cujo para estudar coisas como física e matemática que são importante nisto e quando ele está prontinho da silva ele pede demissão, abre uma oficina e manda o empregados catar coquinho, é um ciclo Leandro que agora nós estamos pagando o "pato".

Grande abraço

Este problema da perda da mão de obra especializada é um fato, mas não conta toda a história.

A questão é que para a concessionária não vale muito à pena realmente cuidar do veículo como deveria. Neste caso ela teria sempre que buscar identificar a causa real de cada defeito e trocar apenas o mínimo de peças necessário, quando realmente necessário. A especialização e a experiência dos mecânicos teriam que ser bem maiores do que a de simples "trocadores de peças" (e aí se cai no problema mencionado acima), mas também o tempo e o esforço destes mecânicos seria maior, diminuindo a "eficiência" da equipe técnica (quando medida em termos de clientes atendidos /unidade de tempo). E ao mesmo tempo o custo total do conserto seria menor (na maioria absoluta dos casos o custo das peças é muito superior ao da mão de obra). Ou seja, a concessionária ganharia menos com maior custo, maiores prazos e maiores dores de cabeça. E pra quê, se ela tem um contrato de fornecimento único ou algo equivalente (como por exemplo a exclusividade na manutenção da garantia) e portanto não existe o risco de perder o cliente (que é o que ocorreria com as oficinas particulares, que precisam fidelizar a clientela)?

Por isso esta mania de sair trocando peças e mais peças sem procurar entender de fato o que acontece, nem mesmo visando ganhar experiência para quando aparecerem casos semelhantes. O negócio é ir trocando peça e botando o custo na conta do cliente até que alguma coisa dê certo e o problema desapareça. Meu mecânico me contou diversos casos extremamente escabrosos, alguns dos quais foram até parar na justiça. Isso é extremamente comum com empresas, onde eu trabalho aconteceu com os dois automóveis que possuímos com os custos de revisão chegando às raias do absurdo para carros que nem problemas apresentavam. E no caso do EB, onde quem paga é uma entidade abstrata que não é de ninguém, mais fácil ainda, é assinar o contrato fechado de manutenção exclusiva e correr para o abraço.


Leandro G. Card

Leandro, na maioria das vezes, falando de concessionárias de caminhões, quando acontece isto e os problemas não são resolvidos, eles não obram as peças "testadas", o que ocorre é o tempo de equipamento parado para que pessoas que pouco sabem acima do meu conhecimento tentaram aprender mecatrônica em um veículo da minha empresa.
Sei de casos absurdo em concessionários Land Rover que litearlmente inviabilizam levar a manutenção a risca.

Grande abraço

juarez castro escreveu:Leandro, na maioria das vezes, falando de concessionárias de caminhões, quando acontece isto e os problemas não são resolvidos, eles não obram as peças "testadas", o que ocorre é o tempo de equipamento parado para que pessoas que pouco sabem acima do meu conhecimento tentaram aprender mecatrônica em um veículo da minha empresa.
Sei de casos absurdo em concessionários Land Rover que litearlmente inviabilizam levar a manutenção a risca.

Grande abraço

Vou pergunta ao meu irmão que trabalhou na Woks caminhão, mas eu acho que lá tratavam do mesmo jeito que nas concessionárias de carros, as trocas das peças iam pra conta do dono do caminhão.

LeandroGCard escreveu:As autorizadas não tem nenhum interesse em formar mecânicos experientes e realmente resolver os problemas dos proprietários, e isso vale para particulares, empresas ou o EB. Mas um particular tem a opção de entregar o carro a uma delas ou procurar um mecânico de sua confiança. O EB, por outro lado, vai fazer acordos com alguma concessionária ou com o próprio fabricante do veículo, e depois vai ficar na mão deles. E não há o que fazer sobre isso.

Vejo duas opções quanto a isso:
1) O EB assume a manutenção capacitando o seu quadro a isso, alias, já não é assim?
2) Um contrato de manutenção de valor fixo e com disponibilidade mínima já determinada, muitas empresas privadas resolvem o problema dessa forma.

Marechal-do-ar escreveu:

LeandroGCard escreveu:As autorizadas não tem nenhum interesse em formar mecânicos experientes e realmente resolver os problemas dos proprietários, e isso vale para particulares, empresas ou o EB. Mas um particular tem a opção de entregar o carro a uma delas ou procurar um mecânico de sua confiança. O EB, por outro lado, vai fazer acordos com alguma concessionária ou com o próprio fabricante do veículo, e depois vai ficar na mão deles. E não há o que fazer sobre isso.

Vejo duas opções quanto a isso:
1) O EB assume a manutenção capacitando o seu quadro a isso, alias, já não é assim?

Parcialmente sim, problemas cavernosos eles acionam os fabricantes e ou concessionários. Quanto a assumir a a manutenção, qualificando o quadro, na hora que um Sgt especialistas aprender o B a Ba já era, ele cumpre seu tempo, pede o boné e vai para o mercado ganhar no mínimo o dobro do que ganha no EB.

2) Um contrato de manutenção de valor fixo e com disponibilidade mínima já determinada, muitas empresas privadas resolvem o problema dessa forma.[/quo
É uma alternativa, a melhor no meu entender face as amarras da lei de licitações e da presilha da lei de isonomia salarialgora tu cheou aonde eu queria chegar:

O EB vai ter recursos para manter 2.0000 Guaranis neste sistema???

Porque eu estou chamando vocês para esta discussão, pelo seguinte fato:

A cidade onde resido é sede de um BIB, e a disponibilidade média tem sido na casa de 25% de prontificação operacional, e olha que esta unidade ainda não tinha recebido o M113 modernizado, então estamos falando de um veículo com um Motor Mercedão OM 366, caixa hidráulico mecânica, simples como tal e não tem grana para melhorar a disponibilidade.
Como farão as unidade de de infantaria motorizada, quando virarem mecanizadas?????

Grande abraço

Quanto a essa modificação, ou seja, não transportar mais tropa alguma em caminhão mas sim em Bldo, quanto mais penso - e isso vem da época em que foi anunciado - menos acho provável ou sequer exequível. Com a frota atual e incluindo a desativação dos Urutus quando do recebimento de uns (número otimista) 2.000 Guaranis + manter os M113 (até o momento não tenho qualquer info sobre aquisição de mais ou substituição dos VBTPs de lagarta nem quantidades finais), bueno, resta ÓBVIO que desse jeito a maior parte da Inf vai ficar a pé. Não me parece nada prático...

Túlio escreveu:Quanto a essa modificação, ou seja, não transportar mais tropa alguma em caminhão mas sim em Bldo, quanto mais penso - e isso vem da época em que foi anunciado - menos acho provável ou sequer exequível. Com a frota atual e incluindo a desativação dos Urutus quando do recebimento de uns (número otimista) 2.000 Guaranis + manter os M113 (até o momento não tenho qualquer info sobre aquisição de mais ou substituição dos VBTPs de lagarta nem quantidades finais), bueno, resta ÓBVIO que desse jeito a maior parte da Inf vai ficar a pé. Não me parece nada prático...

Nas condições atuais e previsíveis para o futuro do Brasil, acho que única opção para o EB será adotar a doutrina do Isis para as unidades do exército. Quando (e se) necessário, confisca umas pickup's civis mesmo e vamos nessa que tá bom a beça.

Dá certo pra eles com oposição aérea da Otan e tudo mais, em um cenário bem mais aberto que o nosso, porque não usar por aqui? O resto é sonho de uma noite de verão, isto não nos pertence mais... .


Leandro G. Card

Me corrijam por favor se eu estiver errado, mas, em termos operacionais, e práticos, a infantaria mecanizada só lança mão dos VBTP quando na hora do combate, ou seja, já bem próximo das linhas de contato, fazendo seus demais deslocamentos - retarguarda p/ linha de frente - de caminhão, ou mesmo a pé.

Se isto é verdade, então o uso dos VBTP ficaria restrito, em todo caso, a deslocamentos operacinais, enquanto os adminitrativos seriam feitos da maneira convencional conhecida, ou seja, de caminhão, poupando assim aqueles veículos de uma maior desgaste.

Este raciocínio procede?

abs.

A idéia das pick-ups com Mtrs pesadas não chega a ser má, vide o incômodo que causam no OM. Estava ontem mesmo assistindo de novo a BH Down e chegava a irritar, toda hora aparecia uma delas mandando mecha nos Rangers.

O problema é que não fabricamos nem Mtr 7,62 (simplesmente TODAS as MG-3, Minimis e MAGs são importadas), quanto mais .50 (idem ant) ou maior...

FCarvalho escreveu:Me corrijam por favor se eu estiver errado, mas, em termos operacionais, e práticos, a infantaria mecanizada só lança mão dos VBTP quando na hora do combate, ou seja, já bem próximo das linhas de contato, fazendo seus demais deslocamentos - retarguarda p/ linha de frente - de caminhão, ou mesmo a pé.

Se isto é verdade, então o uso dos VBTP ficaria restrito, em todo caso, a deslocamentos operacinais, enquanto os adminitrativos seriam feitos da maneira convencional conhecida, ou seja, de caminhão, poupando assim aqueles veículos de uma maior desgaste.

Este raciocínio procede?

abs.

Faz sentido, ao menos para mim. Com o detalhe de justificar essas compras de milhares de caminhões "militarizados".

Pois é Túlio. Ao menos até onde sei, o EB já faz, ou fazia, isso com os Urutu e M-113 desde sempre. Então acho que com os Guarani, ou qualquer novo VBTP-SL não será, ou teria porquê, ser diferente.

ps: li não sei onde, que nestes anos todos, apesar dos "pesados investimentos" em novos caminhões, o EB só conseguiu até agora modernizar apenas 40% da sua frota. Se isto é verdade, vamos levar então pelos mais uns vinte anos para poder chegar aos 100% da frota, com o pequeno detalhe de que, quando isso for conseguido, seja bem provavel os outros 40% já tenham de ser modernizados, novamente.
não me surpreende que até os chineses estejam querendo tirar um naco desse filé por aqui.

abs.

Túlio escreveu:O problema é que não fabricamos nem Mtr 7,62 (simplesmente TODAS as MG-3, Minimis e MAGs são importadas), quanto mais .50 (idem ant) ou maior...

O Isis também não fabrica nada. E isso não parece ser problema para eles.

Caminhamos celeremente nesta direção. Praticamente ninguém na verdade se importa mais se produzimos qualquer coisa no Brasil além de comida e commodities. Desde que se possa ir buscar no Paraguai, tá tudo beleza!


Leandro G. Card