Fórum Defesa Brasil

Esse valor tem toda a cara de ser 'entrada' para uma compra.

Não há necessidade de se liberar o valor total do contrato de primeira. Até porque vai que o Governo decide financiar a compra, etc.

[]s
CB_Lima

Sabem porque decidiram isso não sabem?

Lembram da notícia que saiu na imprensa sobre nossa incapacidade de REVO e 2 meses depois temos uma decisão. Será que nossos meios jornalísticos (Globo, Bandeirantes, Record, SBT...) não poderiam passar algo sobre PROSUPER e F-X2???

Os leitores não tem noção do que é REVO e nem para que a FAB precisa desses aviões. matérias sobre a incapacidade das Forças Armadas são extremamente comuns na imprensa e nada muda.

A decisão saiu por que a FAB não tem capacidade estratégica. Chegou na fase de "decide e compra ou para tudo". Tanto que a escolha foi por aviões usados com menor preço de aquisição.

Não tem ideia, mas eles sabem o que significa as palavras "incapacidade", "problemas", "falta de incentivo do Governo" e entre outros.

São extremamente comuns entre nós, mas pouca coisa é publicada em redes nacionais.

Sabem não, a população em geral sequer sabe que a FAB existe, é bem provável que apareça algum falando que esses 30 milhões deveria ir para outras áreas, como saúde, educação ou bolsa família

Qualquer que seja a justificativa, ela foi uma iniciativa da FAB junto ao poder legislativo, e enfim, conseguiu-se a verba para o seu orçamento próprio, já que o GF até hoje, sequer deu sinal algum de que iria tomar uma decisão sobre o assunto.

Enfim, da mesma forma que os BH estão vindo para a FAB, os KC767-3ER virão. Por competência, compromisso e ombridade dos oficiais da própria FAB junto a quem de direito.

Deveria ser sempre assim.

abs.

Só não se esqueçam que nosso orçamento não é impositivo, ou seja, ainda dependem da boa vontade do executivo...

Para o ano que vem, tudo e mais um pouco que os nossos nobres parlamentares colocarem, enquanto emendas, serão aquinhoadas pelo governo. Ano que vem não é ano para contingenciamentos de verbas. Mais ainda se elas forem da base aliada.

O projeto vai sair. Comprar, mais uma, briga com as FAB não é negócio neste momento. Pelo contrário, seria dar munição para a oposição. Mesmo que isso não venda jornal ou gere pontos no Ibope. Mas chama a atenção de quem indiretamente vive as custas de malhar o governo. E convenhamos, imagem em eleições ( e política) é tudo.

abs.

Em minha opinião o projeto KC-X2 deveria prever a obtenção de pelo menos oito aeronaves em dois lotes. Considerando as dimensões do país e os compromissos internacionais atuais e prospectivamente os futuros esta quantidade e o mínimo aceitável, em um primeiro momento, para missões de REVO e transporte estratégico de uma Força Aérea de um país com dimensões continentais e da expressão econômica do Brasil. Entretanto a questão orçamentaria tem que ser superada com uma ação firme do GF que permita a perenidade dos investimentos nas FAA's. Somente quando este fato ocorrer e que será possível haver investimentos permanentes em ciência, tecnologia e inovação e na manutenção e expansão da capacidade operacional das FAA's que permitam ao Brasil de fato ter uma capacidade de dissuasão crível. Até lá continuaremos sendo um gigante com pés de barro.


Sds


Lord Nauta

Nauta, concordo consigo. Mas sabemos que tudo no Brasil corre a pés descalços quando se trata de assuntos não relevantes para a nossa classe política, e para o povão em geral.

Eu particularmente gostaria que a FAB tivesse a sua estrutura organizacional e operacional atual repensada e reavaliada, antes de pensarmos em qualquer tipo de redimensionamento, visto que ela ainda é um resquício do seu início lá nos idos anos 1940's e, sabemos, em pouco ou quase nada foi alterada desde então.

Neste sentido, pensar em 2, 4. 8 ou 10, 12 KC's para a FAB pode se tornar um exercício inócuo quando se sabe que não temos estrutura para comportar tais números. Eu mesmo gostaria, por exemplo, de ver aeronaves do tipo do Xian Y-20 na FAB em complemento aos KC-X's e KC-390's, pois são modelos que sabemos teriam um imenso e importantíssimo papel na modernização não só do aspecto operacional, mas e também, principalmente, doutrinária da FAB. E isto ainda que já um tanto quanto tarde para nós, em meio às condições do quadro das relações mundiais que vemos. Mas temos que avançar neste sentido também.

Chega a ser um absurdo pensar o Brasil em sua nova inserção mundial sem sequer o pais poder contar com uma força aérea capaz de fazer-se presente, no sentido de apoiar todas as nossas ações no exterior. E pior, uma força aérea incapaz mesmo de defender de forma crível seu próprio território. Pode-se realmente levar um país assim a sério? Eu tenho certeza que ninguém lá fora que decida algo de verdade pense que sim.

Desta forma, seria muito importante para nós, além de suscitar uma nova condição fluente e continua para o sustento financeiro da defesa, pensar-se também, em novos modelos de pensamento geo-estratégico para o país de parte da sociedade. Pois, incapazes que somos hoje de pensar o Brasil para além das mesquinharias e frivolidades das disputas ideológicas pontuais e minimalistas, ou de interesses menores da gastança da nova classe média, e das picuinhas dos novos ricos nacionais, de nada nos adiantará rios de dinheiro, e recursos, que aliás, nunca nos faltaram, para a defesa, se não soubermos para onde queremos, e se queremos ir.

Se nem o terror da guerra no passado fez-nos aprender algo de bom com as duras lições que é a tragédia do enfrentamento de um conflito bélico em nossa própria casa, que podermos esperar então de uma sociedade alienada e cada vez mais emburrada e adestrada como a nossa dos dias de hoje?

Talvez tenhamos no ano que vem, mais uma chance de ter uma pausa em meio as correrias da vida, para pensar. E decidir, melhor, sobre o que nos convém. Ou não.

abs.

FCarvalho escreveu:Nauta, concordo consigo. Mas sabemos que tudo no Brasil corre a pés descalços quando se trata de assuntos não relevantes para a nossa classe política, e para o povão em geral.

Eu particularmente gostaria que a FAB tivesse a sua estrutura organizacional e operacional atual repensada e reavaliada, antes de pensarmos em qualquer tipo de redimensionamento, visto que ela ainda é um resquício do seu início lá nos idos anos 1940's e, sabemos, em pouco ou quase nada foi alterada desde então.

Neste sentido, pensar em 2, 4. 8 ou 10, 12 KC's para a FAB pode se tornar um exercício inócuo quando se sabe que não temos estrutura para comportar tais números. Eu mesmo gostaria, por exemplo, de ver aeronaves do tipo do Xian Y-20 na FAB em complemento aos KC-X's e KC-390's, pois são modelos que sabemos teriam um imenso e importantíssimo papel na modernização não só do aspecto operacional, mas e também, principalmente, doutrinária da FAB. E isto ainda que já um tanto quanto tarde para nós, em meio às condições do quadro das relações mundiais que vemos. Mas temos que avançar neste sentido também.

Chega a ser um absurdo pensar o Brasil em sua nova inserção mundial sem sequer o pais poder contar com uma força aérea capaz de fazer-se presente, no sentido de apoiar todas as nossas ações no exterior. E pior, uma força aérea incapaz mesmo de defender de forma crível seu próprio território. Pode-se realmente levar um país assim a sério? Eu tenho certeza que ninguém lá fora que decida algo de verdade pense que sim.

Desta forma, seria muito importante para nós, além de suscitar uma nova condição fluente e continua para o sustento financeiro da defesa, pensar-se também, em novos modelos de pensamento geo-estratégico para o país de parte da sociedade. Pois, incapazes que somos hoje de pensar o Brasil para além das mesquinharias e frivolidades das disputas ideológicas pontuais e minimalistas, ou de interesses menores da gastança da nova classe média, e das picuinhas dos novos ricos nacionais, de nada nos adiantará rios de dinheiro, e recursos, que aliás, nunca nos faltaram, para a defesa, se não soubermos para onde queremos, e se queremos ir.

Se nem o terror da guerra no passado fez-nos aprender algo de bom com as duras lições que é a tragédia do enfrentamento de um conflito bélico em nossa própria casa, que podermos esperar então de uma sociedade alienada e cada vez mais emburrada e adestrada como a nossa dos dias de hoje?

Talvez tenhamos no ano que vem, mais uma chance de ter uma pausa em meio as correrias da vida, para pensar. E decidir, melhor, sobre o que nos convém. Ou não.

abs.

X 2


Sds


Lord Nauta

x3
Concordo plenamente com o seu post.

Realisticamente demora muitos anos para um País mudar, e o nosso legado de falta de investimentos é gigante.

Já fomos piores, mas sem dúvidas poderiamos estar em uma melhor posição em termos de FAs. E quando eu olho eu vejo que existem erros de todos os lados.

Mas apesar de concordar com o seu post eu tenho que dizer que essa concorrência do KC-X é de certo modo algo meio doido.

Colocar 2 aeronaves novas disputando contra uma aeronave usada e escolher baseado no "preço"?

Aonde está a "concorrência"?

[]s
CB_Lima

http://www.youtube.com/watch?v=kgNfsr0zd58

http://www.youtube.com/watch?v=UgCnENOgyOo


abraços


arcanjo

Carlos Lima escreveu:x3
Concordo plenamente com o seu post.
Realisticamente demora muitos anos para um País mudar, e o nosso legado de falta de investimentos é gigante.
Já fomos piores, mas sem dúvidas poderiamos estar em uma melhor posição em termos de FAs. E quando eu olho eu vejo que existem erros de todos os lados.
Mas apesar de concordar com o seu post eu tenho que dizer que essa concorrência do KC-X é de certo modo algo meio doido.
Colocar 2 aeronaves novas disputando contra uma aeronave usada e escolher baseado no "preço"?
Aonde está a "concorrência"?
[]s
CB_Lima

Pois é Carlos. Por essas e outras que entendo que antes de pensar em mudar as máquinas, como muitos querem hoje em dia, as vezes até sem nem pestanejar, temos que primeiro mudar as mentes. E isso meu amigo, não rara vezes, demora muito, mas muito mais mesmo do que qualquer FX da vida...

abs.

Eu reabilitei este post aqui para lembrarmos o que a COPAC esclareceu à época sobre os procedimentos que serão tomadas mediante a compra dos KC-767-3ER da IAI. Ressalto os seguintes pontos em destaque:

Justin Case escreveu:Amigos, boa noite.
O Pres. da COPAC postou no PA um esclarecimento sobre o Programa:
http://www.aereo.jor.br/2013/03/14/boei ... ue-da-fab/

Enviado em 15/03/2013 as 18:40
Caros amigos do Poder Aéreo, boa noite
Como vocês sabem, visito regularmente este site e, sempre que possível, registro algumas informações que possam sanar as dúvidas dos leitores.
Sobre o KC-X2, gostaria de esclarecer:
- o número do projeto (2) não significa que outro processo de licitação foi feito anteriormente e “não deu certo”, como está na Nota do Editor. O Programa KC-X existiu, tendo dado origem ao desenvolvimento do KC-390. É um outro projeto, com diferentes requisitos.
- O KC-X2 prevê a aquisição de 2 aeronaves, mas com opção de uma terceira. Esta opção será estudada a partir da semana que vem, quando começaremos a negociar o contrato.
- As aeronaves B-767-300ER a serem adquiridas usadas não poderão ter mais de dez anos de construídas, cinco mil ciclos, inexistência de acidentes, zero danos estruturais etc. Apesar de usadas, os requisitos nos trarão aeronaves pouquíssimo usadas. Há diversos requisitos técnicos e logísticos que nos garantem um bom produto.
- o custo X benefício desta solução é muito bom, vis-à-vis a missão que a FAB cumprirá.
- As aeronaves terão 3 pontos para reabastecimento hose and drogue (ou probe and drogue): um em cada asa, e uma FRU (Fuselage Refuelling Unit), para que eles possam reabastecer os KC-390, no futuro.
- As aeronaves receberão novo sistema aviônico, porta de carga, reforço de piso e atualização logística completa.
- Não é justa nem verdadeira a insinuação de que a decisão servirá para beneficiar a TAM.
- a IAI tem muita experiência neste tipo de conversão, como comprovamos ao voar a aeronave da Força Aérea da Colômbia.
Dentro do acordo de Offset, a segunda aeronave será convertida no Brasil, e mais 15 kits de conversão serão fornecidos pela indústria brasileira à IAI, para serem usadas para outros clientes.
- A aquisição de mais aviões, neste momento, não é necessária. Sugiro aos leitores acompanharem o desenvolvimento do KC-46.
Espero que tenha contribuído com estas informações.
Um abraço
Brig Baptista Junior – Presidente da COPAC

Abraços,
Justin

Salvo engano, como se comentou à época, a primeira aeronave, caso o contrato tivesse sido assinado ainda este ano, teria o compromisso da IAI de ser entregue em 6 meses, o que evidentemente não deve ocorrer por força da condições atuais. Mas é provável que a IAI já tenha a primeira aeronave em vista a ser adquirida, de acordo com os requisitos da FAB, a fim de, se for o caso, sob solicitação da mesma, entregar tal aeronave ainda no primeiro semestre do ano que vem.

Lembrar que teremos um btl brasileiro na UNIFIL para ser deslocado ainda no primeiro semestre do ano que vem. E seria um prato cheio para os críticos de plantão, o governo ter de levar nossos soldados para lá à moda da GM II, ou pior, pagando passagens em empresa privadas, expondo mais ainda a situação vexatória em que a FAB foi deixada quanto a questão.

Vamos aguardar para saber como a FAB irá lidar com esta situação, caso a verba destinada pela comissão do congresso chegue-lhe as mãos no ano que vem, claro.

abs.