Fórum Defesa Brasil

Agora sim... não tem para ninguém.

abs

Deveriam modernizar uns 30 e resolveriam a falta de aeronaves pra treinamento, já que possuem todos os radares adquiridos.

A questão não é nem treinamento, se fossem 30 modernizados, equipados com mísseis AN, com bombas inteligentes e - se sair mesmo - a versão aerotrasportada do MT-300, a FAB entraria em uma novo patamar no hemisfério sul.

Um programa de modernização idealizado em 2003 e que em 2020 ainda não terminou.

Pergunta:

Foi modernizada a modernização? Ou são os mesmos critérios de 2003?

Uma curiosidade que me surgiu.

Os F-5EM tem praticamente os mesmos sistemas embarcados que os A-1M. Sabe-se que a FAB pretende começar a aposentar os caças americanos em pouco tempo. Isso disponibilizaria os sistemas desses caças como peças de reposição ou eventualmente como material reutilizável em outros aviões.


Cockpit A-1M

Aí entra a minha pergunta, como os últimos F-5 devem dar baixa, segundo a FAB, por volta de 2027, neste meio tempo poderia haver o aproveitamento dos sistemas da AEL nos caças A-1 que ainda estejam voando, desde o radar até os sistemas de C4ISR, EW e defesa ativa? Ou eles simplesmente serão descartados junto com os caças?

A economia conseguida com esse aproveitamento ofereceria uma boa relação custo x benefício, já que os A-1 tem previsão de voar até 2033? Ou o programa vai parar na 14a aeronave modernizada e estamos conversados?

abs.

Meu sonho era um outro lote de Gripen só para substituir os AMX. Mas isso parece uma realidade distante.

Primeira lição de casa é a FAB conseguir recursos suficientes para custear a operação dos 36 caças do lote 1 na íntegra. Afinal, não precisamos de nenhuma rainha de hangar por aqui mesmo calçando 35.

A segunda lição, que é o segundo lote, eu acredito que já está em negociação com a SAAB e a força aérea sueca, pois ambos os países já demonstraram publicamente a intenção de adquirir lotes subsequentes do Gripen E. Do nosso lado, segundo a FAB ainda, é apenas questão de tempo e recursos, e também de verificar como fica a questão das exportações do caça, tendo em vista que isso facilita muito a vida financeira do projeto ao derrubar os custos gerais do mesmo,

Se a SAAB vender pelo menos os Gripen E/F para a Finlândia (65) já vamos estar muito bem na fita. E se por um milagre desses da vida o Canadá (88) também levar o Gripen para casa, aí sim vamos estar muito bem na fita. Exportações são um fator muito sério que a FAB está levando em conta na hora de anunciar o segundo lote. E a depender dos resultados, esse lote pode vir até 2022/2023 ou vai ficar para 2024/2025.

Com alguma sorte, e muita competência e qualidade do produto, penso eu aqui que temos ótimas chances de o Gripen vencer na Finlândia. E isto nós vamos saber ano que vem mais tardar. Da mesma forma os canadenses. Um infelicidade tirou os suecos da concorrência suíça, que era uma vitória tida como quase certa. Mas vez em quando eu leio por aí que os suíços estão conversando com a SAAB sobre essa concorrência. Bem, vai que...

abs

FCarvalho escreveu: ↑Ter Set 22, 2020 12:41 am Uma curiosidade que me surgiu.

Os F-5EM tem praticamente os mesmos sistemas embarcados que os A-1M. Sabe-se que a FAB pretende começar a aposentar os caças americanos em pouco tempo. Isso disponibilizaria os sistemas desses caças como peças de reposição ou eventualmente como material reutilizável em outros aviões.


Cockpit A-1M

Aí entra a minha pergunta, como os últimos F-5 devem dar baixa, segundo a FAB, por volta de 2027, neste meio tempo poderia haver o aproveitamento dos sistemas da AEL nos caças A-1 que ainda estejam voando, desde o radar até os sistemas de C4ISR, EW e defesa ativa? Ou eles simplesmente serão descartados junto com os caças?

A economia conseguida com esse aproveitamento ofereceria uma boa relação custo x benefício, já que os A-1 tem previsão de voar até 2033? Ou o programa vai parar na 14a aeronave modernizada e estamos conversados?

abs.

O problema é a obsolescência, a impressão que tenho é que a frota de A-1 envelheceu mais rápido do que a FAB havia calculado. Talvez se a FAB tivesse conseguido as 75 aeronaves que planejava, no inicio do projeto, hoje tivéssemos 35 a 45 células em condições de serem modernizadas. O problema está em células disponíveis para modernização, para chegarmos as 30 unidades teríamos ou que injetar muito dinheiro na recuperação de células, ou comprar alguns italianos e injetar a muito dinheiro para se ter alguma padronização.

Os A-1 começaram a chegar na BASM em 1999, e quando eu entrei na FAB em 2004, já haviam pelo menos 6 células fora de operação, um biplace perdido em acidente, um biplace totalmente canibalizado no ESM, e 4 monoplaces permanentemente "ensacados" nos hangaretes, sendo que na expoaer de 2008 essa frota de ensacados já havia crescido para pelo menos 7, imagine todo esse tempo sem manutenção na umidade desgraçada que temos SM. A situação não é fácil, no inicio do ano soube por meio de um integrante do ESM, e dias depois recebi a mesma informação de um sub da casa de pista do 3º de que haviam apenas 3 A-1 em condições de voo (nesse período fiquei mais de 2 meses sem ver um A-1 voar, e eu moro na final da BASM).

No fim acho que uns 14/18 A-1M vão ficar segurando a barra, junto com mais um punhado de F-5M até a FAB conseguir pelo menos um segundo lote de 36 gripens, para não ficar tão capenga.


Um abraço e t+

Obrigado pela info Pablo.

Isso só confirma a minha impressão de que o segundo lote pode ser o último também, assim como envolver uma quantidade maior dos caças suecos, caso as exportações esperadas saiam como previsto. Caso isso ocorra, tanto a força aérea sueca como a FAB terão a oportunidade de conseguir mais unidades por custos menores.

Agora é aguardar, pois os suecos parecem comprometidos com mais um lote de 60 undes a serem confirmadas ano que vem. Se vencerem na Finlândia, são mais 65 unidades. E mesmo não vendendo mais nada, só aí são quase uma centena e meia de caças a mais. Se nos juntarmos a eles, um segundo lote pode simplesmente valer por dois, com a aquisição de até 72 caças, o que seria o suficiente para substituir ao mesmo tempo A-1 e F-5 e assim equipar os demais esquadrões de caça. Nas minhas contas de padaria, se cada esquadrão que temos hoje fosse equipado a 18 undes como em Anápolis, seriam necessários 144 Gripen E/F. Improvável, embora possível.

Tomara tenhamos sorte e competência para poder fazer isso mesmo. Diz-se que a vida operacional dos F-5 não está tão boa quanto se supõe. E a aposentadoria deles já deveria ter sido providenciada. Mas ainda tem mais 7 anos pela frente. Se durarem até lá.

abs

Eu espero e torço mesmo para chegarmos a pelo menos a 72 unidades...

J.Ricardo escreveu: ↑Qui Set 24, 2020 5:02 pm Eu espero e torço mesmo para chegarmos a pelo menos a 72 unidades...

Eu quero crer que pelo menos o segundo lote, seja lá de quantos caças forem, será envidado até 2022 pelo governo atual. Só para garantir.

abs

O que seria aquele optrônico que há a frente do canopi dos A-1M? Parece um IRST...

É o FLIR

Pablo Maica escreveu: ↑Qui Set 24, 2020 12:17 am
No fim acho que uns 14/18 A-1M vão ficar segurando a barra, junto com mais um punhado de F-5M até a FAB conseguir pelo menos um segundo lote de 36 gripens, para não ficar tão capenga.

Para ser mais preciso, será um esquadrão com 12 A-1M. As 2 primeiras células modernizadas (uma mono e outra bi) serão desativadas em 2024. Voaram demais. Mas isso já estava programado quando a FAB decidiu modernizar 14 unidades.

Nono AMX modernizado é entregue para a Força Aérea Brasileira

https://tecnodefesa.com.br/nono-amx-mod ... rasileira/

Só faltam 5 pra acabar essa novela de mais de 15 anos. É aquela coisa pingada e dura de sair...