Marechal-do-ar escreveu:jumentodonordeste escreveu:Respeito sua opinião, só quero saber porque a arma é um “lixo”, o que faz dela esse lixo todo e como você chegou a essa conclusão.

Deixa ele responder... Minha impressão é que ela parece um pouco pesada demais para uma arma do tipo, alguém que já tenha atirado com ela e com a UMP por aqui pode dizer?
Acho difícil, não há usuário conhecido da UMP no Brasil, Portugal e Espanha, além do resto da América do Sul. Pela ficha, dá para dizer que é bem mais leve que a Taurus, 1 kg ou mais. Um Policial tendo que fazer progressão durante horas por uma favela certamente vai sentir pouca diferença, o movimento constante e com a arma em posição de disparo cansa como um todo e não é 1 kg que vai atrapalhar ou ajudar. Mas nem o BOPE faz isso, é progressão, parada em cobertura (de onde se pode também proporcionar cobertura/apoio de fogo aos companheiros enquanto se tem algum descanso), fogo (se necessário) e só depois nova progressão. Isso que fazem no treinamento de equipes especiais como GATE (BM), GOE (PC), GAES (SUSEPE) aqui no RS, que é botar a cambada completamente equipada para correr vários km com a arma empunhada em posição de fogo é para mim uma firula desnecessária e mesmo improdutiva NO MUNDO REAL, pois o objetivo que me foi explicado (e demonstrado) pelo Instrutor é simular o estresse inerente ao combate já que, imediatamente após o final da "sessão de tortura", vinha a de tiro. Então, já que o lance é TREINAMENTO, mais peso é até melhor, pois o objetivo é justamente deixar o índio cansado, ofegante, braços e pernas tremendo e com a boca seca (sintomas mais comuns do estresse em combate).
Assim, restam apenas impressões de usuários desta última arma, nada poucos aqui no Brasil. Como sou "brevetado" nela desde 2002 e sei que é arma para uso POLICIAL e não MILITAR (não no calibre .40 S&W, pelo menos), o peso não incomoda nem um pouco. A única coisa que me desagradou e comentei aqui foi a alça de mira, aberta demais para o meu gosto, tanto que o treinamento deu ênfase ao tiro instintivo semi-visado, ou seja, colocava-se a massa de mira (e não a alça) diante do alvo e era só atirar. Em Double Tap era moleza, já que sua
burst é precisamente de dois disparos.
Notar que no tipo de emprego para o qual foi pensada ela passa mais tempo na VTR/Armário de Armas/bandoleira do que nas mãos do operador. Eu mesmo, em escoltas, só a empunhava plenamente - risco de tiroteio ou necessidade de dissuasão - por poucos minutos de cada vez e mesmo com o peso extra acrescido por 30 cartuchos não era grande coisa nem me cansava. Ela passava grande parte do tempo na bandoleira de três pontos e, convenhamos, distribuir uns 4,5 kg pelos ombros - e com coletes tático e balístico nível II NIJ com mais dois carregadores cheios (no tático vai ainda um monte de bugigangas, não é à toa que tem tanto bolso, até ALICATE se leva) - tem que ser BEM fracote para achar difícil e fazer questão de uma arma 1 kg mais leve (num caso desses, melhor ir de PISTOLA mesmo)...
