Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.
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#31
Mensagem
por FIGHTERCOM » Ter Jan 09, 2018 9:26 am
Lord Nauta escreveu:Tikuna escreveu:Abro esse tópico para discutir nossas opções quase impossíveis de Navio Aeródromo, posto que esse seria o terceiro item na tabela de prioridades da MB, acho interessante a discussão.
Em minha opinião a MB não terá pelo menos nos próximos 30 anos um NAe. A tal ''terceira prioridade'' e pura balela. Antes do NAe tem uma lista imensa.
Alguns exemplos:
1. Renovação da Força de Minagem e Varredura;
2. Substituição de todos os navios de escolta;
3. Construção de novos NaPaCo, NaPaOC e NaPaflu;
4. Conclusão da primeira etapa do PROSUB;
5. Substituição dos navios anfíbios;
6. Substituição do NE Brasil;
7. Substituição de parte da frota da DHN;
8. Substituição do Ary Rongel;
9. Implantação do SISGAAZ; e
10. Obtenção de NaApLo.
Considerando o exposto acredito que discutir sobre uma hipótese plausível talvez daqui a 20/30 anos e um pouco prematuro. Eu, sinceramente acredito que o Brasil não tem envergadura para ter uma Esquadra nucleada em NAe's, por ser esta prerrogativa de países lideres e não ''meia boca'' e periféricos como o nosso Brasil varonil.
Sds
Lord Nauta
[justificar]Prezados, bom dia!
Também acredito que dificilmente teremos um NAe nos próximos anos. É tamanha a defasagem dos meios navais da MB que a prioridade para os próximos anos deveria ser dada aos navios de patrulha, as corvertas e os submarinos, talvez quem sabe as fragatas. Não arrisco a dizer números, mas é preciso que tenhamos escala na produção dos mesmos para por um fim ao ciclo: constrói 4 unidades, pára no tempo por 20 anos, contrata um empresa estrangeira para fornecer um projeto moderno e ToTs, constrói 4 unidades...
Enquanto a MB vai tocando esses projetos, o L-12 Ocean vai dando conta do recado com a aviação de asas rotativas. Mas a pergunta que fica é: e os Skyhawks? Eu já teria anunciado na OLX (desapega...)
Abraços,
Wesley[/justificar]
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#32
Mensagem
por FIGHTERCOM » Ter Jan 09, 2018 9:31 am
FCarvalho escreveu:Em recente entrevista à revista FA o cmte da marinha deixou escapar sobre o Pronae a visão que se tem para a solução do mesmo na forma de um "navio aeródromo ligeiro".
Isso pode significar muita coisa e coisa nenhuma. Mas a manter-se a atual linha pragmática adotada, podemos ver novidades antes não consideradas neste projeto.
E para constar, o almirante mais uma vez ressaltou que a MB 'não abrirá mão da aviação de asa fixa'.
Acho que pra bom entendedor meia palavra basta.
Abs
Ou seja, os Skyhawks vão continuar por bom tempo...
Abraços,
Wesley
Editado pela última vez por
FIGHTERCOM em Ter Jan 09, 2018 9:34 am, em um total de 1 vez.
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#33
Mensagem
por FIGHTERCOM » Ter Jan 09, 2018 9:34 am
FCarvalho escreveu:Quanto ao Pronae a única pergunta que me veio a cabeça é: o que a MB entende por se um Nae ligeiro?
O entrevistador não teve essa curiosidade, ou não quis arriscar encerrar a conversa ali mesmo.
Abs
Isso leva a uma segunda pergunta: Quais as opções de caças para esse NAe ligeiro?
Abraços,
Wesley
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#34
Mensagem
por pmicchi » Ter Jan 09, 2018 10:39 am
Túlio escreveu:
Cupincha véio, dá uma espiadinha no custo da hora de voo de
UM SÓ Osprey (quase o do F-35C), compares com a dos helis que a MB opera e depois me digas se ele não seria apenas enfeite de convés...
Eu escrevi "tecnologia", não para comprar Ospreys. Nossa Marinha está presa a paradigmas do passado - pensando em escoltas ASW e porta-avioes com catapultas.
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#35
Mensagem
por pmicchi » Ter Jan 09, 2018 10:46 am
FCarvalho escreveu:Grosso modo, priorizar os investimentos nos programas de submarinos, as CCT e o Pronae (Nae ligeiro?)
A aviação naval asa fixa tem seu futuro assegurado, não deixará de existir,; investir na substituição de meios navais como navios caça minas, napa 500, e aquisição por oportunidade de meios auxiliares.
Por enquanto nada de P3 na MB, e nem patrulha naval.
No mais, tentar manter o melhor possível a operacionalidade da força com o que se tem.
Acho que é isso.
Pragmatismo é a palavra de ordem.
abs.
eu li a entrevista. Priorizar em tres programas (subs, escoltas e NAe) é não priorizar coisa alguma. E, pior, querem manter uma avião embarcada obsoleta sem NAe e não quer aviação de patrulha. Isso é desperdicio de dinheiro público.
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#36
Mensagem
por alex » Ter Jan 09, 2018 11:36 am
Vendo os exemplos dos japoneses e coreanos de construção de seus NAE o valor destes navios equivalem a de uma fragata media, o porém é que foram desenvolvidos para acomodar o unico caça do ocidente capaz de decolar sem auxilio do navio: o caríssimo ( problemático e não testado em combate) F35. Alem de caro só é fornecido aos aliados "carnais" da OTAN.
Não vejo solução para este problema. Acho que na melhor das ilusões consigamos construir, no futuro, na Coreia um Porta Helicópteros novo. E só.
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#37
Mensagem
por Túlio » Ter Jan 09, 2018 11:51 am
FIGHTERCOM escreveu:
Isso leva a uma segunda pergunta: Quais as opções de caças para esse NAe ligeiro?
Abraços,
Wesley
A escolha fica entre NADA e NENHUM! Claro, quero entender que falas de CAÇAS de verdade, não arremedos & gambiarras...
pmicchi escreveu:
Eu escrevi "tecnologia", não para comprar Ospreys. Nossa Marinha está presa a paradigmas do passado - pensando em escoltas ASW e porta-avioes com catapultas.
Aí concordo. Apenas me atrapalhei com o link que postaste e que, a meu ver, me autorizava a pensar que achavas tri ter V-22 no Opalão...
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#38
Mensagem
por Marechal-do-ar » Ter Jan 09, 2018 1:18 pm
FIGHTERCOM escreveu:Isso leva a uma segunda pergunta: Quais as opções de caças para esse NAe ligeiro?
F-35, que na prática é o mesmo que nada já que quem não quis bancar R$1 bi para reformar um NAE não vai bancar um esquadrão desses.
pmicchi escreveu:Eu escrevi "tecnologia", não para comprar Ospreys. Nossa Marinha está presa a paradigmas do passado - pensando em escoltas ASW e porta-avioes com catapultas.
E qual o paradigma do futuro?
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#39
Mensagem
por FCarvalho » Ter Jan 09, 2018 6:44 pm
Lord Nauta escreveu:Marechal-do-ar escreveu:No mundo militar, "ligeiro" costuma ser um eufemismo para "pequeno".
Faixa de 15.000/25.000 ton. O Príncipe de Asturias e os ex-classe Invincible são exemplos modernos desta classe de NAe.
Sds
Lord Nauta
Lord, dá uma olhada no site do CPN e depois me diz o que tem de mais parecido com um Nae lá.
É só pensar e somar dois mais dois. Década de 2030 meu amigo. Até lá a casa vai sendo arrumada com ajuda, e expertise tecnológica importada de fora.
Vamos ter tempo. Se vai ser como estão pensando, vamos o futuro dirá.
Abs
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#40
Mensagem
por FCarvalho » Ter Jan 09, 2018 6:53 pm
FIGHTERCOM escreveu:FCarvalho escreveu:Quanto ao Pronae a única pergunta que me veio a cabeça é: o que a MB entende por se um Nae ligeiro?
O entrevistador não teve essa curiosidade, ou não quis arriscar encerrar a conversa ali mesmo.
Abs
Isso leva a uma segunda pergunta: Quais as opções de caças para esse NAe ligeiro?
Abraços,
Wesley
Hoje nenhuma. Mas os anos de 2030 devem oferecer novidades. Algumas já conhecidas e outras potencialmente novas.
Por enquanto, a ordem é manter a asa fixa viva a qualquer custo.
Abs
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#41
Mensagem
por FCarvalho » Ter Jan 09, 2018 7:05 pm
pmicchi escreveu:FCarvalho escreveu:Grosso modo, priorizar os investimentos nos programas de submarinos, as CCT e o Pronae (Nae ligeiro?)
A aviação naval asa fixa tem seu futuro assegurado, não deixará de existir,; investir na substituição de meios navais como navios caça minas, napa 500, e aquisição por oportunidade de meios auxiliares.
Por enquanto nada de P3 na MB, e nem patrulha naval.
No mais, tentar manter o melhor possível a operacionalidade da força com o que se tem.
Acho que é isso.
Pragmatismo é a palavra de ordem.
abs.
eu li a entrevista. Priorizar em tres programas (subs, escoltas e NAe) é não priorizar coisa alguma. E, pior, querem manter uma avião embarcada obsoleta sem NAe e não quer aviação de patrulha. Isso é desperdicio de dinheiro público.
O alte Leal não disse que a MB não quer a patrulha naval. O que ele disse é que agora, neste momento, não existe tratativas com a FAB sobre o assunto.
O que não quer dizer que mais para frente isso não venha a acontecer. Lembre-se que há vários programas na AN que têm de ser resolvidos primeiro, como a substituição dos Esquilo e Bell, outros lote de SH-16, a modernização ou não dos UH-14, Helo para apoio ao Proantar, etc, etc. E tudo isso no curto é médio prazo. Os A-4 e o C-2 são apenas a parte mais visível dos problemas.
A ideia continua sendo o pragmatismo nas soluções dos problemas. Os subs estão sendo encaminhados, e agora a CCT ao que parece também.
Depois disso, e de outras questões ainda a atender no curto prazo a MB vai pensar em Nae.
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#42
Mensagem
por FCarvalho » Ter Jan 09, 2018 7:10 pm
alex escreveu:Vendo os exemplos dos japoneses e coreanos de construção de seus NAE o valor destes navios equivalem a de uma fragata media, o porém é que foram desenvolvidos para acomodar o unico caça do ocidente capaz de decolar sem auxilio do navio: o caríssimo ( problemático e não testado em combate) F35. Alem de caro só é fornecido aos aliados "carnais" da OTAN.
Não vejo solução para este problema. Acho que na melhor das ilusões consigamos construir, no futuro, na Coreia um Porta Helicópteros novo. E só.
O Ocean vai durar no mínimo uns vinte anos. Depois disso um substituto será pensado.
Ou seja, novos porta Helo e Nae só lá para fins de 2030.
Ate lá a MB vai se reinventando.
Abs
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#43
Mensagem
por FIGHTERCOM » Qui Jan 11, 2018 12:10 pm
Túlio escreveu:FIGHTERCOM escreveu:
Isso leva a uma segunda pergunta: Quais as opções de caças para esse NAe ligeiro?
Abraços,
Wesley
A escolha fica entre NADA e NENHUM! Claro, quero entender que falas de CAÇAS de verdade, não arremedos & gambiarras...
Pois é, foi o que eu também pensei... Pior, como projetar um NAe Ligeiro sem ter uma mínima noção de quais caças serão operados no mesmo? No ocidente a coisa está convergindo para o F-35B.
O Japão e a Coréia do Sul dão indícios que deverão operar o F-35B a bordo dos seus respectivos porta-helicópteros. Curiosamente é o que eu tenho defendido para a MB, compra uns dois BPE Juan Carlos e foca na aviação de asas rotativas. Se no futuro houver disponibilidade ($$$), compra uns F-35B.
Será que a MB ainda acredita no Sea Gripen?
Abraços,
Wesley
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#44
Mensagem
por FCarvalho » Qui Jan 11, 2018 12:24 pm
Não. Nae novo só bem para lá de 2030. E até que isso se confirme, vamos vendo o que aparece por aí.
Uma opção que penso seria interessante é a aquisição por oportunidade do INS Vycrant, que em fins dos anos de 2030 já estará com quase vinte anos de uso.
Não é exatamente um Nae ligeiro, mas como no caso do Ocean, seria melhor do que tentar reinventar a roda por aqui mesmo. E com muito tempo de uso ainda pela frente.
Abs
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#45
Mensagem
por FIGHTERCOM » Qui Jan 11, 2018 12:43 pm
FCarvalho escreveu:Não. Nae novo só bem para lá de 2030. E até que isso se confirme, vamos vendo o que aparece por aí.
Uma opção que penso seria interessante é a aquisição por oportunidade do INS Vycrant, que em fins dos anos de 2030 já estará com quase vinte anos de uso.
Não é exatamente um Nae ligeiro, mas como no caso do Ocean, seria melhor do que tentar reinventar a roda por aqui mesmo. E com muito tempo de uso ainda pela frente.
Abs
Prezado FCarvalho,
Qual seria o ganho em se comprar o INS Vikrant? Não entendi!
Att.,
Wesley
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