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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qui Jul 26, 2012 11:11 am
por marcelo l.
As exportações de carne bovina devem trazer para o Brasil neste ano divisas da ordem de US$ 6 bilhões, previu nesta segunda-feira o presidente da Associação Brasileira da Indústria Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Jorge Camardelli. O valor previsto representa um crescimento de 20% sobre o faturamento registrado em 2011. Em volume, a expectativa da Abiec é a que haverá uma expansão de 10% sobre o ano passado.

Mesmo com a queda de 0,53% no valor exportado no primeiro trimestre deste ano, de US$ 1,230 bilhão no acumulado dos primeiros três meses de 2011 para US$ 1,223 bilhão no período de janeiro a março deste ano e recuo de 2,23% no volume, de 264,3 mil toneladas para 258,5 toneladas, Camardelli se diz extremamente otimista com o mercado exportador de carnes. “Estou muito otimista”, disse o presidente da Abiec, que comemora o aumento de 1,74% no preço médio por tonelada da carne no primeiro trimestre.

Além disso, afirmou ele, o setor não tem do que reclamar neste ano porque os três pilares sobre os quais se apoia a plataforma de exportação de carne (câmbio, mercado e oferta) estão melhorando. No caso do câmbio, o setor trabalhava em 2011 com o dólar neste ano sendo cotado a R$ 1,68 e, no entanto, a moeda norte-americana já está em R$ 1,83.

Quanto ao mercado, apesar da demanda europeia por carnes estar caindo, a produção vai na mesma direção e isso acaba por produzir menos medidas de subvenção. No que se refere à oferta, o Brasil continua bem, com os abates mensais rodando em torno de 1,8 milhão de cabeças. “O preço médio por tonelada de carne exportada tende a aumentar”, avalia o presidente da Abiec.

Mesmo porque, o Brasil, de acordo com Camardelli, está acessando mais mercados que tinham reduzido importações de carne bovina, como o Irã, por exemplo, cujas importações são 100% de carnes in natura. No primeiro trimestre, em valores, as exportações de carnes bovinas para o Irã caíram 92,83%, de US$ 207,8 milhões no ano passado para US$ 14,9 milhões no período entre janeiro a março deste ano. Ocorre, de acordo com Camardelli, que aos poucos as exportações para aquele país têm se recuperado.

Por causa do efeito Irã, as exportações totais de carne bovina nos primeiros três meses deste ano recuaram 5,71%. Em compensação, as exportações para os Estados Unidos cresceram em valores o correspondente a 200,71% e o volume teve um salto de 264,18%, ainda que o preço médio tenha caído 17,43%.

Para Egito e Líbia, os aumentos em valores no trimestre terminado em março foram de 220,85% e 73,25%, pela ordem. Para o presidente da Abiec, nos dois casos o aumento está relacionado às quedas dos regimes políticos autoritários. Além disso, as vendas para os países árabes, agora livres de ditaduras, tendem a aumentar já que o Brasil é o único país exportador no mundo que cumpre todos os ditames religiosos tanto árabes como judeus.

Em países como Venezuela e Angola, por exemplo, os respectivos crescimentos de 19,28% e 19,90% no valor das exportações estão associados ao ano eleitoral. Nestes ano, de acordo com a Abiec, a tendência é o consumo crescer nessas regiões.

http://www.beefpoint.com.br/cadeia-prod ... om-slides/

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qui Jul 26, 2012 12:08 pm
por NettoBR
Febraban eleva previsão de alta do dólar no fim de 2012
Pesquisa da Federação prevê taxa de câmbio de R$ 1,95 ao final de 2012, alta sobre a estimativa anterior, de R$ 1,91; para 2013, projeção passou de R$ 1,89 para R$ 1,95
Agência Estado | 26/07/2012 11:55:50

Pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) indica uma desvalorização mais intensa do real frente ao dólar do que a estimativa divulgada no mês passado. As 28 instituições financeiras consultadas preveem taxa de câmbio de R$ 1,95 ao final de 2012, uma alta sobre a estimativa anterior, de R$ 1,91. Para 2013 também houve revisão e a projeção passou de R$ 1,89 para R$ 1,95.

Apesar da expectativa de desvalorização do real mais intensa do que a anteriormente imaginada, a Pesquisa Febraban de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado mostra recuo nas projeções da balança comercial deste e do ano que vem. Para 2012, o saldo deve ser de US$ 18,2 bilhões, ante US$ 20,2 bilhões previstos em junho, refletindo o "quadro de desaceleração da economia mundial". Para o ano seguinte, a projeção caiu de US$ 15,3 bilhões para US$ 14 bilhões.

Houve recuo nas projeções dos analistas consultados para o déficit em conta corrente, que continua sendo financiado quase integralmente pelos investimentos diretos. O saldo de transações correntes passou de déficit de US$ 65,8 bilhões na projeção de junho para déficit de US$ 61,4 bilhões no documento divulgado hoje. Para 2013 o saldo foi revisado de déficit de US$ 72,2 bilhões para déficit de US$ 70,1 bilhões.

As expectativas para o investimento direto estrangeiro passaram para US$ 54,9 bilhões em 2012 (ante US$ 55,2 bilhões na edição anterior da pesquisa) e US$ 59,4 bilhões em 2013 (ante US$ 53,3 bilhões). Segundo a pesquisa, as reservas internacionais devem terminar o ano com um total de US$ 380,2 bilhões e 2013 em US$ 396,3 bilhões.

O superávit primário deve ficar em 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, o mesmo porcentual projetado para 2013, refletindo ação anticíclica do governo federal no período recente e também alguma piora na receita em função do crescimento econômico mais baixo. A dívida líquida do setor público deve chegar a 35,5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e a 34% em 2013. Com esses resultados, os analistas consultados esperam que o risco Brasil medido pelo índice EMBI fique em 171 pontos em 2012 e em 170,9 pontos em 2013.

EUA

A pesquisa da Febraban também aponta expectativas das 28 instituições consultadas a respeito do crescimento, da inflação e da taxa de juros da economia dos Estados Unidos. O crescimento do PIB norte-americano deve atingir 2,1% em 2012, sobre 2,2% anteriormente projetado, enquanto em 2013 o avanço deve ser de 2%, 0,4 ponto porcentual abaixo da expectativa divulgada em junho.

Em relação à inflação dos EUA (CPI), a projeção é de alta de 2% em 2012, ante 2,2% projetados na pesquisa anterior, e de variação positiva de 2% no ano seguinte. A expectativa sobre a taxa de juros em 2012 permaneceu em 0,25% ao ano e para 2013 caiu de 0,3% para 0,25% ao ano.

Fonte: http://economia.ig.com.br/mercados/2012 ... -2012.html

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qui Jul 26, 2012 12:46 pm
por NettoBR
PAC 2 vai a R$ 19,7 bilhões no primeiro semestre
Valor é 32% maior que o desembolsado pelo programa federal de investimentos em infraestrutura, mas obras finalizadas atingem apenas 30% do previsto até 2014
iG Brasília | Atualizada às 26/07/2012 11:54:57

A segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) alcançou R$ 19,7 bilhões em pagamentos executados pelo governo federal entre janeiro e julho deste ano – valor 32% superior aos R$ 14,9 bilhões do primeiro semestre de 2011, divulgou nesta quinta-feira o Ministério do Planejamento.

O montante dos seis primeiros meses de 2012 incluem R$ 4,5 bilhões da dotação orçamentária de 2011. Com isso, o primeiro semestre vai à R$ 15,2 bilhões executados, apenas R$ 300 milhões acima do valor de igual período do ano passado.

De acordo com o quarto balanço do PAC 2, do pacote total de R$ 955 bilhões para intervalo 2011-2014 em infraestrutura, apenas 29,8% das obras foram concluídas, somando R$ 211 bilhões. As obras do PAC 2 estão orçadas em R$ 708 bilhões, alcançando 74% do total estabelecido pelo governo para o pacote, que inclui projetos em energia, transportes e o Minha Casa, Minha Vida.

A soma dos valores desempenhados pelo governo entre 2011 e 2012 é de R$ 324,3 bilhões. O volume representa, segundo o governo, 34% do total a ser aplicado nos próximos dois anos e meio.

O Ministério destaca no documento que o PAC 2 entra em um ciclo mais acelerado das obras, após a fase de preparação de ações como planejamento, licenciamento, licitações e contratações, ocorridas em 2011.

O PAC Mobilidade Grandes Cidades destinou R$ 32,7 bilhões para a construção de metrôs em Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza, Salvador e região metropolitana do Rio de Janeiro, além de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) e corredores de ônibus. No total, segundo o documento, foram 43 empreendimentos selecionados em 51 municípios brasileiros.

"O governo federal investe em mobilidade urbana nas grandes e médias cidades brasileiras, desafogando o trânsito nas principais capitais do País", disse o documento do PAC 2.

Para as médias cidades, com população entre 250 mil e 700 mil habitantes, o programa prevê financiamento de R$ 7 bilhões para melhorias na infraestrutura. O PAC 2 entregou também, conforme o planejamento, 1.275 retroescavadeiras para 1.299 municípios. A adesão para outras 3.591 máquinas está aberta. Com isso, o governo pretende garantir uma retroescavadeira para todos os municípios do Brasil. Além dessas máquinas, 1.330 motoniveladoras estão em fase de seleção.

O eixo Transportes da segunda etapa do PAC investiu R$ 24,4 bilhões para a conclusão de 909 km de rodovias, empreendimentos em 16 aeroportos e 12 portos do País.

Os destaques são a construção do módulo operacional 2 no Aeroporto de Brasília e a restauração de pistas de pouso e decolagens do Aeroporto de Curitiba. O PAC 2, segundo o ministério, aumentou a capacidade dos aeroportos brasileiros em 8,4 milhões de passageiros por ano. Também estão prontas obras de dragagem nos portos de Fortaleza, Natal e Santos.

O eixo Água e Luz para Todos recebeu R$ 2 bilhões. Segundo o ministério, 286 mil famílias passaram a contar com luz elétrica e 383 empreendimentos foram concluídos para melhorar o abastecimento de água em grandes centros urbanos. O destaque em recursos hídricos foi a conclusão da Adutora do Oeste e 35 empreendimentos de esgotamento sanitário e recuperação ambiental nas bacias dos rios São Francisco e Parnaíba.

Segundo o Planejamento, o projeto de integração do Rio São Francisco recuperou o ritmo de obras nos eixos norte e leste com a mobilização de 2,3 mil trabalhadores.

O PAC 2 já contratou quase 100% das unidades básicas de saúde e 79% das unidades de pronto-atendimento selecionadas em 2012 no eixo Comunidade Cidadã. Creches e pré-escolas tiveram contratação de 96% das unidades selecionadas. Além disso, todas as 359 praças dos esportes e da cultura foram contratadas.

O eixo Cidade Melhor concluiu 386 empreendimentos de saneamento e drenagem e um empreendimento de mobilidade urbana, a Linha Oeste do metrô de Fortaleza. Já estão em operação as estações Santo Afonso e Rio dos Sinos, finalizando a primeira etapa de expansão do trem que liga São Leopoldo a Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.

Praticamente um terço dos R$ 324,3 bilhões em obras realizadas do PAC 2 até 2012 corresponde a financiamento habitacional, de acordo com o Ministério do Planejamento.

Para o crédito no setor, foram disponibilizados R$ 108,6 bilhões. O documento cita também que R$ 91,9 bilhões do total de empreendimentos realizados foram executados pelas empresas estatais, enquanto R$ 69,1 bilhões ficaram a cargo do setor privado - R$ 28,6 bilhões correspondem aos recursos do Orçamento.

Especificamente o Programa Minha Casa, Minha Vida executou R$ 20,7 bilhões até agora, conforme o Planejamento. Com isso, o valor dobrou em relação aos R$ 10 bilhões registrados até dezembro do ano passado. O financiamento ao setor público representa R$ 4 bilhões ante os R$ 2,7 bilhões executados até dezembro, e as contrapartidas de Estados e municípios saltaram de R$ 800 milhões para R$ 1,4 bilhão.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica ... estre.html

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qui Jul 26, 2012 1:58 pm
por nveras
Governo elimina impostos do setor elétrico e preço da energia deve cair
Com a renovação das concessões, que vaideixar de remunerar os ativos depreciados, e a eliminação dos encargos, a tarifa de energia deve cair pouco mais de 10%
26 de julho de 2012 | 13h 01
Notícia
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Anne Warth e Célia Froufe
SÃO PAULO - O governo anunciou nessa quinta-feira, 26, mais uma medida de estímulo à economia. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o governo suprimiu encargos setoriais que incidem sobre tarifas. O ministro disse que isso será feito porque a geração de energia elétrica é uma atividade barata, mas que encarece no meio do caminho.

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Além do corte de tributos, o governo está concluindo a proposta de renovação dos contratos de concessão de energia que vencem em 2015. Como a renovação das concessões vai deixar de remunerar os ativos depreciados, aliada à eliminação dos encargos, a tarifa de energia deve cair pouco mais de 10%.

"Vamos retirar estes obstáculos que estão no meio do caminho e, com isso, vamos ter uma tarifa reduzida sobretudo para o consumidor mais forte que são os industriais. Vamos retirar todos (os encargos)".

O ministro disse que o governo vai eliminar a CCC (Conta de Consumo de Combustíveis), RGR (Reserva Global de Reversão) e CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) e, provavelmente, o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica).O ministro ressaltou que o programa Luz para Todos, que é financiado por estes encargos, será mantido e que o Tesouro Nacional vai assumi-lo. "Eles acabam e aquilo que hoje é financiado por estes encargos, como Luz para Todos, o Tesouro assume."

Sobre a possibilidade de redução do ICMS, o ministro ressaltou que esta é uma decisão que cabe aos Estados. "É claro que nós gostaríamos muito que os governos estaduais também reduzissem o ICMS, mas isso é uma questão de autonomia de cada Estado", afirmou.

Novas Concessão

Segundo Lobão, os estudos para a renovação da concessão já estão no Palácio do Planalto. Lobão estimou que entre 15 e 30 dias, o governo terá condições de enviar ao Congresso Nacional uma "mensagem" propondo a alteração na legislação, de forma a permitir a renovação dos contratos.

O ministro destacou que o objetivo da medida é reduzir o custo da energia "notadamente" para o setor industrial e empresarial. "Com o custo de energia caindo, a indústria pode ser cada vez mais competitiva", afirmou durante cerimônia de balanço do PAC 2.

Ele lembrou que o novo modelo, instituído pela então ministra Dilma Rousseff, consiste na modicidade tarifária. "Este modelo está entrando em vigor, é forte e bem intencionado", disse. "Os contratos vencem em 2015 e a lei determina o retorno dos ativos ao patrimônio da União para novo leilão. Na reformulação da lei, vamos permitir a renovação das concessões", explicou o ministro.


Eu que trabalho com impostos nunca soube que pagava esses.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qui Jul 26, 2012 2:26 pm
por rodrigo
nveras escreveu:Eu que trabalho com impostos nunca soube que pagava esses.
O governo, desde as capitanias hereditárias, nunca aceitou dar publicidade a tudo que se paga embutido nos preços. Senão...



Lucro do Santander cai pela metade no mundo; Brasil decepciona

Queda na receita na AL e maiores perdas em crédito, especialmente no Brasil, prejudicaram resultado do banco

SÃO PAULO - O Santander, maior banco da zona do euro, viu o lucro do primeiro semestre cair pela metade após ter feito baixa contábil de desvalorizados ativos imobiliários espanhóis, apesar de os depósitos na Espanha terem saltado durante o período. O banco espanhol teve lucro líquido de € 1,7 bilhão após a baixa contábil de € 2,78 bilhões em ativos imobiliários espanhóis. O lucro para o período antes das provisões foi de € 3 bilhões, em linha com o que analistas previam.

O banco sofreu menos que outros rivais na Espanha com a crise no país devido aos seus negócios diversificados no Brasil, México, Polônia e Reino Unido. A América Latina responde por metade do lucro do Santander.

Porém, analistas apontaram as menores receitas na região e maiores perdas em crédito, especialmente no Brasil, onde a economia está passando por desaquecimento, elevando os calotes no setor bancário. "O Brasil foi a grande decepção", disse o analista Jaime Beceriil, do JP Morgan. De janeiro a junho, a operação brasileira respondeu por 26% do resultado global do Grupo Santander.

Resultado fraco

A instituição disse que completou 70% das baixas contábeis exigidas pela retomada de imóveis e empréstimos irrecuperáveis exigidas por reguladores, em uma tentativa tardia de reconhecer perdas da crise imobiliária de 2008.

Apesar de estar em linha com as provisões pedidas pelo governo espanhol, operadores ficaram surpresos que o banco tenha abatido as perdas tão cedo neste ano.

"As provisões que estamos fazendo vão nos permitir colocar as baixas contábeis imobiliárias na Espanha atrás de nós até o final deste ano", disse o presidente do conselho do banco, Emilio Botin, em comunicado.

O Santander afirmou que não haverá mudanças na política de dividendos. As ações do banco exibiam alta após a divulgação do balanço. Na quarta-feira, a espanhola Telefónica desistiu de dividendos programados para 2012 enquanto tenta reduzir dívida em um ambiente de recessão.

O Santander tem que fazer baixa contábil de € 8,8 bilhões até o final do ano após duas reformas de regras bancárias promovidas pelo governo em fevereiro e maio. Com isso, incluindo o anúncio desta quinta-feira, o banco cobriu até agora € 5,99 bilhões.

Brasil

O Banco Santander Brasil registrou lucro líquido consolidado de R$ 1,459 bilhão no segundo trimestre de 2012, seguindo o padrão contábil internacional, o IFRS, o que representa uma queda de 15,3% ante o primeiro trimestre deste ano, conforme relatório da administração, entregue há pouco à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

No primeiro semestre, o resultado atingiu R$ 3,2 bilhões, um recuo de 4,3% em relação ao mesmo período de 2011.

Os ativos totais somaram R$ 407,211 bilhões em junho, estável ante igual intervalo do ano passado e aumento de 2,8% na comparação com o primeiro trimestre de 2012.

O patrimônio líquido consolidado totalizou R$ 80,208 bilhões em 30 de junho de 2012, alta de 6,5% ante os R$ 75,280 bilhões de junho de 2011 e de 1% ante os R$ 79,453 bilhões do final de março deste ano.

No padrão contábil brasileiro (BR Gaap), o Santander teve lucro líquido de R$ 1,464 bilhão no segundo trimestre, queda de 17% ante o primeiro trimestre e de 5,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. No semestre, o ganho foi de R$ 3,2 bilhões, recuo de 4%.

A rentabilidade sobre o patrimônio ficou em 11,5%, ante 13,6% no segundo trimestre do ano passado.

Inadimplência

O índice de inadimplência acima de 90 dias do Banco Santander, normalizado pela venda da carteira, ficou em 4,9%, aumento de 0,1 ponto porcentual no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior. Em pessoa física, o nível registrado foi de 7,3% e em pessoa jurídica, de 2,6%.

No critério de 60 dias, no entanto, o índice total de atrasos caiu 0,1 ponto porcentual, para 6%, o que aponta para uma melhoria no futuro. O índice de cobertura acima de 90 dias se manteve confortável e atingiu 137,7%, evolução de 3,2 pontos porcentuais.

http://economia.estadao.com.br/noticias ... 0707,0.htm

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qui Jul 26, 2012 9:03 pm
por NettoBR
As 10 empresas privadas que têm mais negócios com o governo
Até maio deste ano, o governo gastou 29,7 bilhões de reais com empresas e pessoas físicas; veja as companhias privadas que ocupam o topo dessa lista.
Negócios - 11/07/2012 07:00

1. Embraer
http://exame1.abrilm.com.br/assets/pictures/59465/size_590_embraer-190.jpg?1340619765

A Embraer foi a companhia para quem o governo mais destinou dinheiro até maio deste ano. Ao todo, foram gastos 253 milhões de reais. Quase 80% desse montante deve-se ao desenvolvimento de um cargueiro tático militar de dez toneladas, previsto na Política Nacional de Defesa da Aeronáutica - o desembolso foi feito pelo Ministério da Defesa no início de março. Aquisição e modernização de aeronaves e manutenção dos materiais aeronáuticos respondem pelo restante do dinheiro.
Ainda que ocupe o primeiro lugar da lista, a Embraer não tem a maior parte da sua receita ligada aos pedidos do governo. No primeiro trimestre do ano, quando a encomenda do cargueiro em questão já havia sido feita, a receita líquida da empresa foi de 2 bilhões de reais. O lucro líquido apresentado no mesmo período foi de 116,3 milhões.


2. Delta
http://exame1.abrilm.com.br/assets/pictures/60722/size_590_Obra-no-Maracana.jpg?1341941084

Enrolada com as denúncias de envolvimento em esquemas de corrupção do contraventor Carlinhos Cachoeira, a Delta permanece como um dos principais nomes na lista de pagamentos do governo, tendo recebido 225 milhões de reais até maio. Da construção e manutenção de diversos trechos rodoviários a transposição do rio São Francisco e reforma do Maracanã, o dinheiro público engordou o cofre da Delta em um sem-número de contratos - foram quase 3.700.
Em grande parte deles, os valores não chegam a surpreender: muitos ficam na casa de centenas ou poucos milhares de reais. Quando os milhões entram em jogo, aparecem obras como a recuperação da BR-174, no Amazonas, da BR-316, em Alagoas e da BR-163, no Paraná.
No começo de junho, a J&F, holding que controla o frigorífico JBS, desistiu de comprar a construtora, alegando que a crise de confiança sobre a empresa teria abalado negativamente suas finanças. Desde o dia 12 do mês passado a companhia está impedida de celebrar contratos com o governo, depois de ter sido considerada inidônea pela Controladoria Geral da União.


3. Odebrecht
http://exame0.abrilm.com.br/assets/pictures/60721/size_590_Obra-da-Odebrecht.jpg?1341940756

A Odebrecht ocupa a terceira posição da lista com uma receita de 215,1 milhões de reais embolsados do governo. Se no caso da Delta, os pedidos do Ministério dos Transportes foram os grandes responsáveis por avolumar o dinheiro recebido, no da Odebrecht foi a Defesa quem respondeu por 99,9% da bolada.
O dinheiro foi inteiramente destinado à construção de um estaleiro e base naval para submarinos convencionais e nucleares, em Itaguaí, no Rio de Janeiro. A Odebrecht ainda receberá mais pelo projeto da Marinha, que tem custo total de 762 milhões de reais.
Maior construtora do Brasil, a Odebrecht conta com uma carteira de obras de 34 bilhões de dólares. No balanço do primeiro trimestre, a empresa atribuiu 6,3 bilhões de dólares a novos contratos, sendo a maior parte deles firmada fora do país.


4. Novartis
http://exame0.abrilm.com.br/assets/pictures/55663/size_590_?1336070204

Com 153,2 milhões de reais recebidos do governo, a fabricante de remédios Novartis ganha o quarto lugar do ranking. Deste total, 148 milhões foram pagos à empresa por produtos destinados ao Fundo Nacional da Saúde, que administra os recursos do SUS (Sistema Único de Saúde). Outros recursos dizem respeito a remédios entregues a hospitais de universidades federais, ao Instituto Nacional do Câncer, além de hospitais da Marinha, Aeronáutica e Exército.
No primeiro trimestre do ano, a Novartis faturou 13,7 bilhões de dólares com suas operações em todo mundo, queda de 2% em relação ao resultado obtido no mesmo período do ano anterior. Em comunicado ao mercado, a empresa destaca o Brasil, China, Índia, Rússia, Coreia do Sul e Turquia como seus seis maiores alvos no mundo emergente. Entre seus medicamentos mais conhecidos pelo grande público estão a Ritalina, utilizada pelos portadores de déficit de atenção e o antiinflamatório Cataflam.


5. Abbott Laboratórios
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Dentre as dez companhias que mais receberam do governo até maio, quatro produzem remédios. A Abbott Laborátorios é a segunda delas, com 148,4 milhões de reais. Da mesma forma que a Novartis, a maior parte do pagamento vem do Fundo Nacional de Saúde, que gere os recursos do SUS.
Entre os hospitais universitários, cujos produtos são financiados pelo Ministério da Educação, o maior cliente foi o Hospital das Clínicas da UFPR (Universidade Federal do Paraná), com encomendas de 678.150 reais. A americana Abbott comercializa produtos em mais de 130 países. Até março, somou vendas globais de 9,4 bilhões de reais. No Brasil, a empresa está presente desde 1937, emepregando atuais 1.400 funcionários.


6. Wyeth
http://exame3.abrilm.com.br/assets/pictures/60717/size_590_Wyeth-Pfizer.jpg?1341939877

Ao contrário de suas antecessoras, a produtora de remédios Wyeth só recebeu dinheiro do Fundo Nacional de Saúde. Os recursos chegaram a 142,3 milhões de reais até maio.
A Wyeth foi comprada pela Pfizer por 68 bilhões de dólares, em 2009. No ano anterior, quando ainda operava por conta própria, a Wyeth faturou 732,5 milhões de reais no Brasil, onde mantinha uma unidade em São Paulo.


7. Octapharma
http://exame1.abrilm.com.br/assets/pictures/60719/size_590_Octapharma.jpg?1341940127

Última farmacêutica na lista das dez mais, a Octapharma faturou 139,4 milhões de reais em pedidos feitos pelo governo. Todos foram feitos pelo Fundo Nacional de Saúde. No total, foram firmados 28 contratos. O mais caro deles, de 18,1 milhões, faz referência à aquisição de mais de 50.000 frascos de imunoglobulina humana, muito usada para terapia de reposição de anticorpos.
A Octapharma é uma empresa suíça fundada em 1983. Com fábricas localizadas na Europa e 37 subsidiárias oficiais, o grupo atua em 80 países. Seus produtos são voltados à hematologia, imunoterapia e medicina de emergência.


8. Embratel
http://exame3.abrilm.com.br/assets/pictures/60720/size_590_Antenas-da-Embratel.jpg?1341940375

De janeiro a maio, a Embratel recebeu 132 milhões de reais do governo. Entre os maiores clientes da empresa, estão a Coordenação de Recursos Logísticos do Ministério das Comunicações, com gasto de 12,3 milhões, e a Coordenação de Contratos e Licitações do INSS, com 11,9 milhões. Grande parte das mais de 1.100 contas apresentadas por órgãos federais no período custou bem menos do que isso.
Fundada em 1965 como uma estatal, a Embratel foi privatizada em 1998. Hoje, a empresa oferta serviços de telefonia, internet e tv a cabo. No último dia 5, a companhia anunciou a desistência do fechamento de capital da NET, optando por realizar uma oferta pública por alienação de controle da empresa.


9. Light
http://exame0.abrilm.com.br/assets/pictures/27194/size_590_estacao-light-rio.jpg?1301939224

A Light, empresa de energia do Rio de Janeiro, recebeu 114 milhões em dinheiro público até maio. Embora 3,3 milhões tenham sido pagos a título de indenização e restituições, 87% da bolada provém do fornecimento de energia em diferentes órgãos federais, passando por hospitais, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pelo Centro Cultural Paço Imperial. A Brigada Infantaria Pára-quedista do Exército, por exemplo, gastou quase 1 milhão de reais no período, valor semelhante ao desembolsado pela subsdiária carioca da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Em abril, a Light anunciou a intenção de investir 2,64 bilhões de reais até 2015. Apesar da expansão e modernização da rede ser a sua principal prioridade, a empresa não descarta novas aquisições. Em 2011, a Light adquiriu o controle acionário da Renova e uma fatia no projeto de Belo Monte.


10. Queiroz Galvão
http://exame1.abrilm.com.br/assets/pictures/37326/size_590_Queiroz_Galv%C3%A3o.jpg?1314186374

Fechando o ranking, a Queiroz Galvão recebeu 103,6 milhões de reais até maio, período disponibilizado pelo Portal da Transparência. Entre as obras que fizeram a construtora engordar o cofre estão a adequação de um trecho rodoviário na BR 060, entre Goiânia e Jataí, a construção de um trecho na BR 448, no Rio Grande do Sul, e melhorias na BR 101 entre a Bahia e Sergipe.


Fonte: http://exame.abril.com.br/negocios/empr ... o?p=1#link

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Jul 27, 2012 8:18 pm
por marcelo l.
Naõ apoio as ideias só para postar.
Folha de São Paulo – 27 de julho de 2012
EDMAR BACHA, ECONOMISTA
Proteger indústria e ajudar setores é política míope
Economista afirma que focar apenas as vendas no mercado interno é pensar pequeno
Pedro Carrilho/Folhapress

O economista Edmar Bacha, um dos formuladores do Plano Real
MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO

Depois de se dedicar a debates como o combate à inflação, o economista Edmar Bacha, 70, quer saber por que a indústria brasileira está encolhendo.
Um dos formuladores do Plano Real, Bacha reuniu 35 especialistas para ir além da explicação câmbio & juros, que, segundo diz, não são o problema verdadeiro.
O resultado será publicado no livro "Desindustrialização: O Que Fazer?", organizado com a também economista Mônica de Bolle. Nesta entrevista, Bacha antecipa à Folha parte do diagnóstico sobre a desindustrizalização.

Quando o Brasil começou a se desindustrializar?
De 1980 até 2004/2005, houve um processo paulatino de perda da participação da indústria no PIB. E isso não preocupa.
Porque, quando se comparava o Brasil com outros países, a participação da indústria era muito maior. Havia um excesso de indústria. O que discutimos é o que ocorre a partir de 2005, com especial preocupação a partir de 2010.
O que mudou?
A partir de 2005, o Brasil foi beneficiado por uma enorme entrada de dólares, provinda da melhoria dos preços das commodities que o Brasil exporta e de uma entrada muito forte de capitais. É uma grande bonança externa. E o efeito colateral dessa bonança é a desindustrialização.
É como uma doença?
Eu não acho que, necessariamente, seja uma doença. Você apenas alterou o padrão de produção da economia. Não tem ninguém doente. Veja o Brasil de hoje. A mão de obra está muito bem, superempregada e com salários muito altos, como nunca teve. Só quem não está empregando é a indústria. A indústria realmente vai mal, mas o Brasil vai muito bem.
Mas economistas sustentam que o crescimento está travado porque o setor industrial está em crise.
A economia está em pleno emprego. Por que a popularidade da Dilma está tão alta? Do ponto de vista do bem-estar, as pessoas estão muito bem. Há um problema que a economia não cresce. Mas o estrangulamento do crescimento ocorre porque os investimentos dos setores competitivos estão travados.
Que setores poderiam crescer e estão parados?
A construção civil, todo o complexo agromineroindustrial. Mas esses setores dependem muito de infraestrutura, e o que ocorre é que estamos travados por falta de infraestrutura, por falta de mão de obra qualificada.
Não vale a pena o governo tentar recuperar a indústria?
Não através do protecionismo, do crédito subsidiado, nem de medidas pontuais.
Estamos falando de recuperar a capacidade de concorrer e de termos uma indústria produtiva. Afora imposto, e de fato os impostos são extremamente elevados, uma das maiores travas para recriar a indústria é a política do conteúdo nacional.
O governo, em vez de resolver, está ampliando. Eu sou a favor de acabar com a política de conteúdo nacional.
Mas o governo diz querer incentivar produtores locais.
É uma política míope, que resolve o problema localizado à custa de criar danos maiores para a economia.
No pré-sal, por exemplo, a consequência dessa política, será que a gente não vai chegar ao pré-sal. Pergunta ao Carlos Ghosn, da Renault, por que ele não produz carro de boa qualidade no Brasil.
Tendo que comprar tudo aqui dentro não dá. Protegem a indústria de componentes para criar o que chamam de "densificação da estrutura produtiva". O que é preciso é se integrar às cadeias produtivas internacionais.
Como?
Não tem que fazer todas as partes do produto aqui. O comércio internacional é crescentemente intrafirmas -multinacionais exportando para elas mesmas-, intrassetorial -exporta-se seda e importa-se algodão- e intraproduto -cada componente é feito num local e a montagem é feita noutro.
É assim que a Ásia está se estruturando e é assim que o México está crescendo.
Qual o efeito para o Brasil?
Aqui, esse suposto nacionalismo fez com o Brasil se tornasse o país mais colonizado do mundo. A participação de multinacionais no PIB é extraordinariamente elevada. E por que elas não exportam? Porque é caro produzir aqui. E por que é caro? Porque têm que comprar tudo aqui dentro, não podem se integrar mundialmente, não podem fazer o que fazem na China. A gente não deixa.
Mas a China também paga salários mais baixos.
A indústria concorre com a natureza, e ela é pródiga. Portanto, nosso ponto de partida é mais alto. Somos como nos EUA. Eles sempre foram um país de salários elevados, têm agricultura e mineração pujante e conseguiram desenvolver sua indústria.
Mas eles também estão buscando retomar as indústrias que perderam.
A desindustrialização não é só brasileira. O mundo inteiro, exceto a China, está se desindustrializando. É como se de repente descobrissem a existência de Marte. A China é como se fosse Marte. Estava fechada, com um terço da população mundial, e agora se abriu. Temos que arrumar um lugar para ela.
Mas, se é um fenômeno mundial, por que o Brasil deveria atuar? E como teria êxito?
Não estamos dizendo para deixar a indústria cair. No Brasil, há um problema específico, a participação da indústria no PIB está caindo mais do que em outros países. Não é que não tenhamos que nos mexer. Ao contrário. Isso é um problema, mas o que está sendo feito é errado.
Temos sugestões, e uma delas é mudar a estrutura de importação, diminuindo os impostos para a compra de bens de capital e componentes. Tornar as indústrias mais produtivas para que se integrem à cadeia mundial, em vez de olharem apenas para o mercado interno. As avaliações sobre o problema são muito chã, é o câmbio, é não sei mais o quê...
Então não é câmbio valorizado e juros altos?
As pessoas acham que mexendo nisso vão resolver o problema. Isso é um equívoco. É preciso entender como isso ocorreu. Não é um monte de gente malévola que apreciou o câmbio e botou os juros na lua.
Mas, ao focar juros e câmbio, perde-se a dimensão dos problemas reais e substantivos, que provocam a perda de competitividade.
Quais são esses problemas?
Quando houve a bonança, não teve jeito, houve muito ingresso de capital e o câmbio apreciou. O que fazer? Pôr uma barreira e não deixar entrar nenhum tostão? Fazer igual a Cristina Kirchner? Vai dizer isso para as empresas que precisam de capital e estão lançando ações.
Se existe uma bonança, vamos saber administrá-la. Frequentemente ela é tão boa que as pessoas deixam de fazer o dever de casa. E, quando acabam, só tem um buraco lá.
Economistas do governo afirmam que a bonança permitiu a emergência da classe C.
Poderia ter sido melhor. Mas eu não sou contra isso e não acho que o modelo foi apenas consumista. O investimento cresceu neste período. Mas também é fato que a reação à crise a partir de 2008 só aumentou o consumo.
A reação à crise agravou a desindustrialização?
A desindustrialização não veio porque as pessoas consumiram. Se, em vez de consumir, tivéssemos investido, importaríamos mais ainda. Não acho que veio daí.
As pessoas dizem que o investimento está fraco porque a indústria está fraca. Mas foi justamente quando a indústria enfraqueceu que o investimento aumentou, entre 2005 e em 2011, quando passou de 15% para 20% do PIB.
Qual é a sua explicação?
A indústria é só 15% do PIB. E os outros 85%, que vão muito bem? O Eike Batista deve ter investido.
Então, quais são os problemas reais da indústria?
A indústria é excessivamente tributada no Brasil, comparada com as indústrias estrangeiras. Isso é um problema. Outro é que a indústria tem pouca flexibilidade de comprar insumos de fora por causa dessa política de requisito nacional e das altas tarifas cobradas na entrada de bens de capital e insumos.
O governo está tentando manter um modelo de indústria que não funciona mais?
Eles têm uma mentalidade que talvez coubesse em 1950 e que já foi exagerado em 1970. Hoje é um absurdo. Querem pensar em indústria no país em função desse mercadinho interno que a gente tem, que é só 3% do PIB mundial.
É também pensar pequeno a estratégia de curto prazo. Ficar tentando resolver o problema de cada setor, um a um.
Está com problema o setor de componentes da indústria automobilística? Azar.


O governo não deveria salvar certos setores, como têxteis e calçados?
Existem muitas indústrias de tecidos no Brasil que vão bem. Muitos dizem: a indústria de calçados vai acabar. Mas nesse grupo tem uma empresa chamada Alpargatas [fabricante das Havaianas]. Há muitas empresas que dão a volta por cima. O processo de criação destrutiva é a maneira pela qual o capitalismo se desenvolve e permite a incorporação de novas formas de fazer as coisas.
Essa política protecionista, de escolha de vencedores, constrange a capacidade produtiva a ficar aqui dentro, nesse rame-rame. É preciso olhar além da avenida Paulista [em alusão à Fiesp].

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Jul 30, 2012 11:27 am
por marcelo l.
http://mansueto.wordpress.com/

Esta semana, quando estava limpando alguns arquivos do meu computador, levei um susto. Ao ler entrevistas e artigos de jornais de de 2007 a 2010, tive a impressão que o Brasil parou nos últimos anos. Confiram e tirem suas próprias conclusões.

(1) “Só porque o Brasil teve por um trimestre uma taxa de crescimento acima de 7%, o Brasil agora é a nova China e o Lula é um gênio das finanças, e todos os problemas anteriores não existem mais porque o Brasil é um país diferente. Há toda uma narrativa que tem sido criada por conta de alguns bons trimestres no Brasil que pode levar a políticas macroeconômicas muito inconvenientes. Essa narrativa é particularmente conveniente na época de eleições.”

Ricardo Hausmann, professor de Harvard em entrevista à Folha de São Paulo – 30 de agosto de 2010. O professor me falou uma vez em Washington-DC que o governo não gostava muito das suas declarações sobre o Brasil. Agora entendo o por que. Ele fala a verdade.

(2) “Todos os economistas concordam que o Brasil é diferente do resto do mundo. É um país jovem, mas, ao mesmo tempo, tem grande preocupação com o envelhecimento. É difícil entender isso, pois existem muitas ações sociais que deveriam ser consideradas prioritárias no país. Só Itália, França e Alemanha têm despesas maiores com previdência do que o Brasil, que é um país jovem. Acontece que eles, sim, têm motivo para se preocupar, já que possuem uma parcela expressiva da população acima de 65 anos. É por isso que penso que, com o mesmo valor destinado à previdência, o Brasil poderia fazer muito mais e melhor para os mais pobres. Acho que o grande problema do modelo brasileiro de gastos sociais está na Constituição. Ela estabelece os porcentuais do produto interno bruto que devem ser investidos em algumas áreas. É isso que se chama de vinculação orçamentária.”

Peter Lindert, historiador econômico e professor da Universidade da Califórnia em Davis. Autor do livro Growing Public. Entrevista nas páginas amarelas da revista Veja, 27 de agosto de 2005. A observação do professor continua válida, mas pelo menos o governo parece cada vez mais convencido que terá que desatar este nó.

(3) Os banqueiros dizem que o spread é alto por causa dos impostos que pagam e do compulsório que são obrigados a recolher. O governo pensa mexer nisso? “Os bancos têm margem para baixar o spread sem precisar de redução da cunha fiscal ou do compulsório. O compulsório já diminuiu bastante nesta crise, nós liberamos mais de R$ 100 bilhões. Aliás, diga-se de passagem, na composição do spread 36% é a possibilidade de inadimplência. Evidentemente, isso está superestimado. Eles costumam prever uma inadimplência maior e com isso cobrar uma taxa maior. Outra é a margem de lucro. Os bancos brasileiros estão bem acostumados a ter margem de rentabilidade elevada. Não tenho nada contra isso, mas acho que aí tem espaço para diminuir.”

Ministro Guido Mantega em entrevista ao Estado de São Paulo em 29 de junho de 2009. O Ministro falou isso, em 2009, falou novamente em junho de 2011 e vai falar novamente daqui a dois anos.

(4) Como o senhor definiria os avanços da era Lula? “Acho que a principal conquista foi a de se acelerar o crescimento com melhora na distribuição de renda. Houve mudança no papel do Estado, que assumiu participação maior no combate à pobreza e à desigualdade, com o Bolsa-Família e a política de salário mínimo. Assim, aumentou a parcela das transferências sociais e de renda tanto no PIB quanto no Orçamento, e houve recuperação do papel do Estado no investimento e no planejamento de longo prazo. Isso se traduziu num aumento do investimento por parte da União, mas principalmente na atuação do Estado na organização de projetos, nos leilões de concessão e nos investimentos em infraestrutura. …..A partir do PAC, o crescimento médio foi de 4,6%. Já a taxa de juros real caiu de 16%, quando o presidente Lula tomou posse, para os 6% de hoje.”

Entrevista do Secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, ao jornal O Estado de São Paulo no dia 02 de janeiro de 2011. O economista creditava o maior crescimento da economia brasileira ao PAC (e não ao boom de commodities) e ainda falava da recuperação da capacidade do Estado de investir e planejar.

A realidade de um ano e meio do governo da Presidenta Dilma não parece corroborar essa tese e ainda teve a herança maldita da roubalheira nos Ministérios e que foi uma dor de cabeça para a Presidenta no seu primeiro ano de governo. Quanto à afirmação de que “……houve recuperação do papel do Estado no investimento e no planejamento de longo prazo”. Sem comentários.

(5) “Há uma crença, que vem crescendo dentro do governo, de que mais gastos provocam maior crescimento econômico. Por que não gastar mais, com o maior crescimento econômico resultante gerando uma dinâmica mais favorável da dívida pública e acelerando o crescimento das receitas?….. Se optasse pela elevação das poupanças domésticas controlando seus gastos, poderia obter taxas mais altas de investimentos com menores déficits nas contas correntes, livrando-se parcialmente da dependência das poupanças externas. Mas essa não é uma rota que dê dividendos políticos a curto prazo tão grandes quanto a da elevação dos gastos públicos, e por isso não tem a preferência nem desse governo e, possivelmente, nem de um eventual governo Dilma Rousseff.”

Economista Affonso Celso Pastore no seu artigo “Gastos públicos: os limites” no jornal o Estado de São Paulo em 10 de outubro de 2010. Será que esse artigo do professor Pastore ainda se aplicaria hoje?

(6) Como o senhor avalia a atuação do BNDES no governo Lula? “Passamos por momento de dificuldade e o BNDES agiu corretamente. Podemos discutir um ou outro investimento do banco, que não faz sentido, mas é uma questão menor. Vamos supor que o BNDES não tivesse agido: o PIB cairia 3% e a arrecadação também. O BNDES é um mecanismo de financiamento importante, mas o Brasil precisa de outros. Imaginar que o BNDES pode escolher os melhores investimentos sem nenhum viés é um equívoco. Agora, negar o papel do banco é ridículo. A única coisa justa é: houve sim um subsídio, que tem de ser apurado e colocado no orçamento. Evidentemente o Tesouro não deve continuar fazendo aportes do BNDES. Isso foi um incidente.”

Entrevista do ex-ministro Delfim Netto ao jornal o Estado de São Paulo em 1 de agosto de 2010. Depois dessa entrevista, o Tesouro continuou fazendo aportes ao BNDES e o subsídio continou não sendo apurado e colocado no orçamento. Mas pelo menos este ano o custo foi divulgado no relatório das contas fiscais de 2011 do TCU: R$ 23 bilhões, em 2011.

(7) Como o sr. vê a questão da infra-estrutura no Brasil? Eu acho que talvez o nosso mal maior é que não conseguimos consolidar e aperfeiçoar o marco regulatório no País. ……. Há ainda uma resistência de parte do governo e de parte da sociedade em privatizar setores que na imensa maioria dos países são eficientemente geridos pelos setor privado. Então as coisas não andam, e a conseqüência é que o custo Brasil está subindo. Está cada vez mais caro entregar soja no porto, construir uma fábrica, ter acesso a energia.

Entrevista do economista Marcos Lisboa, ex-secretário de política econômica, ao jornalista Fernando Dantas do Estado de São Paulo no dia 03 de setembro de 2007 já fora do governo e como diretor executivo do Unibanco.

A minha conclusão? Estamos perdendo tempo em resolver os problemas no seu devido tempo e o preço desse atraso já está aparecendo. O nosso problema como bem lembrou Hausmann é que quando crescemos mais rápidos todos já começam a falar no “modelo brasileiro”. Qual é mesmo esse modelo?

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Ago 04, 2012 2:14 pm
por marcelo l.
Petrobras desaponta mercado e registra prejuízo de R$ 1,346 bilhão
Estimativa de analistas compilada pela InfoMoney era de lucro de R$ 1,58 bilhão no trimestre; Ebitda também caiu forte

ÃO PAULO - A Petrobras (PETR3, PETR4) registrou prejuízo líquido atribuível aos acionistas de R$ 1,346 bilhão no segundo trimestre de 2012, revertendo de um lucro líquido de R$ 10,94 bilhões no mesmo período em 2011. O resultado da estatal veio abaixo das projeções compiladas pelo Portal InfoMoney, que era de lucro líquido de R$ 1,58 bilhão no trimestre, de acordo com os analistas de Ágora Corretora e do Banco Espírito Santo.
"Estamos trabalhando para recuperar nossa rentabilidade", disse Graças Foster, que nesses cinco meses no comando da companhia já reajustou duas vezes os preços do combustível, demonstrando cada vez mais ser necessidade essa atitude para a financiabilidade do plano de negócios e gestão, assim como para preservar os limites de alavancagem e para garantir a lucratividade da companhia.
Receita e geração operacional de caixa
A receita de vendas da petrolífera no trimestre ficou em R$ 68,047 bilhões, superando em 11,54% o montante visto no mesmo período de 2011. O número também superou em 2,89% o período anterior e em 1,71% a média das estimativas das duas casas de research compiladas pela InfoMoney.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação) ficou em R$ 10,599 bilhões, mostrando piora tanto frente ao trimestre anterior, de 35,85%, quanto em relação ao mesmo período do ano passado - queda de 33,38%. Além disso, a geração operacional de caixa veio 29,20% acima das estimativas dos analistas consultados.
Resultado financeiro
O resultado financeiro líquido da Petro foi negativo em R$ 6,4 bilhões, devido à depreciação cambial de 10,9% sobre o endividamento, frente à receita financeira líquida de R$ 465 milhões nos três primeiros meses desse ano. A piora dos números da companhia é ainda maior quando comparada ao segundo trimestre de 2011, quando o resultado financeiro líquido foi positivo de R$ 2,9 bilhões.
Custo de produtos vendidos
A petrolífera reportou ainda um aumento de 13% no custo dos produtos vendidos no segundo trimestre de 2012, se comparado ao primeiro período deste ano, somando R$ 52,03 bilhões.
"Isso se deve ao aumento do volume das vendas no mercado interno em 4%, suportado em grande parte por importações, principalmente de diesel e GNL (gás natural veícular), inclusive pela realização de estoques formados por maiores custos, associado ao efeito cambial sobre as importações e participações governamentais", afirma a companhia.

Resultado por segmento
A empresa mostrou resultados distintos em seus seis segmentos - E&P (Exploração e Produção), Abastecimento, Biocombustível, Gás & Energia, Distribuição e Internacional. Enquanto quatro deles apresentaram resultados piores frente ao ano passadado, os segmentos de E&P e distribuição mostraram melhora.
O segmento de E&P (Exploração e Produção) teve ganhos líquidos de R$ 10,67 bilhões no segundo trimestre, o que corresponde a um crescimento de 0,75% frente ao período similar em 2011. "O aumento do lucro líquido no semestre decorreu da elevação dos preços de venda etransferência do petróleo nacional, refletindo o comportamento das cotações internacionais e a depreciação cambial", avalia a companhia.
Já a produção nacional no segundo quarto do ano teve leve queda de 2,38% para 1,97 milhão de barris diários. "Isso ocorreu principalmente por conta das paradas operacionais, do aumento de outras perdas operacionais e da interrupção de Frade. O declínio do potencial dos sistemas antigos tem se mantido dentro do esperado", destaca a companhia.
Abastecimento
A área de abastecimento foi a grande responsável pela piora dos números da companhia. O resultado R$ 2,28 bilhões negativos para um rombo de R$ 7,03 bilhões - crescimento de 208,33%. A companhia destaca a elevação de custos com aquisição e transferência de petróleo, refletindo a depreciação cambial e a "redução dos resultados com participações no setor petroquímico".
É válido destacar que as importações de petróleo e derivados ficou praticamente estável, atingindo 724 mil barris diários. A exportação caiu de 703 mil barris para 554 mil barris por dia - queda de 21,19%.
Gás & Energia
No segmento de Gás & Energia, houve uma queda de 88,5% no resultado líquido do período frente ao mesmo período de 2011, chegando a R$ 86 milhões. "Houve um aumento da participação do Gás Natural Leve no mix de vendas, visando atender ao crescimento da demanda, principalmente termoelétrica", avalia a companhia. A companhia destaca também a reduução das margens de comercialização de energia, dado o aumento dos custos de compra no mercado à vista, em reflexo a menor disponibilidade hidrelétrica.
Biocombustível e distribuição
No segmento de biocombustível, o resultado líquido negativo de R$ 37 milhões no segundo trimestre de 2011 foi ampliado para R$ 113 milhões negativos no segundo trimestre de 2012, em decorrência da diminuição das margens de venda de biodiesel - refletindo os menores preços praticados em leilão e o aumento das despesas com pesquisa e desenvolvimento.
Por fim, a área de distribuição fechou o segundo trimestre de 2012 com um lucro líquido de R$ 472 milhões, alta de 101,7% na passagem anual. "O aumento desse lucro líquido decorreu do crescimento em 11% das margens de comercialização, refletindo a realização de estoques formados por menores custos de aquisição em período anterior", finaliza a companhia.

http://www.infomoney.com.br/petrobras/n ... 346-bilhao
Baixo crescimento e prejuízo de um dos pilares da política econômica. Tem quem não acredita que o modelo não está esgotado.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Ago 04, 2012 2:41 pm
por Guerra
marcelo l. escreveu:As exportações de carne bovina devem trazer para o Brasil neste ano divisas da ordem de US$ 6 bilhões, previu nesta segunda-feira o presidente da Associação Brasileira da Indústria Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Jorge Camardelli. O valor previsto representa um crescimento de 20% sobre o faturamento registrado em 2011. Em volume, a expectativa da Abiec é a que haverá uma expansão de 10% sobre o ano passado.

Mesmo com a queda de 0,53% no valor exportado no primeiro trimestre deste ano, de US$ 1,230 bilhão no acumulado dos primeiros três meses de 2011 para US$ 1,223 bilhão no período de janeiro a março deste ano e recuo de 2,23% no volume, de 264,3 mil toneladas para 258,5 toneladas, Camardelli se diz extremamente otimista com o mercado exportador de carnes. “Estou muito otimista”, disse o presidente da Abiec, que comemora o aumento de 1,74% no preço médio por tonelada da carne no primeiro trimestre.

Além disso, afirmou ele, o setor não tem do que reclamar neste ano porque os três pilares sobre os quais se apoia a plataforma de exportação de carne (câmbio, mercado e oferta) estão melhorando. No caso do câmbio, o setor trabalhava em 2011 com o dólar neste ano sendo cotado a R$ 1,68 e, no entanto, a moeda norte-americana já está em R$ 1,83.

Quanto ao mercado, apesar da demanda europeia por carnes estar caindo, a produção vai na mesma direção e isso acaba por produzir menos medidas de subvenção. No que se refere à oferta, o Brasil continua bem, com os abates mensais rodando em torno de 1,8 milhão de cabeças. “O preço médio por tonelada de carne exportada tende a aumentar”, avalia o presidente da Abiec.

Mesmo porque, o Brasil, de acordo com Camardelli, está acessando mais mercados que tinham reduzido importações de carne bovina, como o Irã, por exemplo, cujas importações são 100% de carnes in natura. No primeiro trimestre, em valores, as exportações de carnes bovinas para o Irã caíram 92,83%, de US$ 207,8 milhões no ano passado para US$ 14,9 milhões no período entre janeiro a março deste ano. Ocorre, de acordo com Camardelli, que aos poucos as exportações para aquele país têm se recuperado.

Por causa do efeito Irã, as exportações totais de carne bovina nos primeiros três meses deste ano recuaram 5,71%. Em compensação, as exportações para os Estados Unidos cresceram em valores o correspondente a 200,71% e o volume teve um salto de 264,18%, ainda que o preço médio tenha caído 17,43%.

Para Egito e Líbia, os aumentos em valores no trimestre terminado em março foram de 220,85% e 73,25%, pela ordem. Para o presidente da Abiec, nos dois casos o aumento está relacionado às quedas dos regimes políticos autoritários. Além disso, as vendas para os países árabes, agora livres de ditaduras, tendem a aumentar já que o Brasil é o único país exportador no mundo que cumpre todos os ditames religiosos tanto árabes como judeus.

Em países como Venezuela e Angola, por exemplo, os respectivos crescimentos de 19,28% e 19,90% no valor das exportações estão associados ao ano eleitoral. Nestes ano, de acordo com a Abiec, a tendência é o consumo crescer nessas regiões.

http://www.beefpoint.com.br/cadeia-prod ... om-slides/
Mas e ai? A carne vai continuar com esse preço absurdo ou vai melhorar?

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Ago 04, 2012 3:18 pm
por marcelo l.
Guerra escreveu:
marcelo l. escreveu:As exportações de carne bovina devem trazer para o Brasil neste ano divisas da ordem de US$ 6 bilhões, previu nesta segunda-feira o presidente da Associação Brasileira da Indústria Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Jorge Camardelli. O valor previsto representa um crescimento de 20% sobre o faturamento registrado em 2011. Em volume, a expectativa da Abiec é a que haverá uma expansão de 10% sobre o ano passado.

Mesmo com a queda de 0,53% no valor exportado no primeiro trimestre deste ano, de US$ 1,230 bilhão no acumulado dos primeiros três meses de 2011 para US$ 1,223 bilhão no período de janeiro a março deste ano e recuo de 2,23% no volume, de 264,3 mil toneladas para 258,5 toneladas, Camardelli se diz extremamente otimista com o mercado exportador de carnes. “Estou muito otimista”, disse o presidente da Abiec, que comemora o aumento de 1,74% no preço médio por tonelada da carne no primeiro trimestre.

Além disso, afirmou ele, o setor não tem do que reclamar neste ano porque os três pilares sobre os quais se apoia a plataforma de exportação de carne (câmbio, mercado e oferta) estão melhorando. No caso do câmbio, o setor trabalhava em 2011 com o dólar neste ano sendo cotado a R$ 1,68 e, no entanto, a moeda norte-americana já está em R$ 1,83.

Quanto ao mercado, apesar da demanda europeia por carnes estar caindo, a produção vai na mesma direção e isso acaba por produzir menos medidas de subvenção. No que se refere à oferta, o Brasil continua bem, com os abates mensais rodando em torno de 1,8 milhão de cabeças. “O preço médio por tonelada de carne exportada tende a aumentar”, avalia o presidente da Abiec.

Mesmo porque, o Brasil, de acordo com Camardelli, está acessando mais mercados que tinham reduzido importações de carne bovina, como o Irã, por exemplo, cujas importações são 100% de carnes in natura. No primeiro trimestre, em valores, as exportações de carnes bovinas para o Irã caíram 92,83%, de US$ 207,8 milhões no ano passado para US$ 14,9 milhões no período entre janeiro a março deste ano. Ocorre, de acordo com Camardelli, que aos poucos as exportações para aquele país têm se recuperado.

Por causa do efeito Irã, as exportações totais de carne bovina nos primeiros três meses deste ano recuaram 5,71%. Em compensação, as exportações para os Estados Unidos cresceram em valores o correspondente a 200,71% e o volume teve um salto de 264,18%, ainda que o preço médio tenha caído 17,43%.

Para Egito e Líbia, os aumentos em valores no trimestre terminado em março foram de 220,85% e 73,25%, pela ordem. Para o presidente da Abiec, nos dois casos o aumento está relacionado às quedas dos regimes políticos autoritários. Além disso, as vendas para os países árabes, agora livres de ditaduras, tendem a aumentar já que o Brasil é o único país exportador no mundo que cumpre todos os ditames religiosos tanto árabes como judeus.

Em países como Venezuela e Angola, por exemplo, os respectivos crescimentos de 19,28% e 19,90% no valor das exportações estão associados ao ano eleitoral. Nestes ano, de acordo com a Abiec, a tendência é o consumo crescer nessas regiões.

http://www.beefpoint.com.br/cadeia-prod ... om-slides/
Mas e ai? A carne vai continuar com esse preço absurdo ou vai melhorar?
Caiu esse ano a arroba de R$ 106 acho que bateu agora R$ 93 portanto baixou no produtor pelo que me lembro, a diferença não chegou ao bolso ficou com o intermediário chamado frigorifico.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Ago 04, 2012 6:56 pm
por Matheus
Estava vendo ontem que a carne tá baixando...eu ainda não vi. Ainda bem que aqui no sul ainda se encontra Picanha a U$ 7,5 o kg (veja que tá em dólares). Pelo que ouvi falar, a carne em outros lugares do mundo costuma ser bem mais cara. Um amigo que esteve na Austrália disse que um Kg de carne pura, se não me falha a memória, era cerca de 30 dólares.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Ago 04, 2012 8:44 pm
por Andre Correa
Picanha Uruguaia ou Brasileira aqui custa em média 10 euros o quilo. Já a Irlandesa, que não gosto, custa em média 8 euros. Nunca vi picanha originária de Portugal a venda nos talhos.

Mas aqui o que mais se consome são alimentos provenientes do mar, e suínos, borregos, coelho, etc... E estes não tem preços tão elevados, à excepção do borrego. Mas carne de novilho, achas a partir dos 6 a 8 euros, como a Alcatra... Já a vazia ou lombo, variam entre os 12 aos 20 euros, respectivamente.

[009]

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Dom Ago 05, 2012 12:08 am
por Guerra
marcelo l. escreveu:Caiu esse ano a arroba de R$ 106 acho que bateu agora R$ 93 portanto baixou no produtor pelo que me lembro, a diferença não chegou ao bolso ficou com o intermediário chamado frigorifico.
Vai continuar cara.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Dom Ago 05, 2012 12:26 am
por Guerra
Matheus escreveu: Um amigo que esteve na Austrália disse que um Kg de carne pura, se não me falha a memória, era cerca de 30 dólares.
O salário minimo aqui no Brasil é de 622 reais (quanto dá isso em dolar?). Na Australia o salário minimo é de 2000 dolares.