Re: Modernização dos AMX!!!
Enviado: Ter Mar 29, 2016 3:01 pm
Mais afinal a FAB ja decidiu quantos AMX serão modernizados?
Ponta não sei, mas a fabricação seriada sim. Na mesma fase estava sendo terminado o projeto do EMB 110, e este sim se aproveitou da engenharia e técnicas de produção em série. Lembre-se que o EMB 110 não é o mesmo EMB 100, que apenas existem 3 unidades, e são os protótipos.Wingate escreveu:A construção dos EMB-326 Xavante (com Aermacchi spa, Itália) não teria também colaborado nesse processo de aquisição de tecnologia de ponta?
Wingate
O fato é que esses A-4 estão no Brasil há 18 anos.Túlio escreveu:Se o AMX sequer é pensado para lançar mísseis antinavio, não deveríamos repensar a questão da Aviação Naval? Por mim a MB deveria tomar conta...
Isso é mentira. O problema é justamente esse, o pensamento nunca saiu do campo das idéias. Até o escudo do esquadrão Adelphi, criado justamente para receber e introduzir o A-1 na FAB, destaca a preocupação com o mar. Veja que o bicho tá até apontando esse laser para o mar.Túlio escreveu:Se o AMX sequer é pensado para lançar mísseis antinavio, não deveríamos repensar a questão da Aviação Naval? Por mim a MB deveria tomar conta...
Creio que seja um misto de falta de $$$ com falta de possibilidade. Primeiro que a lei não permite a MB operar aviões a partir de terra, então não teria porque ter pressa. O AF-1 está atrelado ao A12, que está parado. Outra é que a modernização do AF-1 deveria ter saído não em 2015, mas sim dez anos antes, em 2005 (na mesma época do F-5M). Cerca de quinze, vinte anos depois, ou seja, ao redor de 2020~25, chegaria um substituto.Penguin escreveu:O fato é que esses A-4 estão no Brasil há 18 anos.Túlio escreveu:Se o AMX sequer é pensado para lançar mísseis antinavio, não deveríamos repensar a questão da Aviação Naval? Por mim a MB deveria tomar conta...
Se essa função fosse prioritária para a MB, a modernização de alguns A-4 e a adaptação de algum míssil anti-navio neles já teria saído há muito tempo.
Concordo, mas agora tendo o Grippen não faria sentido modernizar os AMX?Carlos Lima escreveu: Na minha opinião cometemos um erro ao continuarmos investindo no F-5 ao invés do Am-X. Deveríamos ter comprado anos e anos atrás F-16 do Deserto e de fato modernizado o Am-X e colocá-lo em condições de ser o avião que prometia ser (radar, mísseis ar-ar funcionais, mísseis ar-superfície, armas inteligentes, etc).
Essa lei deve ser letra morta. Deve cair qd a MB quiser.Bolovo escreveu:Creio que seja um misto de falta de $$$ com falta de possibilidade. Primeiro que a lei não permite a MB operar aviões a partir de terra, então não teria porque ter pressa. O AF-1 está atrelado ao A12, que está parado. Outra é que a modernização do AF-1 deveria ter saído não em 2015, mas sim dez anos antes, em 2005 (na mesma época do F-5M). Cerca de quinze, vinte anos depois, ou seja, ao redor de 2020~25, chegaria um substituto.Penguin escreveu: O fato é que esses A-4 estão no Brasil há 18 anos.
Se essa função fosse prioritária para a MB, a modernização de alguns A-4 e a adaptação de algum míssil anti-navio neles já teria saído há muito tempo.
Carlos Lima escreveu:O problema do AM-X é que o Brasil nunca soube muito bem o que fazer com ele.
Nos planfetos era um "caça", mas era 'Bombardeiro', introduziu na FAB o uso de HUD, RWR, Chaff, Flare e um pseudo FBW.
Porém isso tinha um preço, pois esses 'luxos' custavam caro, mais caro do que o F-5 na base do reloginho, bomba burra e FMS.
Como na verdade não era um 'caça', sempre pegou a pior parte dos investimentos na hora das prioridades, pois 1 Am-x funcionando custava bem mais do que vários F-5.
Além de vitima do fim da Guerra-Fria, problemas economicos, etc, existia também a politicagem da Aviação de Caça versus Aviação "de Ataque".
Na minha opinião cometemos um erro ao continuarmos investindo no F-5 ao invés do Am-X. Deveríamos ter comprado anos e anos atrás F-16 do Deserto e de fato modernizado o Am-X e colocá-lo em condições de ser o avião que prometia ser (radar, mísseis ar-ar funcionais, mísseis ar-superfície, armas inteligentes, etc).
O Am-X em muitos aspectos deveria ser a aeronave que estaria nos preparando para o vencedor do F-X em termos de 'tecnologia'. Deveria ser a aeronave que serviria de plataforma para um bando de desenvolvimento de tecnologias nacionais e suas evoluções (radares, mísseis, armas inteligentes, ECM, etc).
Mas não é isso o que aconteceu infelizmente.
[]s
CB_Lima
Entendo seu ponto de vista, e até poderia estar correto em alguns pontos. Só não sabemos por não termos bola de cristal para prever o futuro caso outra opção tivesse sido a adotada, contrariando os analistas e decisores da ocasião (por sinal devem ter sido muito mais ignorantes que nós do DB, turminha fraca aquela ).Bolovo escreveu:Infelizmente, só confirma o que eu disse. Sempre, sempre que o AMX é criticado é lançada a carta mágica, o eterno suplício que o "AMX ensinou muita coisa a Embraer." Meu querido, em caso de guerra quem vai decolar pra atacar o inimigo não é a Embraer, é a FAB. O objetivo do programa AMX era dotar a FAB de um avião de ataque moderno e esse objetivo fracassou, pois o mesmo nunca chegou sua operacionalidade total. O objetivo do AMX nunca foi ensinar a Embraer a usar "cálculos de carga", isso foi consequência do programa. Isso é tentar achar o lado bom da desgraça. A Embraer aprenderia tais técnicas, cedo ou tarde, se não nunca teria saído do Bandeirante. Os fatos são: o A-1 voou de 1989 até 2013 lançando apenas armamento não-guiado (FAB, 2013.). Por exemplo, o Mirage 50CN Pantera chileno, aposentado em 2007, hoje em museu, já utilizava armamento guiado nos anos 90. O A-1 era para ser nosso vetor anti-navio, mas foi necessário chegar o P-3 e o Harpoon para isso (FAB, 2015.), capacidade existente em Argentina e Venezuela há décadas. Só começou a voar com radar (que por sinal, não tem nada de mais) em 2013, na entrega do primeiro A-1M (FAB, 2013.). O A-1 introduziu na FAB o HUD, o RWR, os modos CCIP/CCRP, chaffs e flares. Nada que não existisse no continente antes. Foi um gasto tremendo que preteriu outras prioridades da FAB (entre elas o F-X que foi postergado até finalmente escolherem o Gripen). Qual foi a grande vantagem do AMX para a FAB? Ao meu ver, nenhuma. Zero. Ter escolhido uma aeronave de combate no exterior teria sido muito melhor (tal como fizemos no F-X, não?). Ah, "mas o AMX ensinou muita coisa a FAB!", me desculpem, mas tem que ser embraercionista convicto ou muito louco para aceitar essa desculpa...Penguin escreveu: Importante recuperar esse post relativo ao impacto técnico/tecnológico do AMX.
Não é questão de se duvidar ou não dos Brigadeiros, Engenheiros e Políticos da época, nem de se questionar o direito à manifestação de opinião. Acredito que esse povo de então detinha mais dados que nós, e que possivelmente, a despeito das dificuldades, priorizou-se investimento em pesquisa e desenvolvimento de um caça nacional, em vez de compra de prateleira, e como podemos ver em muitos outros artigos, o resultado foi muito bom, tanto para a indústria, quanto para a FAB.Bolovo escreveu:Thor, que foi um divisor de águas eu não questiono, afinal isso é óbvio. O A-1 foi o caça mais moderno da FAB de 1989 a 2005, até a chegada do F-5M. Antes do A-1 o melhor caça era o F-5E, que chegou em 1974. O que eu questiono é que o A-1 não trouxe nada de novo em relação aos caças da época, como por exemplo, o F-16 venezuelano e Mirage 2000 peruano, que já estavam por aqui. Isso sem contar algumas versões do Mirage 50, Nesher e Kfir que existiam na região. Tudo isso que você citou no A-1, já existia em qualquer um desses, que também teriam sido um divisor de águas na FAB, não concorda? O que eu vejo é que o A-1 foi como um buraco negro de recursos, tomou 1/3 do orçamento da Embraer (como dito pelo próprio Ozires, até ajudou na crise que veio na empresa) e comprometeu a FAB durante todos os anos 90. E hoje em dia a impressão que eu tenho é que não há compromisso algum com com o A-1, tanto que vão modernizar apenas 14 unidades. Questiono sim a decisão dos Brigadeiros e Engenheiros na época, oras, estamos numa democracia e eu penso o que quiser. Questionar os Brigadeiros americanos sobre aposentar o A-10 e colocar o F-35 é lindo, é a democracia real, mas fazer isso aqui no Brasil é errado, afinal quem sou eu? Creio que influência do positivismo no Brasil foi tão forte que essa crença que não se pode questionar a autoridade perdura até hoje.