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Eleições no México: Claudia Sheinbaum é eleita primeira mulher presidente na História do país
Enfrentar a crise na segurança pública será principal desafio do novo mandato, com duração de seis anos, após pleito marcado pela violência política
Considerado o pleito mais letal da História do país, cerca de 30 candidatos foram assassinados ao longo da campanha, de acordo com a ONG Data Cívica. A vítima mais recente foi um candidato a um cargo local no estado de Michoacán, morto a tiros horas antes do início das eleições, segundo o Ministério Público regional.

“38 candidatos morreram em eleições de grande escala” por trás da eleição da primeira mulher presidente do México, uma batalha política sangrenta
4 de junho de 2024 06:00



Depois de vencer a campanha eleitoral mais sangrenta da história moderna do México, o país se torna a primeira mulher presidente. Os votos foram contados nas eleições presidenciais do México no dia 2, e o ex-prefeito mexicano Sheinbaum (61) do partido de esquerda no poder “MORENA”, que defende a continuação das políticas do atual presidente López Obrador, foi eleito. Nos bastidores, pensava-se que 38 candidatos tinham morrido numa campanha eleitoral em grande escala e uma sangrenta batalha política estava a desenrolar-se.

No dia 3, a Sra. Sheinbaum declarou vitória na Cidade do México, a capital, dizendo: “Eu me tornarei a primeira mulher presidente do México”. Ele tomará posse no dia 1º de outubro. O mandato é de um mandato de seis anos, sendo vedada a reeleição.

López Obrador, que lidera o governo desde 2018, manteve elevados índices de aprovação, especialmente entre os pobres, ao promover políticas populistas, como a expansão do emprego, da formação profissional e das pensões. Seu sucessor, Sr. Sheinbaum, ganhou a votação.

A votação foi realizada para mais de 20.000 cargos nas eleições para a Câmara e para o Senado e nas eleições locais, tornando-se a maior eleição da história do país, mas também a mais sangrenta.

Segundo o jornal mexicano “Universal”, ocorreram 321 ataques a candidatos, dos quais 37 foram mortos. Outros meios de comunicação informaram que 38 pessoas morreram. Há também informações de que duas pessoas foram assassinadas em um local de votação no dia 2. O número final de mortos pode aumentar.

Um candidato a prefeito foi baleado e morto enquanto sorria enquanto estava cercado por apoiadores em um comício. O agressor teria sido morto a tiros no local por um segurança. Houve mais de 800 ameaças contra candidatos. Os candidatos foram alvo de intimidação, agressão, sequestro e assassinato.

Uma fonte mexicana disse: “O presidente López Obrador pouco fez para combater os cartéis de drogas, promovendo políticas populistas para manter sua popularidade. Os cartéis de drogas mexicanos, por outro lado, estão lutando por território ao longo da rota do contrabando de drogas para os Estados Unidos. No entanto, o tráfico de seres humanos aumentou e, sob o governo de López Obrador, mais de 180 mil pessoas morreram devido a tais incidentes, o número mais elevado na história moderna do México.

A eleição presidencial foi uma batalha individual entre Sheinbaum e o senador Galvez (61), o candidato oficial dos três principais partidos da oposição, incluindo o Partido de Acção Nacional (PAN), de centro-direita. Galvez criticou a política de "abraços, não balas" do presidente López Obrador e do seu sucessor Sheinbaum, que procuram evitar o confronto com os cartéis de drogas, e prometeu perseguir agressivamente os criminosos.

“Não só um candidato da oposição foi atacado, mas aparentemente não houve qualquer relação entre os partidos no poder e a oposição. Há gabinetes do governo local e membros da assembleia local que estão em conluio com os cartéis da droga, e os cartéis da droga não querem que os seus parceiros de conluio parece que, em muitos casos, a ameaça de 'eu vou te matar se você não parar' levou ao assassinato", disse a fonte.

1.247 pessoas foram mortas em apenas duas semanas após assumir o cargo, e a primeira mulher presidente do México enfrenta uma “crise de segurança”
Entregue em 21/10 (seg) 14h45

Sheinbaum foi empossada como a primeira mulher presidente do México no dia 1º deste mês. Uma das questões em que se espera que suas habilidades sejam abordadas são as medidas de segurança. Apenas duas semanas após a sua posse, uma empresa de investigação descobriu que 1.247 pessoas, incluindo dois presidentes de câmara, foram mortas no país.

No dia 10 deste mês, centenas de cidadãos vestidos de branco marcharam pelas ruas de Chilpancingo, no México, pedindo o fim da violência.

No dia 6 deste mês ocorreu um incidente na cidade onde o novo prefeito, que havia tomado posse apenas seis dias antes, foi brutalmente assassinado. Os moradores dizem que já estão fartos.

Um manifestante disse que a violência estava minando a vibração da cidade. “Penso que apenas vivendo a realidade que os nossos cidadãos enfrentam todos os dias, podemos compreender porque é que esta cidade está deserta às sete horas e parece desolada, escura e sem vida.”

Esta cidade não é a única que sofre violência. Mais de 230 pessoas foram mortas no conflito em curso entre facções do cartel de drogas na capital do estado de Sinaloa.

No estado de Chiapas, no sul do país, no dia em que o presidente Sheinbaum do México tomou posse, um soldado militar matou seis imigrantes. O Ministério da Defesa disse que os soldados confundiram os veículos dos migrantes com os de organizações criminosas.

Então, no dia 15 deste mês, o prefeito de Candelaria Rosicha, no estado de Oaxaca, no sul do país, foi morto a facadas em sua casa. “Aconteceu de repente e não sei por que aconteceu”, disse um morador do sexo masculino. “Ele foi um prefeito que ajudou a todos e trabalhou para consertar a cidade”.

Nas primeiras duas semanas da administração Sheinbaum, 1.247 pessoas, incluindo estes dois prefeitos, foram vítimas de assassinato. Esta é uma análise feita por uma empresa de pesquisa com base em estatísticas oficiais.

O México tem lutado contra a violência desenfreada dos cartéis de drogas há mais de uma década e muitos duvidam da capacidade de Sheinbaum para lidar com a situação.

Sheinbaum disse que iria incorporar a abordagem social adotada pelo ex-presidente López Obrador, ao mesmo tempo que melhoraria a partilha de informações, fortaleceria a coordenação interagências e construiria a Guarda Nacional.

Presidente do México, Sheinbaum
"Reduziremos o número de crimes graves. Temos uma estratégia e iremos implementá-la. Prestaremos mais atenção a certas questões do que o presidente anterior mostrou. Segurança e paz são justiça. Acredito que isto é o resultado de

Alguns críticos criticam a resposta passiva do antigo Presidente López Obrador, dizendo que ele permitiu que os cartéis se fortalecessem e se expandissem. Durante os seis anos de mandato do ex-presidente, aproximadamente 200 mil pessoas foram mortas. A média é de um incidente a cada 15 minutos, o que a empresa de pesquisa afirma ser maior do que qualquer outra administração nos últimos anos.

https://news.yahoo.co.jp/articles/19b22 ... 3072c8ee41