Fórum Defesa Brasil

Bonito navio, mas não sei se poderia ser utilizado, ao meu ver o problema esta na operação de helicópteros, mesmo que se improvisa-se um convôo sobre a superestrutura, existem interferências das chaminés e mastros. Além disso haveria o problema do peso de um heli pesado, penso que a superestrutura teria que ser muito reforçada e isto provocaria problemas no centro de gravidade do navio.
Claro que poderia se pensar em modificações mais extensas, com eliminação de alguns decks da superestrutura, modificações no lay-out da chaminé, para a construção de um convôo maior e um hangarf. Mas isto representaria custos extensos e o objetivo principal em adotar esta solução é não gastar euros.
E a capacidade de operar helicópteros é vital. Esta é uma das deficiências das fragatas, que somente podem operar helicópteros pequenos.

Quanto as rampas, acredito que elas não podem ser usadas na praia, pois o navio não tem casco nem recursos (como os ferros na popa) para operações de abicagem, quem tentar abicar este navio acabaria com ele encalhado, no muito talvez possa se rolar uma viatura anfíbia para o mar, isto se houver segurança para se baixas as rampas em mar aberto.

Claro que tudo isto não tira vantagens deste barco, as rampas são ótimas para desembarcar veículos em uma doca, de forma rápida e o espaço interno comparta alojamento para tropas. Mas a ausência de convôo impede o uso como navio hospital, estado maior, operações de comandos etc.

Esse navio foi feito para o transporte inter-ilhas nos Açores. Tem muito espaço para viaturas, para pessoas, mas é um navio civil e nunca foi pensado para uma utilização militar.

Não acham que era luxo demais para ser sujo com botas da tropa?

Além dos pontos referidos pelo colega JL.

cabeça de martelo escreveu:Esse navio foi feito para o transporte inter-ilhas nos Açores. Tem muito espaço para viaturas, para pessoas, mas é um navio civil e nunca foi pensado para uma utilização militar.

Eu, acredito que poderia ser utilizado para desembarque administrativo de tropas e em operações em TOM de baixa intensidade a rampa traseira poderia ser utilizada para lançar Clanf. Quanto ser navio comercial temos exemplos bem sucedidos ao longo da história de conversões. Na II Guerra, por exemplo, os navios-aeródromos de escolta eram construídos a partir de cascos comerciais.


Sds


Lord Nauta

Para finalizar, penso que a adaptação de navios comerciais para uso militar é uma solução prática e rápida para países com problemas econômicos, problemas estes que tendem a se alastrar que nem doenças em uma epidemia. Por mais deficiências que a adaptação possa ter, sempre será melhor que o vácuo da não existência de um meio.
Os cubanos estão fazendo isso com os seus dois navios da classe Rio Damuji, o navio tem várias deficiências e foi adaptado toscamente, mas seja como for, preencheu o vazio que existia na Armada Cubana, de um navio que pudesse alcançar o mar aberto e lá permanecer, coisa que pequenas vedatas não são capazes de fazer.
Vejam os links

http://www.harpoondatabases.com/encyclo ... y2242.aspx

http://secretoscuba.cultureforum.net/t1 ... ra-de-cuba

Não há nem dinheiro para acabar o 2º NPO, por isso eu já deixei de sonhar.

Enquanto houver dinheiro para BPN, para SCUTS e o raio que os parta, recuso-me a deixar de sonhar. Aliás, não acredito que os NPO não estejam concluídos por falta de dinheiro. Acredito mais é que alguém encheu bem os bolsos para evitar que existisse um estaleiro português a concorrer com outros estaleiros europeus. Tão certo como haver corrupção no futebol!!!

No que toca a navios comerciais, temos este encostado.

Que navio bonito e construído em Portugal. Parabéns. É bastante luxuoso para ser adaptado, mas certamente é possível encontrar aplicações interessantes. Deve dar para colocar um convôo pequeno em algum lugar, na proa ou na popa, ou quem sabe em cima do navio. E poderia dar um ótimo navio hospital e de Comando e Controle. Sem falar as rampas como já mencionado.

Porque não compramos um LPD em segunda mão a um país aliado.

hotm escreveu:Porque não compramos um LPD em segunda mão a um país aliado.

Porque o dinheiro com que vives agora foi emprestado e não me parece que um LPD seja propriamente uma prioridade neste momento, nem as pessoas que pagam impostos iriam compreender bem.Talvez noutra ocasião mais lá para a frente haja folga para isso.

Com a presente crise, com cada vez mais impostos e mais desemprego, com o povo cada vez a viver pior, e vais dizer que compraste um LPD?????????

Que se acabasse o 2º NPO ainda estou de acordo, agora gastar dinheiro num LPD que iria ficar encostado na BNL , seria um desvario completo!!!!!

Já temos 5 fragatas relativamente modernas e 2 subs state of the art, o que nem acaba por ser mau dado sermos um minúsculo pais de 10 milhões de almas e essa é que é a verdade, o império já lá vai...

O LPD é algo que já estaria comprado num país sério que assume as suas responsabilidades. Com diversas ilhas, riscos sísmicos, população em zonas de risco. A designação do navio é "navio [destacar]polivalente logístico[/destacar]"

Nem devia ser apenas um. Eu sou mais pela fabricação de dois mais pequenos, tipo o modelo da Nova Zelândia. Estamos a brincar com a vida das populações que pagam impostos para ser protegidas. Eu prevejo para a vida do LPD, uns 80% de operações humanitárias e 20% de operações militares.

A respeito desse belo navio:

"Atlântida" negociado no Brasil para nova rota turística
Um grupo responsável pela captação de investimentos no Brasil admitiu hoje, durante uma visita aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), a hipótese de aquisição do ferryboat "Atlântida" para assegurar uma rota turística naquele país.

"Entendemos que podemos aproveitar [o navio] para algum tipo de operação a implementar no Brasil. Vamos analisar uma aquisição desta embarcação", anunciou Júlio Pereira, presidente do Instituto Max Weber, instituição responsável pela captação de investidores naquele país.

"Somos contratados para identificar potenciais negócios", explicou

Esta noticia é do final do ano passado, nao sei se houve algum desenvolvimento