Casei duas notícias e aproveitei para ressucitar este tópico:
1) Saiu na imprensa a renovação do contrato do Gotland com a US Navy, pois não importa os meios que a US Navy empregue, ela não consegue detectar este sub. Interessante é que ele usa um sistema Stirling, que teria algumas desvantagens em termos de assinatura térmica e emissão de gases, como disse a Koslova, mas até agora a marinha tecnologicamente mais avançada do planeta não conseguiu usar estas desvantagens a seu favor para conseguir detectar o sub sueco...
2) O pessoal falou do projeto do novo sub coreano de 3.000 ton e eu lembrei do futuro sub que eventualmente sucederia o IKL-214 na MB, que também teria uma alta tonelagem e um tamanho maior...
Pensei que, já que este sub de projeto nacional seria maior em diâmetro e comprimento, para servir de base para o SNA, e portanto estaríamos aí com "espaço de sobra", não seria interessante usar nele um AIP Stirling, porque:
1) O Stirling funciona com diesel (ou biodiesel???) e oxigênio, que o sub já tem que armazenar e produzir de qualquer maneira, pois seus geradores usam diesel e seus tripulantes usam oxigênio...
2) Pelo exposto acima, não tem os inconvenientes da necessidade de uma infra-estrutura logística especializada e do maior preço por milha navegada, que foi o argumento usado pela MB para declinar do uso das Fuel Cells - precisava do hidrogênio com pureza de não sei quantos %, que não seria disponível em todos os portos, é caro, e blá, blá, bla´... Diesel tem que usar de qualquer jeito !!!
3) O Stirling tem se mostrado uma opção extremamente válida nos exercícios com a US Navy, sendo certamente uma opção mais econômica que as Fuel Cells, e com menos impacto no projeto do sub....
4) Deixar um sub grande e pesado sem esnorkear a maior parte do tempo possível parece ser útil, não no Atlântico Sul, mas principalmente se pensarmos em ações no Caribe, ou incursões no Mediterrâneo e no Mar Vermelho, áreas estas mais restritas, em eventuais ataques estratégicos para desestabilização econômica de um país em conflito com o Brasil, atacando rotas mercantes distantes, ou fluxo de combustível, matérias primas, etc...
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