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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Mar 04, 2013 12:00 pm
por rodrigo
Vale observar também que O Globo está escondendo a entrevista de seu portal. Não há qualquer menção a ela, encontrada exclusivamente na edição impressa.
Golpismo pela metade, se o globo não der divulgação plena, é golpista. Tomara que o economista esteja certo.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Mar 04, 2013 1:14 pm
por Bourne
Eike puta marketeiro :lol:
Eike Batista cai de 7º para a 100º no ranking de bilionários da ‘Forbes’


Brasil tem 46 nomes na lista, 10 a mais que em 2012; Eike perdeu o posto de brasileiro mais rico, agora ocupado por Jorge Paulo Lemann, investidor da cervejaria InBev, do Burger King e da Heinz
04 de março de 2013 | 12h 05


Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias ... 5881,0.htm

O Estado de S. Paulo
Eike Batista despencou da 7ª para a 100ª posição na nova edição da lista de bilionários da revista Forbes, que continua tendo o mexicano Carlos Slim como o homem mais rico do mundo.

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O empresário brasileiro perdeu US$ 19,4 bilhões (maior prejuízo do ano), por causa da desvalorização das ações das suas empresas de mineração, energia, e construção naval. A fortuna de Eike foi estimada pela Forbes em US$ 10,6 bilhões.

O melhor colocado na lista entre os brasileiros é o financista Jorge Paulo Lemann, em 33º lugar, com uma fortuna de US$ 17,8 bilhões. Entre os investimentos de Lemann estão a recente aquisição da empresa alimentícia Heinz (do famoso ketchup), a rede de fast-food Burger King e a Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo.

Neste ano, o Brasil passou a ter 46 bilionários no ranking - 10 pessoas a mais que em 2012. Eike Batista, que era o brasileiro mais rico, passou a ser o quinto.



Depois de Lemann, o segundo brasileiro mais rico segundo a lista é o banqueiro Joseph Safra, com US$15,9 bilhões. Em terceiro, o empresário Antonio Ermírio de Moraes, do Grupo Votorantim, com US$ 12,7.

Dirce Navarro de Camargo, do Grupo Camargo Corrêa, tem uma fortuna estimada em US$ 11,5 bilhões e está na quarta posição.

O empresário Silvio Santos foi um dos brasileiros que estrearam na lista da Forbes neste ano. O apresentador e dono do SBT tem fortuna de US$ 1,3 bilhão. No mundo, está na posição 1.107 do ranking. Dentre os brasileiros, Silvio Santos aparece na 36ª posição.

O cofundador do Facebook, Eduardo Saverin, é o brasileiro mais jovem da lista. Ele tem 30 anos de idade e US$ 2,2 bilhões.



Mundo

Quando a lista foi montada, em 14 de fevereiro, o mexicano Slim (primeiro do ranking mundial) tinha uma fortuna estimada em US$ 73 bilhões. Mas, depois disso, as ações da sua empresa América Móvil caíram fortemente.

Em segundo lugar na lista aparece o norte-americano Bill Gates, cofundador da Microsoft, com US$ 67 bilhões.

A grande novidade nas primeiras posições é o espanhol Amancio Ortega, cofundador do grupo Inditex, do setor de vestuário. Com um patrimônio estimado em US$ 57 bilhões, ele superou o investidor norte-americano Warren Buffett e o francês Bernard Arnault, para assumir a terceira colocação.

A fortuna de Ortega cresceu US$ 19,5 bilhões em relação à lista anterior - maior salto entre os bilionários do mundo, segundo a Forbes.

Buffett, presidente e executivo-chefe do conglomerado Berkshire Hathaway, ficou com a quarta colocação, com um patrimônio de US$ 53,5 bilhões. É a primeira vez desde 2000 que ele não aparece entre os três mais ricos do mundo.

"Warren teve um ótimo ano, só que Amancio Ortega teve um ano melhor", disse Randall Lane, editor da Forbes. "Ele tem uma das linhas dominantes de vestuário na Europa."

Arnault, do grupo de marcas de luxo LVMH, caiu para a décima posição, com US$ 29 bilhões.

Lane comentou também que a liderança de Slim, ampliada neste ano, "é uma declaração de que a riqueza é realmente global, e não um monopólio americano, como às vezes pareceu durante décadas".

O mexicano, de 73 anos, fez grande parte da sua fortuna no setor de telecomunicações, mas também atua nos setores de varejo, matérias-primas, finanças e energia.

Com a subida das bolsas nos EUA, em parte graças aos estímulos monetários do Fed (banco central norte-americano), e com um fortalecimento das marcas de varejo, muitas fortunas que já estavam na lista cresceram, e outras chegaram à marca do bilhão.

A lista da Forbes, em sua 27ª edição, é a maior que já houve, com 210 novos bilionários.

"É um ano muito bom para ser bilionário, e um ano muito mais fácil para ser bilionário. Você tem essas forças econômicas e os mercados globais crescendo, e isso está empurrando mais gente para cima do limite", explicou Lane.

O patrimônio total dos 1.426 bilionários do mundo, segundo a Forbes, chega a US$ 5,4 trilhões. Na lista anterior, era de US$ 4,6 trilhões.

A francesa Liliane Bettencourt, do império de cosméticos L'Oreal, é a mulher mais rica do mundo, ocupando o 9º lugar na lista com US$ 30 bilhões.

O bilionário mais jovem do mundo é o empreendedor da internet Dustin Moskovitz, de 28 anos. O ex-colega de quarto do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, e um dos primeiros investidores da rede social, ficou na posição 353, com fortuna de US$ 3,8 bilhões.
(Com Reuters)

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Mar 04, 2013 1:18 pm
por Sávio Ricardo
No primeiro prejuizo que teve ano passado um reporter perguntou se ele não estava com o sangue quente por isso e respondeu: Está gelado!

E agora???

:mrgreen:

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Mar 04, 2013 1:24 pm
por Lirolfuti
Ahhhh so pq ele caiu 1 posiçao, o Eike vai fica de picuinha, ele ainda tem muitos bilhoes pra gasta.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Mar 04, 2013 1:26 pm
por Bourne
Olha que há algumas semanas o Jorge Paulo Lemann era um completo desconhecido. Os outros que estão na frente do Eike são low profile. Não aparecem na mídia, mas tem negócios consistentes.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Mar 04, 2013 4:24 pm
por Algus
Parei de acompanhar ações desde setembro do ano passado, então não sei como as coisas estão agora, mas a impressão que tinha sobre o Eike é que está derrubando intencionalmente as ações das suas empresas para recomprá-las a um preço mais baixo.

Exemplo:
- A LLX, responsável pela construção do superporto do Açu, que tem a proposta de integrar o conceito de porto-indústria, voltado à exportação. Se dividíssemos o que foi investido neste porto até hoje para cada acionista chegaríamos a um valor aproximado de R$1,50. Isso é, basicamente, o preço da ação hoje.
Ao atingir R$2,00 ano passado, Eike afirmou que pretendia recomprar as ações a R$2,30, dando "um bônus" de trinta centavos aos atuais acionistas. Mas era necessário solicitar a avaliação de empresas para identificar o valor real da ação. Não lembro qual foi a empresa, mas ela chegou à conclusão que o papel valia, ao final do ano, cerca de R$7,00. Reparem, o porto ainda é pré-operacional e já vale 3x o valor que vem sendo negociado. Esta ação já chegou a valer R$10,00 pouco tempo após o IPO e hoje, faltando apenas 3 anos para se tornar operacional e praticamente sem atrasos, vem sendo negociada a apenas R$2,00!

Não sou especialista na área, mas consigo ver uma forma de como ele ganha com isso: Financiaram o projeto (acionistas e o erário) e, sempre que o papel sobe a R$2,50, ele força a queda com notícias ridículas (como, por exemplo, ter colocado temporariamente seu filho Thor no comando). Agora que o projeto está quase pronto ele está recomprando as ações aos poucos, e o pior, com o próprio dinheiro dos acionistas (compra a R$2,00, vende a R$2,50, força a queda a R$2,00 novamente e recompra ainda mais papel).

Se o que eu to acompanhando é verdade, teremos, sim, o Eike como homem mais rico do planeta em até 20 anos. Ele também ganharia o posto de maior fdp dos negócios tranquilamente, pq é preciso ser um dos grandes pra sacanear até quem deseja que sua empresa cresça.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Mar 04, 2013 4:56 pm
por Bourne
Não sei se é crime aqui, mas creio ser crime que dá cadeia de acordo com a Lei Dodd-Frank. Por que isso é manipulação de mercado muito descarada. :roll:

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Mar 05, 2013 11:11 am
por Algus
Aqui, pela lei do novo mercado, é crime. Mas quem faz cumprir?

Tem outras coisas ainda mais descaradas que não são punidas. Acompanhei de perto as ações da LLX ano passado, por isso citarei novamente como exemplo:

A ação custava R$3,40 nos primeiros meses de 2012. Depois, com a queda nas ações da OGX (também do Eike) por apresentar resultados abaixo da média, a LLX começou a despencar.

Normalmente, a empresa se manifesta nestes momentos de baixa injustificada, visando conter a queda. Injustificada porque, embora a OGX também seja uma empresa do Eike, constituem nichos diferenciados e a LLX havia acabado de fechar bons contratos com muitas grandes empresas. Neste caso, até poderia cair um pouco, mas uma empresa séria jamais permitira que o papel caísse a R$2,00 sem fazer nenhum pronunciamento a respeito.

Mas foi o que aconteceu. No meio do ano as ações da LLX já haviam chegado a este valor. Aí, vejam se isso não é um absurdo: Em 3 dias as ações da LLX subiram para R$3,00. Uma valorização de 50% diante da mínima, sem que nenhum pronunciamento, nenhuma notícia a respeito fosse dada.

O vazamento de informações ficou claro para todos. A empresa foi convocada para prestar esclarecimento, mas os executivos disseram que não sabiam o motivo do súbito aumento.

No final desta mesma semana o Eike apresenta um pacote de "boas notícias". Vários contratos que ele havia fechado com diversas empresas para se instalarem no superporto do Açu, mas o preço da ação já estava precificado. Após as boas novas as ações cresceram apenas 3%.

Em qualquer lugar do mundo isso seria crime. Qualquer pessoa, mesmo quem nunca se envolveu com a bolsa sabe que isso é errado, mas aconteceu e até hoje não houve punição alguma.

Eu ainda tive sorte de pegar a ação a R$2,50, quando estava subindo. Me arrisquei, pois não sabia o motivo da alta e ela poderia despencar em seguida, por ação de especuladores, mas como não tinha grana pra investir muito praticamente não tive lucro e foi nesta época que decidi tirar o dinheiro da bolsa.

Depois o papel caiu novamente a 2 dilmas desde então oscila entre R$2,00 e R2,50, dependo das noticias liberadas pela empresa ou pela ação de especuladores. Os acionistas de curto prazo entram na jogada para ganhar uns trocados. O real investidor, aquele que deixa o dinheiro a médio e longo prazo, com o objetivo de crescer junto com a empresa, este aí não ganha nada.

Em muitos países as pessoas físicas investem pesado no mercado de ações, mas nestes países as leis devem ser levadas a sério. Trabalhar com a bolsa, no Brasil, não é pra qualquer um por causa disso. Não basta saber um pouco sobre o mercado ou sobre a empresa que se pretende investir, pois aqui até o dono da empresa tenta sacanear o acionista, na certeza da impunidade.

EDIT: Fui dar uma olhada agora e vi que a LLX está a R2,24 e a OGX (que ano passado chegou a R$18,00) está a R$2,92.
Eike tem 10bi de reservas de barris de petróleo, a maioria no pré-sal, onde a extração é mais complicada. Embora a empresa tenha apresentado resultados abaixo do esperado, começou as atividades recentemente e, se o Eike decidisse vender todas as suas reservas os acionistas deveriam receber, no mínimo, R$30,00 em dividendos por cada ação. Isso é 10x o valor que ela vem sendo negociada hoje. R$3,00 não é nem o que a empresa investiu até agora.
Como disse, não tenho muito conhecimento sobre a bolsa, mas recomendaria a compra das ações de ambas as empresas, se elas tivessem um acionista majoritário mais sério ou se a lei funcionasse um pouco melhor. Infelizmente não é o caso.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Mar 05, 2013 11:58 am
por Sterrius
E as ações da petro nao param de cair. Chegandoa 23,60.

Mesmo que se saiba que isso é temporário, vai chegar uma hora que vão ter que agir.
Itaú BBA não vê catalisador para ação e reduz estimativas para Petrobras
Após a Bradesco Corretora, Itaú BBA reduziu projeções de produção para petrolífera e reduziu preço justo em R$ 3,00

Por Lara Rizério |15h12 | 04-03-2013 A A A

SÃO PAULO - Depois da Bradesco Corretora, desta vez o Itaú BBA reduziu as projeções para a Petrobras (PETR3;PETR4), vendo queda na produção em 2013 e com menores expectativas sobre o preço das ações para o final de 2013. Segundo a corretora, apesar de algumas opiniões de que o papel está barato, não há catalisadores de curto prazo que possam fazer com que a ação tenha um rali.
Em relatório chamado "Quão barato é barato suficiente?", a analista do Itaú BBA, Paula Kovarsky, reduziu o seu preço justo para a ação preferencial da Petrobras em R$ 3,00, de R$ 26,60 para R$ 23,60, mantendo a recomendação market-perform (desempenho em linha com a média do mercado). Este novo preço justo configura um potencial de valorização de 39,60% frente ao fechamento da última sexta-feira (1).
De acordo com a analista, a revisão para baixo é justificada pela estimativa de produção doméstica menor, perspectivas de preços baixos de diesel e gasolina até o final de 2014 e o real mais valorizado. A projeção de preços mais elevados do petróleo para este ano, levando ao prejuízo das importações e um aumento do endividamento mais rápido que o esperado também foram fatores determinantes para redução nas estimativas para a petrolífera.

expectativa é de uma produção 1,5% menor em 2013, reduzindo assim as expectativas de um ano com produção estável. Entretanto, Kovarsky ressalta que o risco de atrasos pode aumentar consideravelmente, devido à significativa dependência de plataformas de origem local.
Além disso, a analista ressalta que 2013 será mais um ano desafiador para a Petrobras em relação às importações de diesel, devido a demanda maior devido a uma safra recorde de commodities agrícolas e do uso de diesel para mover as usinas termelétricas. "As perdas totais com as importações devem chegar a R$ 6,2 bilhões, na ausência de aumento de preços", ressalta.
Desta forma, sem ver uma melhora dos resultados no curto prazo, a companhia deve alcançar uma relação de 35% entre a dívida líquida e o capital total. Segundo Kovarsky, apesar das agências de risco darem crédito para a companhia em virtude das perspectivas, a provável necessidade de novos planos de capitalização depois de três anos, sem uma projeção tão positiva em relação a anterior, pode levar a um desempenho não sustentável das ações.
Dividendos: diferença entre PN e ON continuará
Após dez anos pagando o mesmo valor de dividendos para as ações preferenciais e ordinárias, a Petrobras anunciou no último balanço um provento bem menor para os ativos PETR3. Segundo a analista, com a expectativa de que a companhia não apresente melhora no seu balanço no médio prazo, é razoável supor que a petrolífera continue pagando dividendos diferentes para cada classe de ações.
A analista ressalta ainda que o fraco balanço da companhia justifica a diminuição dos dividendos pagos às ações ordinárias em relação às preferenciais. Na opinião de Kovarsky, a diferença entre os papéis PN e ON, com base nas perspectivas de pagamento dos dividendos até 2022, deve variar entre R$ 0,80 e R$ 1,80, dependendo da política dos controladores. Como a diferença atual entre os dois papéis atualmente acima de R$ 2,00, ela pode se estreitar.
Entretanto, devido aos altos níveis de alavancagem e com a Petrobras ainda precisando economizar dinheiro, a expectativa do Itaú BBA é de que haja espaço limitado para a empresa pagar dividendos iguais para os titulares das ações ON e PN, projetando que eles pagariam o mínimo permitido para a primeira classe de ações.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Mar 08, 2013 5:04 pm
por Bourne
Brasileiro que migra ganha mais, atesta estudo da Face
sexta-feira, 8 de março de 2013, às 5h57

Fonte: https://www.ufmg.br/online/arquivos/027533.shtml

Arquivo pessoal
O migrante brasileiro é mais escolarizado e recebe salários superiores ao do brasileiro que não migra. Essa é a constatação central da dissertação de mestrado Migração e rendimentos no Brasil: análise dos fatores associados no período intercensitário 2000-2010, defendida pelo pesquisador Luiz Carlos Day Gama (foto) junto ao Programa de Pós-graduação em Economia do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Face.

Em seu estudo, que compara dados dos censos do IBGE nos anos de 2000 e 2010 e considera indivíduos entre 25 e 65 anos que responderam aos questionários, Luiz Carlos Gama constatou que as transformações econômicas do Brasil na última década influenciaram a migração no país e que esse tipo de movimento interfere nos rendimentos e salários dos brasileiros.

O pesquisador usou dois tipos de definição de movimento migratório: a migração normal, que consiste em mudar de cidade com os objetivos de trabalho e moradia, e a migração de retorno, quando o migrante sai e retorna à sua cidade de origem num prazo máximo de cinco anos.

“A literatura da área defende que os migrantes são positivamente selecionados no país, ou seja, são mais bem remunerados que os não migrantes. Eu queria testar se essa afirmação era verdadeira, levando em conta as mudanças econômicas e sociais pelas quais o Brasil passou entre os anos 2000 e 2010, como a maior estabilidade econômica e o aumento da participação da mulher no mercado de trabalho”, explica Luiz Gama.

Segundo o pesquisador, o brasileiro que muda de uma cidade para outra alcança salários maiores porque costuma obedecer a um padrão: homem, de cor branca, jovem, residente em área urbana e com maior nível de escolaridade. “Como a migração é um investimento, a pessoa precisa ter um capital inicial para se mudar para outro lugar. E o branco, com maior nível de escolaridade, costuma dispor mais facilmente desse capital”, afirma o pesquisador.

As análises feitas pelo economista mostraram que apenas uma dessas características que definem o padrão do migrante brasileiro sofreu alteração ao longo do período observado. “O brasileiro de cor branca continua migrando mais que o negro, mas a diferença entre eles diminuiu na migração em geral e, na migração de retorno, os negros ultrapassaram os brancos. Um dos possíveis motivos para isso é o aquecimento do setor de construção civil, que atraiu muita mão de obra do Nordeste, região que possui percentual mais elevado de pessoas que se autodeclaram negras nos censos do IBGE”, explica.

Voltando para casa
Apesar da diminuição em números absolutos dos migrantes brasileiros, a taxa de migração de retorno cresceu no país, passando de 967 mil, em 2000, para mais de um 1,3 milhão em 2010. Segundo Luiz Carlos Gama, essa mudança é reflexo das melhorias na qualidade de vida nas regiões Norte e Nordeste do país.

“Uma pessoa que deixa o Nordeste para fazer a vida no Sul e Sudeste agora tem incentivo para voltar, pois sua região de origem está mais desenvolvida e consegue oferecer os salários maiores que ele foi buscar fora de lá”, diz.

Como a migração tradicional tem como efeito negativo a “fuga dos cérebros”, que é o abandono de uma região por seus profissionais mais qualificados, o pesquisador destaca, ainda, a importância do aumento da migração de retorno, uma vez que ela corrige tal distorção do movimento migratório.

“A migração de retorno é um fenômeno importante para explicar alguns aspectos da economia e devemos dar a ela ênfase como política pública. Incentivar o migrante a voltar para aplicar seu conhecimento na sua cidade de origem é essencial para diminuirmos as disparidades entre as regiões Norte/Nordeste e Sul/Sudeste. A diferença salarial entre as regiões do país diminuiu e áreas onde houve crescimento da migração de retorno apresentaram também grande aumento da renda do trabalho”, analisa Luiz Carlos Gama.

Fatores não mensuráveis
Apesar da comprovação de que fatores como escolaridade e idade interferem no fluxo migratório e, consequentemente, nos salários dos brasileiros, Luiz Carlos Day Gama destaca que outros fatores importantes, mas impossíveis de serem analisados, também agem sobre o movimento migratório no Brasil.

“Coragem, desapego, habilidade e até mesmo saudade interferem no fluxo migratório. Uma pessoa que abandona sua cidade natal pode ter sua volta adiantada porque sentiu muita falta da família ou não se adaptou ao clima da nova cidade, por exemplo. Nem sempre o retorno ao lar tem a ver com fatores econômicos ou financeiros”, exemplifica.

O pesquisador acrescenta a importância da influência familiar no momento da migração. Com o aumento da participação da mulher no mercado de trabalho, por exemplo, a necessidade de migrar em busca de uma vida melhor acaba diminuindo.

“Se a mulher de um círculo familiar não trabalha, a decisão de migrar é do marido, ele vai e ela o acompanha. Quando está no mercado de trabalho, a mulher interfere na decisão a partir do momento em que possui um emprego na cidade onde a família mora e, por isso, talvez o investimento na mudança não seja tão interessante”, conclui.

Dissertação: Migração e rendimentos no Brasil: análise dos fatores associados no período intercensitário 2000-2010
Autor: Luiz Carlos Day Gama
Orientadora: Ana Flávia Machado
Defesa: 15 de fevereiro de 2013

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Mar 12, 2013 12:40 pm
por Algus
Algus escreveu:Aqui, pela lei do novo mercado, é crime. Mas quem faz cumprir?

...Aí, vejam se isso não é um absurdo: Em 3 dias as ações da LLX subiram para R$3,00. Uma valorização de 50% diante da mínima, sem que nenhum pronunciamento, nenhuma notícia a respeito fosse dada.

O vazamento de informações ficou claro para todos. A empresa foi convocada para prestar esclarecimento, mas os executivos disseram que não sabiam o motivo do súbito aumento.

No final desta mesma semana o Eike apresenta um pacote de "boas notícias". Vários contratos que ele havia fechado com diversas empresas para se instalarem no superporto do Açu, mas o preço da ação já estava precificado. Após as boas novas as ações cresceram apenas 3%.

Em qualquer lugar do mundo isso seria crime. Qualquer pessoa, mesmo quem nunca se envolveu com a bolsa sabe que isso é errado, mas aconteceu e até hoje não houve punição alguma.
Só pra mostrar, o que eu comentei dias atrás aconteceu novamente:

CVM sobre suspeita de insider da LLX: "Todas as questões desse tipo são investigadas"

A alta, que ocorreu dois dias antes do anúncio da criação da MFX, foi a mais expressiva do Ibovespa na segunda-feira

SÃO PAULO - A alta expressiva dos papéis da LLX (LLXL3), na última segunda-feira (4), levantou suspeitas de insider trading no mercado e pode ser investigada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), de acordo com o Presidente da autarquia, Leonardo Pereira, que não citou o caso especificamente, mas disse que todas as questões desse tipo são investigadas.

Os papéis da companhia do Grupo X, de Eike Batista, subiram 10,71% no último dia 4 de março, a R$ 2,17, exatos dois dias antes da companhia de logística anunciar que o empresário havia assinado um contrato com a BP para a criação de uma nova companhia, chamada de Marine Fuels X (MFX), para distribuição de combustíveis marítimos no porto Açu. O volume de negócios aumentou bastante nesta data: foi de R$ 36,4 milhões, ante média de R$ 15 milhões nos 5 pregões anteriores.

“Todas as questões desse tipo que acontecem no mercado são investigadas pela CVM, eu posso assegurar isso”, afirmou o presidente à InfoMoney em um evento em São Paulo. “No entanto, quando nós abrimos uma possível investigação que pode dar algum processo, isso tem que ter uma proteção de informação. Por isso, eu não posso comentar o caso específico”, concluiu Leonardo Pereira.

A nova companhia do Grupo X, que deve iniciar atividades ainda em 2013, terá o objetivo de importar, exportar, vender e distribuir combustíveis marítimos sob a marca da BP Marine. Ela terá controle compartilhado entre a EBX e BP em 50% para cada uma.

A LLX, contatada pela InfoMoney, afirmou que não comenta rumores de mercado.

Fonte: http://www.infomoney.com.br/onde-invest ... e-tipo-sao

Atualmente o papel está cotado a R$2,50. É possível que volte aos R$2,00, como ocorreu no último semestre repetidas vezes. Independentemente disso esta investigação não dará em nada, como da outra vez.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Mar 15, 2013 10:43 am
por NettoBR
Brasil é o melhor dos mundos existentes, diz sociólogo Domenico De Masi
14/03/2013 - 03h10

Imagem
O sociólogo italiano Domenico De Masi, durante entrevista em São Paulo

Para o sociólogo italiano Domenico De Masi, "o Brasil não é o melhor dos mundos possíveis, mas é o melhor dos mundos existentes".

"Depois de copiar o modelo europeu por 450 anos e o modelo americano por 50, agora que ambos estão em crise e ainda não há um novo para substituí-lo, chegou a hora de o Brasil propor um modelo para o mundo", diz De Masi.

De Masi desembarca no país para participar da primeira edição do "Refletir Brasil - Diálogo com a Brasilidade", em Paraty, de 20 a 22 de março. O evento reunirá intelectuais e lideranças em mesas temáticas sobre cultura, educação, economia, criatividade e sustentabilidade.

Professor da universidade romana de La Sapienza, De Masi, hoje aos 75 anos, se tornou internacionalmente conhecido em 2000, com o lançamento de "O Ócio Criativo".
Na obra, o autor defende a redução das jornadas de trabalho e a flexibilização do tempo livre, em um contexto mais adequado à globalização e à sociedade pós-industrial.

Desde então, tem se dedicado à análise da organização da cultura de trabalho criativo na vida contemporânea e a estudos comparativos sobre a herança de diferentes modelos de vida no mundo --do indiano, chinês ou japonês, ao muçulmano, judaico, católico ou protestante.

BRASIL

O Brasil ainda hoje é menos conhecido e valorizado do que merece. O Brasil é quase tão grande como a China, mas é uma democracia. O Brasil é quase três vezes maior que a Índia, tem quase o mesmo número de etnias e de religiões, mas vive em paz interna e em paz com os países limítrofes. O Brasil é quatro vezes maior que a zona do Euro, mas tem um único governo e fala uma única língua. O Brasil é o país onde há mais católicos, mas onde a população vive da forma mais pagã. O Brasil é o único país no mundo onde a cultura ainda mantém características de solidariedade, sensualidade, alegria e receptividade.

DESAFIOS

A força de um país não está apenas no seu crescimento econômico, mas principalmente na sua capacidade de distribuir igualmente a riqueza, o trabalho, o poder, o saber, as oportunidades e as proteções. Os desafios aqui são o analfabetismo, a violência e a desigualdade. É realizar esta redistribuição mais igualitariamente em comparação a outros países e manter a melhor relação entre economia e felicidade.

EXEMPLOS

Há iniciativas empresariais e governamentais atuais na América Latina que considero exemplares e dialogam com o futuro. Como o projeto Abreu na Venezuela (de educação e formação musical da população), as escolas primárias para crianças pobres em Foz de Iguaçu e a Escola Bolshoi de dança em Joinville.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/12 ... masi.shtml

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Mar 16, 2013 4:46 pm
por irlan
Boa matéria, não conhecia este senhor. :D

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Mar 16, 2013 6:07 pm
por Luiz Bastos
Nao dá pra acreditar neste italiano. :mrgreen: O FHC vive por aqui a bem mais tempo e nunca percebeu isto, pelo menos nunca falou a respeito :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: Mesmo quando ele era brasileiro. Fui :mrgreen:

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Mar 16, 2013 6:14 pm
por Túlio
Bueno, já estivemos PIOR...acho. 8-]