Marechal-do-ar escreveu:juarez castro escreveu:Não estou aqui apregoando que é melhor voltar para o pé no barro e Mercedão com lona, apenas alertando para isto, pois estes veículos requerem uma manutenção mais pontual, especializada e sem possibilidades de gambiarras a lá EB.
Cito aqui alguns pontos que me preocupam:
Motor eletrônico Cammon rail que seguramente exige um combustível de excelente qualidade e um controle muito grande com drenagens de tanque, de filtros Racor, e principalmente uso de diesel S 10.
Transmissão automática power shift que requer principalmente treinamento adequado do motorista da viatura e um cuidado muito grande com a qualidade do lubrificante que não poderá ser o Lei 8883,ou seja "o menor preço"...
Eixos complexos, com sistemas de freio em banho múltiplos discos(não sei se ficam na saída do diferencial ou nas extremidades junto com as reduções planetárias.
Sistemas elétricos e eletrônicos que requerem uma manutenção apurada, extremamente especializada e cara.
Eu achando que você estava falando do consumo (quero dizer, custos, mas consumo é o principal custo) maior de viaturas blindadas e você vem com essas firulas...
A razão para o cambio automático, motor com eletrônica e demais frescuras é porque elas reduzem custo, não estamos falando de carro de madame, estamos falando de motores, onde, o que vale, é produzir mais com menos, a manutenção desses Guaranis deve ser mais barata que a dos Urutus, claro, requer o devido treinamento, o que não deve ser problema já que mão de obra é a única coisa em excesso no EB.
De resto o Bourne já respondeu, mas vou te fazer uma pergunta, os carros de luxo tiveram problemas devido a manutenção mais complicada?
Não é bem assim. O problema da especialização dos mots é resolvido atualmente treinando-os primeiro em simulador no C I Bld, só depois vão para as VTRs. Há também um excelente curso para mecânicos, inclusive na Iveco. Até aí tudo tri.
A questão é que o C I Bld, longe de ser PADRÃO, é na verdade EXCEÇÃO, a cultura nas OMs que não estão localizadas nas proximidades de Santa Maria é - e ainda vai continuar por muito tempo, infelizmente - "tipo Urutu", ou seja, com arame e cuspe se conserta qualquer coisa. Até Urutu com pneu de caminhão (não-balístico) eu vi. E isso não é aplicável ao Guarani, como entendo do post do Juarez, que descartaste com tanta desenvoltura. Como sei que ele trabalha justamente com veículos pesados, penso bastante antes de rebater, pois parto da premissa que sabe mais do que eu. Cultura de internet com cultura adquirida
in loco são coisas bem diferentes. Um exemplo? Eu estava sendo instruído sobre o Guarani por um Of especializado. Daí passamos a um com UT-30, perguntei como funcionava e o dito Of Cav ligou o sistema que alimenta o monitor do Cmt. Demorou para inicializar, estranhei mas fiquei olhando, sem dizer nada. De repente, começou a abrir o OS e caí duro: WINDOWS XP! Só para variar, travou no meio da inicialização. Algo acabrunhado, o Of me informou que iam trocar tudo, até o monitor. E isso foi apenas UM dos fatos que notei, outro foi a portinhola blindada para telefone na traseira da VTR...sem telefone. Nenhuma tinha, e eram umas 50! Só a portinhola. E nem entrei na Doutrina: uma das evcoluções apontadas pelos especialistas do C I Bld é que Fuz Mec não pode empunhar sua arma durante o deslocamento do VBTP; para isso, há suportes entre os bancos para as armas. Só que havia apenas os esqueletos de metal, necas de suportes. Assim, no treinamento que cobri, a bordo da VTR com Platt (que tem mais um assento, no local onde ficaria o do Atdr das torres remotamente controladas), todos os militares estavam empunhando suas armas, não havia onde botar...
DUVIDO que aches menção a isso (e muito mais) em qualquer Site, especializado ou não. Só vendo, mexendo e perguntando a quem sabe mais do que a gente.
Ah, são
firulas? Pode até ser, mas tentes operar uma VBTP sem isso, vais estar subutilizando um meio que considero mesmo superior ao Stryker. Ah, se tivesse mais um eixo, venderia feito pão quente, menos para o EB, claro, já que é
"o melhor para nós"
, como se um eixo a mais fosse encarecer terrivelmente a Mntç; só "firulas" como a eletrônica embarcada e sistema antiincêndio já saem uma baba, tanto na aquisição quanto na manutenção, e nem falei nos pneus importados porque vendemos o projeto quer tínhamos e usávamos aos Tchecos, quando do desmanche de nossa Indústria Bélica versão 1.0 - a 2.0 vem aí)...