Com a Coréia do Sul se interessando no KC-390, onde há a oportunidade para a aquisição de 16 aeronaves, considerando a quantidade de C-130 que eles possuem, abre-se uma grande janela para um trade-off e este é o K2. Existem duas novas variantes interessantes que surgiram ano passado do mesmo, chamado K-2M:
Os dados acima correspondem a versão K2-ME, oferecida ao Egito, em negociação desde 2021. O Egito emitiu urgência para substituir seus M60, especialmente após o aquecimento da região e anda tendo problemas para modernizar seus M1A1, especialmente após as ruins relações que vem tendo com o Biden, tanto que ano passado optou com adquirir 500 T-90MS e produzirá localmente. Esses substituirão os T-62, dado que os T-55 já estão todos praticamente na reserva - não me surpreenderia de ver BMPT-55 ou BMPT-62 no Egito, futuramente.
Nesse caso, sobra espaço pro K2 e a versão apresentada pros Egípcios em 2021 e esta agora é bem diferente, o que me demonstra que as negociações estão quentes. A versão com o Trophy pesa não mais que 60 toneladas, o que entra nos requisitos do EB quanto a pontes classe 60 e rodovias classe 04 em transporte nos cava-los mecânicos.
Poderíamos sugerir mudanças, como a troca do Trophy pelo IFLK. Se trocar o Trophy (820 kg) pelo Iron Fist HV (250 kg) - o LEDS também pode ser oferecido através da SAM -, a massa do MBT deve ficar ainda menor. No local do Trophy, poderia haver um compartimento onde houvesse a opção de drones loitering, da classe do Hero 30 ou S300 para uso contra possíveis pontos onde podem haver infantaria com armas Anticarro, sem arriscar uma visada direta, isso diminuiria a necessidade do uso de munições anti-infantaria, como M339. No outro lado onde fica o outro módulo do Trophy, uma estação para drones quadrirrotores para reconhecimento e aumentar consciência situacional, podendo guiar munições NLOS, como Hero 30, Spike-ER2 dos Fuz Blind ou mesmo do VBCI ou munições como KSTAM II.
A diminuição da necessidade de munições como M339 abriria o leque para remoção do Ammorack localizada no lado direito da parte frontal do K2, onde poderia configurar um assento para um quarto ocupante, operador de sistemas e dos drones, em específico. O atual autoloader do K2 tem capacidade para 16 munições, mas pode ser expansível para 30 munições. Tal opção é estudada na versão PIP do projeto, em que poderíamos participar, ainda ganhando umas ToT's, assim o espaço vazio serviria perfeitamente para um quarto ocupante. O Leclerc, por exemplo, em que o K2 tem uma versão melhorada de seu autoloader, pode transportar 22 munições no mesmo.
Toda essa modificações proposta faria um K2BR possuir no máximo 60 toneladas, não passaria disso. E claro, ao invés de seis polias, sete polias.
Essas modificações sugeridas acima são possíveis e poderiam ser diluídas com financiamento e cooperação entre ambos os países. A Hyundai se mostrou bem flexível quanto ao desenvolvimento e modularidade de versões específicas para cada comprador, para nós não seria diferente.
A BID entraria de cabeça no projeto e o que não falta é banco Sul-Coreano para financiar isso, basta o EB mudar o ROB e elevar o limite de peso dos VBCs para 60 toneladas. Imagino que esse seja o único impeditivo da Hyundai não ofertar pro Brasil o K2, pois já ofertou para Colômbia e Chile, atualmente para o Marrocos, então estão oferecendo pra qualquer um. Aliás, até mesmo vontade dos Sul-Coreanos havia para um projeto como este, rivalizando com os carros de nova geração Europeus, como EMBT e o Panther.
Essa é a opção mais viável ao Brasil, inclusive eu incluiria um leasing de K1E1 ou K1 88, com canhões 105 mm, para complementar e substituir imediatamente os Leopard 1A5 e os M60 - Leopard 1BE devem terem sido todos canibalizados ou inoperantes - e manter o uso dos estoques, até adquire um punhado de 105 mm APFSDS dos estoques Sul-Coreanos - qualquer uma versão do K274 -, até a chegada desse K2BR. Posso afirmar com toda a certeza que esse leasing custaria o mesmo
ou até menos que a modernização dos nossos Leopard 1A5.