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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Ago 06, 2012 12:41 pm
por marcelo l.
Bourne escreveu:Não consigo entender é como alguém joga R$ 35 mil em um gol 1.0. O que esse carro tem para cobrar esse preço e vender.
São valores que ele considera ganhar, os ganhos sociais nunca são medidos para os atores quando discutem a racionalidade das escolhas econômicas, mas te garanto que as fabricantes de automóveis tem uma pesquisa sobre o assunto e financiam publicidade para reforçar esse aspecto.

O símbolo que o carro representa na cultura brasileira como demonstração de riqueza e ascensão social não pode ser desprezado.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Ago 06, 2012 2:08 pm
por rodrigo
São valores que ele considera ganhar, os ganhos sociais nunca são medidos para os atores quando discutem a racionalidade das escolhas econômicas, mas te garanto que as fabricantes de automóveis tem uma pesquisa sobre o assunto e financiam publicidade para reforçar esse aspecto.

O símbolo que o carro representa na cultura brasileira como demonstração de riqueza e ascensão social não pode ser desprezado.
Brilhante resumo dessa monstruosidade que existe por aqui. Compra-se um carro ruim, com um preço exorbitante que o financiamento tratará de dobrar, e tem na mão um produto que desvaloriza diariamente. Isso é rasgar dinheiro!

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Ago 06, 2012 3:27 pm
por Lirolfuti
06/08/2012 10h50 - Atualizado em 06/08/2012 11h35
Preço da cesta sobe nas 17 capitais pesquisadas pelo Dieese em julho
Maiores altas ocorream em BH, 8,41%, Rio, 7,50%, e Porto Alegre, 7,03%.
Com isso, preço da cesta na capital gaúcha ultrapassou o de São Paulo.
O preço do conjunto da cesta básica de alimentos aumentou em julho nas 17 capitais brasileiras pesquisadas mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgou nesta segunda-feira (6) o órgão.

As maiores altas foram apuradas em Belo Horizonte (8,41%), Rio de Janeiro (7,50%) e Porto Alegre (7,03%). As menores ocorreram em João Pessoa (1,61%) e Manaus (1,95%). O maior valor para os alimentos essenciais foi verificado em Porto Alegre, com o preço da cesta, em média, a R$ 299,96. A cidade superou, por centavos, o custo registrado em São Paulo, de R$ 299,39. Com isso, a capital paulista deixou de ter o maior custo para os produtos de primeira necessidade em julho pela primeira vez desde novembro do ano passado. Naquele mês, a cesta básica gaúcha também era a mais cara do pais, a R$ R$ 279,64, contra R$ R$ 276,31 da cesta paulistana.

Os preços seguintes foram de Vitória (R$ 290,80) e Rio de Janeiro (R$ 290,64).

Os menores gastos médios com a cesta básica ocorreram em Aracaju (R$ 208,14), Salvador (R$ 218,78) e João Pessoa (R$ 233,25).

O departamento estima mensalmente o salário mínimo necessário para se viver. O cálculo é feito com base no maior valor apurado para a cesta e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Para julho, o valor calculado corresponde a R$ 2.519,97.

Altas acumuladas
Foi registrada alta nos preços em todas as capitais também considerando a variação acumulada de janeiro a julho, com resultados mais significativos em Natal (15,45%), João Pessoa e Aracaju (ambas com aumento de 14,22%), Fortaleza (11,89%) e Brasília (11,17%). Os menores aumentos ocorreram em Florianópolis (1,50%), Salvador (4,77%) e Goiânia (4,85%).

Nos últimos 12 meses, de agosto de 2011 a julho deste ano, os preços médios também
aumentaram em todas capitais, com destaque para o Rio de Janeiro (20,36%), Belo Horizonte
(17,61%), Vitória (15,97%) e Porto Alegre (15,55%). As menores elevações foram verificadas em Florianópolis (4,53%), Salvador (5,91%) e Natal (9,79%).

http://g1.globo.com/economia/seu-dinhei ... julho.html

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Ago 06, 2012 7:41 pm
por NettoBR
Forbes: Eike deixa de ser o mais rico do Brasil isolado
Por Sílvio Guedes Crespo, estadao.com.br - Atualizado: 06/08/2012 18:53

Após três anos isolado no topo do ranking das pessoas mais ricas do Brasil, Eike Batista agora passa a dividir esse status com o empresário Jorge Paulo Lemann, segundo a revista Forbes Brasil, que será lançada amanhã (terça-feira, 7).
Com o título "Empate técnico", a reportagem de capa do primeiro número da edição brasileira apresentará um ranking dos maiores bilionários do País. Segundo os cálculos da Forbes, Eike tem hoje um patrimônio de R$ 30,26 bilhões, enquanto Lemann possui R$ 29,3 bilhões.

"Foi preciso menos de meio ano para que encolhesse drasticamente a diferença de cifrões que separa os impérios financeiros de Eike Batista e Jorge Paulo Lemann", afirma a jornalista Lurdete Ertel, autora do texto.

Na lista das mais de mil pessoas mais ricas do mundo, divulgada no início de março, Eike aparecia na sétima posição, com uma fortuna de US$ 30 bilhões. Esse era o patrimônio dele considerando o preço das suas ações naquele momento. Convertendo para reais pela cotação da época, ele teria aproximadamente R$ 50 bilhões. Nessas condições, os papéis em poder do empresário teriam perdido cerca de R$ 20 bilhões em valor de mercado.

O patrimônio de Lemann, ao contrário do de Eike, vem subindo rapidamente. Na lista de março ele aparecia com US$ 12 bilhões, o que equivalia a R$ 20 bilhões na cotação da época. Portanto, sua fortuna, quando avaliada em reais, aumentou em quase R$ 10 bilhões nos últimos cinco meses.
A lista da Forbes difere do ranking da agência Bloomberg, que aponta Eike como 22º mais rico do mundo, com US$ 21,3 bilhões, e Lemann como 2º do Brasil e 34º do planeta, com US$ 17,6 bilhões.

Lemann em ascensão

Lemann é um dos acionistas controladores da AB InBev, a maior fabricante de cerveja do mundo. O conglomerado nasceu a partir de uma série de fusões. Primeiro, a Antártica e a Brahma uniram-se para formar a AmBev, em 1999; depois, somou-se à nova empresa a belga Interbrew, nascendo a então a InBev, em 2004. Por último, houve a aquisição da americana Anheuser-Busch, em 2008, criando a atual AB InBev.

Um excelente negócio feito recentemente por Lemann foi a compra da rede de lanchonetes americana Burger King. Junto com os empresários também brasileiros Marcel Telles e Beto Sicupira, adquiriu 100% das ações da companhia por US$ 3,3 bilhões (ou US$ 4 bilhões incluindo dívida) e fechou seu capital. Em junho a empresa voltou a negociar ações em bolsa e hoje tem um valor de mercado de US$ 5,3 bilhões.

Segundo a Forbes, a fortuna de Lemann "foi fermentada pela venda de uma participação de 29% na Burger King, por US$ 1,4 bilhão". "Já Eike", continua a revista, foi "virtualmente empobrecido pelo escorregão das ações de seu grupo em notícias de uma produção de petróleo mais murcha do que o esperado pela OGX".

Elogio mútuo

A revista nota, ainda, que os dois homens mais ricos do País não raro rasgam seda um pelo outro. Lemann chegou a dizer pelo Twitter: "Eike, você merece chegar em 1º dos mais ricos, sim. Porque vejo tua luta e sei que você merece". Já o dono do grupo EBX afirmou: "O Jorge Paulo criou toda uma cultura de gerenciamento extraordinária no Brasil. Motivacional, dividindo os lucros com os funcionários. Agressiva, mas que dá resultado".

Fonte: http://estadao.br.msn.com/economia/forb ... il-isolado

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Ago 06, 2012 8:19 pm
por NettoBR
Centrais sindicais querem criar fundo anticrise com dinheiro do FGTS
Por Agência Brasil, Atualizado: 06/08/2012 18:20

Brasília - As centrais sindicais querem usar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para criar um fundo de socorro ao setor privado para manter empregos durante períodos de crise. A proposta foi apresentada hoje (6) ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e, de acordo com as centrais, têm a 'simpatia' do governo, trabalhadores e do empresariado.

O fundo faria parte do Programa Nacional de Estabilização e Manutenção do Emprego e Renda, com ações para evitar demissões em massa em períodos de crise financeira, como a de 2008/2009 e a atual. Os recursos do FGTS são usados para habitação popular, infraestrutura urbana e saneamento básico.

A ideia é compor o fundo com parte dos recursos depositados no FGTS em casos de demissão sem justa causa. Por lei, a multa nesses casos é 40% sobre o saldo do trabalhador, mas desde 2001, passou a ser de 50%, para aumentar a liquidez do FGTS. O adicional tem data de validade até o fim de 2012, e a partir 2013 a multa voltaria a ser 40%.

O que as centrais propõem é que o adicional de 10% seja mantido e esse dinheiro vá para o novo fundo de socorro às empresas. Pelas contas das centrais, a arrecadação pode chegar a R$ 3 bilhões por ano.

Pela proposta, o empresário se comprometeria a não demitir e poderia usar o dinheiro do fundo em casos de redução da jornada de trabalho, de parada total da produção e de liberação dos empregados por tempo determinado.

O objetivo, segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, é evitar situações como a da crise de 2008/2009, em que mais de 220 mil trabalhadores foram demitidos e a ameaça atual de demissões no setor metalúrgico em São José dos Campos.

'Nessas crises, geralmente o que acontece é a diminuição dos postos de trabalho, o que acarreta uma paralisia na economia brasileira, que acarreta crises sociais. E aqui no Brasil não temos um instrumento que consiga fazer com que a gente passe por essas crises de maneira mais tranquila', disse Freitas. Segundo ele, a inspiração para a proposta são experiências alemãs de manutenção do emprego em momento de crises.

A criação do fundo depende da aprovação do Congresso Nacional, o que, na avaliação do presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, não seria problema, apesar do calendário eleitoral, que reduz o ritmo de votações.

'A vantagem é que os trabalhadores têm simpatia por essa proposta, o governo tem e os empresários também, aí a coisa já fica mais fácil. Nós aproveitaríamos esse consenso para aprovar. Quando você tem consenso entre empresariado, governo e movimento sindical, essa votação é muito rápida, se vota de um dia para o outro'.

Segundo as centrais, o governo vai avaliar a proposta e o assunto voltará a ser discutido em nova reunião ainda este mês. Além da CUT e CTB, representantes da Força Sindical, da Nova Central e da União Geral dos Trabalhadores (UGT) participaram do encontro de hoje.

Fonte: http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx? ... =253183911

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Ago 07, 2012 10:26 am
por NettoBR
Governo incentiva Estados a se endividarem mais
Por estadao.com.br | Atualizado: 07/08/2012 03:06

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anuncia nesta quinta-feira mais um incentivo para aumentar os investimentos dos Estados. Além de São Paulo, oito ou nove governadores receberão o aval do Tesouro Nacional para contratar financiamentos para obras, segundo apurou o Estado.

Com dificuldades para estimular os investimentos considerados essenciais para a retomada sustentável do crescimento econômico, o Palácio do Planalto quer transformar os Estados e a iniciativa privada em parceiros na luta para destravar projetos de infraestrutura e de melhoria da malha logística no País.

A seleção dos projetos será feita com base no potencial de geração de emprego após a conclusão da obra. "O critério de escolha será aquele investimento que tem maior impacto na atividade econômica", disse uma fonte.

Conforme antecipou o Estado há duas semanas, esta será mais uma rodada de apoio financeiro aos governadores. No fim do ano passado, já foi aberto um espaço fiscal para contratação de R$ 40 bilhões pelos Estados.

O ministro Mantega anunciou ontem que somente São Paulo poderá ampliar seus empréstimos em mais R$ 10 bilhões. "Como São Paulo tem tido um bom desempenho fiscal, se habilita a ampliar o espaço fiscal para elevar investimentos", afirmou Mantega, durante solenidade ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Os Estados poderão buscar organismos multilaterais para bancar esses projetos, mas o governo liberará recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para os governadores. O Planalto colocou ainda a expertise do banco de fomento à disposição dos Estados para elaborar as propostas. Mantega também criou uma linha específica do BNDES, no valor de R$ 20 bilhões, para financiar investimentos estaduais. O BNDES vai receber um novo aporte do Tesouro até o fim do ano para garantir fôlego para as operações. O Tesouro já emprestou este ano R$ 10 bilhões e deve liberar mais uma tranche (divisão de contrato) de R$ 20 bilhões.

Integração. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, tem liderado um movimento junto aos secretários estaduais de indústria para promover a integração de obras federais e estaduais. O programa foi batizado de Agenda do Desenvolvimento Regional.

Os Estados ficaram encarregados de realizar reuniões técnicas em agosto e setembro para definir as obras prioritárias. Uma primeira reunião já ocorreu em Belo Horizonte (MG) e um segundo encontro está agendado para Campo Grande (MT).

Uma fonte explicou que a ideia é promover uma sinergia das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) com projetos dos Estados. Assim, por exemplo, em caso de construção de uma hidrovia federal, o Estado ficaria responsável por completar a estrutura logística para permitir o escoamento da carga até a hidrovia.

O governo federal quer ter concluído a lista de obras estaduais consideradas prioritárias até o fim do ano.

A União também prometeu dar estímulos às parcerias público-privadas de Estados e municípios. Em primeiro lugar, a contraprestação, que é o pagamento feito pelo setor público ao setor privado, deixará de ser considerada receita e passará a ser classificada como aporte de capital para fins de tributação. Isso vai garantir isenção de PIS/Cofins e Imposto de Renda. Além disso, o governo mudará o limite para contratação dessas parcerias de 3% da receita corrente líquida para 5%.

Energia. Todo esse afago nos governadores tem também o objetivo de tentar amolecer a resistência dos Estados em baixar a alíquota de ICMS sobre a energia elétrica. Essa desoneração é considerada pela presidente Dilma como fundamental para reduzir o custo da produção no Brasil.

Como o recolhimento de ICMS sobre energia tem grande impacto na arrecadação dos Estados, dificilmente o Planalto conseguirá o apoio dos governadores sem uma compensação.

O secretário da Fazenda de São Paulo, Andrea Calabi, já deu o seu recado ontem, ao afirmar que a disposição do governo estadual de abrir mão de parte da receita de ICMS é zero.

Fonte: http://estadao.br.msn.com/ultimas-notic ... videm-mais

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Ago 07, 2012 10:27 am
por marcelo l.
É bom o pessoal começar a ver que o futuro não é assim tão simples para o Brasil como muitos querem.


Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Ago 07, 2012 2:11 pm
por Andre Correa
07/08/2012 - 07h35
Parte dos trabalhadores da GM aceita acordo para evitar demissões
DE SÃO PAULO

Ao menos 4.000 trabalhadores da General Motors em São José dos Campos (97 km de São Paulo) aprovaram por volta das 7h desta terça-feira a proposta negociada entre o Sindicato dos Metalúrgicos e a montadora para evitar demissões em massa. Outros 2.500 trabalhadores votarão a proposta à tarde.

O acordo pode resultar no afastamento temporário de 940 operários e prevê um PDV (Plano de Demissão Voluntária) para todos os operários que trabalham no complexo da montadora.

Também pelo acordo, a GM anunciou que deve continuar a produzir o modelo Classic, na linha da MVA (Montagem de Veículos Automotores) de São José dos Campos, que corria o risco de ser fechada.

Segundo os termos do acordo, o afastamento dos 940 operários será em regime de lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho), e deve durar até novembro, um total de três meses e dez dias. Nesse período, esses operários vão receber bolsa do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e apenas parte do salário será pago pela montadora.

Segundo o Sindmetal (Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região), 1.840 operários corriam o risco de serem demitidos caso a produção do Classic, único modelo fabricado na MVA fosse interrompida, e a unidade, fechada.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/11 ... soes.shtml

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qua Ago 08, 2012 10:27 am
por marcelo l.
Dividendos de estatais bem abaixo da meta
Lucro de estatal cai e atrapalha estimativas para dividendos
Autor(es): Por Ribamar Oliveira | De Brasília
Valor Econômico - 08/08/2012




Em fevereiro, o governo estimou que a receita deste ano com dividendos das estatais seria de R$ 19,8 bilhões. Essa previsão foi sendo elevada até chegar, em julho, a R$ 26,5 bilhões. A piora do cenário econômico reduziu, porém, os resultados das estatais, e a receita com dividendos até julho foi de só R$ 7,96 bilhões - R$ 2,3 bilhões abaixo do mesmo período de 2011. Para atingir os R$ 26,5 bilhões previstos, o governo terá que obter mais R$ 18,5 bilhões. Como a lucratividade da Petrobras vai de mal a pior e as perspectivas dos analistas para o Banco do Brasil não são extremamente favoráveis, resta ao governo apelar para o BNDES e Caixa Econômica, nos quais o governo pode definir a política de distribuição de dividendos mais conveniente


Em fevereiro, o governo federal estimou que sua receita deste ano com dividendos das empresas estatais seria de R$ 19,8 bilhões. Nos meses seguintes, foi elevando essa previsão, como uma forma de compensar a frustração da receita tributária deste ano, que está muito abaixo do previsto, em virtude do desaquecimento da economia. Em maio, ele ampliou a estimativa para R$ 23,5 bilhões e, no mês passado, subiu para R$ 26,5 bilhões. A receita de dividendos passou a ser, portanto, uma variável de ajuste.

No primeiro semestre deste ano, contudo, o cenário macroeconômico afetou o resultado das empresas brasileiras, entre elas as estatais. Como consequência, a receita com dividendos foi de apenas R$ 7,96 bilhões, segundo dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Esse resultado foi R$ 2,3 bilhões inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. Ele está de acordo com a situação real da economia, pois a atividade em 2012 está menos aquecida e a lucratividade das empresas, menor.

O lucro semestral da Petrobras no primeiro semestre de 2012 somou R$ 7,8 bilhões, 64% menor que o registrado no primeiro semestre de 2011, quando ela teve lucro de R$ 21,928 bilhões. A pior contribuição para esse resultado veio do período abril-junho, devendo afetar o repasse de dividendos nos próximos meses. No segundo trimestre de 2012, a Petrobras teve prejuízo de R$ 1,3 bilhão (ante R$ 10,9 bilhões de lucro no segundo trimestre de 2011), e foi o primeiro resultado negativo da estatal em 13 anos

Caixa Econômica e Banco do Brasil ainda não divulgaram seus resultados do segundo trimestre, mas os valores sempre foram bem menos expressivos do que os da petroleira. O Banco do Brasil teve um lucro líquido de R$ 2,5 bilhões no primeiro trimestre deste ano, valor 14,66% inferior ao registrado em igual período de 2011. A Caixa teve um lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre de 2012, o que representou um crescimento de 46,1% na comparação com igual trimestre do ano passado.

Para atingir sua previsão de R$ 26,5 bilhões com dividendos este ano, o governo terá que obter mais R$ 18,5 bilhões até dezembro. Como a lucratividade da Petrobras vai de mal a pior e as perspectivas dos analistas para o Banco do Brasil não são de expressiva recuperação frente ao primeiro trimestre, resta ao governo apelar para o BNDES e para a Caixa Econômica Federal.

Nessas duas instituições, o governo pode definir a política de distribuição de dividendos que achar mais conveniente, pois tem 100% do capital desses bancos. Os dividendos do BNDES dependem diretamente do volume de empréstimos que ele vem recebendo do Tesouro nos últimos anos. Antes desses repasses, os dividendos repassados pelo BNDES ao Tesouro eram bem baixos. Em 2007, foram de apenas R$ 920 milhões. Em 2009, o BNDES recebeu R$ 100 bilhões do Tesouro e pagou R$ 14,4 bilhões em dividendos. Foi um recorde. Até agora.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qua Ago 08, 2012 11:38 am
por Algus
Ah, sem dúvida caíram, e muito. Alguns motivos:

- Crise econômica

- Petrobrás investindo tudo que arrecada no pré-sal, além disso ficou mais de uma década sem elevar o preço da gasolina.

- As empresas do setor de energia elétrica, que sempre forneceram excelentes dividendos, tiveram suas tarifas revisadas e houve uma redução média de 8,5%.

- Os bancos também tiveram suas taxas de juros reduzidas.

Tudo isso só poderia refletir em queda de dividendos, mas embora reflita nas ações das empresas no geral acredito que foram boas decisões.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Ago 10, 2012 10:07 am
por marcelo l.
Algus escreveu:Ah, sem dúvida caíram, e muito. Alguns motivos:

- Crise econômica

- Petrobrás investindo tudo que arrecada no pré-sal, além disso ficou mais de uma década sem elevar o preço da gasolina.

- As empresas do setor de energia elétrica, que sempre forneceram excelentes dividendos, tiveram suas tarifas revisadas e houve uma redução média de 8,5%.

- Os bancos também tiveram suas taxas de juros reduzidas.

Tudo isso só poderia refletir em queda de dividendos, mas embora reflita nas ações das empresas no geral acredito que foram boas decisões.
Eu penso que nem bancos nem elétrica tiveram suas margens afetadas, os bancos continuam em média com retorno de 15% que é a média dos Brics, bem abaixo da Rússia por sinal, e se analisar mesmo pela notícia a queda foi de 14,4% do BB.

As elétricas a queda deveu-se a tributos que tinham sido contestados na justiça. Os investimentos que a Eletrobrás irá fazer ainda não se sente nesse "balanço".

A Petrobrás sim, deve-se a armadilha que temos no dólar, a Petrobrás precisa de dólar baixo e as indústrias alto, mas mesmo essa história que não teve aumento bem, se as pessoas procurem as notícias de 10 anos atrás vai ver que foi um baita aumento que a Petrobrás teve no passado que gerou esses lucros expressivos, a gasolina no Brasil nunca foi barata, este ano com maior dependência externa de Petróleo que levou ao Problema com o aumento do dólar.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Ago 10, 2012 10:09 am
por marcelo l.
"Puxadinhos" da Infraero já equivalem a um Confins
Autor(es): Por Daniel Rittner e André Borges | De Brasília
Valor Econômico - 10/08/2012


Com dificuldades em acelerar as obras definitivas de ampliação de seus terminais, a Infraero já construiu o equivalente a um aeroporto de Confins em módulos operacionais provisórios, conhecidos tecnicamente como MOPs e apelidados de "puxadinhos".

Os módulos já foram instalados em dez aeroportos. Em outros quatro - Juazeiro do Norte (CE), Macapá (AP), São José dos Campos (SP) e Ilhéus (BA) -, estão em obras, em fase de licitação ou em desenvolvimento de projeto. Ao todo, a Infraero calcula que os módulos ampliam a capacidade do sistema em 10,6 milhões de passageiros por ano. Esse volume supera em 400 mil passageiros toda a capacidade de atendimento de Confins, em Belo Horizonte, o quinto aeroporto mais movimentado do país no primeiro semestre deste ano.

A Infraero reconhece que a instalação dos MOPs - a estatal evita usar o termo "puxadinho" - deixou de ser uma saída temporária para resolver o gargalo nos aeroportos e veio para ficar. "Até hoje não tivemos nenhuma notificação de problema nos módulos. É uma solução barata e rápida, com a vantagem de podermos retirá-los e colocá-los onde quisermos", afirma o presidente da Infraero, Gustavo do Vale.

A vida útil média dos módulos é estimada em 15 anos. Vale lança a ideia de usar os módulos - que usam materiais mais simples, como chapas de madeira e frisos metálicos, e são implantados rapidamente - em pequenos aeroportos do interior do país. O governo prepara um plano de aviação regional, com investimentos de até R$ 4 bilhões, que deverá aumentar, de 130 para 210, o número de cidades atendidas por voos comerciais regulares. "Acredito que praticamente 100% dos aeroportos regionais têm condições de ter esses módulos", afirma o presidente da Infraero.

As estruturas provisórias de terminais de passageiros começaram a ser implementadas pela Infraero no fim de 2010, como uma resposta rápida para minimizar o estrangulamento que tomava conta dos principais aeroportos. Mais do que a rapidez para montar as estruturas, o governo se entusiasmou com o orçamento. Para instalar módulos em dez aeroportos e ampliar a capacidade de atendimento em mais de 10 milhões de passageiros, a Infraero gastou R$ 44 milhões.

A iniciativa desagrada às grandes empresas de construção civil, que enxergam nos "puxadinhos" um atalho fácil para desviar o foco de obras de infraestrutura definitivas. Só para dar uma ideia da diferença de custos: a reforma e a ampliação do aeroporto de Fortaleza, um dos principais investimentos em curso pela Infraero, teve contrato assinado no valor de R$ 337 milhões. O ganho de capacidade será de 8 milhões de passageiros, até o fim de 2016, menos do que o conjunto de 15 módulos operacionais que estão sendo implantados.

As companhias aéreas chamam a atenção para o fato de que os "puxadinhos" têm sido insuficientes para acompanhar o crescimento da demanda e não mudam o panorama negativo do setor. O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) diz, em nota, que "as áreas dos terminais de passageiros continuam bastante abaixo do nível de serviço preconizado pela Iata" e que "a implantação de módulos provisórios em alguns aeroportos pouco alterou a situação até então existente". A Iata é a associação internacional de transporte aéreo, que define níveis de qualidade seguidos por autoridades aeroportuárias de todo o planeta.

Essa visão crítica é compartilhada por Elton Fernandes, especialista em transporte aéreo e professor da Coppe, o instituto de pesquisa de engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Para ele, os módulos operacionais são uma "ação paliativa" e refletem o abandono do planejamento no setor aeroportuário na última década, apesar de todos os sinais de que a demanda ia explodir. "Chegou-se a essa situação por ineficiência na gestão e falta de planejamento."

O representante de vendas Jovânio de Souza, que viaja pelo menos uma vez por mês e passava ontem pelo aeroporto de Brasília, resumiu uma impressão generalizada sobre os "puxadinhos": "Eles são feios, parecem caixotes, mas é melhor esperar o voo em um deles, sentado, do que ficar em pé em um terminal que já está muito saturado".

Fernandes reconhece que pode haver ganho de conforto temporário, dando mais espaço e reduzindo o aperto dos passageiros. Apesar disso, diz, os módulos operacionais demonstram a "incapacidade" da Infraero em acelerar a execução de obras duradouras.

Essas obras, como as que estão em andamento nos aeroportos de Confins e Manaus, ainda se encontram em fase inicial. Segundo o último balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), divulgado há duas semanas, a ampliação do terminal de passageiros de Manaus tinha apenas 7,6% dos serviços realizados até o fim de abril. A reforma e modernização de Confins estava com 4,8% dos trabalhos executados. As duas obras têm previsão de entrega em dezembro de 2013.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Ago 10, 2012 12:27 pm
por Sterrius
Se esses modulos são +baratos, fáceis de manejar, seguros e o único defeito é estética.

Hora se encomende módulos +bonitos e confortáveis. Qualquer trabalho de estética neles jamais sairá tão caro quanto a maioria das obras em pequenos e médios aeroportos.

Deixe as obras permanentes para aeroportos grandes que possam se pagar com a demanda de passageiros.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Ago 11, 2012 10:27 am
por NettoBR
Trem-bala vai fazer parte do pacote de concessões para a infraestrutura
Por estadao.com.br, atualizado: 11/08/2012 03:05

O polêmico projeto do trem-bala estará no pacote de concessões que a presidente Dilma Rousseff pretende anunciar na próxima quarta-feira, na tentativa de aumentar o investimento privado e combater as baixas taxas de crescimento econômico do País.
Para vender os projetos, ela caprichou na lista de convidados, incluindo nela várias empresas internacionais. Dilma quer dinheiro estrangeiro na infraestrutura nacional.

O pacote a ser anunciado na semana que vem inclui mais de 5 mil quilômetros de rodovias e 8 mil de ferrovias, neles incluído o trem-bala.

Numa segunda etapa, deverão ser anunciadas as concessões de aeroportos e dos portos.
Somados, os projetos de logística de transporte envolverão investimentos superiores a R$ 80 bilhões e inferiores a R$ 90 bilhões, segundo dados que circulavam ontem no governo.

Além do trem de alta velocidade ligando São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro, deverão ser oferecidos à iniciativa privada investimentos no Ferroanel de São Paulo e na Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), no trecho que sai de Lucas de Rio Verde (MT) e se integra à Ferrovia Norte-Sul em Campinorte (GO).

Em rodovias, estão na lista empreendimentos como as BR-040 e BR-116 em Minas Gerais. "Todos os trechos são de interesse das empresas", disse o presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), Moacyr Servilha Duarte.
Ele acredita que, desta vez, o governo deverá exigir um volume maior de investimentos ao fazer as concessões.

Parcerias

Os leilões de aeroportos, que estão na fila de anúncios, poderão envolver uma novidade: Parcerias Público-Privadas (PPPs). O governo federal até hoje não utilizou essa forma de concessão na qual a participação do setor público é maior do que numa concessão tradicional.
Os editais deverão também trazer novas exigências para os candidatos à concessão, pois o governo quer atrair operadores de aeroportos com maior experiência do que os que venceram os leilões de Guarulhos, Viracopos e Brasília.

O pacote de portos está um pouco mais atrasado, dada a complexidade do assunto. O anúncio por etapas das concessões em infraestrutura atende também à necessidade do governo de gerar uma agenda positiva ao longo do mês.

Em seguida, será a vez da desoneração da eletricidade, um conjunto de medidas que deverá baixar a tarifa em cerca de 10%. É possível que o anúncio ocorra só em setembro.

Outras medidas aguardadas pelos empresários, como a ampliação das desonerações tributárias e a reforma do PIS-Cofins, dependem de uma avaliação sobre a evolução das contas públicas. Com a arrecadação abaixo do esperado, Dilma tem dificuldades em aprovar medidas que representarão menos recursos em caixa.

Fonte: http://estadao.br.msn.com/economia/trem ... strutura-1

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Ago 11, 2012 11:38 am
por Sterrius
Vejamos como será feito exatamente cada leilão.

Privatização pode ir do céu ao inferno rapidamente se o contrato não for bem elaborado. A qualidade da telefonia está ae para provar.