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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Jun 17, 2013 10:44 pm
por Pedro Gilberto
Eu gostaria que parte das reservas fosse usada para comprar ou financiar a aquisição por empresas de capital nacional de empresas estrangeiras de alto valor agregado como o caso abaixo. No limite, comprar parte da massa falida (maquinários, esquemas). O compromisso seria usar essas empresas para adquirir conhecimento para novas inovações em patentes nacionais.


Siemens encerra seu último negócio de energia solar por falta de comprador
17/06/2013 - 13h07
DA REUTERS

O conglomerado industrial alemão Siemens está fechando o último de seus negócios de energia solar após não ter conseguido encontrar um comprador, informou a companhia nesta segunda-feira (17).

Confirmando informação do jornal alemão Handelsblatt, um porta-voz da Siemens disse que o grupo iria fechar a empresa Solel no início do próximo ano.

A empresa israelense acumulou perdas de cerca de 1 bilhão de euros (US$ 1,3 bilhão) desde que a Siemens a comprou em 2009, incluindo uma baixa de todos os preços de compra.

A Siemens passou sete meses tentando vender a Solel, que produz componentes utilizados em usinas de energia solar e térmica. Cerca de 280 funcionários serão afetados pelo fechamento, a maioria deles em Israel.

O custo vai ficar na casa dos dois dígitos de milhões de euros, de acordo com a Siemens.

Campo que já foi promissor, com fortes taxas de crescimento, a indústria de energia solar está em nítido declínio na Alemanha, com os fabricantes chineses inundando o mercado global com painéis e componentes mais baratos.

Várias empresas alemãs menores estão lutando para sobreviver ao ataque.

Outro conglomerado industrial, a Bosch, está analisando vender ou fechar suas operações solares fotovoltaicas, após perder 2,4 bilhões de euros (US$ 3,2 bilhões) desde 2008.

A empresa culpa, em parte, uma queda nos preços da energia dos EUA, causada por uma abundância crescente de gás de xisto.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/20 ... ador.shtml
[]´s

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Jun 18, 2013 2:17 am
por Bourne
Agora entendo os motivos sociológicos do drama da classe média. [005]
[005]

http://terratv.terra.com.br/videos/Noti ... fessor.htm

Assistam os 30 minutos. Muito interessante. Principalmente em relação a quebra entre a sociedade e estado brasileiro, bem como a classe média é fascista e autoritária pensando em si mesma. Ele sintetizou muitos aspectos que desconfiava por outros meios.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Jun 21, 2013 7:35 am
por Clermont
Broncas sem saída.

Carlos Alberto Sardenberg - O GLOBO - 21.06.13.

A gerente de uma pequena farmácia do bairro de Pinheiros, em São Paulo, me conta, animada, que fechara a loja na última terça, às 21 horas, e fora direto para a manifestação na avenida Paulista. Protestar contra o que? — pergunto, sabendo que ela tem carro. E ela: “Bom, contra tudo, né? A gente trabalha tanto e não tem dinheiro para passear, aproveitar a vida”.

Uma reclamação rara, valia a pena especular. A moça elaborou mais um pouco. “A gente paga IPTU, tanto imposto, e o governo fica dando dinheiro para quem não trabalha. Dar emprego, tudo bem, mas dar bolsa não é justo, o senhor não acha?”

Resumindo a bronca: muito trabalho, salário suficiente para viver, mas não para aproveitar a vida; o governo toma muito imposto e não devolve serviços justos para quem trabalha tanto.

Tarifas de ônibus, trens e metrô cabem aí. O passageiro paga caro por um serviço ineficiente e desconfortável.

Generalizando, o governo é caro, mas não presta. Pelo email da CBN, um ouvinte de Petrópolis conta que foi ontem à secretaria municipal de saúde tirar a carteira para atendimento no SUS. Não deu, o sistema estava fora do ar. Na fila, comentaram que estava assim havia quatro dias. Cidadão zeloso, nosso ouvinte ligou para o 136, ouvidoria do SUS, onde obteve a informação de que… o sistema estava fora do ar.

Na pesquisa CNI-Ibope divulgada ontem, a área de saúde apareceu, junto com segurança, como a de pior avaliação: 66% dos entrevistados desaprovam os serviços. Esse resultado negativo tem se repetido e a vale para os três níveis de governo (municipal, estadual e federal) já que todos têm alguma coisa a fazer nesse setor.

Entende-se porque os protestos parecem, digamos, genéricos. É difícil mesmo para o cidadão saber que o posto é municipal ou estadual, mas o remédio é federal.

Pedro Herz, dono da Livraria Cultura, um intelectual sempre interessado em entender a cena brasileira, costuma perguntar a todo mundo que encontra: “Me diga o que você acha que funciona no Brasil”.

As três respostas mais citadas, amplamente dominantes: o sistema de apuração de eleição, as campanhas de vacinação e a Receita Federal. Elaborando aqui e ali, o pessoal aprecia a rapidez da apuração, mas não os políticos eleitos. Com as vacinações, tudo bem. Já quanto à Receita, seria uma admiração ao revés – como os caras sabem cobrar!

E assim voltamos ao ponto de partida: o governo cobra caro, sabe cobrar, e não entrega. Trata-se de um sentimento, um mal-estar que, entretanto, não resulta em propostas políticas determinadas.

É curioso. Bronca generalizada com o governo e com os impostos – bem, isso parece uma atitude liberal. Lembram-se? Governo não é a solução, é o problema, repetia Ronald Reagan.

Mas, por aqui, muita gente que reclama do governo pede mais governo. Por exemplo: as reivindicações para a estatização completa dos transportes públicos, de modo a eliminar o “lucro predatório” das empresas privadas que operam o setor.

Não faz sentido. Se as prefeituras e governos estaduais não conseguem gerenciar nem fiscalizar, como conseguiriam fazer isso e ainda operar todo o sistema? Tanto é assim que governadores e prefeitos das maiores cidades têm deixado o tema de lado. Eles sabem que não teriam dinheiro nem capacidade de assumir todo o transporte público.

O governo Dilma, ainda que constrangido, também admite essas dificuldades do setor público. Tanto que está aplicando um programa de privatização de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.

Mas é uma espécie de privatização envergonhada, com muitas restrições à atuação das empresas privadas. Isso resulta de uma ideologia de esquerda bastante disseminada no país, mas também de uma prática velha, fisiológica, dos políticos que vivem de ocupar espaço nos governos para atender não o povo, mas seus interesses e os de seus correligionários.

Caímos, assim, nesse impasse: o pessoal tem bronca do governo e , por falta de outra proposta, acaba achando que a solução está no governo.

Fica difícil. Como pedir menos impostos — e todo mundo pede isso – e mais serviços oferecidos pelo governo?

Já os governantes, pressionados pelas manifestações, dizem que não têm dinheiro para fazer o que pedem. De certo modo, é verdade: as demandas são infinitas. Mas a principal política do governante é exatamente escolher as prioridades, decidir onde e com quem vai gastar o dinheiro público.

É nisso que falha nosso sistema político. Não aparecem as diferenças de orientação programática. Por isso os governos ficam parecidos, e tão parecidos que as pessoas reclamam “contra tudo”. A questão política nacional é: como sair da bronca para uma doutrina e respectiva ação que consertem as coisas?

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Jun 21, 2013 8:58 am
por Luiz Bastos
“Crise profunda” com indústria e emprego em alta?


Os dados divulgados esta manhã pelo IBGE mostram que “crise”, mesmo, só existe no mercado financeiro e cambial, puxada por fatores externos: basicamente, a perspectiva de alta dos juros dos títulos do Tesouro dos EUA.

O índice de desemprego continua em patamares baixíssimos, 5,8%, de fazer inveja a uma Europa que se debate com um índice de desocupação que anda nos dois dígitos e, mesmo com a recente recuperação, nada pelos 7,5% e que, para os otimistas, só em 2016, baixará para 6,5%,

Também parou a erosão do rendimento do trabalho de fato ocorrida em janeiro.

Mas estamos “em crise”, não é?

E os adversários políticos e a mídia deitam falação sobre o que tem e o que não tem de ser feito.

Então, vamos dar uma refrescada na memória que não termina no gráfico aí de cima.

Em maio de 2003, logo após a posse de Lula, a renda média mensal dos trabalhadores brasileiros era de R$ 1.444,14, em dinheiro de hoje, corrigido pela inflação.

Dez anos depois é de R$ 1.863,60, 29% maior, em valores reais, deflacionados.

A massa total de salários, que soma tudo o que é recebido como rendimento do trabalho cresceu ainda mais, com o aumento da população empregada.

Passamos de R$ 26,8 bilhões, em 2003 (sempre em valores de hoje) para R$ 43.3 bilhões. Um salto de 62,8%, em valores reais.

Alguém duvida que foi isso que alimentou a expansão da economia brasileira, muito mais do que qualquer fluxo de capital estrangeiro?

É preciso manter o sangue-frio e não jogar fora a criança junto com a água do barco.

Estamos assistindo a um possível refluxo da “enxurrada de dólares” que a crise nos países desenvolvidos despejou sobre nós. As reservas brasileiras, imensamente maiores do que eram há uma década, são uma espécie de “tanque” que tem capacidade além da necessária para equilibrar a maré.

O que não é possível é, em nome do fluxo de capitais financeiros, destruirmos as bases reais da economia: produção, emprego, renda e consumo.

Por: Fernando Brito

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Jun 21, 2013 12:55 pm
por LeandroGCard
Clermont escreveu:Broncas sem saída.

Carlos Alberto Sardenberg - O GLOBO - 21.06.13.

A gerente de uma pequena farmácia do bairro de Pinheiros, em São Paulo, me conta, animada, que fechara a loja na última terça, às 21 horas, e fora direto para a manifestação na avenida Paulista. Protestar contra o que? — pergunto, sabendo que ela tem carro. E ela: “Bom, contra tudo, né? A gente trabalha tanto e não tem dinheiro para passear, aproveitar a vida”.
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É nisso que falha nosso sistema político. Não aparecem as diferenças de orientação programática. Por isso os governos ficam parecidos, e tão parecidos que as pessoas reclamam “contra tudo”. A questão política nacional é: como sair da bronca para uma doutrina e respectiva ação que consertem as coisas?
As pessoas nos protestos e as que não estão neles mas se identificam com o fenômeno não estão reclamando da existência ou do tamanho do governo, e sim da falta de eficiência dele.

E já aprenderam que tirar a administração de um governo que elas conhecem e podem pressionar (no limite com protestos como os de agora) e colocar na mão de empresários que elas não conhecem e sobre os quais não tem nenhuma influência nunca foi solução, em lugar nenhum do mundo. O que elas querem é receber por aquilo que estão pagando com seus impostos, e não pagar ainda mais em tarifas para receber a mesma porcaria de serviço ou um até pior.

A resposta para os protestos não é a privatização, e sim transparência e eficiência. E o caminho para isso não é reduzir o tamanho e o papel do governo, mas sim aperfeiçoar a forma como ele é escolhido e fiscalizado. Existem muitos pontos de incoerência nos protestos, mas este não é um deles.


Leandro G. Card

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Jun 22, 2013 6:06 am
por P44
Só o Rio de Janeiro está a facilitar a vida aos engenheiros portugueses

A Universidade Federal do Rio de Janeiro é a única que está a dar cumprimento ao acordo anunciado por Paulo Portas e a reconhecer as licenciaturas dos engenheiros portugueses.


8:25 Sábado, 22 de junho de 2013



Moçambique está a abrir as portas aos arquitetos portugeses e este ano ultrapassou o Brasil como o primeiro destino dos profissionais que escolhem emigrar.

No Brasil, só a Universidade Federal do Rio de Janeiro está a reconhecer automaticamente as licenciaturas dos portugueses.

Veja em anexo o acordo entre Portugal e Brasil.

Clique na imagem para aceder ao acordo (ficheiro PDF)

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/so-o-rio-de-jan ... z2Wvz9RJQU

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Jun 22, 2013 11:11 am
por Bourne
O Sardenberg vive na década de 1980 no governo Reagan que tinha como principal motivação agradar os apoiadores da campanha, redirecionar os esforços do estado para vencer os comunistas. Grande parte da política econômica não tem respaldo na teoria na época e nem hoje, era pura ideologia. Mesmo assim, demoraram anos para planejar e efetivar as privatizações. Depois para a periferia a receita era "vendam logo, não importa como" :mrgreen:

Hoje em dia ou na área acadêmica de forma mais séria. A eficiência das empresas e estruturas regulatórias foi e é muito estudada com especialistas de todo o tipo. É claro que evoluiu ao longo do tempo e se metamorfoseou com o objetivo de responder a pergunta de como melhor atender a população com os serviços públicos. A privatização e regulação dos setores se baseia nessas premissas. A sociedade não é justa e nem os agentes eficientes por si mesmos.

No brasil, não se sabe como regular e construir contratos para obras públicas. O país não sabe e não aprende a fazer isso. Deixa lacunas tão grandes que as empresas vão se aproveitar para inflar seus ganhos. E tudo dentro da legalidade. Ou mesmo para contratação de serviços básicos como transporte público e recolhimento de lixo. Parece que alguns avanços estão na concessão das estradas, alguns portos e outros.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Jun 22, 2013 11:23 am
por Wingate
Clermont escreveu:Broncas sem saída.

Carlos Alberto Sardenberg - O GLOBO - 21.06.13.

A gerente de uma pequena farmácia do bairro de Pinheiros, em São Paulo, me conta, animada, que fechara a loja na última terça, às 21 horas, e fora direto para a manifestação na avenida Paulista. Protestar contra o que? — pergunto, sabendo que ela tem carro. E ela: “Bom, contra tudo, né? A gente trabalha tanto e não tem dinheiro para passear, aproveitar a vida”.

Uma reclamação rara, valia a pena especular. A moça elaborou mais um pouco. “A gente paga IPTU, tanto imposto, e o governo fica dando dinheiro para quem não trabalha. Dar emprego, tudo bem, mas dar bolsa não é justo, o senhor não acha?”

Resumindo a bronca: muito trabalho, salário suficiente para viver, mas não para aproveitar a vida; o governo toma muito imposto e não devolve serviços justos para quem trabalha tanto.

Tarifas de ônibus, trens e metrô cabem aí. O passageiro paga caro por um serviço ineficiente e desconfortável.

Generalizando, o governo é caro, mas não presta. Pelo email da CBN, um ouvinte de Petrópolis conta que foi ontem à secretaria municipal de saúde tirar a carteira para atendimento no SUS. Não deu, o sistema estava fora do ar. Na fila, comentaram que estava assim havia quatro dias. Cidadão zeloso, nosso ouvinte ligou para o 136, ouvidoria do SUS, onde obteve a informação de que… o sistema estava fora do ar.

Na pesquisa CNI-Ibope divulgada ontem, a área de saúde apareceu, junto com segurança, como a de pior avaliação: 66% dos entrevistados desaprovam os serviços. Esse resultado negativo tem se repetido e a vale para os três níveis de governo (municipal, estadual e federal) já que todos têm alguma coisa a fazer nesse setor.

Entende-se porque os protestos parecem, digamos, genéricos. É difícil mesmo para o cidadão saber que o posto é municipal ou estadual, mas o remédio é federal.

Pedro Herz, dono da Livraria Cultura, um intelectual sempre interessado em entender a cena brasileira, costuma perguntar a todo mundo que encontra: “Me diga o que você acha que funciona no Brasil”.

As três respostas mais citadas, amplamente dominantes: o sistema de apuração de eleição, as campanhas de vacinação e a Receita Federal. Elaborando aqui e ali, o pessoal aprecia a rapidez da apuração, mas não os políticos eleitos. Com as vacinações, tudo bem. Já quanto à Receita, seria uma admiração ao revés – como os caras sabem cobrar!

E assim voltamos ao ponto de partida: o governo cobra caro, sabe cobrar, e não entrega. Trata-se de um sentimento, um mal-estar que, entretanto, não resulta em propostas políticas determinadas.

É curioso. Bronca generalizada com o governo e com os impostos – bem, isso parece uma atitude liberal. Lembram-se? Governo não é a solução, é o problema, repetia Ronald Reagan.

Mas, por aqui, muita gente que reclama do governo pede mais governo. Por exemplo: as reivindicações para a estatização completa dos transportes públicos, de modo a eliminar o “lucro predatório” das empresas privadas que operam o setor.

Não faz sentido. Se as prefeituras e governos estaduais não conseguem gerenciar nem fiscalizar, como conseguiriam fazer isso e ainda operar todo o sistema? Tanto é assim que governadores e prefeitos das maiores cidades têm deixado o tema de lado. Eles sabem que não teriam dinheiro nem capacidade de assumir todo o transporte público.

O governo Dilma, ainda que constrangido, também admite essas dificuldades do setor público. Tanto que está aplicando um programa de privatização de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.

Mas é uma espécie de privatização envergonhada, com muitas restrições à atuação das empresas privadas. Isso resulta de uma ideologia de esquerda bastante disseminada no país, mas também de uma prática velha, fisiológica, dos políticos que vivem de ocupar espaço nos governos para atender não o povo, mas seus interesses e os de seus correligionários.

Caímos, assim, nesse impasse: o pessoal tem bronca do governo e , por falta de outra proposta, acaba achando que a solução está no governo.

Fica difícil. Como pedir menos impostos — e todo mundo pede isso – e mais serviços oferecidos pelo governo?

Já os governantes, pressionados pelas manifestações, dizem que não têm dinheiro para fazer o que pedem. De certo modo, é verdade: as demandas são infinitas. Mas a principal política do governante é exatamente escolher as prioridades, decidir onde e com quem vai gastar o dinheiro público.

É nisso que falha nosso sistema político. Não aparecem as diferenças de orientação programática. Por isso os governos ficam parecidos, e tão parecidos que as pessoas reclamam “contra tudo”. A questão política nacional é: como sair da bronca para uma doutrina e respectiva ação que consertem as coisas?
Importante também é que o povão comece a entender que os políticos eleitos (vereadores, deputados Est./Fed., Governadores, Senadores, Presidente) são elementos que receberam uma procuração desse povo para legislarem/governarem em nome dele, isto é, em tese são servidores do povo e não seus senhores e patrões.

O que acontece hoje é que o eleitor comum é do tipo "fire and forget". Ele escolhe errado, vota errado e depois critica o governo como se este fosse uma entidade alienígena que tivesse vindo de Marte ou Júpiter com a solerte missão de ferrar com a população de todas as maneiras possíveis. Ele os colocou lá, tem também uma parcela de responsabilidade no resultado de sua escolha.

É preciso aprender a cobrar sempre e eliminar (calma...no sentido eleitoral, claro...) aqueles que provaram ser incompetentes e/ou desonestos.

Falei besteira mas falei :mrgreen:

Wingate

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Jun 22, 2013 2:50 pm
por J.Ricardo
Acompanhei a última eleição municipal de forma muito participativa, é aterrador como a "compra de voto" é determinante para a eleição de um vereador, é realmente aterrador, não estou exagerando se 80% dos vereadores eleitos o foram, devido a compra de voto nas camadas menos estudas da população.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Jun 22, 2013 2:54 pm
por J.Ricardo
Estou estranhando que até o momento não tenha visto nenhum cartaz com os dizeres: "CONSTITUINTE JÁ!"

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Jun 22, 2013 5:45 pm
por Penguin
J.Ricardo escreveu:Acompanhei a última eleição municipal de forma muito participativa, é aterrador como a "compra de voto" é determinante para a eleição de um vereador, é realmente aterrador, não estou exagerando se 80% dos vereadores eleitos o foram, devido a compra de voto nas camadas menos estudas da população.
Nas cidades pequenas a coisa é escandalosa.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Jun 22, 2013 6:25 pm
por Sterrius
com a informatização do voto é uma das unicas maneiras que ainda funcionam, e é eficiente.

Enquanto o povo fica brigando pela "segurança da urna" esquecem que a maneiras muito mais faceis de corromper uma eleição do que sabotando a mesma.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Dom Jun 23, 2013 9:53 am
por Lirolfuti
Olha o novo golpe do Eike.

Em dificuldades, estaleiro OSX, de Eike Batista, dá calote de R$ 500 mi em fornecedor.

A OSX, estaleiro do empresário Eike Batista, está com sérias dificuldades. A empresa deu calote em ao menos um fornecedor e está sendo pressionada por bancos a pagar ou renegociar R$ 2 bilhões em dívidas de curto prazo.

Segundo a Folha apurou, a OSX não honrou um pagamento de cerca de R$ 500 milhões à construtora espanhola Acciona. As duas empresas seguem negociando, mas a Acciona não descarta pedir a falência da OSX.

Os espanhóis estavam construindo o píer de atracação de navios do estaleiro da OSX no porto do Açu, em São João da Barra, no litoral norte do Rio de Janeiro (RJ). O porto, que pertence a empresa de logística LLX, é outro megaprojeto de Eike. Por meio de nota, a OSX informou que "os contratos com fornecedores têm cláusulas de confidencialidade que impedem a empresa de comentar". Os porta-vozes da Acciona na Espanha não foram localizados até o fechamento desta edição.

Advogados contratados por Eike e a equipe do banco BTG estão negociando intensamente nas últimas semanas com fornecedores e bancos credores para evitar a recuperação judicial ou até a falência da OSX.

O maior receio é um efeito dominó nas empresas do grupo EBX, que já sofrem com uma crise de confiança dos investidores. No último ano, o valor de mercado das companhias do "império X" (que reúne OGX, MPX, OSX, LLX, MMX e CCX) caiu R$ 36 bilhões, para R$ 9,74 bilhões.

A situação da OSX é tão grave que o estaleiro conta com a assessoria do escritório de advocacia Mattos Filho e contratou a empresa especializada em reestruturação de dívidas Alvarez & Marsal. Esta foi a responsável pela recuperação judicial da Varig.

A Acciona é uma das principais fornecedoras da OSX. Segundo o balanço do primeiro trimestre do ano, a OSX deve R$ 724 milhões a fornecedores -R$ 623 milhões a companhias de fora do país. Os estrangeiros estariam sendo mais duros nas negociações com a OSX do que os bancos nacionais, que temem arcar com prejuízos importantes em seus balanços.

As dívidas bancárias da OSX com vencimento nos próximos 12 meses chegam a R$ 1,922 bilhão. Os principais credores são Itaú BBA, BNDES, Caixa Econômica Federal e o Arab Banking Corporation. Segundo a nota da OSX, suas dívidas de curto prazo estão "equacionadas".

DEMISSÕES EM MASSA

A OSX vem realizando demissões em massa. Na última quarta-feira, uma liminar da Justiça do Trabalho determinou que a empresa reintegre 331 funcionários que foram demitidos desde janeiro. A empresa disse que está tomando as medidas cabíveis.

Conforme a Folha apurou, as obras do estaleiro da OSX no porto do Açu estão quase abandonadas. A empresa diz que "as obras não estão nem serão paralisadas".

A OSX diz que "vem implementando o novo plano de negócios", que "foca nas atividades de leasing, que são geradoras de caixa, e na construção do estaleiro em fases".

O braço de leasing da OSX contratou a construção de três plataformas de produção de petróleo na Ásia, mas apenas uma ficou pronta e está alugada para a OGX (que também tem graves problemas).

As duas ainda em construção também seriam destinadas à OGX, mas a reportagem apurou que uma delas pode ser negociada com a Petrobras. A estatal não comenta.
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/20 ... hoes.shtml

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Dom Jun 23, 2013 10:36 am
por Sterrius
Esse porto ta tranquilo, se o eike não termina-lo alguem vai termina-lo, quase que certeza privado. Pois o porto ja passo da metade.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Dom Jun 23, 2013 1:42 pm
por Lirolfuti
Paulistano não tem medo do desemprego, diz Datafolha

Pesquisa do Datafolha realizada no dia 13 de junho mostrou um paulistano satisfeito com a situação do mercado de trabalho.

Para 55% dos paulistanos entrevistados, ficar sem trabalho não é algo que dê medo. O número inclusive subiu em comparação com a última pesquisa, em março de 2009. Na época, 49% não tinham medo do desemprego.

Outros 26% dizem ter algum medo de perder o emprego (ante 23% em 2009). Entre os pessimistas, estão os 17% que apontam o desemprego como a coisa que mais causa medo.

Esse é o menor valor desde que essa pergunta começou a ser feita pelo Datafolha, em 2000. Na última pesquisa, em 2009, eram 26%.

Outros números apresentados pelo Datafolha reforçam a sensação de segurança no trabalho percebida pelo brasileiro: 70% estão empregados há mais de um ano no mesmo lugar --em média, os entrevistados afirmaram estar empregados há 74 meses.
Só 29% foram demitidos em algum momento nos últimos cinco anos.

A pesquisa do Datafolha mostra que a população ainda não sente a queda na criação de empregos formais que o Ministério do Trabalho divulgou na sexta-feira.

Durante o mês de maio, foram criados 72 mil empregos formais no Brasil. Esse foi o pior resultado para o mês em 21 anos.

O número representou uma queda de 63% frente ao verificado em abril, quando foram gerados 196,9 mil postos de trabalho.

A tendência de números mais modestos na geração de empregos vem desde o ano passado.

De janeiro a maio, o número de novos empregos com carteira assinada foi de 533,8 mil, menor patamar para o período desde 2009, quando o Brasil enfrentava os efeitos da crise mundial.

A pesquisa do Datafolha traz ainda interessante percepção do paulistano sobre a inflação. A maioria diz que o seu salário não aumentou nos últimos 12 meses (21%) ou que ele aumentou menos do que a inflação (35%).

A pesquisa apontou que 32% dos entrevistados tiveram um aumento que acompanhou a inflação. Somente 8% dos entrevistados tiveram ganhos reais no salário nos últimos 12 meses.

Para a realização desta pesquisa, o Datafolha ouviu 805 pessoas, escolhidas por sorteio aleatório, em todas as regiões da cidade. Os entrevistados representam a população da cidade de São Paulo. Foram consideradas as pessoas com 16 anos de idade ou mais.

A margem de erro é de 4 pontos, para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. Isso significa que se fossem realizados 100 levantamentos com a mesma metodologia, em 95 os resultados estariam dentro da margem de erro prevista.
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/20 ... rego.shtml