MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Moderador: Conselho de Moderação
- Clermont
- Sênior
- Mensagens: 8842
- Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
- Agradeceu: 632 vezes
- Agradeceram: 644 vezes
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Servidor recebeu reajustes acima do avanço do PIB.
Estudo mostra que, nos últimos nove anos, valor médio pago cresceu 33%, para R$ 7,2 mil.
Cristiane Bonfanti - O Globo.com - 21.08.12.
BRASÍLIA — Em greve que já dura mais de três meses, os servidores públicos federais tiveram reajustes salariais não apenas acima da inflação, nos últimos nove anos, mas além do crescimento da economia. Levantamento feito pelo economista Raul Velloso, a pedido do GLOBO, mostra que, enquanto o valor médio pago ao pessoal ativo da União teve ganho real de 33,2%, passando de R$ 5,3 mil em 2002 para R$ 7,2 mil em 2011, o PIB per capita (a geração média de riquezas de cada brasileiro) cresceu 26,7% no mesmo período.
Para o especialista em finanças públicas, ao priorizar os gastos com o funcionalismo, o governo deixa de fazer investimentos indispensáveis para que a atividade econômica cresça sem pressionar os preços de bens e serviços. A seu ver, do ponto de vista das contas públicas, este não é o momento para conceder aumentos aos servidores.
— O mais grave é que esse dinheiro deixa de ser aplicado, por exemplo, em infraestrutura, que está em situação de terra arrasada. Hoje, menos de 3% do Orçamento são destinados a esses investimentos. E o governo tem dificuldade de transferir essas obrigações, muitas vezes pouco rentáveis, para a iniciativa privada — disse Velloso, que fez os cálculos das remunerações médias já corrigidas pela inflação.
Dados do Ministério do Planejamento mostram que, enquanto na gestão FH, a despesa com pessoal da União aumentou 109% — de R$ 35,86 bilhões para R$ 75,03 bilhões — no governo seguinte o salto foi de 144,2%: de R$ 75,03 bilhões para R$ 183,27 bilhões. Proporcionalmente, a elevação mais expressiva foi registrada na folha de pagamento dos servidores do Judiciário, de 189,7%. Para o Executivo, o índice foi de 136% e, para o Legislativo, de 128%.
Economista defende limite de gastos.
O inchaço é reflexo dos aumentos salariais expressivos concedidos nos oito anos do governo Lula. Na gestão do ex-presidente, pelo menos 64 categorias foram beneficiadas com reajustes salariais que ultrapassaram 250%. Para o cargo de analista do Banco Central, de 2002 para cá, a remuneração inicial saltou de R$ 3.636,59 para R$ 12.960,77, um aumento de 256,3%. Em termos reais, o reajuste foi de 109,3%, considerando uma inflação acumulada de 70,3% no período. Para os técnicos, o aumento real foi de 147,6%.
Na avaliação do economista Felipe Salto, da Tendências Consultoria, com tantos pedidos na mesa, o controle efetivo da despesa de pessoal só será possível se for incluído na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) um limite para esses gastos.
Estudo mostra que, nos últimos nove anos, valor médio pago cresceu 33%, para R$ 7,2 mil.
Cristiane Bonfanti - O Globo.com - 21.08.12.
BRASÍLIA — Em greve que já dura mais de três meses, os servidores públicos federais tiveram reajustes salariais não apenas acima da inflação, nos últimos nove anos, mas além do crescimento da economia. Levantamento feito pelo economista Raul Velloso, a pedido do GLOBO, mostra que, enquanto o valor médio pago ao pessoal ativo da União teve ganho real de 33,2%, passando de R$ 5,3 mil em 2002 para R$ 7,2 mil em 2011, o PIB per capita (a geração média de riquezas de cada brasileiro) cresceu 26,7% no mesmo período.
Para o especialista em finanças públicas, ao priorizar os gastos com o funcionalismo, o governo deixa de fazer investimentos indispensáveis para que a atividade econômica cresça sem pressionar os preços de bens e serviços. A seu ver, do ponto de vista das contas públicas, este não é o momento para conceder aumentos aos servidores.
— O mais grave é que esse dinheiro deixa de ser aplicado, por exemplo, em infraestrutura, que está em situação de terra arrasada. Hoje, menos de 3% do Orçamento são destinados a esses investimentos. E o governo tem dificuldade de transferir essas obrigações, muitas vezes pouco rentáveis, para a iniciativa privada — disse Velloso, que fez os cálculos das remunerações médias já corrigidas pela inflação.
Dados do Ministério do Planejamento mostram que, enquanto na gestão FH, a despesa com pessoal da União aumentou 109% — de R$ 35,86 bilhões para R$ 75,03 bilhões — no governo seguinte o salto foi de 144,2%: de R$ 75,03 bilhões para R$ 183,27 bilhões. Proporcionalmente, a elevação mais expressiva foi registrada na folha de pagamento dos servidores do Judiciário, de 189,7%. Para o Executivo, o índice foi de 136% e, para o Legislativo, de 128%.
Economista defende limite de gastos.
O inchaço é reflexo dos aumentos salariais expressivos concedidos nos oito anos do governo Lula. Na gestão do ex-presidente, pelo menos 64 categorias foram beneficiadas com reajustes salariais que ultrapassaram 250%. Para o cargo de analista do Banco Central, de 2002 para cá, a remuneração inicial saltou de R$ 3.636,59 para R$ 12.960,77, um aumento de 256,3%. Em termos reais, o reajuste foi de 109,3%, considerando uma inflação acumulada de 70,3% no período. Para os técnicos, o aumento real foi de 147,6%.
Na avaliação do economista Felipe Salto, da Tendências Consultoria, com tantos pedidos na mesa, o controle efetivo da despesa de pessoal só será possível se for incluído na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) um limite para esses gastos.
- Matheus
- Sênior
- Mensagens: 6182
- Registrado em: Qui Abr 28, 2005 4:33 pm
- Agradeceu: 341 vezes
- Agradeceram: 432 vezes
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Quando um come dois pães por dia e o outro nenhum, a média é que cada como um pão por dia....outra coisa, o gasto com funcionalismo em relação ao PIB tem decrescido nos últimos anos. A Globo já assumiu um lado, e só mostra o que convém.
- Bourne
- Sênior
- Mensagens: 21087
- Registrado em: Dom Nov 04, 2007 11:23 pm
- Localização: Campina Grande do Sul
- Agradeceu: 3 vezes
- Agradeceram: 21 vezes
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
O problema não é o custo do funcionalismo pública. O importante é a comparação com orçamento e PIB. O ponto central que a estrutura que é cara e não funciona.
Então se identifica aberrações de algum esperto como se fosse regra. Por exemplo, na época da greve dos professores apareceram alguns doentes de federais ganhando R$ 25 mil. Dava a impressão de que todo o docente se aposenta com esse valor. O que não é verdade. Conversei com uns dez que se aposentaram recentemente. A média salário gira em torno de nove mil em fim de carreira. isso para docentes com doutorado e fama internacional.
Cargos como analista do BC achar que R$ 3,6 mil está bom é piada. Eles são os caras que fiscalizam, organizam e constroem o sistema financeiro brasileiro. Além de exigirem qualificação e aperfeiçoamento constante. Esses R$ 12 mil que pagam hoje ainda está abaixo de cargos semelhantes em bancos privados, principalmente considerando que na iniciativa privada cresce mais rápida e sempre tem os bônus por desempenho. Porém é atrativa e compensa a diferença de ganhos pelas vantagens de ser funcionário público.
Na educação é pior. Muitos não chegam a entrar quando veem que um professor com mestrado e dedicação exclusiva ganha R$ 4,6 mil. Enquanto se fizer um concurso para burocracia que exige graduação faz R$ 7-8 mil ou, se for trabalhar na iniciativa privada, consegue seus quatro mil sem mestrado e podendo subir rápido. Por isso que os concurso até tem candidatos, mas não tem qualidade e a evasão é alta. Já me inscrevi em dois em que na hora não fui. Depois descobrir que não tinham contratado ninguém ou que só tinha um candidato que fez o concurso. E esse candidato tinha uma qualificação bem pior que a minha.
É claro que estou me referindo para os profissionais de alta qualificação que possuem opções. Entretanto, existe aberrações presentes na legislação que são criminosas. O concurso como do senado deveria ser anulado. Assessorista com segundo grau ganhando mais de 10 mil.
Então se identifica aberrações de algum esperto como se fosse regra. Por exemplo, na época da greve dos professores apareceram alguns doentes de federais ganhando R$ 25 mil. Dava a impressão de que todo o docente se aposenta com esse valor. O que não é verdade. Conversei com uns dez que se aposentaram recentemente. A média salário gira em torno de nove mil em fim de carreira. isso para docentes com doutorado e fama internacional.
Cargos como analista do BC achar que R$ 3,6 mil está bom é piada. Eles são os caras que fiscalizam, organizam e constroem o sistema financeiro brasileiro. Além de exigirem qualificação e aperfeiçoamento constante. Esses R$ 12 mil que pagam hoje ainda está abaixo de cargos semelhantes em bancos privados, principalmente considerando que na iniciativa privada cresce mais rápida e sempre tem os bônus por desempenho. Porém é atrativa e compensa a diferença de ganhos pelas vantagens de ser funcionário público.
Outros salários um analista do BNDES ganha R$ 8 mil para avaliar projetos de centenas de milhões. Para Petrobras era cinco mil, acho. Inicialmente é atraente por te abrir portas, mas dependendo do cargo com tempo chega uma empresa privada e diz "vem trabalhar com a gente. Nós pagamos umas três ou quatro vezes mais e vai fazer a mesma coisa" e normalmente vai embora.O inchaço é reflexo dos aumentos salariais expressivos concedidos nos oito anos do governo Lula. Na gestão do ex-presidente, pelo menos 64 categorias foram beneficiadas com reajustes salariais que ultrapassaram 250%. Para o cargo de analista do Banco Central, de 2002 para cá, a remuneração inicial saltou de R$ 3.636,59 para R$ 12.960,77, um aumento de 256,3%. Em termos reais, o reajuste foi de 109,3%, considerando uma inflação acumulada de 70,3% no período. Para os técnicos, o aumento real foi de 147,6%.
Na educação é pior. Muitos não chegam a entrar quando veem que um professor com mestrado e dedicação exclusiva ganha R$ 4,6 mil. Enquanto se fizer um concurso para burocracia que exige graduação faz R$ 7-8 mil ou, se for trabalhar na iniciativa privada, consegue seus quatro mil sem mestrado e podendo subir rápido. Por isso que os concurso até tem candidatos, mas não tem qualidade e a evasão é alta. Já me inscrevi em dois em que na hora não fui. Depois descobrir que não tinham contratado ninguém ou que só tinha um candidato que fez o concurso. E esse candidato tinha uma qualificação bem pior que a minha.
É claro que estou me referindo para os profissionais de alta qualificação que possuem opções. Entretanto, existe aberrações presentes na legislação que são criminosas. O concurso como do senado deveria ser anulado. Assessorista com segundo grau ganhando mais de 10 mil.
-
- Sênior
- Mensagens: 3804
- Registrado em: Qua Dez 03, 2008 12:34 am
- Localização: Goiânia-GO
- Agradeceu: 241 vezes
- Agradeceram: 84 vezes
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Alguns pontos eu concordo com o governo. Há carreiras que pedem aumentos que passariam da remuneração de ministros/presidente. Acredito que as carreiras que tem remunerações acima de 10 mil, devem ter aumentos menores. Para essas, os 15 % acho que está de bom tamanho. Outra coisa, há carreiras que ganham pouco, tem sua importância, MAS SÃO ÁREA-MEIO. Não podem ter a mesma remuneração e os mesmos aumentos da ÁREA-FIM. Exemplo: os técnicos de nível superios das Ifes ganham pouco, precisam sim de aumento, mas não no nível dos docentes. Agora, o governo federal urge resolver ALGUNS CASOS PONTUAIS GRAVES: os peritos federais agrários do Incra (engenheiros agrônomos) por exemplo, tem remuneração absurdamente baixa em comparação com seus cargos congêneros, sendo ultrapassados até por carreiras de nível médio! Ganham, de acordo com o portal servidor.gov.br, entre 4 e 7 mil reias brutos. As categorias semelhantes, entre 10 e 17 mil. E assim deve ter outros casos pontuais. Darem para estes 15 % parcelados em 3 anos é erro e injusto. Então em alguns pontos o GF tem que ceder...
- Sterrius
- Sênior
- Mensagens: 5140
- Registrado em: Sex Ago 01, 2008 1:28 pm
- Agradeceu: 115 vezes
- Agradeceram: 323 vezes
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
è por ae rodrigo. Não é que não tem gente que não mereça aumento.
Mas no momento que TODOS, repito, TODOS entraram em greve ao mesmo tempo eles botaram o governo na parede.
Se Ceder tem que ceder pra todos. E quebrar o orçamento
Ou não ceder.
Obviamente se escolheu a 2º opção. E precisar ir até 2014 assim o país vai até 2014 assim. Ja está bem obvio isso.
Outra é que algumas categorias estão pedindo o normal. Essas deveriam realmente ser atendidas com poucas mudanças.
mas outras exigem um absurdo. Superando o limite constitucional.
Podiam realmente tentar é legislar logo os ajustes anuais de salario, está ficando claro que não da pra arrastar mais isso e o país não tem mais juros malucos a ponto de que com uma boa organização não se resolva.
O que nao da é querer que o STF faça isso.
Mas no momento que TODOS, repito, TODOS entraram em greve ao mesmo tempo eles botaram o governo na parede.
Se Ceder tem que ceder pra todos. E quebrar o orçamento
Ou não ceder.
Obviamente se escolheu a 2º opção. E precisar ir até 2014 assim o país vai até 2014 assim. Ja está bem obvio isso.
Outra é que algumas categorias estão pedindo o normal. Essas deveriam realmente ser atendidas com poucas mudanças.
mas outras exigem um absurdo. Superando o limite constitucional.
Podiam realmente tentar é legislar logo os ajustes anuais de salario, está ficando claro que não da pra arrastar mais isso e o país não tem mais juros malucos a ponto de que com uma boa organização não se resolva.
O que nao da é querer que o STF faça isso.
- akivrx78
- Sênior
- Mensagens: 6524
- Registrado em: Dom Fev 08, 2009 8:16 am
- Agradeceu: 115 vezes
- Agradeceram: 342 vezes
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Conheça os cinco vilões do crescimento do Brasil
Infraestrutura precária, déficit de mão de obra especializada e sistema tributário complexo são alguns dos entraves
BBC | 22/08/2012 06:38:51 - Atualizada às 22/08/2012 11:26:01
Embora já tenha conquistado o posto de sexta maior economia do mundo em 2011, o Brasil ainda se vê às voltas com dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que destoam do papel assumido pelo país na cena internacional nos últimos anos.
Tal conjunto de entraves, o chamado 'Custo Brasil', impede um crescimento mais robusto da economia, minando a eficiência da indústria nacional e a competitividade dos produtos brasileiros.
Segundo especialistas, o recente cenário da queda dos juros deixou tais entraves ainda mais evidentes.
Agência Brasil
Pacote de investimentos de R$ 133 bilhões do governo brasileiro tenta diminuir 'custo Brasil'
'Por muito tempo, as empresas aproveitaram-se dos juros altos para ganhar dinheiro, aplicando seus lucros no mercado financeiro com vistas a maiores retornos. Porém esse cenário está mudando', afirmou à BBC Brasil André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.
Na prática, com aplicações agora menos rentáveis, as empresas começam a deslocar as aplicações do setor financeiro para o setor produtivo, investindo na expansão dos próprios negócios.
Nessa transição, o 'Custo Brasil' acaba ficando mais transparente, apontam os analistas.
Na semana passada, o governo anunciou um pacote de R$ 133 bilhões em concessões ao setor privado de rodovias e ferrovias brasileiras pelos próximos 25 anos, na tentativa de contornar graves gargalos da infraestrutura do país.
A decisão foi comemorada, porém ainda há um longo caminho a percorrer. Confira os cinco principais vilões do crescimento da economia brasileira, que, segundo as últimas previsões, não deve crescer acima de 1,75% neste ano.
1) Infraestrutura precária
Segundo um estudo do Departamento de Competitividade de Tecnologia (Decomtec), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), as empresas têm uma despesa anual extra de R$ 17 bilhões devido à precariedade da infraestrutura do país, incluindo péssimas condições das rodovias e sucateamento dos portos.
Como resultado, os custos logísticos acabam encarecendo o produto final. De acordo com um levantamento do instituto ILOS, cerca de 30% do preço da tonelada soja produzida em Mato Grosso e exportada do porto de Santos, por exemplo, referem-se apenas aos gastos com transporte do grão.
'O Brasil também fez uma opção pelo transporte rodoviário, mais caro do que outros meios, como ferrovias ou hidrovias', afirmou Márcio Salvato, coordenador do curso de Economia do Ibmec.
Além da infraestrutura, o país também sofre com as altas tarifas de energia elétrica, apesar de cerca de 70% de sua matriz energética ser proveniente de hidrelétricas, consideradas mais limpas e baratas.
Uma pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Fierj), publicada no ano passado, mostrou que o custo médio de energia no Brasil é 50% superior à média global e mais do que o dobro de outras economias emergentes.
2) Déficit de mão de obra especializada
AE/THALES STADLER
Déficit de mão de obra especializada é um dos entraves ao crescimento brasileiro
Em alguns setores da indústria, o Brasil já vive 'um apagão de mão de obra', com falta de profissionais qualificados capazes de executar tarefas essenciais ao crescimento do país.
Segundo o mais recente levantamento feito pela consultoria Manpower com 41 países ao redor do mundo, o Brasil ocupa a 2ª posição entre as nações com maior dificuldade em encontrar profissionais qualificados, atrás apenas do Japão.
Entre os empresários brasileiros entrevistados para a pesquisa, 71% afirmaram não ter conseguido achar no mercado pessoas adequadas para o trabalho.
Para efeitos de comparação, na Argentina o índice é de 45%, no México, de 43% e na China, de apenas 23%.
'Se no Japão o maior entrave é o envelhecimento da população, o problema no Brasil é a falta de qualificação profissional', afirmou à BBC Brasil Márcia Almström, diretora da Recursos Humanos da filial brasileira da Manpower.
De acordo com uma pesquisa divulgada neste ano pelo Ipea, o governo direcionou apenas 5% do PIB em 2010 para a educação, contra 7% do padrão internacional.
'Sofremos com a falta de profissionais de nível técnico, de operações manuais e de engenheiros', acrescentou Almström.
Atualmente, segundo a consultoria McKinsey, apenas 7% dos trabalhadores brasileiros têm diploma universitário, atrás da África do Sul (9%) e da Rússia (23%).
3) Sistema tributário complexo
Segundo o relatório 'Doing Business' do Banco Mundial, são necessárias 2.600 horas por ano para empresas de médio-porte brasileiras somente para pagar impostos, contra 415 na Argentina, 398 na China e 254 na Índia.
'Já passou da hora para que o Brasil simplifique seu sistema tributário', disse André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.
Um dos exemplos da alta complexidade tributária no Brasil pode ser verificado no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Como está presente em todos as etapas da cadeia produtiva, seu recolhimento ocorre diversas vezes e leva à cobrança de imposto sobre imposto, também conhecido de 'imposto em cascata'.
'São 27 legislações, uma para cada estado, além de alíquotas diferentes para cada produto. Isso sem falar na alíquota interestadual', afirmou Felipe Salto, economista da Tendências Consultoria e professor da FGV-SP. 'Isso dificulta a vida do empresariado brasileiro', acrescentou.
O resultado são produtos menos competitivos, que chegam mais caros às gôndolas e sofrem maior concorrência dos estrangeiros.
4) Baixa capacidade de investimentos público e privado
Historicamente, a taxa de investimentos tanto pública quanto privada é baixa no Brasil, em torno de 18% do PIB.
Especialistas consideram que seria necessário elevar esse patamar para, pelo menos, 25% do PIB, de forma a permitir um crescimento sustentável da economia.
Isso porque, sem investimentos, para a compra de novos maquinários ou para a construção de novas rotas de escoamento, por exemplo, há uma menor eficiência produtiva, o que encarece e diminui a competitividade dos produtos brasileiros.
'É preciso que o governo faça os ajustes necessários para aumentar a confiança do empresariado e, assim, incentivar o investimento', acrescentou Salto.
5) Burocracia excessiva
Segundo o Banco Mundial, entre 183 países o Brasil ocupa o 126º lugar quando se analisa a facilidade de se fazer negócios, abaixo da média da América Latina (95º) e atrás de países como Argentina (115º), México (53º), Chile (39º) e Japão (22º).
Até obter retorno sobre seus investimentos, cabe aos empresários brasileiros vencer uma via-crúcis, que, inclui, entre outras etapas, 13 procedimentos apenas para abrir um negócio, ou 119 dias.
Na Argentina, são necessários 26 dias, no Chile, 7 e na China, 14.
Entre tais procedimentos estão, por exemplo, a homologação da empresa em diferentes órgãos de supervisão, o registro dos funcionários e licenças ambientais.
'Ao fim e ao cabo, o custo das empresas é extremamente alto, antes mesmo que elas produzam qualquer centavo', afirmou Salvato.
http://economia.ig.com.br/2012-08-22/co ... rasil.html
Infraestrutura precária, déficit de mão de obra especializada e sistema tributário complexo são alguns dos entraves
BBC | 22/08/2012 06:38:51 - Atualizada às 22/08/2012 11:26:01
Embora já tenha conquistado o posto de sexta maior economia do mundo em 2011, o Brasil ainda se vê às voltas com dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que destoam do papel assumido pelo país na cena internacional nos últimos anos.
Tal conjunto de entraves, o chamado 'Custo Brasil', impede um crescimento mais robusto da economia, minando a eficiência da indústria nacional e a competitividade dos produtos brasileiros.
Segundo especialistas, o recente cenário da queda dos juros deixou tais entraves ainda mais evidentes.
Agência Brasil
Pacote de investimentos de R$ 133 bilhões do governo brasileiro tenta diminuir 'custo Brasil'
'Por muito tempo, as empresas aproveitaram-se dos juros altos para ganhar dinheiro, aplicando seus lucros no mercado financeiro com vistas a maiores retornos. Porém esse cenário está mudando', afirmou à BBC Brasil André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.
Na prática, com aplicações agora menos rentáveis, as empresas começam a deslocar as aplicações do setor financeiro para o setor produtivo, investindo na expansão dos próprios negócios.
Nessa transição, o 'Custo Brasil' acaba ficando mais transparente, apontam os analistas.
Na semana passada, o governo anunciou um pacote de R$ 133 bilhões em concessões ao setor privado de rodovias e ferrovias brasileiras pelos próximos 25 anos, na tentativa de contornar graves gargalos da infraestrutura do país.
A decisão foi comemorada, porém ainda há um longo caminho a percorrer. Confira os cinco principais vilões do crescimento da economia brasileira, que, segundo as últimas previsões, não deve crescer acima de 1,75% neste ano.
1) Infraestrutura precária
Segundo um estudo do Departamento de Competitividade de Tecnologia (Decomtec), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), as empresas têm uma despesa anual extra de R$ 17 bilhões devido à precariedade da infraestrutura do país, incluindo péssimas condições das rodovias e sucateamento dos portos.
Como resultado, os custos logísticos acabam encarecendo o produto final. De acordo com um levantamento do instituto ILOS, cerca de 30% do preço da tonelada soja produzida em Mato Grosso e exportada do porto de Santos, por exemplo, referem-se apenas aos gastos com transporte do grão.
'O Brasil também fez uma opção pelo transporte rodoviário, mais caro do que outros meios, como ferrovias ou hidrovias', afirmou Márcio Salvato, coordenador do curso de Economia do Ibmec.
Além da infraestrutura, o país também sofre com as altas tarifas de energia elétrica, apesar de cerca de 70% de sua matriz energética ser proveniente de hidrelétricas, consideradas mais limpas e baratas.
Uma pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Fierj), publicada no ano passado, mostrou que o custo médio de energia no Brasil é 50% superior à média global e mais do que o dobro de outras economias emergentes.
2) Déficit de mão de obra especializada
AE/THALES STADLER
Déficit de mão de obra especializada é um dos entraves ao crescimento brasileiro
Em alguns setores da indústria, o Brasil já vive 'um apagão de mão de obra', com falta de profissionais qualificados capazes de executar tarefas essenciais ao crescimento do país.
Segundo o mais recente levantamento feito pela consultoria Manpower com 41 países ao redor do mundo, o Brasil ocupa a 2ª posição entre as nações com maior dificuldade em encontrar profissionais qualificados, atrás apenas do Japão.
Entre os empresários brasileiros entrevistados para a pesquisa, 71% afirmaram não ter conseguido achar no mercado pessoas adequadas para o trabalho.
Para efeitos de comparação, na Argentina o índice é de 45%, no México, de 43% e na China, de apenas 23%.
'Se no Japão o maior entrave é o envelhecimento da população, o problema no Brasil é a falta de qualificação profissional', afirmou à BBC Brasil Márcia Almström, diretora da Recursos Humanos da filial brasileira da Manpower.
De acordo com uma pesquisa divulgada neste ano pelo Ipea, o governo direcionou apenas 5% do PIB em 2010 para a educação, contra 7% do padrão internacional.
'Sofremos com a falta de profissionais de nível técnico, de operações manuais e de engenheiros', acrescentou Almström.
Atualmente, segundo a consultoria McKinsey, apenas 7% dos trabalhadores brasileiros têm diploma universitário, atrás da África do Sul (9%) e da Rússia (23%).
3) Sistema tributário complexo
Segundo o relatório 'Doing Business' do Banco Mundial, são necessárias 2.600 horas por ano para empresas de médio-porte brasileiras somente para pagar impostos, contra 415 na Argentina, 398 na China e 254 na Índia.
'Já passou da hora para que o Brasil simplifique seu sistema tributário', disse André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.
Um dos exemplos da alta complexidade tributária no Brasil pode ser verificado no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Como está presente em todos as etapas da cadeia produtiva, seu recolhimento ocorre diversas vezes e leva à cobrança de imposto sobre imposto, também conhecido de 'imposto em cascata'.
'São 27 legislações, uma para cada estado, além de alíquotas diferentes para cada produto. Isso sem falar na alíquota interestadual', afirmou Felipe Salto, economista da Tendências Consultoria e professor da FGV-SP. 'Isso dificulta a vida do empresariado brasileiro', acrescentou.
O resultado são produtos menos competitivos, que chegam mais caros às gôndolas e sofrem maior concorrência dos estrangeiros.
4) Baixa capacidade de investimentos público e privado
Historicamente, a taxa de investimentos tanto pública quanto privada é baixa no Brasil, em torno de 18% do PIB.
Especialistas consideram que seria necessário elevar esse patamar para, pelo menos, 25% do PIB, de forma a permitir um crescimento sustentável da economia.
Isso porque, sem investimentos, para a compra de novos maquinários ou para a construção de novas rotas de escoamento, por exemplo, há uma menor eficiência produtiva, o que encarece e diminui a competitividade dos produtos brasileiros.
'É preciso que o governo faça os ajustes necessários para aumentar a confiança do empresariado e, assim, incentivar o investimento', acrescentou Salto.
5) Burocracia excessiva
Segundo o Banco Mundial, entre 183 países o Brasil ocupa o 126º lugar quando se analisa a facilidade de se fazer negócios, abaixo da média da América Latina (95º) e atrás de países como Argentina (115º), México (53º), Chile (39º) e Japão (22º).
Até obter retorno sobre seus investimentos, cabe aos empresários brasileiros vencer uma via-crúcis, que, inclui, entre outras etapas, 13 procedimentos apenas para abrir um negócio, ou 119 dias.
Na Argentina, são necessários 26 dias, no Chile, 7 e na China, 14.
Entre tais procedimentos estão, por exemplo, a homologação da empresa em diferentes órgãos de supervisão, o registro dos funcionários e licenças ambientais.
'Ao fim e ao cabo, o custo das empresas é extremamente alto, antes mesmo que elas produzam qualquer centavo', afirmou Salvato.
http://economia.ig.com.br/2012-08-22/co ... rasil.html
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Já começou a voltar para o Brasil investidores a fim de investir...por causa disso (ou em uma baita antecipação) a Der Spiegel colocou o Brasil de país modelo...
http://www.spiegel.de/international/wor ... 43591.html
Saiu na Bloomberg, um artigo sobre a mulher mais rica do Brasil com a fortuna de 13bi...
http://www.bloomberg.com/news/2012-08-2 ... rtune.html
http://www.spiegel.de/international/wor ... 43591.html
Saiu na Bloomberg, um artigo sobre a mulher mais rica do Brasil com a fortuna de 13bi...
http://www.bloomberg.com/news/2012-08-2 ... rtune.html
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- Paisano
- Sênior
- Mensagens: 16163
- Registrado em: Dom Mai 25, 2003 2:34 pm
- Localização: Volta Redonda, RJ - Brasil
- Agradeceu: 649 vezes
- Agradeceram: 285 vezes
- Contato:
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
O Brasil cresceu em ritmo chinês e ninguém festejou*
Fonte: http://observatoriodaimprensa.com.br/ne ... m_festejou
Fonte: http://observatoriodaimprensa.com.br/ne ... m_festejou
A economia brasileira cresceu em ritmo chinês em junho, a julgar pelo índice de atividade calculado mensalmente pelo Banco Central, o IBC-BR, considerado uma prévia do cálculo oficial do produto interno bruto (PIB). Se a taxa de 0,75% fosse acumulada em 12 meses, o resultado seria uma expansão de 9,38%, mas os jornalistas parecem haver esquecido de fazer essa conta. Preferiram concentrar-se na avaliação das perspectivas deste ano, reproduzindo as opiniões de vários entrevistados.
Segundo esses especialistas, dificilmente o crescimento de janeiro a dezembro de 2012 chegará a 2%. Eles parecem estar certos, mas uma análise daquele resultado mensal poderia proporcionar informações interessantes. O ponto de partida muito baixo, depois de uma fase de estagnação, é obviamente parte da resposta, mas a explicação completa envolveria outros fatores. Primeira pergunta: quais foram os setores mais dinâmicos?
Seria instrutivo combinar a informação do BC com os dados do IBGE e de outras fontes a respeito de consumo, criação de empregos e atividade industrial. Isso daria mais solidez a qualquer discussão sobre as perspectivas da economia até o fim do ano e – mais importante – sobre as possibilidades dos próximos anos. Afinal, essa é uma das preocupações evidenciadas pela decisão do governo de envolver o setor privado, mais amplamente, nos planos de expansão e de modernização da infraestrurura.
Posição pragmática
O Brasil passou o Cabo da Boa Esperança e retomou o crescimento, disse na sexta-feira (17/8) o ministro da Fazenda Guido Mantega, comentando os últimos dados de conjuntura – criação de cerca de 142,5 mil empregos formais em julho, expansão de 0,5% nas vendas do varejo em junho, e o aumento da atividade apontado pelo IBC-BR. Mas as perspectivas de médio e de longo prazos envolvem questões mais complicadas. O plano de investimentos em logística lançado pelo governo pertence a esse capítulo, assim como a promessa de redução de encargos sobre a energia elétrica.
Todos os jornais classificaram como privatização – ponto destacado na primeira página – a convocação do setor privado para o plano de rodovias e ferrovias. O apelo ao capital e à competência administrativa dos grupos particulares é inegável, assim como o emperramento das obras previstas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Mas discutir se concessão é uma forma de privatização é pouco relevante. Do lado da imprensa, foi uma picuinha. Do lado do governo, uma tentativa de marcar posição e, acima de tudo, uma satisfação aos companheiros de ideologia.
As novidades mais importantes eram outras. Uma delas, obviamente, foi a decisão de retomar as concessões e de recorrer às parcerias público-privadas (PPPs). Foi o afrouxamento de uma restrição política, em troca de uma posição mais pragmática. Outra mudança relevante foi a ênfase em ações de maior alcance, num esforço para garantir o crescimento no médio e longo prazos. A presidente Dilma Rousseff chamou a atenção para essa nova ênfase na ação de caráter estrutural.
História distinta
No dia seguinte, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Fernando Pimentel afirmou a existência de uma política industrial e de uma agenda voltada para o problema da competitividade. Essa afirmação seria uma redundância, até engraçada, se a existência dessa política estivesse acima de qualquer dúvida séria. A intervenção do ministro Pimentel, geralmente silencioso e pouco presente nos debates políticos mais importantes, foi uma resposta aos críticos do Plano Brasil Maior, mas até esse comentário foi menosprezado pelos jornais. O ministro Pimentel continua uma figura praticamente ignorada, quando se discute política econômica.
O Valor publicou, na edição de sexta-feira (17), uma reportagem sobre quem aconselha a presidente Dilma Rousseff na formulação dos novos pacotes de infraestrutura. As figuras importantes, segundo o jornal, são o secretário do Tesouro Arno Augustin, o presidente da Empresa de Trens de Alta Velocidade Bernardo Figueiredo, a chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann, o advogado geral da União Luís Inácio Adams e o ministro dos Transportes, Paulo Passos.
Esse esforço para dar cara aos formuladores de políticas e contar como se tomam as decisões tem sido raro na imprensa. De vez em quando aparece uma boa história desse tipo, mas, de modo geral, as decisões são noticiadas como se houvessem resultado de um debate com a participação de um colegiado bem conhecido e burocraticamente organizado.
Com frequência a história verdadeira é muito diferente, como sabe qualquer repórter com alguns anos de experiência. Quando se trata de contar como funcionam de fato as máquinas administrativas – públicas e privadas – o velho jornalismo continua imbatível.
***
*Rolf Kuntz é jornalista - em 21/08/2012 na edição 708
- Bourne
- Sênior
- Mensagens: 21087
- Registrado em: Dom Nov 04, 2007 11:23 pm
- Localização: Campina Grande do Sul
- Agradeceu: 3 vezes
- Agradeceram: 21 vezes
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Pelo texto até o Ministério da Fazenda e BC estão errados. Não sabem ler as próprias pesquisas.
O que não consegui achar no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado dia 22.
http://www.bcb.gov.br/textonoticia.asp? ... I=NOTICIAS
A estimativa dos economistas governo e fora é menos de 2%. Com ou sem imprensa golpista. Pode ser um pouco mais ou menos, mas nada muito diferente. E não aparece nenhum fato que jogue o valor para muito acima ou abaixo. E juros continuam caindo e inflação na meta. Só que não cresce. O que leva ao problema da falta de investimento na estrutura produtiva, incluindo infraestrutura e estruturais do país. Esses são complicados.
O que não consegui achar no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado dia 22.
http://www.bcb.gov.br/textonoticia.asp? ... I=NOTICIAS
A estimativa dos economistas governo e fora é menos de 2%. Com ou sem imprensa golpista. Pode ser um pouco mais ou menos, mas nada muito diferente. E não aparece nenhum fato que jogue o valor para muito acima ou abaixo. E juros continuam caindo e inflação na meta. Só que não cresce. O que leva ao problema da falta de investimento na estrutura produtiva, incluindo infraestrutura e estruturais do país. Esses são complicados.
-
- Sênior
- Mensagens: 2627
- Registrado em: Dom Ago 02, 2009 1:16 pm
- Agradeceu: 203 vezes
- Agradeceram: 147 vezes
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Tomara que seja verdade e que continue assim.Paisano escreveu:O Brasil cresceu em ritmo chinês e ninguém festejou*
Fonte: http://observatoriodaimprensa.com.br/ne ... m_festejou
A economia brasileira cresceu em ritmo chinês em junho, a julgar pelo índice de atividade calculado mensalmente pelo Banco Central, o IBC-BR, considerado uma prévia do cálculo oficial do produto interno bruto (PIB). Se a taxa de 0,75% fosse acumulada em 12 meses, o resultado seria uma expansão de 9,38%, mas os jornalistas parecem haver esquecido de fazer essa conta. Preferiram concentrar-se na avaliação das perspectivas deste ano, reproduzindo as opiniões de vários entrevistados.
Segundo esses especialistas, dificilmente o crescimento de janeiro a dezembro de 2012 chegará a 2%. Eles parecem estar certos, mas uma análise daquele resultado mensal poderia proporcionar informações interessantes. O ponto de partida muito baixo, depois de uma fase de estagnação, é obviamente parte da resposta, mas a explicação completa envolveria outros fatores. Primeira pergunta: quais foram os setores mais dinâmicos?
Seria instrutivo combinar a informação do BC com os dados do IBGE e de outras fontes a respeito de consumo, criação de empregos e atividade industrial. Isso daria mais solidez a qualquer discussão sobre as perspectivas da economia até o fim do ano e – mais importante – sobre as possibilidades dos próximos anos. Afinal, essa é uma das preocupações evidenciadas pela decisão do governo de envolver o setor privado, mais amplamente, nos planos de expansão e de modernização da infraestrurura.
Posição pragmática
O Brasil passou o Cabo da Boa Esperança e retomou o crescimento, disse na sexta-feira (17/8) o ministro da Fazenda Guido Mantega, comentando os últimos dados de conjuntura – criação de cerca de 142,5 mil empregos formais em julho, expansão de 0,5% nas vendas do varejo em junho, e o aumento da atividade apontado pelo IBC-BR. Mas as perspectivas de médio e de longo prazos envolvem questões mais complicadas. O plano de investimentos em logística lançado pelo governo pertence a esse capítulo, assim como a promessa de redução de encargos sobre a energia elétrica.
Todos os jornais classificaram como privatização – ponto destacado na primeira página – a convocação do setor privado para o plano de rodovias e ferrovias. O apelo ao capital e à competência administrativa dos grupos particulares é inegável, assim como o emperramento das obras previstas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Mas discutir se concessão é uma forma de privatização é pouco relevante. Do lado da imprensa, foi uma picuinha. Do lado do governo, uma tentativa de marcar posição e, acima de tudo, uma satisfação aos companheiros de ideologia.
As novidades mais importantes eram outras. Uma delas, obviamente, foi a decisão de retomar as concessões e de recorrer às parcerias público-privadas (PPPs). Foi o afrouxamento de uma restrição política, em troca de uma posição mais pragmática. Outra mudança relevante foi a ênfase em ações de maior alcance, num esforço para garantir o crescimento no médio e longo prazos. A presidente Dilma Rousseff chamou a atenção para essa nova ênfase na ação de caráter estrutural.
História distinta
No dia seguinte, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Fernando Pimentel afirmou a existência de uma política industrial e de uma agenda voltada para o problema da competitividade. Essa afirmação seria uma redundância, até engraçada, se a existência dessa política estivesse acima de qualquer dúvida séria. A intervenção do ministro Pimentel, geralmente silencioso e pouco presente nos debates políticos mais importantes, foi uma resposta aos críticos do Plano Brasil Maior, mas até esse comentário foi menosprezado pelos jornais. O ministro Pimentel continua uma figura praticamente ignorada, quando se discute política econômica.
O Valor publicou, na edição de sexta-feira (17), uma reportagem sobre quem aconselha a presidente Dilma Rousseff na formulação dos novos pacotes de infraestrutura. As figuras importantes, segundo o jornal, são o secretário do Tesouro Arno Augustin, o presidente da Empresa de Trens de Alta Velocidade Bernardo Figueiredo, a chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann, o advogado geral da União Luís Inácio Adams e o ministro dos Transportes, Paulo Passos.
Esse esforço para dar cara aos formuladores de políticas e contar como se tomam as decisões tem sido raro na imprensa. De vez em quando aparece uma boa história desse tipo, mas, de modo geral, as decisões são noticiadas como se houvessem resultado de um debate com a participação de um colegiado bem conhecido e burocraticamente organizado.
Com frequência a história verdadeira é muito diferente, como sabe qualquer repórter com alguns anos de experiência. Quando se trata de contar como funcionam de fato as máquinas administrativas – públicas e privadas – o velho jornalismo continua imbatível.
***
*Rolf Kuntz é jornalista - em 21/08/2012 na edição 708
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
- Clermont
- Sênior
- Mensagens: 8842
- Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
- Agradeceu: 632 vezes
- Agradeceram: 644 vezes
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Não entendi. O Governo não diz que não há recursos para dar aumento aos funcionários públicos? Então, de onde é que sai dinheiro para criar MAIS UMA ESTATAL?
O estilo de uma presidente.
Ilimar Franco, O Globo - 24.08.12.
Ninguém no governo soube antecipadamente da criação da nova estatal, a Empresa de Planejamento e Logística (EPL). O segredo só foi possível porque a presidente Dilma desenvolveu um novo método contra vazamentos.
Após o anúncio, Dilma relatou o feito para um grupo de auxiliares. Quando Bernardo Figueiredo defendeu sua criação numa reunião de trabalho, Dilma descartou a sugestão com veemência. Terminado o debate coletivo, chamou Bernardo para uma conversa a sós no gabinete e deu sinal verde para criar a nova estatal. Pediu sigilo absoluto e alertou que, se a informação vazasse, ele não seria nomeado para a função. Nesse caso, funcionou.
O estilo de uma presidente.
Ilimar Franco, O Globo - 24.08.12.
Ninguém no governo soube antecipadamente da criação da nova estatal, a Empresa de Planejamento e Logística (EPL). O segredo só foi possível porque a presidente Dilma desenvolveu um novo método contra vazamentos.
Após o anúncio, Dilma relatou o feito para um grupo de auxiliares. Quando Bernardo Figueiredo defendeu sua criação numa reunião de trabalho, Dilma descartou a sugestão com veemência. Terminado o debate coletivo, chamou Bernardo para uma conversa a sós no gabinete e deu sinal verde para criar a nova estatal. Pediu sigilo absoluto e alertou que, se a informação vazasse, ele não seria nomeado para a função. Nesse caso, funcionou.
- Sterrius
- Sênior
- Mensagens: 5140
- Registrado em: Sex Ago 01, 2008 1:28 pm
- Agradeceu: 115 vezes
- Agradeceram: 323 vezes
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
quando o emprego ta em jogo todo mundo guarda segredo .
E criar estatal é a coisa +facil no Brasil! Cria no papel e só da orçamento pra estatal no ano que vem, ou mantem no papel de acordo com a conveniência.
E criar estatal é a coisa +facil no Brasil! Cria no papel e só da orçamento pra estatal no ano que vem, ou mantem no papel de acordo com a conveniência.
- Guerra
- Sênior
- Mensagens: 14202
- Registrado em: Dom Abr 27, 2003 10:47 pm
- Agradeceu: 53 vezes
- Agradeceram: 135 vezes
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
Vamos aguardar para ver qual partido felizardo vai ganhar esse feudo em troca de apoio.Clermont escreveu:Não entendi. O Governo não diz que não há recursos para dar aumento aos funcionários públicos? Então, de onde é que sai dinheiro para criar MAIS UMA ESTATAL?
O estilo de uma presidente.
Ilimar Franco, O Globo - 24.08.12.
Ninguém no governo soube antecipadamente da criação da nova estatal, a Empresa de Planejamento e Logística (EPL). O segredo só foi possível porque a presidente Dilma desenvolveu um novo método contra vazamentos.
Após o anúncio, Dilma relatou o feito para um grupo de auxiliares. Quando Bernardo Figueiredo defendeu sua criação numa reunião de trabalho, Dilma descartou a sugestão com veemência. Terminado o debate coletivo, chamou Bernardo para uma conversa a sós no gabinete e deu sinal verde para criar a nova estatal. Pediu sigilo absoluto e alertou que, se a informação vazasse, ele não seria nomeado para a função. Nesse caso, funcionou.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
- NettoBR
- Sênior
- Mensagens: 2773
- Registrado em: Sáb Abr 28, 2012 10:36 am
- Localização: Ribeirão Preto-SP
- Agradeceu: 1085 vezes
- Agradeceram: 320 vezes
Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA
MP que cria empresa de logística tem 62 emendas
Publicado em 24/08/2012 - 08:43
A medida provisória que criou a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), responsável pelo planejamento, desenvolvimento e integração do transporte rodoviário e ferroviário no país, recebeu 62 emendas de deputados e senadores. A maior parte exige transparência da empresa e rigor na composição de sua direção ou busca incluir trechos de rodovias ou ferrovias no plano de concessões anunciado pela presidente Dilma Rousseff, que prevê investimento de R$ 133 bilhões em infraestrutura. A resistência ao economista Bernardo Figueiredo, escolhido por Dilma para presidir a EPL, fica patente em algumas emendas.
Proposta do deputado Filipe Pereira (PSC-RJ) veda a indicação "de pessoa cujo nome tenha sido rejeitado pelo Senado Federal para ocupar cargo ou função na Administração Pública Federal". Pereira também propõe que a Lei da Ficha Limpa seja observada, na contratação de servidores para a EPL.
Em março deste ano, o Senado rejeitou a recondução de Figueiredo para a direção-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou ao Valor que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a nomeação do economista para presidir a nova empresa.
Emendas do líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), e do deputado Mendes Thame (PSDB-SP) propõem que os membros da diretoria da EPL sejam aprovados pelo Senado, após sabatina pela comissão técnica pertinente, como acontece com os dirigentes das agências reguladoras. Thame também quer que o Congresso autorize a EPL a constituir subsidiárias.
O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) estabelece, em emenda, que sejam exigidos títulos acadêmicos e atestados de experiência profissional dos servidores que vão atuar na EPL. "Sem isso, corre-se o risco de a EPL se tornar um verdadeiro cabide de empregos, preenchido com base em critérios meramente políticos".
O deputado Milton Monti (PR-SP) apresentou emendas propondo que a EPL seja vinculada à Casa Civil da Presidência da República e tenha apenas função de planejamento e coordenação dos programas das ações governamentais. A execução estaria a cargo dos órgãos ligados à logística de transportes - que, por sua vez, seriam transformados em três ministérios distintos: da Aviação, de Portos e Hidrovias e dos Transportes Terrestres.
Há várias emendas propondo que os contratos realizados pela EPL sejam divulgados na internet, incluindo dados sobre o seu objeto, os valores envolvidos e as empresas beneficiadas. "Transparência é uma das armas fundamentais que a sociedade tem para a fiscalização da aplicação correta dos recursos públicos", diz o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), um dos parlamentares que propõem essa exigência. O deputado Francisco Araújo (PSD-RR) quer que a EPL disponibilize em site oficial informações gerenciais e administrativas referentes à sua atuação, além dos dados sobre contratos. O deputado Zezéu Ribeiro (PT-BA), em emenda, exclui da MP os locais previstos para a instalação de escritórios da EPL.
O deputado André Figueiredo (PDT-CE) propõe suprimir dispositivo da MP, por suposta inconstitucionalidade, que prevê que a nova empresa possa "constituir subsidiária integral, bem como participar como sócia ou acionista minoritária em outras sociedades, desde que essa constituição ou participação esteja voltada para o seu objeto social". Também quer suprimir dispositivo que permite adoção de procedimento simplificado para seleção das instituições científicas e tecnológicas para realização de pesquisas.
Pelo interesse despertado nos parlamentares para tentar ampliar o plano de investimentos em infraestrutura do governo, o volume de emendas foi considerado baixo - talvez porque o Congresso esteja funcionando em regime de recesso branco. Nesta semana, houve esforço concentrado apenas na Câmara dos Deputados. Não houve quorum para instalar a comissão mista encarregada de dar parecer à MP.
Parlamentares do Nordeste se mobilizaram para pressionar o governo a incluir rodovias e ferrovias da região no plano de investimento. O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), pede a duplicação da BR 304, no trecho que liga Natal a Mossoró. O deputado Danilo Fortes (PMDB-CE) propõe que o cessionário autorizado a explorar a malha viária na região execute a duplicação de trechos das rodovias BR 222 (Teresina e Fortaleza), BR 304 (Aracati a Natal) e BR 101 (Recife a Salvador). Representantes do Rio Grande do Sul, o deputado Darcísio Perondi (PMDB) apresentou emenda para duplicação da BR 386, no trecho Lajeado até Iraí, e a construção de uma ponte sobre o rio Ibicuí, na BR 472. O deputado Efraim Filho (DEM-PB) propõe ligação ferroviária entre Missão Velha (CE) e Cabedelo (PB). O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) pede que sejam elaborados estudos para a implantação do transporte ferroviário entre Brasília e Luziânia (GO) e entre Brasília e Goiânia, além dá extensão do Veículo Leve sobre Trilho até áreas centrais de Brasília e Planaltina.
Valor Econômico
Fonte: http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=69747
Publicado em 24/08/2012 - 08:43
A medida provisória que criou a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), responsável pelo planejamento, desenvolvimento e integração do transporte rodoviário e ferroviário no país, recebeu 62 emendas de deputados e senadores. A maior parte exige transparência da empresa e rigor na composição de sua direção ou busca incluir trechos de rodovias ou ferrovias no plano de concessões anunciado pela presidente Dilma Rousseff, que prevê investimento de R$ 133 bilhões em infraestrutura. A resistência ao economista Bernardo Figueiredo, escolhido por Dilma para presidir a EPL, fica patente em algumas emendas.
Proposta do deputado Filipe Pereira (PSC-RJ) veda a indicação "de pessoa cujo nome tenha sido rejeitado pelo Senado Federal para ocupar cargo ou função na Administração Pública Federal". Pereira também propõe que a Lei da Ficha Limpa seja observada, na contratação de servidores para a EPL.
Em março deste ano, o Senado rejeitou a recondução de Figueiredo para a direção-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou ao Valor que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a nomeação do economista para presidir a nova empresa.
Emendas do líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), e do deputado Mendes Thame (PSDB-SP) propõem que os membros da diretoria da EPL sejam aprovados pelo Senado, após sabatina pela comissão técnica pertinente, como acontece com os dirigentes das agências reguladoras. Thame também quer que o Congresso autorize a EPL a constituir subsidiárias.
O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) estabelece, em emenda, que sejam exigidos títulos acadêmicos e atestados de experiência profissional dos servidores que vão atuar na EPL. "Sem isso, corre-se o risco de a EPL se tornar um verdadeiro cabide de empregos, preenchido com base em critérios meramente políticos".
O deputado Milton Monti (PR-SP) apresentou emendas propondo que a EPL seja vinculada à Casa Civil da Presidência da República e tenha apenas função de planejamento e coordenação dos programas das ações governamentais. A execução estaria a cargo dos órgãos ligados à logística de transportes - que, por sua vez, seriam transformados em três ministérios distintos: da Aviação, de Portos e Hidrovias e dos Transportes Terrestres.
Há várias emendas propondo que os contratos realizados pela EPL sejam divulgados na internet, incluindo dados sobre o seu objeto, os valores envolvidos e as empresas beneficiadas. "Transparência é uma das armas fundamentais que a sociedade tem para a fiscalização da aplicação correta dos recursos públicos", diz o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), um dos parlamentares que propõem essa exigência. O deputado Francisco Araújo (PSD-RR) quer que a EPL disponibilize em site oficial informações gerenciais e administrativas referentes à sua atuação, além dos dados sobre contratos. O deputado Zezéu Ribeiro (PT-BA), em emenda, exclui da MP os locais previstos para a instalação de escritórios da EPL.
O deputado André Figueiredo (PDT-CE) propõe suprimir dispositivo da MP, por suposta inconstitucionalidade, que prevê que a nova empresa possa "constituir subsidiária integral, bem como participar como sócia ou acionista minoritária em outras sociedades, desde que essa constituição ou participação esteja voltada para o seu objeto social". Também quer suprimir dispositivo que permite adoção de procedimento simplificado para seleção das instituições científicas e tecnológicas para realização de pesquisas.
Pelo interesse despertado nos parlamentares para tentar ampliar o plano de investimentos em infraestrutura do governo, o volume de emendas foi considerado baixo - talvez porque o Congresso esteja funcionando em regime de recesso branco. Nesta semana, houve esforço concentrado apenas na Câmara dos Deputados. Não houve quorum para instalar a comissão mista encarregada de dar parecer à MP.
Parlamentares do Nordeste se mobilizaram para pressionar o governo a incluir rodovias e ferrovias da região no plano de investimento. O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), pede a duplicação da BR 304, no trecho que liga Natal a Mossoró. O deputado Danilo Fortes (PMDB-CE) propõe que o cessionário autorizado a explorar a malha viária na região execute a duplicação de trechos das rodovias BR 222 (Teresina e Fortaleza), BR 304 (Aracati a Natal) e BR 101 (Recife a Salvador). Representantes do Rio Grande do Sul, o deputado Darcísio Perondi (PMDB) apresentou emenda para duplicação da BR 386, no trecho Lajeado até Iraí, e a construção de uma ponte sobre o rio Ibicuí, na BR 472. O deputado Efraim Filho (DEM-PB) propõe ligação ferroviária entre Missão Velha (CE) e Cabedelo (PB). O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) pede que sejam elaborados estudos para a implantação do transporte ferroviário entre Brasília e Luziânia (GO) e entre Brasília e Goiânia, além dá extensão do Veículo Leve sobre Trilho até áreas centrais de Brasília e Planaltina.
Valor Econômico
Fonte: http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=69747
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Liev Tolstói
Liev Tolstói