EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
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- Moccelin
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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
Esses desenhos do cara são realmente incríveis, nesse link tem um vídeo que mostra o funcionamento da "abertura" da UT30 (posição de descanso pra posição operacional), é realmente muito interessante, e o canhão ficar alto é uma vantagem, já que ela teria que ser alta mesmo por conta de ser totalmente externa, afinal já que será possível ver antes é interessante poder atirar antes TAMBÉM.
Agora sobre o "Cascaveco"... Eu imagino ser meio obvio que ele seja mais baixo, remodelando o carro e a posição das peças como foi feito no Cascavel em relação ao Urutu (chassi mais baixo, motor traseiro, aumento da blindagem e reposicionamento dos ocupantes). Alguém sabe se isso está sendo feito também na família Guarani??? Ou só vão colocar a torre 90mm em cima do chassi base? E sobre a capacidade anfíbia? No Cascavel ela foi perdida em prol da maior blindagem, mas e no Cascaveco?
Esse cara dos desenhos diminuiu a altura do chassi, mantendo a grade na lateral direita, a porta traseira e duas escotilhas (logicamente o motor, na visão dele, permaneceu na frente), mas tirou as hélices. Nada mais que o uso da lógica, já que um carro mais pesado (ou no mínimo tão pesado quanto) e mais baixo dificilmente iria flutuar (menos volume pra causar empuxo com o mesmo peso).
Eu não lembro se as especificações do EB preveem a capacidade anfíbia (e na época ainda se falava em 105mm no EB num 8x8 com CT-CV, logo não dá pra comparar).
Agora sobre o "Cascaveco"... Eu imagino ser meio obvio que ele seja mais baixo, remodelando o carro e a posição das peças como foi feito no Cascavel em relação ao Urutu (chassi mais baixo, motor traseiro, aumento da blindagem e reposicionamento dos ocupantes). Alguém sabe se isso está sendo feito também na família Guarani??? Ou só vão colocar a torre 90mm em cima do chassi base? E sobre a capacidade anfíbia? No Cascavel ela foi perdida em prol da maior blindagem, mas e no Cascaveco?
Esse cara dos desenhos diminuiu a altura do chassi, mantendo a grade na lateral direita, a porta traseira e duas escotilhas (logicamente o motor, na visão dele, permaneceu na frente), mas tirou as hélices. Nada mais que o uso da lógica, já que um carro mais pesado (ou no mínimo tão pesado quanto) e mais baixo dificilmente iria flutuar (menos volume pra causar empuxo com o mesmo peso).
Eu não lembro se as especificações do EB preveem a capacidade anfíbia (e na época ainda se falava em 105mm no EB num 8x8 com CT-CV, logo não dá pra comparar).
The cake is a lie...
- Moccelin
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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
O Brasil opera o AT-4, a empresa cede um de treinamento, um pouco de pirotecnia num Urutu e... Cabummmmm... Videozinho institucional feito (pros dois lados, já que essa cena já apareceu em vídeos institucionais do EB)!henriquejr escreveu:Pessoal, vendo este vídeo sobre o AT-4, a partir de 1.30m, aparece um Cascavel sendo atingido por esta arma, disparado por um militar do EB!!!!![]()
E pela cronologia do vídeo as apresentações com o EB são da versão CS, se for a idéia é vender o AT-4 CS pra quem opera na selva (Brasil e Colombia, principalmente).
Editado pela última vez por Moccelin em Dom Jul 01, 2012 11:06 am, em um total de 1 vez.
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- henriquejr
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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
Eu sei que o EB é um dos operadores do AT-4, o que me deixou admirado foi utiliza-lo contra um cascavel. Achei que era um tiro real!! 

.
- Reginaldo Bacchi
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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
Meu caro Moccelin: teus comentários sobre o Cascavel/Urutu são completamente infundados.Moccelin escreveu:Agora sobre o "Cascaveco"... Eu imagino ser meio obvio que ele seja mais baixo, remodelando o carro e a posição das peças como foi feito no Cascavel em relação ao Urutu (chassi mais baixo, motor traseiro, aumento da blindagem e reposicionamento dos ocupantes). Alguém sabe se isso está sendo feito também na família Guarani??? Ou só vão colocar a torre 90mm em cima do chassi base? E sobre a capacidade anfíbia? No Cascavel ela foi perdida em prol da maior blindagem, mas e no Cascaveco?
Os dois carros não foram projetados como uma família como você basicamente afirma.
O projeto do Urutu começou antes do projeto do Cascavel. Foi um projeto pedido pelo CFN (BR) para um VBTP anfíbio. O projeto foi desenvolvido pela ENGESA junto com engenheiro naval designado pelo CFN e empregou pela PRIMEIRA VEZ no Brasil o bumerangue em veiculo blindado.
Um pouco ante o EB tinha desenvolvido um carro blindado 4X4 designado VBB (Viatura Blindada Brasileira). Este veiculo não foi aceito pelo estado maior do exercito que desejava manter o uso de veículos 6X6 com o M8/M20 usados pela FEB na Itália, e que depois tornaram-se dotações dos esquadrões de reconhecimento do EB.
Iniciou-se então o trabalho de conversão do VBB em 6X 6. O chassis inicial foi abandonado e adotado um novo chassis mais comprido.
Todavia tiveram que enfrentar o problema de que não havia suspensão tipo bogie (não boogie - como muitos escrevem) com dois diferenciais para montar na traseira.
O grupo de trabalho do exercito [Centro de Projetos de Blindados (CPDB) - órgão do Instituto Pesquisa e Desenvolvimento do Exército (IPD) - localizado operacionalmente no Parque de Manutenção da 2ª Região Militar (PqRMM/2) na Av. Presidente Wilson em São Paulo, SP] tomou conhecimento da existência do bumerangue da ENGESA e entrou em contato com a mesma para incorpora-lo ao novo 6X6.
O trabalho de desenvolvimento do novo carro começou no Parque e terminou na ENGESA, que depois herdou o projeto para produzi-lo e o fez, como o EE-11 Cascavel.
Portanto são dois projetos realizados por grupos diferentes para usuários diferentes em que a única coisa em comum foi o bumerangue, o motor (Mercedes Benz OM 321 para as forças armadas brasileiras) e a caixa de cambio manual Mercedes também para as forças armadas brasileiras (com algumas exceções).
As suspensões dianteiras eram diferentes, não intercabiaveis, e a estrutura idem.
Em suma o Cascavel e Urutu jamais formaram uma família de veículos como se pretende do Guarani.
Eu repeti a pergunta para ficar clara a minha resposta, apesar de que a parte Cascavel/Urutu está respondida acima.Moccelin escreveu:Agora sobre o "Cascaveco"... Eu imagino ser meio obvio que ele seja mais baixo, remodelando o carro e a posição das peças como foi feito no Cascavel em relação ao Urutu (chassi mais baixo, motor traseiro, aumento da blindagem e reposicionamento dos ocupantes). Alguém sabe se isso está sendo feito também na família Guarani??? Ou só vão colocar a torre 90mm em cima do chassi base? E sobre a capacidade anfíbia? No Cascavel ela foi perdida em prol da maior blindagem, mas e no Cascaveco?
A torre de 90 mm LCTS90 vai ser montada sobre um chassi rebaixado do Guarani.
O teto do VBTP tem altura de 2,34 m e a altura do teto do VBR sobre o qual será montada a torre terá 2,10 m.
A capacidade anfíbia será mantida pelo uso de caixões laterais removíveis. Estes caixões serão fixados nos batoques destinados a fixação da blindagem adicional.
Tudo acima já foi explicado nos nossos artigos na Tecnologia & Defesa desde que o Guarani foi apresentado.
O Cascavel não tinha capacidade anfíbia porque seu volume era muito pequeno comparado com seu peso, e flutuação está ligado a volume deslocado.
O EB jamais pensou em Cascavel anfíbio.
Jose Luiz Whitaker Ribeiro, dono da ENGESA, sugeriu derivar do Urutu uma versão de reconhecimento para o EB, com capacidade anfíbia. O EB não se interessou.
Acho que diante do que escrevi acima, estes comentários perdem o sentido de ser.Moccelin escreveu: Esse cara dos desenhos diminuiu a altura do chassi, mantendo a grade na lateral direita, a porta traseira e duas escotilhas (logicamente o motor, na visão dele, permaneceu na frente), mas tirou as hélices. Nada mais que o uso da lógica, já que um carro mais pesado (ou no mínimo tão pesado quanto) e mais baixo dificilmente iria flutuar (menos volume pra causar empuxo com o mesmo peso).
Eu não lembro se as especificações do EB preveem a capacidade anfíbia (e na época ainda se falava em 105mm no EB num 8x8 com CT-CV, logo não dá pra comparar).
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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
O Cascavel NÃO é atingido.henriquejr escreveu:Pessoal, vendo este vídeo sobre o AT-4, a partir de 1.30m, aparece um Cascavel sendo atingido por esta arma, disparado por um militar do EB!!!!![]()
Ele deve ter um emissor de fumaça na parte traseira do carro, logo atrás da torre, para simular ter sido atingido.
Eu vi o filme varias vezes, inclusive parei o filme na hora em que aparece a fumaça.
Façam isto para ver come eu tenho razão.
Puro filme de propaganda feito pela SAAB com a cooperação do EB.
Bacchi
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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
É, isso me ficou bem claro desde o princípio: um veículo de reconhecidamente pouca blindagem ser atingido logo na área onde fica o motor (e possivelmente combustível) e só emitir uma fumacinha e necas de chamas é sodas...





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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
Reginaldo Bacchi escreveu:O Cascavel NÃO é atingido.henriquejr escreveu:Pessoal, vendo este vídeo sobre o AT-4, a partir de 1.30m, aparece um Cascavel sendo atingido por esta arma, disparado por um militar do EB!!!!![]()
Ele deve ter um emissor de fumaça na parte traseira do carro, logo atrás da torre, para simular ter sido atingido.
Eu vi o filme varias vezes, inclusive parei o filme na hora em que aparece a fumaça.
Façam isto para ver come eu tenho razão.
Puro filme de propaganda feito pela SAAB com a cooperação do EB.
Bacchi
Concordo. Até pelo ângulo de disparo (posição) não tinha como o soldado atingir aquele ponto traseiro do Cascavel.
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
Família URUTU é esta aqui:Reginaldo Bacchi escreveu:Meu caro Moccelin: teus comentários sobre o Cascavel/Urutu são completamente infundados.Moccelin escreveu:Agora sobre o "Cascaveco"... Eu imagino ser meio obvio que ele seja mais baixo, remodelando o carro e a posição das peças como foi feito no Cascavel em relação ao Urutu (chassi mais baixo, motor traseiro, aumento da blindagem e reposicionamento dos ocupantes). Alguém sabe se isso está sendo feito também na família Guarani??? Ou só vão colocar a torre 90mm em cima do chassi base? E sobre a capacidade anfíbia? No Cascavel ela foi perdida em prol da maior blindagem, mas e no Cascaveco?
Os dois carros não foram projetados como uma família como você basicamente afirma.
O projeto do Urutu começou antes do projeto do Cascavel. Foi um projeto pedido pelo CFN (BR) para um VBTP anfíbio. O projeto foi desenvolvido pela ENGESA junto com engenheiro naval designado pelo CFN e empregou pela PRIMEIRA VEZ no Brasil o bumerangue em veiculo blindado.
Um pouco ante o EB tinha desenvolvido um carro blindado 4X4 designado VBB (Viatura Blindada Brasileira). Este veiculo não foi aceito pelo estado maior do exercito que desejava manter o uso de veículos 6X6 com o M8/M20 usados pela FEB na Itália, e que depois tornaram-se dotações dos esquadrões de reconhecimento do EB.
Iniciou-se então o trabalho de conversão do VBB em 6X 6. O chassis inicial foi abandonado e adotado um novo chassis mais comprido.
Todavia tiveram que enfrentar o problema de que não havia suspensão tipo bogie (não boogie - como muitos escrevem) com dois diferenciais para montar na traseira.
O grupo de trabalho do exercito [Centro de Projetos de Blindados (CPDB) - órgão do Instituto Pesquisa e Desenvolvimento do Exército (IPD) - localizado operacionalmente no Parque de Manutenção da 2ª Região Militar (PqRMM/2) na Av. Presidente Wilson em São Paulo, SP] tomou conhecimento da existência do bumerangue da ENGESA e entrou em contato com a mesma para incorpora-lo ao novo 6X6.
O trabalho de desenvolvimento do novo carro começou no Parque e terminou na ENGESA, que depois herdou o projeto para produzi-lo e o fez, como o EE-11 Cascavel.
Portanto são dois projetos realizados por grupos diferentes para usuários diferentes em que a única coisa em comum foi o bumerangue, o motor (Mercedes Benz OM 321 para as forças armadas brasileiras) e a caixa de cambio manual Mercedes também para as forças armadas brasileiras (com algumas exceções).
As suspensões dianteiras eram diferentes, não intercabiaveis, e a estrutura idem.
Em suma o Cascavel e Urutu jamais formaram uma família de veículos como se pretende do Guarani.
Eu repeti a pergunta para ficar clara a minha resposta, apesar de que a parte Cascavel/Urutu está respondida acima.Moccelin escreveu:Agora sobre o "Cascaveco"... Eu imagino ser meio obvio que ele seja mais baixo, remodelando o carro e a posição das peças como foi feito no Cascavel em relação ao Urutu (chassi mais baixo, motor traseiro, aumento da blindagem e reposicionamento dos ocupantes). Alguém sabe se isso está sendo feito também na família Guarani??? Ou só vão colocar a torre 90mm em cima do chassi base? E sobre a capacidade anfíbia? No Cascavel ela foi perdida em prol da maior blindagem, mas e no Cascaveco?
A torre de 90 mm LCTS90 vai ser montada sobre um chassi rebaixado do Guarani.
O teto do VBTP tem altura de 2,34 m e a altura do teto do VBR sobre o qual será montada a torre terá 2,10 m.
A capacidade anfíbia será mantida pelo uso de caixões laterais removíveis. Estes caixões serão fixados nos batoques destinados a fixação da blindagem adicional.
Tudo acima já foi explicado nos nossos artigos na Tecnologia & Defesa desde que o Guarani foi apresentado.
O Cascavel não tinha capacidade anfíbia porque seu volume era muito pequeno comparado com seu peso, e flutuação está ligado a volume deslocado.
O EB jamais pensou em Cascavel anfíbio.
Jose Luiz Whitaker Ribeiro, dono da ENGESA, sugeriu derivar do Urutu uma versão de reconhecimento para o EB, com capacidade anfíbia. O EB não se interessou.
Acho que diante do que escrevi acima, estes comentários perdem o sentido de ser.Moccelin escreveu: Esse cara dos desenhos diminuiu a altura do chassi, mantendo a grade na lateral direita, a porta traseira e duas escotilhas (logicamente o motor, na visão dele, permaneceu na frente), mas tirou as hélices. Nada mais que o uso da lógica, já que um carro mais pesado (ou no mínimo tão pesado quanto) e mais baixo dificilmente iria flutuar (menos volume pra causar empuxo com o mesmo peso).
Eu não lembro se as especificações do EB preveem a capacidade anfíbia (e na época ainda se falava em 105mm no EB num 8x8 com CT-CV, logo não dá pra comparar).
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- Reginaldo Bacchi
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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
Muito bem colocado prp (que sempre me lembra do Partido Republicano Paulista dos anos 20/30).prp escreveu:Família URUTU é esta aqui:Reginaldo Bacchi escreveu: Meu caro Moccelin: teus comentários sobre o Cascavel/Urutu são completamente infundados.
Os dois carros não foram projetados como uma família como você basicamente afirma.
O projeto do Urutu começou antes do projeto do Cascavel. Foi um projeto pedido pelo CFN (BR) para um VBTP anfíbio. O projeto foi desenvolvido pela ENGESA junto com engenheiro naval designado pelo CFN e empregou pela PRIMEIRA VEZ no Brasil o bumerangue em veiculo blindado.
Um pouco ante o EB tinha desenvolvido um carro blindado 4X4 designado VBB (Viatura Blindada Brasileira). Este veiculo não foi aceito pelo estado maior do exercito que desejava manter o uso de veículos 6X6 com o M8/M20 usados pela FEB na Itália, e que depois tornaram-se dotações dos esquadrões de reconhecimento do EB.
Iniciou-se então o trabalho de conversão do VBB em 6X 6. O chassis inicial foi abandonado e adotado um novo chassis mais comprido.
Todavia tiveram que enfrentar o problema de que não havia suspensão tipo bogie (não boogie - como muitos escrevem) com dois diferenciais para montar na traseira.
O grupo de trabalho do exercito [Centro de Projetos de Blindados (CPDB) - órgão do Instituto Pesquisa e Desenvolvimento do Exército (IPD) - localizado operacionalmente no Parque de Manutenção da 2ª Região Militar (PqRMM/2) na Av. Presidente Wilson em São Paulo, SP] tomou conhecimento da existência do bumerangue da ENGESA e entrou em contato com a mesma para incorpora-lo ao novo 6X6.
O trabalho de desenvolvimento do novo carro começou no Parque e terminou na ENGESA, que depois herdou o projeto para produzi-lo e o fez, como o EE-11 Cascavel.
Portanto são dois projetos realizados por grupos diferentes para usuários diferentes em que a única coisa em comum foi o bumerangue, o motor (Mercedes Benz OM 321 para as forças armadas brasileiras) e a caixa de cambio manual Mercedes também para as forças armadas brasileiras (com algumas exceções).
As suspensões dianteiras eram diferentes, não intercabiaveis, e a estrutura idem.
Em suma o Cascavel e Urutu jamais formaram uma família de veículos como se pretende do Guarani.
Eu repeti a pergunta para ficar clara a minha resposta, apesar de que a parte Cascavel/Urutu está respondida acima.
A torre de 90 mm LCTS90 vai ser montada sobre um chassi rebaixado do Guarani.
O teto do VBTP tem altura de 2,34 m e a altura do teto do VBR sobre o qual será montada a torre terá 2,10 m.
A capacidade anfíbia será mantida pelo uso de caixões laterais removíveis. Estes caixões serão fixados nos batoques destinados a fixação da blindagem adicional.
Tudo acima já foi explicado nos nossos artigos na Tecnologia & Defesa desde que o Guarani foi apresentado.
O Cascavel não tinha capacidade anfíbia porque seu volume era muito pequeno comparado com seu peso, e flutuação está ligado a volume deslocado.
O EB jamais pensou em Cascavel anfíbio.
Jose Luiz Whitaker Ribeiro, dono da ENGESA, sugeriu derivar do Urutu uma versão de reconhecimento para o EB, com capacidade anfíbia. O EB não se interessou.
Acho que diante do que escrevi acima, estes comentários perdem o sentido de ser.
Bacchi
[ Imagem ]
Esta é a FAMILIA URUTU. Aliás, propaganda foi feita por Pedro Luna sob minha orientação, quando eu era Gerente de Marketing de Produtos Militares.
Nós recebemos congratulações de varias revistas estrangeiras por esta propaganda.
Pedro Luna era (é ?) um excepcional homem de marketing.
A familia Cascavel/Urutu NUNCA EXISTIU como escrevi anteriormente.
Aliás, no falar das diferenças esqueci a mais obvias de todas que mostra que não havia uma FAMILIA CASCAVEL/URUTU: o Cascavel tinha motor traseiro e o Urutu tinha motor dianteiro.
Obrigado de novo, prp, por sua inteligentissima participação.
Bacchi
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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
Taí, agora fiquei com uma dúvida de como deveria se estruturar a defesa antitanque do novo batalhão de infantaria mecanizada baseado nas viaturas "Guarani".
O eventual pelotão anticarro do batalhão deve ser uma fração orientada para o combate desembarcado, isto é, transportando peças de míssil antitanque leves, carregadas nas costas por soldados, da categoria do "Javelin" ? Ou o pelotão deve ser orientado para o combate embarcado, ou seja, com as viaturas especializadas para o lançamento de mísseis antitanque pesados, da categoria do "TOW"?
Ou o pelotão anticarro deve ser um pelotão "tamanho-família", com os dois sistemas de armas?
O eventual pelotão anticarro do batalhão deve ser uma fração orientada para o combate desembarcado, isto é, transportando peças de míssil antitanque leves, carregadas nas costas por soldados, da categoria do "Javelin" ? Ou o pelotão deve ser orientado para o combate embarcado, ou seja, com as viaturas especializadas para o lançamento de mísseis antitanque pesados, da categoria do "TOW"?
Ou o pelotão anticarro deve ser um pelotão "tamanho-família", com os dois sistemas de armas?
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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
Também mantenho o que escrevi no meu comentário! (que vc está certo...)Reginaldo Bacchi escreveu:Mantenho o que escrevi no meu comentário.knigh7 escreveu: Você pode estar certo mesmo, pois essa informação que eu coloquei foi passada pelo fabricante CMI, constante na mesma página 93 citada da T&D.
Bacchi
Abraços
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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
Obrigado.knigh7 escreveu:Também mantenho o que escrevi no meu comentário! (que vc está certo...)Reginaldo Bacchi escreveu: Mantenho o que escrevi no meu comentário.
Bacchi
Abraços
Eu gostaria de consubstanciar minha posição dando as especificações das diferentes munições do Cockerill Mk 8 de 90 e a munição de 105 mm dos canhões da familia L7/M68.
Infelizmente não ha uma maneira padrão de apresntação de dados das munições no Jane's Ammunition Handbook (e em outras fontes) que é minha fonte de consulta principal sobre este assunto.
Eles trabalham conforme dados fornecidos pelos varios fabricantes de munições, que nem sempre dão dados coerentes.
Per exemplo - para a munição APDSFS seria interessante dar: peso da munição completa, peso do penetrador com o sabot, peso do penetrador, diametro do penetrador.
Alguns fornecem o peso do penetrador com o sabot, outros dão o peso do penetrador, outros dão o diametro do penetrador ou uma combinação com alguns destes itens.
Em suma muitas vezes eu acabo comparando alhos com bugalhos.
Na munição HE e HESH seria interessante ter: peso da munição completa, peso do projetil, peso da cabeça de guerra (explosivo mais espoleta mais alguns outros itens) e peso do explosivo.
Acontece a mesma coisa que que com o APDSFS.
Eu aceito certas aproximações para fazer uma comparação para meu uso, mas para fornecer no sitio eu só ponho aquilo absolutamente confirmado. O que nem sempre consigo fazer.
Abraços
Bacchi
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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
Eu apostaria no combate desembarcado.Clermont escreveu:Taí, agora fiquei com uma dúvida de como deveria se estruturar a defesa antitanque do novo batalhão de infantaria mecanizada baseado nas viaturas "Guarani".
O eventual pelotão anticarro do batalhão deve ser uma fração orientada para o combate desembarcado, isto é, transportando peças de míssil antitanque leves, carregadas nas costas por soldados, da categoria do "Javelin" ? Ou o pelotão deve ser orientado para o combate embarcado, ou seja, com as viaturas especializadas para o lançamento de mísseis antitanque pesados, da categoria do "TOW"?
Ou o pelotão anticarro deve ser um pelotão "tamanho-família", com os dois sistemas de armas?
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
- eligioep
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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
Bacchi,
parabéns pela explanação, muito esclarecedora.
Só gostaria de acrescentar que o motor usado no EE1/EE9 é o MBB 352A. Salvo se as primeiras versões possuíam o 321, pois sabia que o projeto inicial usava Perkins 6 cil. Podes confirmar isso
Na Família Urutu eu acrescentaria o Urulancia e o Porta Morteiro.....
parabéns pela explanação, muito esclarecedora.
Só gostaria de acrescentar que o motor usado no EE1/EE9 é o MBB 352A. Salvo se as primeiras versões possuíam o 321, pois sabia que o projeto inicial usava Perkins 6 cil. Podes confirmar isso
Na Família Urutu eu acrescentaria o Urulancia e o Porta Morteiro.....
- Reginaldo Bacchi
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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
Meu caro eligioep, eu acho que de vez em quando eu tenho uns ataques preliminares da doença de Halzheimer.eligioep escreveu:Só gostaria de acrescentar que o motor usado no EE1/EE9 é o MBB 352A. Salvo se as primeiras versões possuíam o 321, pois sabia que o projeto inicial usava Perkins 6 cil. Podes confirmar isso
É a unica explicação que posso dar para o OM321!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Sem duvida nenhuma o motor do EE11 e EE9 para o EB foi o OM352A. Este é um dos fatos mais fatos que existem no Mundo.
Já ouvi dizer que no inicio (não sei quantos carros) foi usado Perkins. Também ouvi que no periodo de desenvovimento foi testado o Chrysler V8.
Para exportação foi muito usado o DDA 6V-53.
Desculpe-me.
Bacchi