Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Enviado: Qui Mar 21, 2013 7:34 pm
Só lembrar de alguns pontos de alagamento do RJ, que ja possuem mais de 100 anos em que se alaga todo o ano.
100 anos........
100 anos........
NettoBR escreveu:"Apagão" no porto de Santos faz China cancelar compra
Ministro diz que aumento da safra de grãos, provocado pelo excesso de chuvas, levou mais caminhões às estradas e provocou filas nos terminais
Atualizado: 21/03/2013 02:04
O ministro-chefe da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino, responsabilizou ontem o clima e a produtividade do campo pelo apagão que toma conta do porto de Santos.
"Temos de fazer um trabalho científico para diminuir as dificuldades", disse ao Estado, ao ser questionado sobre o que pode ser feito no curto prazo para amenizar o gargalo logístico. "O problema mais grave hoje é o aumento da produção com a quantidade de chuva que está caindo. Com essa chuva, não há condições de movimentar granel."
O atraso nos embarques de soja levaram um importador chinês, a Sunrise, a suspender parcialmente suas compras de grãos do País. De acordo com estimativas do gerente comercial no Brasil da estatal chinesa Chinatex, Liones Severo, o país asiático já deveria ter recebido 13,5 milhões de toneladas do grão. Porém, até o momento, só 3,5 milhões foram embarcados.
Em sua edição de domingo, o Estado mostrou que os caminhões enfrentam fila de 25 km para chegar ao porto de Santos, por onde são escoados dois terços da produção nacional de grãos. No fim da semana passada, 76 navios estavam parados nas proximidades do porto, aguardando a chegada da carga.
Em média, as embarcações são obrigadas a esperar 60 dias entre a chegada e a partida. Cada dia de demora custa US$ 25 mil. No total, estima o gerente da Chinatex, cerca de 200 graneleiros estão na costa brasileira. É quase um quinto da frota mundial desse tipo de embarcação.
Problemas climáticos. O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Célio Porto, diz que o temido "apagão logístico" ainda não está ocorrendo. Na avaliação do secretário, os atrasos no embarque de soja e filas de caminhões nos portos se devem a problemas climáticos, como as chuvas que retardaram o início da colheita no Centro-Oeste e estão dificultando os carregamentos dos navios.
Célio Porto disse que conversou ontem com o setor privado e não obteve confirmação do cancelamento das importações da empresa chinesa Sunrise. Ele acrescentou que os exportadores informaram que está havendo "postergação de embarques por falta de mercadoria e não por dificuldade de embarque".
Respostas. O programa de concessão de ferrovias e rodovias e a Medida Provisória 595, que abre espaço a mais investimentos privados em portos, são respostas do governo para as dificuldades de escoar a produção. São, porém, iniciativas lançadas na metade do governo Dilma Rousseff que até o momento estão no papel. Para a atual safra, o governo mal tem respostas.
"É difícil agir em meio a uma crise", disse o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo. Os Ministérios da Agricultura e dos Transportes criaram, na semana passada, um grupo de trabalho para analisar o problema.
Na opinião do presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, não há nada que possa ser feito para contornar o apagão na atual safra. "O que precisa é aprovar logo essa MP", diz ele, referindo-se à MP dos Portos. Ele confirmou que as chuvas atrapalham o embarque de grãos.
Manteli alertou para o risco de o problema ser agravado por nova paralisação dos portuários, marcada para a próxima semana. Eles pressionam por mudança na MP, para manter a reserva de mercado dos trabalhadores avulsos. Trabalhadores dos portos e sindicalistas tentarão chegar a um acordo sobre mudanças no texto da MP hoje, quando terão um encontro com o relator da medida, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo no Senado.
Fonte: http://estadao.br.msn.com/economia/para ... o-no-porto
Embarque de soja cai 40% em Santos e Paranaguá
22 de março de 2013 | 9h 44
Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias ... 8137,0.htm
AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - O volume de soja embarcada nos dois principais portos do País - Santos e Paranaguá - caiu, em média, 40% no primeiro bimestre do ano comparado a igual período de 2012. No complexo paranaense, quase metade da capacidade total de embarque está ociosa. O porto pode despachar 80 mil toneladas de grãos por dia e só está fazendo metade disso.
Em Santos, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) afirmou que o embarque está ajustado à capacidade, mas recentemente o diretor de desenvolvimento comercial da Codesp, Carlos Kopittke, afirmou que, após várias reuniões, ficou detectado que alguns terminais estavam operando abaixo da capacidade por causa da dificuldade dos caminhões de chegar até o local de desembarque.
Nas últimas semanas, a Rodovia Cônego Rangoni, que dá acesso aos principais terminais de grãos do porto, tem ficado constantemente congestionada, com filas quilométricas. Enquanto os motoristas ficam horas estacionados na rodovia sem conseguir chegar ao terminal, os navios não podem atracar por falta de mercadoria.
Em Paranaguá, até quarta-feira, havia 73 navios esperando para carregar grãos, segundo informou o superintendente dos portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino. Apenas quatro, no entanto, tinham carga completa para fazer o embarque. Outros 18 estavam com carga parcial e 53 ainda não tinham carga, ou porque o produto ainda não havia chegado ao porto ou porque a carga ainda não havia sido negociada.
O executivo explica que o volume embarcado foi prejudicado pelo aumento das chuvas no período. De janeiro até meados desta semana, foram 27 dias de paralisação por causa das condições climáticas.
"Além da chuva que tem nos prejudicado, ainda temos a complicação de estar trabalhando simultaneamente com dois produtos: milho e soja. Só no primeiro bimestre, o volume de milho embarcado foi 288% maior que o verificado em igual período de 2012. Em Santos, a situação é semelhante. As exportações de milho cresceram 663%.
A dificuldade para o escoamento de grãos nos portos este ano já provocou o cancelamento do embarque de 33 navios de soja comprada por empresas chinesas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Mas a uma rota de trem sendo feita.Não entendo como tantos containers estão sendo levados ao porto por caminhões, enquanto que poderiam estar descendo a serra de forma bem mais barata e eficiente por trem.
A Vale tem uma ferrovia não? Quanto disso não é da Vale?Sterrius escreveu:Na verdade trem hoje em dia ja corresponde a 30% do que é transportado no país. E não para de crescer.
Pacote emergencial tenta reduzir caos logístico na supersafra
Filas intermináveis de caminhões à espera de descarga de grãos nos portos. O ano de 2013 repete o de 2012 e o de 2014 repetirá o de 2013. Como sair desse círculo vicioso?
O problema é sério, mas boa parte pode ser resolvida rapidamente, diz Glauber Silveira, presidente da Aprosoja Brasil, associação que reúne produtores da oleaginosa.
As opções são rápidas e baratas. É só uma questão de inverter a logística. Em vez de fazer a soja e o milho do Centro-Oeste rodarem 2.000 quilômetros para chegar aos portos do Sul e do Sudeste --e congestioná-los--, o país deverá direcionar essa saída para o Norte e o Nordeste.
Para isso, o governo precisaria fazer investimentos para terminar a rodovia 163. A viabilização dessa rodovia faria com que já no próximo ano o país conseguisse desovar pelo menos 10 milhões de toneladas de soja pelos portos do Norte, principalmente por Santarém, no Pará.
Outra saída é pela rodovia 158 que, devidamente apta ao transporte, faria com que a soja fosse desovada para os portos de Marabá e de Itaqui.
Silveira acredita que, com pouco investimento do governo, pelo menos 30 milhões de toneladas de grãos estariam saindo por esses portos em dois ou três anos, desafogando o sistema engessado do Sul e do Sudeste.
Outra vantagem, segundo ele, é que o governo também não necessitaria fazer grandes investimentos, uma vez que parte desses portos é de propriedade privada.
O presidente da Aprosoja Brasil indica, ainda, uma outra saída de custos reduzidos. Uma rodovia de pequena distância entre Cáceres (MT) e porto Morrinho (MT), o que viabilizaria o escoamento de safra via hidrovia pelo rio Paraguai.
Outra saída para a redução do movimento de carga durante os primeiros meses do ano seria a ampliação da capacidade de armazenagem.
Silveira diz que só o Mato Grosso precisaria dobrar essa capacidade. A liberação de crédito, no entanto, é morosa e os bancos são reticentes na liberação de dinheiro.
Além de aliviar os portos, o aumento de armazenagem daria um controle maior aos produtores nas negociações de seu produto. Um silo para 6 mil toneladas demanda R$ 1,5 milhão, valor que seria amortizado em sete anos, diz Silveira.
Aumento do juro é o melhor remédio para combater inflação, diz diretor do BC97
Tiago Pariz
28/03/201315h31
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BRASÍLIA, 28 Mar (Reuters) - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, afirmou que o aumento da taxa básica de juros é o melhor remédio para combater a inflação, num momento em que a escalada dos preços levou a autoridade monetária a piorar suas projeções de inflação para este e o próximo ano.
Em entrevista após a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação, o diretor disse que há possibilidade de haver convergência para o centro da meta de 4,5% no fim de 2014, desde que medidas sejam tomadas, apesar das previsões do Banco Central apontarem em direção diversa.
No relatório, que contempla como hipótese de trabalho a Selic inalterada em 7,25%, a inflação ficará em 5,7% neste ano pelo cenário de referência, caindo para 5,3%, em 2014, e avançando para 5,4% no primeiro trimestre de 2015.
"É irrealista o cenário de convergência para a meta em 2013. Mas, em 2014, muita coisa pode ser feita para garantir que a convergência ocorra ao final do ano", disse o diretor aos jornalistas.
Ao ser questionado especificamente sobre o que poderia ser feito para garantir que esse processo culmine na convergência no fim do ano que vem, Carlos Hamilton escorou-se no ex-premiê britânico Winston Churchill: "Várias coisas podem ser feitas. Mas consta que certa oportunidade, Churchill disse que a democracia é o pior dos regimes, excetuando todos os outros. Para combater a inflação, o juro é o pior remédio, à exclusão dos demais. Mas sobre o que vai ser feito o Copom vai definir."
O diretor não fez referência direta aos efeitos defasados da política monetária, mas economistas acreditam que o reflexo de uma decisão sobre a taxa de juros leva cerca de nove meses para ser totalmente absorvida pela economia. Isso significa que mesmo que o BC eleve a Selic já na próxima reunião em abril, o efeito total seria sentido apenas em janeiro de 2014.
Dentro do mercado financeiro, a maioria dos agentes acredita que o BC manterá os juros em 7,25% ao ano na próxima reunião em abril, devendo elevar a taxa apenas no encontro de maio.
O Relatório reforçou a mensagem do comunicado divulgado após a última reunião do Copom repetindo que "o comitê irá acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária".
Política fiscal
Mesmo ao afirmar ser irreal a possibilidade de a inflação convergir para o centro da meta de 4,5% já neste ano, Carlos Hamilton disse que o cumprimento da meta cheia do superávit primário do setor público, estabelecido em R$ 155,9 bilhões, ou cerca de 3,1% do PIB, ajudaria no combate à inflação.
Mas, segundo ele, caso o governo faça um superavit primário de 2,2% do PI neste ano, o impacto no combate da alta de preços seria neutro, de acordo com o modelo introduzido pelo relatório de inflação.
O efeito nocivo viria no caso de o governo optar por fazer uma política expansiva. "A depender da execução fiscal, podemos ter uma política neutra que do ponto de vista da inflação não ajuda nem atrapalha, contorcionista que ajuda ou expansivos que não ajudaria, como tem sido recentemente", disse.
Para fazer essa classificação de contorcionista, neutra e expansivos, o Relatório de Inflação trouxe também um novo modelo de análise de política fiscal. Por ele, o BC desconsidera efeitos de despesas e receitas extraordinárias, além de alterações em receitas e despesas decorrentes da posição cíclica da economia.
Corte de impostos
O diretor de Política Econômica aproveitou também para minimizar o impacto das desonerações tributárias no controle da inflação, como a que reduziu o custo de energia elétrica e dos preços de produtos da cesta básica.
"As políticas de desoneração (...) sem dúvida tem impacto de curto prazo nos índices de preços. Mas como a alta é generalizada, o alcance da desoneração é limitado", afirmou o diretor.
Entre as causas desse aumento generalizado dos preços, ele destacou os alimentos, o aumento real dos salários nos últimos acima do ganho de produtividade e a desvalorização do real em relação ao dólar no ano passado.
"Evidências de que reajustes salariais acima dos ganhos de produtividade tendem a gerar pressões inflacionista", disse Carlos Hamilton, lembrando que a previsão para os próximos anos é de moderação nos aumentos.
Ele disse também que o cenário base do BC não aponta para aumento dos preços de alimentos este ano e que considera uma taxa de câmbio