MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Bem lembrado Túlio, mas houve imigração significativa nos ultimos 70 anos?
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
- Túlio
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Está havendo AGORA!
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- Boss
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Diferente daquela dos colonos do Sul no século XIX/começo do século XX, que vieram para viver aqui.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
- Bourne
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
O Presuntinho (ou Oreiro ) utiliza o crescimento populacional e da força de trabalho como fatos estilizados.
Ele sabe que não é assim. O ponto que ele quer ressaltar é a necessidade de reindustrialização com maior investimento na industria, elevando a produtividade do trabalho. Isto que dizer sofisticar e aumentar a quantidade de máquinas, equipamentos e instalações da industria brasileira. Permitindo maior produtividade de cada trabalhador. O resultado é que a economia pode crescer mais rápido sem precisar demandar mais trabalhadores.
Isso é importante por que a economia está no limite de pleno emprego (mais o menos 5 %) e, em algumas áreas, sendo obrigada a importar profissionais com qualificação que os nacionais não tem para preencher as vagas. No fim das contas, a única forma de crescer é aumentando a produtividade e capacidade industrial, para que a mesma quantidade de trabalhadores na média produzam mais e induzam a crescer em valores maiores.
A defesa do Oreiro é a necessidade de maior investimento na indústria e qualificação dos trabalhadores para estabelecer e viabilizar taxas maiores de crescimento, consistentes e menos voláteis com as flutuações da economia mundial. Ao mesmo tempo aumentando a renda dos trabalhadores, com maior consumo e favorecimento dos setores de serviços, especialmente comércio sem criar fragilidades no setor externo.
De outro lado rejeita o crescimento baseado em commodities e consumo por que são instáveis e indicam caminho para crise externas e fragilidade internacional. O que é a forma que está crescendo nos últimos 10 anos. Por isso que disse que era um texto dos membros da "imprensa golpista" por não admitir que ´o crescimento é mágico e eterno.
O que o Oreiro falou não é nada diferente do que países desenvolvidos fazem. A Alemanha, Japão e até a Coreia vão por esse caminho. Eles não tem como fornecer mão-de-obra barata e, portanto, investem pesado na qualificação e mais capital para a indústria. Podendo inclusive minimizar o problema do câmbio valorizado na maioria das indústrias. Apesar de Alemanha chegar a ponto de importar trabalhadores qualificadas de outros países, no momento principalmente da UE., mesmo estando em crise.
Ele sabe que não é assim. O ponto que ele quer ressaltar é a necessidade de reindustrialização com maior investimento na industria, elevando a produtividade do trabalho. Isto que dizer sofisticar e aumentar a quantidade de máquinas, equipamentos e instalações da industria brasileira. Permitindo maior produtividade de cada trabalhador. O resultado é que a economia pode crescer mais rápido sem precisar demandar mais trabalhadores.
Isso é importante por que a economia está no limite de pleno emprego (mais o menos 5 %) e, em algumas áreas, sendo obrigada a importar profissionais com qualificação que os nacionais não tem para preencher as vagas. No fim das contas, a única forma de crescer é aumentando a produtividade e capacidade industrial, para que a mesma quantidade de trabalhadores na média produzam mais e induzam a crescer em valores maiores.
A defesa do Oreiro é a necessidade de maior investimento na indústria e qualificação dos trabalhadores para estabelecer e viabilizar taxas maiores de crescimento, consistentes e menos voláteis com as flutuações da economia mundial. Ao mesmo tempo aumentando a renda dos trabalhadores, com maior consumo e favorecimento dos setores de serviços, especialmente comércio sem criar fragilidades no setor externo.
De outro lado rejeita o crescimento baseado em commodities e consumo por que são instáveis e indicam caminho para crise externas e fragilidade internacional. O que é a forma que está crescendo nos últimos 10 anos. Por isso que disse que era um texto dos membros da "imprensa golpista" por não admitir que ´o crescimento é mágico e eterno.
O que o Oreiro falou não é nada diferente do que países desenvolvidos fazem. A Alemanha, Japão e até a Coreia vão por esse caminho. Eles não tem como fornecer mão-de-obra barata e, portanto, investem pesado na qualificação e mais capital para a indústria. Podendo inclusive minimizar o problema do câmbio valorizado na maioria das indústrias. Apesar de Alemanha chegar a ponto de importar trabalhadores qualificadas de outros países, no momento principalmente da UE., mesmo estando em crise.
- marcelo l.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Série Estadão presidentes do BC
http://mansueto.files.wordpress.com/201 ... o-oesp.pdf
http://mansueto.files.wordpress.com/201 ... ngoni1.pdf
http://mansueto.files.wordpress.com/201 ... ut2012.pdf
Pela posição deles, será que o FMI impôs algo contra as convicções dos nossos Presidentes do BCs
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http://mansueto.files.wordpress.com/201 ... ngoni1.pdf
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Pela posição deles, será que o FMI impôs algo contra as convicções dos nossos Presidentes do BCs
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- Bourne
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Algo me diz que não me surpreendo com a posição de nenhum deles.
Procurem sabe o que eles fazem atualmente. São informações surpreendentes quando comparadas com as posições expressas nas posições.
Procurem sabe o que eles fazem atualmente. São informações surpreendentes quando comparadas com as posições expressas nas posições.
- Guerra
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Esse governo levou 10 anos para iniciar algo que o Brasil necessitava há décadas?Boss escreveu:Entretanto, já há ações concretas que permitem afirmar que seu governo iniciou a construção de uma política estrutural de que o Brasil necessita há décadas.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
- LeandroGCard
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Bem, durante décadas nenhum sequer começou... .Guerra escreveu:Esse governo levou 10 anos para iniciar algo que o Brasil necessitava há décadas?Boss escreveu:Entretanto, já há ações concretas que permitem afirmar que seu governo iniciou a construção de uma política estrutural de que o Brasil necessita há décadas.
Leandro G. Card
- Guerra
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Grande motivo para comemorar!
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
- marcelo l.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
This doesn’t look like it will end well.
Brazil’s system of public banks is making a ton of cheap loans to consumers there, even as private sector banks look increasingly leery of lending (see chart above).
Brazil uses its system of public banks such as Banco do Brasil and Caixa Econômica Federal as a way to spur growth when the economy seems set to slow down. But in recent months the public banks have been ratcheting up their lending as the private banks cut theirs back sharply.
So what’s going on here? Well, for one thing, loan delinquencies remain high. That’s likely a turn-off to would-be private lenders, who worry that making a bad loan might cost them their job. The public banks are working from a different script, as their lending is essentially required by the government. And a boost in lending from the public sector can indeed give a kick to consumption.
But some Brazil-watchers doubt that giving consumers cheap credit is sustainable for the Brazilian economy over the long-term, and that an economic model centered on indebted consumers is the best plan. Morgan Stanley economists note, for example, that encouraging private consumption hasn’t done much for growth in industry, for example. “The problem remains—as we have argued for over two years now—that stronger consumer demand does not mean strong supply,” they wrote in a research note earlier this month. “Since March 2010, retail sales are up 19.6% in real terms while industrial production is down 2.8%.”
Where does such a path lead? Brazilians need only look north to see. The de facto policy of the US since the early 1980s has been one of making consumer credit easier to get as the share of manufacturing in the economy relentlessly shrank. That leads to a massive buildup of debt as domestic consumers increasingly borrow from foreigners to pay for spending. Brazil’s public banks (which have no direct US analogue) are now stepping in to provide the cheap credit that private banks did in the US, something the Brazilian private banks are—perhaps because of the US’s experience—already too wary to do.
Now, the US has been been able to keep this system going for decades largely because of the dollar’s status as the premier spot to park cash for safekeeping. But that doesn’t mean Brazil would be able to. And even if it could, the problematic mountains of debt in both the US and Europe should serve as a warning about where Brazil could ultimately end up.
http://qz.com/21157/need-a-loan-go-to-b ... like-candy
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- Sterrius
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
O grafico fala de quem empresta, mas não diz quem está pedindo emprestado! E principalmente se estão ou não pagando.
3 coisas diferentes.
Comparar nível de endividamento do brasileiro médio com o dos europeus/americanos ainda é complicado. São 2 mundos diferentes.
3 coisas diferentes.
Comparar nível de endividamento do brasileiro médio com o dos europeus/americanos ainda é complicado. São 2 mundos diferentes.
- marcelo l.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Textos como esse, gerais, são a ponta do iceberg de analises de várias páginas descritivas de determinado fenômeno que ocorre em uma economia. O que interessa a quem investe quais são as virtudes e ameaças para um determinado ciclo de crescimento e como afeta sua taxa de retorno do capital empregado a determinado negócio.
Mas uma suposição que vi outro dia, que a atual modelo de empréstimos com os estoques monetários em mãos do Bancos oficiais gera uma pressão sobre tesouro que os brasileiros ainda não estão prefixando os riscos e distorções até agora só as vantagens.
Mas uma suposição que vi outro dia, que a atual modelo de empréstimos com os estoques monetários em mãos do Bancos oficiais gera uma pressão sobre tesouro que os brasileiros ainda não estão prefixando os riscos e distorções até agora só as vantagens.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
A evolução da distribuição do crédito não me parece problemática, claro, um gráfico assim assusta neo-liberais, mas deixando ideologia de lado não vejo problema, todo o resto que não está no gráfico pode ser um problema...
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- Bourne
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Existe uma solução para esses problemas: privatizar os bancos oficiais (BB e caixa); desmontar o sistema de captação do BNDES e o próprio banco; escancarar o mercado a instituições estrangeiras. Assim, os custos dos empréstimos vão cai na média, a poupança e investimento vão crescer, e o sistema será mais eficiente e estável por não haver distorções. Qualquer semelhança com a receita seguida pela Argentina nos anos 1990s ou periferia européia atual é mera coincidência.
Por outro lado, podemos lembrar de dois grandes comunistas radicais: Joseph Stiglitz; e Ben Bernanke. O primeiro ganhou o Nobel defendendo que os mercados perfeitos não existem e, portanto, muitas concepções na economia baseada nos mercados perfeitos estão erradas. Aplicando isso ao mercado financeiro quer dizer que direcionamento de crédito e intervenção estatal são justificável e necessárias. O segundo chegou ao FED defendendo que os bancos não são como empresas por desempenharam uma papel importante para economia real, sendo necessário manter comprometidos com o setor real.
O gráfico acima mostra basicamente três coisas conhecidas. A primeira que os bancos estrangeiros atuam com desvantagens por não conhecer bem o mercado local ou, o que é mais provável nessa situação, estão comprometendo as operações no país estrangeiro devido a problemas no exterior. O segundo é que os bancos locais se aproveitaram da oportunidade e assumiram parte do mercado deixado pelos estrangeiros. O terceiro que o bancos públicos possuem papel anti-cíclico. Exatamente essa é a vantagens de serem públicos e existiram. O compromisso deles é com o setor real e políticas públicas. Não em ter lucro. O que também não quer dizer que tenham que ter prejuízo.
Sobre o gráfico pouco diz. Não fala de riscos, prazos e destino do crédito. Menos ainda os efeitos reais na economia. Inclusive o problema do crescimento pode estar em outros lugares. Semelhante ao visto pelo Oreiro, o Presuntinho, há algumas páginas atrás.
Por outro lado, podemos lembrar de dois grandes comunistas radicais: Joseph Stiglitz; e Ben Bernanke. O primeiro ganhou o Nobel defendendo que os mercados perfeitos não existem e, portanto, muitas concepções na economia baseada nos mercados perfeitos estão erradas. Aplicando isso ao mercado financeiro quer dizer que direcionamento de crédito e intervenção estatal são justificável e necessárias. O segundo chegou ao FED defendendo que os bancos não são como empresas por desempenharam uma papel importante para economia real, sendo necessário manter comprometidos com o setor real.
O gráfico acima mostra basicamente três coisas conhecidas. A primeira que os bancos estrangeiros atuam com desvantagens por não conhecer bem o mercado local ou, o que é mais provável nessa situação, estão comprometendo as operações no país estrangeiro devido a problemas no exterior. O segundo é que os bancos locais se aproveitaram da oportunidade e assumiram parte do mercado deixado pelos estrangeiros. O terceiro que o bancos públicos possuem papel anti-cíclico. Exatamente essa é a vantagens de serem públicos e existiram. O compromisso deles é com o setor real e políticas públicas. Não em ter lucro. O que também não quer dizer que tenham que ter prejuízo.
Sobre o gráfico pouco diz. Não fala de riscos, prazos e destino do crédito. Menos ainda os efeitos reais na economia. Inclusive o problema do crescimento pode estar em outros lugares. Semelhante ao visto pelo Oreiro, o Presuntinho, há algumas páginas atrás.