Fórum Defesa Brasil

Sávio Ricardo escreveu:

Juniorbombeiro escreveu:Então...méritos ao falecido, que era um grande piloto, mas não era tudo isso que dizem também.

Sim, claro, não era um Deus e não era um Demônio, nunca foi e nunca será unanime, quando nem Jesus conseguiu ser.

Aprecio Senna, assim como aprecio tantos outros que fazem bem aquilo que gostam. Mas nunca o coloquei num patamar de perfeição, como ser humano cometeu erros, mas talvez o maior tenha sido ser bom demais naquilo que fazia.

O Senna não era pobre??? Nunca li nada sobre a origem da família do Senna, se eram empresários, ricos, pobres, sei lá, basta conhecer um pouco da formula 1 pra saber que NINGUÉM que corre na categoria é miserável. Se hoje um pai de família pra investir num filho em corridas de Kart tem que ser, no minimo, classe média alta, imagina nos anos 70????

Juniorbombeiro escreveu:

P44 escreveu:A 1ª Volta mais fantástica da história da F1 faz hoje 26 anos.

https://www.facebook.com/Formula1/video ... 024851417/

Meu querido amigo portuga, fã do falecido...

Gostaria de fazer algumas considerações sobre esse evento e demais auras e lendas que pairam sobre o fantasma insepulto do falecido.
Primeiro, quero deixar bem claro que não estou tentando desmerecer a figura em questão, mas cada um entende como quiser, e já estou preparado para a chuva de tomates e ovos podres que virão.
Bom, é óbvio que o Ayrton não era uma pessoa comum, pois pessoas comuns não se tornam tri campeões de F-1 não é verdade??? Mas algumas coisas precisam ficar claras sobre a personalidade do falecido, até para ajudar a entender um pouco essa mística em torno dele.

Ayrton Senna, nunca foi um cara pobre, sei que isso não está em questão, mas sempre é bom esclarecer. Tem um depoimento de um jornalista e ex piloto de motos e karts que foi contemporâneo do Ayrton, Geraldo Tite Simões é o nome dele (um sujeito muito engraçado e que escreve bem pacas, fisicamente ele lembra um pouco o Túlio, recomendo os artigos dele), bem...ele diz que certa vez encontrou o Ayrton no box de uma corrida ao lado de uma pilha de pneus (uns 15 jogos mais ou menos) com uma fita métrica nas mãos, medindo a circunferência de cada um deles. Então perguntou: Que c...alho você tá fazendo??? O Ayrton lhe respondeu que como a maioria das curvas daquela pista eram para a direita, ele estava escolhendo os pneus com mais borracha para colocar no lado esquerdo, que desgastava mais rápido. Então o Tite voltou para o seu box, olhou para o único jogo de pneus que tinha disponível e esperou pacientemente até a hora da largada. Mas tinham outros garotos que inclusive tinham mais grana que o Ayrton, com mais karts, equipamentos, instrutores e mecânicos, mas não conseguiam extrair o mesmo que ele extraia dos karts.

O Ayrton sempre foi um cara muito tímido e focado, as vezes até parecia ser arrogante, e as vezes era mesmo. Diz a lenda que certa vez, já como piloto da F-1 (acho que da Lotus) uma dessas lindas modelos de parar o trânsito, que seguram guarda-sóis no grid, tentou se aproximar dele nos boxes, não sei o que ela lhe falou, mas não só foi solenemente ignorada, como também foi expulsa do box por ele, sob a alegação de estar lhe atrapalhando. Inclusive este evento, associado a um estranho hábito de andar para cima e para baixo com um amigo que lhe auxiliava nos compromissos com imprensa e patrocinadores, fez com que o Nelson Piquet insinuasse para a imprensa que o Ayrton não gostava de mulher, após um desentendimento entre os dois. Como a língua é o chicote da bunda...o Piquet teve que ouvir alegações parecidas do Flavio Briattre sobre o seu filho Nelsinho, depois de quebrarem os pratos, por causa do escândalo da Malásia. O Senna era um cara, que aqui no Brasil, pelo menos na minha época de garoto, seria conhecido como "Cú de Ferro", não sei qual a expressão que se usa aí em Portugal, talvez "nerd" seja uma que caia melhor.


Um outro jornalista que gosto muito, e que acompanhou muitas corridas de F-1 como correspondente no auge do Ayrton, que é o Flavio Gomes (que também tem um blog sensacional), também destaca essa personalidade quase doentia do Ayrton pela vitória, e também o seu apreço por ser idolatrado, o Ayrton era um piloto que, já antes de entrar para a F-1 fazia um marketing muito agressivo e gostava muito de supervalorizar seus feitos, a imprensa nacional na época, precisava de um "herói", visto que o Piquet, não preenchia os requisitos do politicamente correto e não tinha o menor "saco" para ser paparicado e ouvir as bobagens do Galvão Bueno. O Senna, não só se prestou a este papel, como o fez de muito bom grado. Uma outra bronca que alguns automobilistas brasileiros têm contra o ego do falecido, é o fato dele ter literalmente "cagado" no circuito de Interlagos,
quando a FIA exigiu mudanças no circuito para que fosse adequado a F-1 moderna, visto que Interlagos antigo era extenso demais para ser televisionado e perigoso demais para as velocidades desenvolvidas na F-1. Pois bem, essas mudanças acabaram culminando em um encurtamento do circuito, de quase 8 km, para os atuais 4,5 km e também no famoso S do Senna. Acontece que Interlagos não vivia só de F-1, Interlagos em seu traçado original, era considerada uma das pistas mais completas e desafiadoras do mundo, tido por especialistas como uma das provocadoras da safra de pilotos inaugurada por Emerson Fittipaldi, que utilizavam a pista como escola. O circuito original poderia muito bem continuar sendo utilizado por categorias regionais e nacionais para bólidos menos velozes. Pois bem, acontece que a construção do S do Senna, para "homenagear" o falecido ainda em vida, acabou com a curva 1 do circuito, tida por todos os pilotos como a mais desafiadora, a que separava os homens dos meninos, um mergulho em altíssima velocidade, lambendo o muro, feita pela primeira vez por um F-1 "de pé embaixo" por Gilles Villenueve em 1976, que acabou "obrigando" todos os pilotos do grid a "darem um jeito" de fazer também.

Alguns de seus feitos, tidos como épicos, merecem uma análise mais criteriosa. O "injusto" segundo lugar sob a chuva de Mônaco em 1984, por exemplo. Muitas pessoas desconhecem o fato de que o Senna não era o piloto mais rápido da pista naquele evento, o piloto mais rápido na pista, e que chegou em terceiro era o Stefan Bellof (outro que perdeu a vida de forma trágica), que poderia ter alcançado o Senna se a corrida não tivesse sido interrompida. Já os que estavam liderando, e foram jantados pelo Ayrton, Prost e Lauda, dupla da McLaren, eram uma negação na chuva, o primeiro, sempre foi, sabe-se lá pq, e o segundo em decorrência das queimaduras do acidente no Green Hell, que lhe limitaram a visão de contraste.

Já o feito épico da primeira volta do GP da Europa de 1993, bem essa é uma questão muito polêmica, e sei que vou ser apedrejado por isso, mas, o fato é que a McLaren, não era uma equipe pequena, como todos sabem, ela tinha muita tecnologia eletrônica embarcada, graças a parceria com a TAG, a mesma que foi responsável por transformar as carroças da Red Bull do ano passado em carros decentes esse ano. Vou fazer duas revelações aqui que vão fazer as "viúvas" (termo usado aqui no Brasil para designar os adoradores do falecido) molharem as calcinhas.
Assista o vídeo abaixo e preste atenção no botão do lado esquerdo do volante, que é acionado sistematicamente ao se aproximar das frenagem fortes, aquelas que envolvem reduções de marchas agressivas.


Sabe o que é aquele botão??? É um sistema automático de reduções de marcha, faz com que as reduções de marcha sejam feitas no tempo correto para o freio motor não interferir no equilíbrio de frenagem. Quem já espetou uma segunda por engano no lugar de uma quarta ou anda de moto, sabe do que estou falando...isso aí em frenagens na chuva fazia uma diferença substancial.

Pode um motor de equipe cliente ser melhor, ou no mínimo igual a um motor de equipe de fábrica??? Bem, se você tiver a TAG (Techniques d'Avant Garde) como parceira, sim. Já vimos isso uma vez e estamos vendo de novo. Os motores Ford fornecidos à McLaren em 1993, tinham em torno de 40 cv a menos que os motores Ford fornecidos a Benetton, que era a equipe de fábrica por contrato. Acontece que a TAG alterava o sistema de injeção e mapeamento e fazia essa diferença desaparecer. A mesma "mágica" que faz o motor da equipe cliente Red Bull, hoje, ser mais potente que o motor da equipe Renault de fábrica. Mas acontece que a TAG não fornecia apenas mapeamento de motor para a McLaren. Fornecia também suspensão ativa (nisso a Williams era infinitamente melhor), controle de largada, automatização de câmbio (as borboletas e aquele botãozinho mágico que vimos acima) e...controle de tração, aí é que estava o grande trunfo da McLaren de 1993 que fazia com que a mesma fosse tão superior na chuva. O controle de tração desenvolvido pela TAG era simplesmente o melhor do grid, era tão superior na chuva, a ponto do Senna usar pneus Slick em alguns momentos das corridas chuvosas. Se vermos o vídeo da volta "épica", prestando atenção em alguns pontos, podemos notar algumas particularidades interessantes.


A primeira particularidade interessante, chama se Michael, e não é o Schumacher, . Quem lembra o nome do companheiro de equipe do Senna naquele ano de 1993??? Isso mesmo, Michael Andretti, filho do lendário Mario Andretti, não conseguiu repetir na F-1 o sucesso que teve na F-Indy, dizem as más línguas que havia um mercado de apostas para tentar acertar em qual volta o Andretti iria rodar (geralmente era na primeira ). Pois quem poderia imaginar o desastrado Michael Andretti ultrapassando o Schumacher na chuva ???? Pois aconteceu em Donington, naquele ano de 1993, é só olhar o vídeo, pouco depois de o Senna ter jantado o Schumacher e o Wendlinger, lá está o Andretti ultrapassando o Schumacher. Estava até indo bem, até se estatelar contra o Wendlinger, controle de tração também não faz milagre.

A segunda particularidade, quando o Senna assume a liderança, em uma freada forte para uma curva de baixa velocidade, praticamente um cotovelo, ou "hairpin" como os europeus gostam de chamar. Bem aí, guardados os devidos louros a técnica apurada em pista molhada do falecido, aquele botão de redução de marcha deu uma maõzinha e tanto.

Outro ponto interessante...1992 teve três corridas com chuva, e o Senna não venceu nenhuma delas.

Então...méritos ao falecido, que era um grande piloto, mas não era tudo isso que dizem também.

Juniorbombeiro escreveu:Por isso que deixei bem claro, que não tenho intenção nenhuma de desmerecer os seus méritos, apenas oferecer uma visão menos apaixonada do que nós brasileiros estamos acostumados, até pq acho que esse endeusamento mais prejudica do que ajuda. O próprio Rubinho, por exemplo, é um baita piloto, tudo bem que não foi campeão mundial, mas só de ter estado ali por tanto tempo na elite do automobilismo, já o credencia como um vencedor. O problema é que algum "iluminado" da Globo, colocou na cabeça dele que ele seria o substituto do Senna, e pior...ele acreditou. Some-se isso ao fato de o Rubinho ter alguns traços de personalidade que foram influenciados pelo falecido, visto que ele era uma espécie de pupilo do mesmo, foi a receita perfeita para o desastre. Por estar sempre reclamando e ter uma imensa dificuldade de assumir erros, ficou com fama de chorão. Acho que se afastar da Globo e, consequentemente da sombra do fantasma do Senna, foi uma das melhores coisas que o Rubens fez na vida, tanto é que o programa que ele apresenta no SBT sobre carros, na minha opinião, é o melhor programa de automobilismo brasileiro.

NovaTO escreveu:Está difícil assistir a F-1 hoje em dia. Não sei se é o excesso de tecnologia embarcada, mas as corridas dão sono salvo uma ou outra. Não é culpa dos pilotos, mas acredito que deveriam dar mais liberdade para ultrapassagens sem essas regras de "só pode defender uma vez".

Precisamos disso:


[]'s

Sávio Ricardo escreveu:

NovaTO escreveu:Está difícil assistir a F-1 hoje em dia. Não sei se é o excesso de tecnologia embarcada, mas as corridas dão sono salvo uma ou outra. Não é culpa dos pilotos, mas acredito que deveriam dar mais liberdade para ultrapassagens sem essas regras de "só pode defender uma vez".

Precisamos disso:


[]'s

Acho uma contradição absurda uma corrida com regras como: Só pode se defender uma vez, tem que usar 2 jogos diferentes de pneus, não pode falar no rádio, largada nas pistas molhadas com carro de segurança, etc...

Pura boiolagem...ao invés de pilotos, viram uns moleques crescidos mimados, que só sabem reclamar e sem culhões.

Alonso e as alterações nas regras: «Eu desisto»
30 Julho, 2016

Fernando Alonso perdeu a paciência com o “vai e vem” das regras na Fórmula 1. O espanhol refere-se não só à decisão de levantar as restrições nas comunicações rádio, mas também às constantes alterações sobre os limites dos traçados.

Questionado se tem contribuído para a discussão, Alonso admite que já desistiu: “Não, eu já desisti. Em cada corrida as coisas mudam. Então agora eu simplesmente pergunto ‘digam-me o que fazer’, e eu faço, é só isso”.

“Os limites da pista”, por exemplo, é um tema controverso, com apenas algumas curvas a ser estritamente monitorizadas de formas diferentes de corrida para corrida. “Hoje é assim, amanhã pode ser de outro modo, tenho de perguntar à equipa o que eu tenho que fazer a cada vez”.

Depois há a questão das comunicações rádio, outro dos temas polémicos. Entrou em vigor para dar maior autonomia aos pilotos. Chegou a agravar-se, obrigando os pilotos a irem para as boxes sempre que tivessem um problema. Agora tudo acabou.

“Sabemos que as coisas mudam de corrida para corrida e agora regressamos às regras que tínhamos há quase um ano”, disparou.

“Acho que foi em Spa-Francorchamps que eles ficaram mais rigorosos com a comunicação rádio, como se o campeonato e as corridas fossem mudar radicalmente, tornando-se melhores, mas nada mudou – só piorou, então estamos a voltar atrás”, observou.

Verstappen e o duelo com Raikkonen: «Senna teria gostado»
29 Julho, 2016


A agressividade com que Max Verstappen se defendeu dos ataques de Kimi Raikkonen no Grande Prémio da Hungria continua a dar que falar. Fernando Alonso e Jenson Button acusam o jovem holandês de ter realizado manobras perigosas, mas Verstappen não se mostra abatido pelas criticas. Muito pelo contrário. Acredita que grandes pilotos da Fórmula 1, como Ayrton Senna e Alain Prost, teriam gostado.

“Estamos a correr, não a passear. E é assim que penso sobre as corridas, porque nós estamos lá para lutar, estamos lá para marcar pontos”, sublinhou Verstappen. “Acho que Senna e Prost teriam aprovado”, depois de garantir que não tem outra forma de pilotar.

O piloto da Red Bull considera que as manobras realizadas para se defender de Raikkonen não foram contra as regras, mas antes pelo seu instinto de piloto.

“Não havia asa dianteira ou qualquer coisa ao lado do meu carro, não acho que foi tão dramático”, prosseguiu.

“É muito difícil ultrapassar naquela pista. Basta ver que depois da minha primeira paragem estava com pneus novos, atrás de Kimi e não conseguia passar. Não comecei a fazer coisas malucas”, considerou.

O holandês salienta ainda o facto do toque de Raikkonen na curva 2 não ter furado o seu pneu. “Acho que no geral fiquei muito feliz de não furar o pneu, porque o toque foi forte”, disse Verstappen. “Acho que foi tudo bastante claro.”

“Os comissários não disseram nada, então acho que não fiz nada de errado”, afirmou.

A visão de Hamilton

Questionado sobre o tema, Lewis Hamilton deu uma perspectiva interessante, ao afirmar que Kimi normalmente tem razão no que diz.

“Não vi a repetição da corrida”, começou por dizer. “Kimi não faz muitos comentários em geral. Quando ele faz, é a sério.”

“Ele não diz merda, se é que me entendem. Se o Kimi diz que não é certo, então é mais provável que não está certo.”

P44 escreveu:Provavelmente na actualidade Piquet seria desclassificado por "condução perigosa" :



Por estas muitas outras é que actualmente estou completamente cagando para a F1, posso até ver um pouco de uma corrida que passados 10 minutos estou a desligar , farto de "procissões"

P44 escreveu:

P44 escreveu: