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Enviado: Qui Ago 09, 2007 1:56 pm
por PRick
Pedro Gilberto escreveu:
Centurião escreveu:Pessoal,

Eu li o texto do LeandroGCard e do PRick, concordo em alguns pontos com vocês dois. Mas também acho que outros pontos precisam ser esclarecidos.

Por falta de tempo, só vou mesmo apontá-los.

1) Pelo o que eu sei, a classe média brasileira não está diminuindo. Ao contrário, foi até postado por aqui uma pesquisa afirmando que milhões de brasileiros entraram na classe média nos últimos anos. O que vocês podem estar se referindo é o achatamento da massa salarial nos últimos anos do governo FHC e no primeiro governo Lula. Isso realmente ocorreu, mas com o início do crescimento prolongado que o país parece estar experimentando (3,7% ano passado e, provavelmente 4,5-5% este ano), os salários estão se recuperando.

2) As exportações de produtos industrializados ainda estão crescendo. Somente não no ritmo das commodities. As vendas industriais no mercado interno também estão crescendo. Na média, não há desindustrialização. Pelo menos por enquanto. Em termos relativos, sim, os produtos industriais estão perdendo importância nas exportações.

3) Acredito que a temida desindustrialização não ocorrerá no Brasil, em parte pelo crédito mais acessível e também pela conscientização das empresas de que devem investir em tecnologia, criatividade e na promoção de suas marcas. Na minha opinião, empresas pequenas e médias, com grande potencial empregador e investidor em inovação, sofrem mais com os juros altos do que com o atual câmbio valorizado. Afinal, elas têm poucos meios para tomar empréstimos mais baratos fora do país. Uma vez capitalizadas, elas podem se planejar para a redução de custos que compensaria a apreciação do câmbio. Sem dinheiro, porém qualquer planejamento fica difícil. As empresas grandes sabem se proteger melhor dessas mudanças.

Independentemente do partido político na situação, acredito que estamos no caminho correto. Existe um planejamento para basear o crescimento brasileiro no aumento da renda e no barateamento do crédito. Esse modelo deu certo em outros países e parece estar se repetindo no Brasil. O que se deve fazer é tratar de remover os obstáculos para a indústria brasileira.

Claro que existem problemas, como imposto alto, infra-estrutura precária ou o câmbio valorizado, que prejudica as exportações de produtos de valor agregado. Mas, no caso do câmbio, também existem vantagens, como o barateamento de maquinário para automação industrial e de bens de consumo não produzidos no país, como processadores e memórias de computador.

Acho que não estou contando novidade para ninguém aqui, mas mesmo assim sinto-me mais confortável na discussão ao jogar uma luz em cima disso.

Abraços cordiais


Perfeito Centurião, também creio assim.

O fato do Brasil ser um grande exportador de commodities não creio que deva ser encarada como demérito; é uma característica da matriz econômica nacional.

Não há porque abandoná-la, não há dicotomia entre produzir commodities versus produtos industriais, visto que aqueles também movimentam o parque industrial na medida em que demanda meios para sua produção. O exemplo típico é do alcool combustível que precisa de plantas para obter o etanol a partir da cana, plantas essas construídas por industrias de base com aços, caldeiras, instrumentação de controle, etc. Se optar também podem ser construídas turbinas para geração de energia para uso próprio e, também, vender a rede de distribuição local. Afora a produção de máquinas (tratores, colheitadeiras, caminhões, reboques) usadas em sua cadeia de produção/transporte.

Então, como uma das ações de desenvolvimento, deve-se buscar a integração destes atividades, visando através da produção de commodities fortalecer a indústria nacional que deveria produzir todos os meios e ferramentas utilizadas na cadeia de produção delas. Ademais, também deve incentivar o setor de commodities para que agreguem mais valor a seus produtos. Por exemplo ao invés de só exportar o minério de ferro bruto e soja em grãos, deve-se criar mecanismos para que se implantem plantas de esmagamento de soja e se exporter oleo e derivados e usinas de pelotização para o minério de ferro. Já houve tratamento assim para o couro cru, em que foi taxado sua exportação, para incentivar a produção de couro acabado e calçados.

Entretanto, como dito anteriormente, isso não é em detrimento daqueles setores industrias com baixo desenvolvimento. Para isso, como disse o Arthur, deve haver políticas industriais de estimulo a esses para aperfeiçoar o desenvolvimento da economia. Tempo atrás se divulgou uma intenção de se estabeler tais políticas para os setores de microeletrônica, farmácos e quimica. A escolha foi devido ao défict que esses produziam na balança comercial. Não sei se vingaram essas políticas ou adormeceram numa gaveta, mas pelo menos há/houve uma tentativa de incrementar o parque industrial.

[]´s


Exatamente, não se deve fazer como os Governo Militares, mas também nada de politica de abertura total, é necessário uma política seletiva, buscando integração, justiça social e melhor produtividade.

[ ]´s

Enviado: Qui Ago 09, 2007 1:59 pm
por PRick
Olha essa eu não estava esperando. :shock: :shock: Estamos acelerando muito, é bem capaz daquela trupe do BC querer freiar a queda dos juros.

[]´s

Safra agrícola deve crescer 14% em 2007
Previsão do IBGE é de que safra chegue ao volume de 133,4 milhões de toneladas.
A estimativa é maior do que a apresentada no mês anterior.
Do Valor Online


A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas pode atingir o volume de 133,4 milhões de toneladas em 2007. A projeção, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de uma colheita 14% maior do que a do ano passado, que correspondeu a 117 milhões de toneladas. São consideradas no cálculo as culturas de caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale.

A expectativa, que consta do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), foi calculada após o IBGE realizar a sétima avaliação nacional da safra agrícola de 2007. A estimativa de julho é apenas 445 toneladas acima daquela apresentada no mês anterior.

No confronto de julho com o mês anterior, as previsões de produção foram negativas para batata-inglesa 2ª safra (-3,4%), cevada em grão 1ª safra (-2,2%), feijão em grão 2ª safra (-5,5%), mamona em baga (-15,5%). O IBGE projeta, contudo, aumento na produção de aveia em grão (+1,6%) e trigo em grão (+3,6%).

Ante 2006, devem ampliar as colheitas de algodão herbáceo em caroço (30,5%), amendoim em casca 2ª safra (19,0%), batata-inglesa 1ª safra (22,6%), batata-inglesa 2ª safra (4,4%), cacau em amêndoa (14,7%), cana-de-açúcar (12,9%), cebola (4,2%), cevada em grão (38,2%), feijão em grão 1ª safra (15,9%), laranja (1,1%), entre outros.

A região Sul deve produzir a maior parte da safra, com 60,1 milhões de toneladas, acompanhada do Centro-Oeste (44,2 milhões de toneladas) e Sudeste (15,9 milhões de toneladas). O Nordeste deve colher 10,2 milhões de toneladas e a região Norte, 3 milhões de toneladas.

A área plantada na safra 2007 é 0,4% inferior em relação à colheita anterior, com cerca de 45,4 milhões de hectares. As culturas com as maiores áreas plantadas são a soja, com 20,6 milhões de hectares, e o milho 1ª safra e 2ª safra, com 13,7 milhões de hectares.

Enviado: Qui Ago 09, 2007 8:21 pm
por PRick
[009] [009] [009] [009] [009]

“Depec-Bradesco revisa projeção de crescimento do PIB de 2007 para 5,2%

Revisamos nossa projeção de crescimento do PIB de 4,9% para 5,2% em 2007 e mantemos a projeção de 4,6% para 2008. A projeção para este ano é semelhante à do FMI para a economia mundial, também em 2007. Em 2005 e 2006, a economia brasileira cresceu menos do que a economia mundial. A nossa revisão foi motivada pela incorporação de novas informações e pela percepção de que os principais indutores do crescimento terão um impacto mais forte do que o imaginado na expansão deste ano. As condições gerais da política monetária, do crédito (volumes, prazos, taxas e spreads bancários), da massa salarial, do clima de otimismo entre empresários e consumidores, do comportamento do câmbio e dos preços e da recuperação do quantum exportado, entre outros, têm gerado aumento dos investimentos e do consumo não vistas nos dois anos anteriores.”

Enviado: Sex Ago 10, 2007 6:08 pm
por Arthur
PRick escreveu:[009] [009] [009] [009] [009]

“Depec-Bradesco revisa projeção de crescimento do PIB de 2007 para 5,2%

Revisamos nossa projeção de crescimento do PIB de 4,9% para 5,2% em 2007 e mantemos a projeção de 4,6% para 2008. A projeção para este ano é semelhante à do FMI para a economia mundial, também em 2007. Em 2005 e 2006, a economia brasileira cresceu menos do que a economia mundial. A nossa revisão foi motivada pela incorporação de novas informações e pela percepção de que os principais indutores do crescimento terão um impacto mais forte do que o imaginado na expansão deste ano. As condições gerais da política monetária, do crédito (volumes, prazos, taxas e spreads bancários), da massa salarial, do clima de otimismo entre empresários e consumidores, do comportamento do câmbio e dos preços e da recuperação do quantum exportado, entre outros, têm gerado aumento dos investimentos e do consumo não vistas nos dois anos anteriores.”


OK, esse ano vai ser muito bom. Mas será que os próximos também serão.

Desde o fim da (hiper)inflação, em 1994, o Brasil registrou alguns episódios de crescimento excepcional do PIB (acima de 4,5%) mas não conseguiu lograr sucesso em fazer tal crescimento se sustentar por mais de dois anos.

Foi assim em 1994/1995, em 2000/2001 e em 2004.

Assim, a consistência de tal aceleração é bastante duvidosa.

Abs

Arthur

Enviado: Sex Ago 10, 2007 6:13 pm
por Wolfgang
PRick e demais economistas, poderiam dar indicações do que pode acontecer com a economia em 2009? Há algo para 'estourar'?

Enviado: Sex Ago 10, 2007 7:48 pm
por PRick
Wolfgang escreveu:PRick e demais economistas, poderiam dar indicações do que pode acontecer com a economia em 2009? Há algo para 'estourar'?


A chave para o chamado crescimento sustentado é o investimento, ou o aumento da oferta. Se um país cresce muito rápido, aumentando a demanda, sem que seja acompanhado do aumento da oferta. Temos aquilo que chama de vôo da galinha. A economia cresce muito um ano, gera inflação, aí o BC aumenta os juros para segurar a inflação e o crescimento.

Como está ocorrendo na Argentina, o crescimento acelerado sem investimento, gerou o apagão energético. O mesmo ocorre com nosso problema aéreo, o aumento da demanda muito rápido, pegou de surpresa tanto o Governo como as Cias Aéreas, resultado, filas, atrasos, queda na qualidade do serviço.

Daí a queda lenta dos juros, na teoria, tais medidas fariam com que a demando fosse crescendo num ritmo controlado, sem gerar inflação significativa, e dando tempo para o aumento da oferta(investimento).

Assim, ao Governo, não interessa crescer muito mais que 05% este ano, para manter o crescimento nesta taxa por pelo menos 04 anos. Se o crescimento acelerar muito, os investimento projetados serão insuficientes para atender a demanda. :wink:

O galho, como a China está demonstrando, é que controlar a taxa de crescimento não é tarefa fácil. Pode haver uma explosão, uma bolha, como costumam dizer, seguida de um soluço, ou seja, o estouro da bolha. De certa forma foi o que ocorreu no mercado imobiliário dos EUA.

Boa parte das políticas do BC brasileiro é na direção de se evitar, de qualquer forma, o aparecimento de uma bolha na economia brasileira. Estamos com muito controle defensivo para enfretar qualquer crise, como reservas, depósitos compulsórios altos, pouca alavangem do mercado financeiro. O ponto mais frágil do mercado é a bolsa de valores.

O mais interessante nas previsões do mercado, é a taxa de crescimento da economia em 2008, também acima de 04%, se conseguirmos crescer uns 03 ou 04 anos com taxas ao redor de 05%, temos chances reais de pular para um patamar de crescimento sustentado mais elevado, algo entre 05% e 08%. Mas duvido que possamos crescer as mesmas taxas de China e Índia, estes países possuem centenas de milhões de pessoas em patamares de consumo muito inferiores da nossa sociedade, nem vou falar dos padrões de consumo do G-7.

[ ]´s

Enviado: Sáb Ago 11, 2007 6:28 pm
por BrasileiroBR
GM negocia montadora com governo de Pernambuco.

A General Motors (GM) deu uma demonstração firme de interesse em investir em Pernambuco. A empresa pediu oficialmente ao governo do Estado incentivo fiscal para uma central de importação e uma montadora de veículos. A central teria a capacidade de abrigar 20 mil automóveis. Em julho passado, o vice-presidente da GM, José Carlos Pinheiro Neto, esteve em Pernambuco reunido com o governador Eduardo Campos já prospectando a instalação de uma nova unidade fabril.

Segundo Fernando Bezerra Coelho, secretário de Desenvolvimento Econômico, com a maior disposição do governo federal em fazer uma reforma tributária que ponha fim à guerra fiscal, empresas aceleraram os pedidos aos governos para aprovar projetos de incentivo fiscal, incluindo a GM. “Há alguns meses que negociamos com a GM para que ela se implante aqui. Agora, vamos receber uma manifestação da empresa para que ela invista em Suape numa central de importação para 20 mil veículos e depois fazer uma montadora”, disse ontem o secretário, que participou de um encontro da Câmara Americana de Negócios (Amcham) sobre oportunidades em Suape.

Segundo executivos do mercado ouvidos pelo JC, já no encontro de julho o vice-presidente da GM confirmou ao governador a disposição de instalar uma fábrica em Pernambuco. A nova unidade representaria um investimento de US$ 1,5 bilhão, com início de obras em 2008 e operação em 2010. A fábrica deverá ser voltada para exportação para os Estados Unidos e produção para o mercado interno. A capacidade de produção poderá variar de 250 mil a 300 veículos por ano.

Enviado: Seg Ago 13, 2007 10:17 am
por PRick
Crise no mercado só ameaça Brasil em 2008
12/08 - 10:55 - Agência Estado



Pode até parecer um contra-senso, mas os analistas mantêm a aposta num crescimento mais forte do Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2007, apesar das turbulências que tomam conta do mercado financeiro mundial. Para eles, um possível impacto da atual volatilidade só afetaria o desempenho da economia brasileira a partir do próximo ano, caso a crise perdure por um período mais longo e deixe de ter um caráter apenas financeiro e passe a atingir o nível de atividade de países como os Estados Unidos e os da Europa.

'O crescimento deste ano já está dado', diz o economista Sergio Vale, da consultoria MB Associados. 'As decisões de investir, produzir, importar e oferecer serviços já estão relativamente consolidadas e não têm como mudar muito esse cenário agora, a não ser que ocorresse um colapso do sistema bancário internacional.'

Para Vale, o impacto da atual turbulência dos mercados mundiais sobre a atividade econômica brasileira este ano será bastante reduzido. Tanto que a MB revisou sua previsão para o PIB de 2007 de 4,5% para 4,9%, com base nos últimos números da indústria.

Na opinião de Celso Toledo, economista-chefe da MCM Consultores Associados, a probabilidade da crise financeira virar uma recessão mundial é muito reduzida. 'Os efeitos para o Brasil tendem a ser pequenos, pois estamos crescendo a uma taxa muito robusta para nossos padrões, que pode até diminuir um pouquinho perto do que poderia ser.' A MCM está revisando sua estimativa para o PIB de 4,3% para um número entre 4,5% a 5%.

O vendaval financeiro não mexeu na confiança do governo brasileiro de que o País está preparado para enfrentar as turbulências, inclusive se a situação piorar. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que o Brasil está em situação confortável para passar por mais essa turbulência sem maiores problemas. E o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, destacou a 'absoluta normalidade' do mercado financeiro nacional, a maior resistência do País a choques e, quase que de passagem, mencionava que o BC estava 'monitorando' a situação. Na quinta e na sexta-feira, o BC brasileiro retirou dinheiro de circulação do mercado, por excesso de liquidez, situação oposta à enfrentada por seus pares internacionais.

Enviado: Seg Ago 13, 2007 10:52 am
por orestespf
PRick escreveu:
Crise no mercado só ameaça Brasil em 2008
12/08 - 10:55 - Agência Estado



Pode até parecer um contra-senso, mas os analistas mantêm a aposta num crescimento mais forte do Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2007, apesar das turbulências que tomam conta do mercado financeiro mundial. Para eles, um possível impacto da atual volatilidade só afetaria o desempenho da economia brasileira a partir do próximo ano, caso a crise perdure por um período mais longo e deixe de ter um caráter apenas financeiro e passe a atingir o nível de atividade de países como os Estados Unidos e os da Europa.

'O crescimento deste ano já está dado', diz o economista Sergio Vale, da consultoria MB Associados. 'As decisões de investir, produzir, importar e oferecer serviços já estão relativamente consolidadas e não têm como mudar muito esse cenário agora, a não ser que ocorresse um colapso do sistema bancário internacional.'

Para Vale, o impacto da atual turbulência dos mercados mundiais sobre a atividade econômica brasileira este ano será bastante reduzido. Tanto que a MB revisou sua previsão para o PIB de 2007 de 4,5% para 4,9%, com base nos últimos números da indústria.

Na opinião de Celso Toledo, economista-chefe da MCM Consultores Associados, a probabilidade da crise financeira virar uma recessão mundial é muito reduzida. 'Os efeitos para o Brasil tendem a ser pequenos, pois estamos crescendo a uma taxa muito robusta para nossos padrões, que pode até diminuir um pouquinho perto do que poderia ser.' A MCM está revisando sua estimativa para o PIB de 4,3% para um número entre 4,5% a 5%.

O vendaval financeiro não mexeu na confiança do governo brasileiro de que o País está preparado para enfrentar as turbulências, inclusive se a situação piorar. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que o Brasil está em situação confortável para passar por mais essa turbulência sem maiores problemas. E o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, destacou a 'absoluta normalidade' do mercado financeiro nacional, a maior resistência do País a choques e, quase que de passagem, mencionava que o BC estava 'monitorando' a situação. Na quinta e na sexta-feira, o BC brasileiro retirou dinheiro de circulação do mercado, por excesso de liquidez, situação oposta à enfrentada por seus pares internacionais.


Interessante este texto... Se tal crise se estender até 2008, uma coisa é certa, vários países quebram, pois não conseguirão manter o equilíbrio de suas contas de forma estável.

Acho pouco provável que esta situação se perdure tanto tempo. Assim não teríamos problemas na manutenção do crescimento para o próximo ano, crescimento este, mesmo que baixo, mas sensível e até agora se sustentando.

Aguardemos as cenas dos próximos capítulos...


Sds,

Orestes

Enviado: Qua Ago 15, 2007 12:47 pm
por PRick
Vendas do varejo brasileiro sobem 0,4% em junho
15/08 - 09:56, atualizada às 12:04 15/08 - Agência Estado



As vendas no varejo aumentaram 0,4% em junho em relação a maio, dentro das expectativas do mercado, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou dentro do previsto por analistas.

IBGE aponta recorde para o varejo no primeiro semestre


Com o crescimento pelo sexto mês consecutivo, a taxa acumulada no primeiro semestre frente o final do ano passado foi de 5,1%. Em relação a junho de 2006, a expansão do volume de vendas em junho foi de 11,8%, acumulando 9,9% no primeiro semestre ante o mesmo período do ano passado. Em 12 meses até junho, o crescimento das vendas foi de 8,2%.


No comércio varejista ampliado, que inclui automóveis e material de construção, o avanço em junho na comparação com igual mês de 2006, foi de 17,4%. E no primeiro semestre cresceu 13,6%, em relação ao mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, a alta das vendas do comércio varejista ampliada é de 10,9%.

Enviado: Qui Ago 16, 2007 12:33 pm
por Bolovo
Que merda está acontecendo?!


Dólar dispara e Bovespa cai forte

16/08 - 10:02, atualizada às 12:27 16/08 - Redação com agências

A quinta-feira começou com mais tensão nos mercados e o agravamento da crise de crédito completa uma semana hoje sem sinais de trégua. O dólar comercial disparou mais de 4% na abertura e opera em forte alta de 3,15%, a R$ 2,095, às 11h42. A Bovespa aprofunda a queda, e opera com perdas de 4,12%, aos 46.808 pontos às 12h15, depois de cair mais de 5%.


Se a Bolsa continuar neste ritmo de queda, será a segunda pior queda percentual em um só dia no ano, atrás apenas das perdas de 6,63% em fevereiro, após uma crise nas bolsas da China.

As bolsas americanas também abriram o pregão com perdas e o Fed, o banco central dos Estados Unidos, realizou nesta quinta uma segunda injeção de liquidez no mercado, de 12 bilhões de dólares, elevando o total de suas intervenções no dia a 17 bilhões. Às 11h15, Dow Jones caía 1,11% e Nasdaq operava em queda de 0,97%.

O banco central dos EUA havia informado mais cedo que irá reavaliar a cada dia a necessidade de operações. No Japão, o banco japonês injetou mais US$ 3,3 bilhões para socorrer os mercados.

O resultado da tensão também contamina o risco-país brasileiro, que hoje tem alta expressiva, aos 216 pontos.

Ontem, o mercado viveu dia de fortes perdas, com a Bovespa caindo 3,19% (acumulando perdas de mais de 9% no mês de agosto) e o dólar superando o patamar de R$ 2 pela primeira vez desde maio.

Os mercados da Ásia viveram uma jornada de perdas -- o principal índice asiático registrou a pior queda desde os atentados de 11 de setembro de 2001. As bolsas européias também operam em forte queda nesta quinta.

A Countrywide Financial informou nesta quinta-feira que está usando toda uma linha de financiamento de 11,5 bilhões de dólares para aumentar sua liquidez e acelerar os planos de mover os negócios de hipoteca para sua unidade Countrywide Bank. As ações da empresa caíam mais de 17 por cento no pregão eletrônico.

'Refletindo os movimentos generalizados de queda, a Bovespa deve acompanhar o rumo e amargar mais algumas perdas', afirmou a corretora Fator em relatório.

(Com informações do Valor Online, Reuters e Agência Estado)


http://ultimosegundo.ig.com.br/economia ... 66161.html

Enviado: Qui Ago 16, 2007 12:49 pm
por Dieneces
Enxugamento do montante de dólares disponíveis no mercado . Lei da oferta e da procura. Dólar que tava especulando por aqui , voltou para fazer caixa no mercado econômico-virtual de financiamentos hipotecários de longo prazo. De minha parte tá ótimo , já recuperei em três dias o que perdi nos últimos dez meses .

Enviado: Qui Ago 16, 2007 12:50 pm
por Morcego
Essa crise é muito barulho por nada.

alguns bancos compraram creditos podres que não foram honrados, esses creditos EQUIVALEM a 3% de todo credito imobiliario americano.

muito terrorismo em cima disso ai.

Enviado: Qui Ago 16, 2007 1:43 pm
por PRick
Dieneces escreveu:Enxugamento do montante de dólares disponíveis no mercado . Lei da oferta e da procura. Dólar que tava especulando por aqui , voltou para fazer caixa no mercado econômico-virtual de financiamentos hipotecários de longo prazo. De minha parte tá ótimo , já recuperei em três dias o que perdi nos últimos dez meses .


Complementando,

Com a crise dos fundos baseados em papeis de altos riscos, nos EUA, Europa e Leste Asiático, ou seja, papéis baseados em ativos reais alavancados(quer por valor acima do real, quer por empréstimos hipotecários feitos sobre novos empréstimos) foram para o espaço, perderam tanto valor, que não encontram compradores.

Assim, quando os investidores pedem os resgates de suas cotas nos fundos, eles não tem liquidez, ou seja, não tem os recursos para bancar os resgates. Os BC´s destes países estão tendo que dar liquidez ao mercado, colocando os valores para que os Bancos ou Fundos com falta de liquidez possam honrar seus compromissos assumidos.

Em outras palavras, o castelo de cartas da economia dos EUA, acabou de sofrer um abalo, e com ele todos os estrangeiros que estavam nesta ciranda financeira de créditos duvidosos baseados numa bolha imobiliária. Para cobrir seus compromissos, os investidores vendem os papeís com maior liquidez, ou seja, vendem papeís Brasileiros, e de outros emergentes com mercados financeiros mais desenvolvidos, cujo, os ativos renderam muito nos últimos anos.

Ao contrário do passado, a Política Econômica atual, faz com que o Brasil esteja ganhando com a crise!! Por alguns motivos:

1- Ao contrário do passado, os papéis de nossa dívida interna estão com swaps cambiais reversos, ou seja, toda vez que o dólar sobe nossa dívida interna diminui! E nossas reservas em dólar aumentam seu valor! Portanto, a Dívida Interna deve ter caído uns 05% em uma semana!

2- Com o dólar mais caro, o saldo de nossa balança comercial deve aumentar, favorecendo os Setores Exportadores, assim, o Governo não vai precisar gastar ou conceder mais subsídios para eles, refletindo em menos gastos;

3- A desvalorização do Real, vai melhorar nossa conta do Turismo, aumentando o número de turistas e diminuindo a saída de brasileiros para o exterior;

4- Dá mesma forma nosso balanço de pagamentos deve melhorar no curto prazo, já que a Dívida Externa foi colocada no longo prazo, com pagamento de 2010 em diante. Como a crise está restrita ao setor financeiro, ela não deve durar mais que alguns meses;

5- E nestes meses, o Brasil vai ganhar muito, nossa economia estava precisando de uma crise externa, porque nos preparamos para isto. A crise é sempre a oportunidade de ouro para aqueles que se preparam para ela. Jogamos na defensiva por 05 anos, esperando que uma crise externa diferenciasse quem adotou medidas responsáveis, e quem baseou sua economia em endividamento, ciranda financeira e outros ativos especulativos.

Na verdade, parece ser mais um passo na decadência dos EUA como o motor da economia global. E quem mais irá se beneficiar com a crise são os BIRC´s. :wink:

Para ver a diferença entre quem se prepara, e quais países não se preparam para a crise, vejam o que vai acontecer com a Turquia por exemplo.

[ ]´s

Enviado: Qui Ago 16, 2007 2:24 pm
por Dieneces
Prick , está bem que queira dourar a pílula pró-governo Lula , mas achar que não há respingos negativos para a economia brasileira é forçar demais uma interpretação oficialista. Acredita-se que nos últimos dias , as empresas brasileiras perderam cerca de U$200 BILHÕES (!!!!!) em seus valores de mercado . Minha modesta interpretação para o tema: Economia é como matemática , 2+2=4 . Quando ela é "virtualizada" demais , através de sistemas de financiamentos frágeis e de longuíssimo prazo agregando a isso uma enxurrada de dinheiro de viúvas e grandes escroques financeiros de gabinetes aplicando em bolsas de valores , se configurando essa série de fatores de ganância especulativa , óbvio é que a lógica matemática não aceitará , será só uma questão de tempo . Estoura a bolha de ar que traz a economia para seu tamanho real , físico e não mais o de economia no papel (ou nos gráficos de bolsas). Quanto mais o mundo se globaliza financeiramente , mais se tornarão comuns essas crises . Decorrem mais da estabilidade financeira e do pouco risco e pouco ganho financeiro nos países mais desenvolvidos do que de derrocadas econonômicas de impérios...