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Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Ter Nov 29, 2011 4:01 pm
por FoxHound
Então vão ter que retirar as tropas por via aérea. Ou mandar os suprimentos por via aérea.
Isto vai dar um custo catastrófico.
Com isso os EUA e os Aliados europeus vão sangrar mais ainda financeiramente.
Eu tenho pressentimento que os Chineses devem estar dando gargalhadas com essa sintuação.
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Sáb Dez 03, 2011 2:00 pm
por FOXTROT
terra.com.br
Três militares da Otan morrem no Afeganistão
03 de dezembro de 2011 • 13h33
CABUL, Afeganistão, 3 dez 2011 (AFP) -Três militares das forças da Otan no Afeganistão (Isaf) morreram neste sábado na explosão de uma bomba artesanal no leste do país, informou um porta-voz da força internacional.
De acordo com sua política habitual, a Isaf não revelou a nacionalidade dos militares mortos, o local da explosão ou a existência de feridos.
Com isso, sobe para 542 o número de soldados estrangeiros mortos desde o início de 2011 nas operações do Afeganistão, segundo contagem realizada pela AFP a partir do site especializado icasualties.org.
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Dom Dez 04, 2011 6:43 am
por Sterrius
sem rotas terrestres pro afeganistão a guerra acaba. Pura e simples.
Rotas de suprimentos apenas pelo ar tem um custo estratosférico e so foi feito uma vez para impedir a alemanha de cair totalmente para os russos.
Fora desse contexto que tinha muito em jogo nunca mais foi feito. Em maior ou menor grau o uso de suprimentos pela terra ou dos locais sempre foi necessário. Exceto obvio em operações limitadas onde vc não precisa de tantos suprimentos todos os dias.
Logo se paquistão e russia fecharem suas rotas é derrota. E ainda terão que pedir para poderem retirar as tropas de la.
Mas não creio que é isso que a russia quer, seria "divertido" pra ela ver os EUA sofrerem uma falha militar em niveis epicos devido a isso mas pra eles quanto mais tempo os EUA ficarem no atoleiro do afeganistão melhor
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Ter Dez 06, 2011 2:10 pm
por EDSON
06/12/2011 - 12h31
Dois atentados contra xiitas no Afeganistão deixam 62 mortos e 135 feridos
COMENTE
Fawad Peikar.
Cabul, 6 dez (EFE).- Ao menos 62 pessoas morreram e 135 ficaram feridas em dois atentados perpetrados nas cidades de Cabul e Mazar-i-Sharif, que transformaram a festa da Ashura, uma das mais importantes do calendário xiita, em uma das mais sangrentas da última década para os civis no Afeganistão.
Um suicida se misturou entre os milhares de xiitas que por volta do meio-dia (hora local) lotavam a entrada do santuário de Abul Fazl e detonou uma carga explosiva que matou "pelo menos 58 pessoas", explicou à Agência Efe um responsável da polícia da capital, Mohammed Zahir.
O atentado, do qual os talibãs se desvincularam, ocorreu em uma área ao sul de Cabul e também deixou pelo menos 130 fiéis feridos, que foram encaminhados a diversos hospitais da capital afegã.
As imagens das emissoras locais mostravam diversos veículos transportando corpos e feridos em direção aos centros de saúde, onde foram formadas longas filas de familiares que tentavam se informar sobre o estado das vítimas.
Segundo a agência local "AIP", o atentado da capital foi reivindicado por meio de uma ligação a diversos meios de comunicação paquistaneses pelo grupo Lashkar-e-Jhangvi al Alami, ramificação de uma organização sectária paquistanesa.
Através de um comunicado, os talibãs condenaram os ataques desta terça-feira e afirmaram que o movimento "não permite atacar afegãos em nome de sua religião, tribo ou procedência".
Este atentado é um dos mais sangrentos já registrados no Afeganistão e é o que causou mais mortes no ano, apesar do aumento da violência registrado no país em 2011.
Minutos depois do ataque de Cabul, quatro pessoas morreram por conta de uma explosão em Mazar-i-Sharif, capital da província de Balkh, no norte do país.
O porta-voz da polícia local, Sher Mohammed Durani, explicou à Efe que o atentado, realizado a partir de uma bicicleta carregada de explosivos na Praça de Alokozai, também deixou cinco feridos que foram encaminhados a um hospital próximo.
Segundo fontes da polícia citadas pela "AIP", a explosão ocorreu exatamente no instante em que passava pelo local um grupo de fiéis xiitas celebrando a Ashura, que lembra a morte de um neto do profeta Maomé.
Os ataques sectários contra a minoritária comunidade xiita são frequentes em países muçulmanos durante a festa da Ashura, que anualmente reúne milhares de fiéis nos santuários desse braço do islamismo. No entanto, o Afeganistão havia se livrado de ataques desta magnitude até o momento.
"Desde a etapa do regime talibã, há mais de uma década, não se via um ataque desta escala que tivesse como alvo os xiitas afegãos", destacou o analista italiano Fabrizio Foschini.
"Duvido muito que isto tenha sido obra dos talibãs porque isso romperia o discurso nacionalista que querem projetar", acrescentou o especialista, que vive em Cabul e é membro da Afghanistan Analyst Network.
Os xiitas representam quase 20% da população afegã e se concentram em determinadas províncias, especialmente em Bamiyan, no centro do país.
A Missão das Nações Unidas no Afeganistão qualificou os ataques como "brutais" e "completamente inaceitáveis", e destacou "não têm nenhuma justificativa possível".
Os atentados desta terça ocorrem um dia depois de a comunidade internacional ter se comprometido a apoiar financeiramente o país asiático após a retirada das tropas internacionais em 2014, durante a conferência de Bonn, na Alemanha, sobre o futuro do Afeganistão.
Os países presentes na cúpula prometeram manter o suporte até 2024, mas em troca manifestaram que esperam que o Afeganistão supere seu déficit democrático e respeite os direitos humanos, especialmente os da mulher. EFE
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Qua Dez 07, 2011 6:42 pm
por Junker
Another victim for the 'Graveyard of Empires'?
By Geoffrey Murray
China.org.cn, December 5, 2011
The British tried three times between 1839 and 1919 to subjugate Afghanistan and failed each time as the country lived up to its historical reputation as a 'graveyard of empires'. Now, we may be chalking up defeat number four (this time in alliance with countries like the United States and Australia).
UN Secretary-General Ban Ki-moon (L) meeting with Afghan President Hamid Karzai in Bonn on December 4, 2011, ahead of a major international conference on the war-torn country. The Bonn conference on December 5 will discuss Afghanistan future beyond 2014, when NATO-led international combat troops will leave, and comes ten years after a previous landmark meeting on Afghanistan in the German city. [Xinhua/AFP]
In the German city of Bonn this week a conference is being held to try and chart a path forward towards stabilizing the country at a time when foreign troops are preparing to head home from a decade-long war against the radical Islamic Taliban movement that seems increasingly unwinnable.
The prospects in Bonn do not look good. For a start, we have a situation where perhaps the single most important player, Pakistan, will not be there, having decided to boycott the meeting to express its anger after NATO aircraft killed 24 of its soldiers in a cross-border attack the alliance has called a 'tragic accident'.
And, with the Taliban, also unlikely to attend, the Bonn meeting may become another exercise in futility – typical of a conflict that has cost thousands of lives and cost many billions of dollars for little result.
The present gloom contrasts sharply with the meeting in Bonn in 2001, in the aftermath of 9/11, when Western nations were buoyant about the prospects of defeating terrorism by attacking its base areas in Afghanistan and Pakistan. There were some successes – the toppling of the Taliban regime then ruling Afghanistan, and the killing of al Qaeda leader Osama bin Laden in his long-time Pakistan hideout this year.
But with Western economies struggling to cope with crippling levels of debt, and domestic weariness with the war (in the United States mirroring the situation that undermined American will to win in Vietnam four decades ago), there is now a strong desire to escape the quagmire.
President Barack Obama seeks re-election next year and will not need reminding of how an unpopular war (Vietnam) destroyed the political career of an earlier Democratic president, the late Lyndon Johnson.
On the Afghan side, there is anger at the repeated US night-time raids on suspected terrorist targets that have led to many civilian deaths; facing calls to desist, the US has said this is impossible if the resilient Taliban is ultimately to be defeated.
The big question is whether the countries attending the Bonn meeting can achieve unanimity in making the political and economic commitments (to be finalized at a NATO meeting in Chicago next May) that are vital if the present government in Kabul is to have any chance of survival.
Stability remains an elusive commodity. The local security forces currently are incapable of matching the Taliban fighters without a lot of Western stiffening, especially in meeting the US target of military self-sufficiency by 2014 (again, shades of the 'Vietnamization' program that led to the collapse of South Vietnam in 1975).
The national economy is in poor shape and the continuation of widespread endemic poverty remains one of the biggest failures of the Western intervention.
Beyond this, however, lies an even greater concern – the impact on the struggle to contain and destroy terrorism. Despite the deaths of many of their leaders, the various extremist groups like al Qaeda still pose a serious threat.
The Obama Administration has long wanted Pakistan, whose military and economy depend heavily on billions of dollars in American aid, to crack down on the militant groups based on its territory. Indeed, Secretary of State Hillary Clinton recently asked Pakistan to bring all militant groups to the negotiating table in order to stabilize conditions in its neighbor.
Pakistan, however, argues that, among all the countries engaged in the war on militancy, it has paid the highest price with thousands of soldiers and police dead. The recent NATO attack raises the possibility that the Pakistanis will refuse to cooperate any more with the West on the terrorism issue.
And, let us not forgot another neighboring country, Iran, which is facing increasing Western sanctions due to its refusal to give up its nuclear ambitions. The recent attack on the British Embassy in Tehran, resulting in the evacuation of all diplomatic staff and the retaliatory closure of the Iranian Embassy in London, shows just how bad things have got.
An immediate response to this came from the EU, which immediately announced tougher economic sanctions – although failing to agree on a suggested embargo of Iranian oil to try and bring the country's economy to its knees.
Thus, a series of incidents and issues pose a danger of creating a vast crescent of volatility stretching unbroken right across South Asia, disastrous not only for the immediate region but for the cause of world peace at a time of great economic vulnerability.
The author is a columnist with China.org.cn. For more information please visit:
http://www.china.org.cn/opinion/geoffreymurray.htm
Opinion articles reflect the views of their authors, not necessarily those of China.org.cn.
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Qui Dez 08, 2011 10:27 am
por marcelo l.
Base Operacional Avançada Sharana, Afeganistão - americanos e soldados afegãos perto da fronteira com o Paquistão enfrentaram um volume forte aumento dos disparos de foguetes a partir de território paquistanês nos últimos seis meses, colocando-os em maior risco, mesmo quando as preocupações sobre a relação desintegração entre os Estados Unidos Paquistão e como eles podem restringir contra-atacar.
Terra-terra foguetes disparados dentro do Paquistão, desembarcaram em ou perto de American postos militares na fronteira com o Afeganistão uma província pelo menos 55 vezes desde maio, segundo entrevistas com vários oficiais americanos e os dados divulgados na semana passada. No ano passado, durante o mesmo período, houve dois ataques desse tipo.
Maio é também quando os membros de uma equipa de Navy Seals matou Osama bin Laden na casa onde ele morava perto de uma academia militar paquistanês, mergulhando-americanos paquistaneses relações com uma nova baixa. Desde então, a escalada nos processos transfronteiras, barragens tem alimentado frustração entre oficiais e raiva entre os soldados no front-line posições que suspeitam, mas não pode provar, um papel do governo paquistanês.
cont.
http://www.nytimes.com/2011/10/17/world ... .html?_r=1
A pair of Type 63 high-explosive rockets — connected to their electrical source and timer, fuzes inserted, emplaced for firing on workshop-grade launchers — aimed at an American-Afghan base in eastern Afghanistan.
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Qua Dez 14, 2011 9:55 am
por kurgan
14/12/2011 - 07h57
Panetta: EUA estão vencendo no Afeganistão
FOB SHARANA, Afeganistão, 14 dez 2011 (AFP) -O secretário americano de Defesa, Leon Panetta, afirmou nesta quarta-feira que os Estados Unidos estão vencendo uma dura batalha no Afeganistão, em um discurso em uma base próxima da fronteira com o Afeganistão.
Panetta chegou na terça-feira a Cabul para sua segunda visita ao Afeganistão desde que assumiu o cargo em julho.
"
Estamos no bom caminho e estamos vencendo um conflito muito difícil", declarou Panetta a militares na base avançada de Shanara, na província afegã de Paktika, a 56 quilômetros da fronteira paquistanesa.
"Chegamos a um ponto no qual conquistamos avanços enormes. Ainda há ameaças, ainda há desafios que deveremos enfrentar? Evidentemente", completou diante de 200 dos 600 soldados da base.
"No fim, aqui no Afeganistão, nós vamos poder instalar um país capaz de governar-se e proteger-se por conta própria", acrescentou, antes de prometer que os Estados Unidos garantirão que os talibãs e a Al-Qaeda "nunca mais poderão encontrar refúgio no Afeganistão.
Panetta também disse que o Paquistão, suspeito de abrigar em seu território bases de retaguarda dos insurgentes, deve vigiar a longa fronteira com o Afeganistão.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... istao.jhtm
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Qua Dez 14, 2011 10:51 am
por Sterrius
Como saladin falou uma vez.
"vcs vem e vão, nos vamos ficar"
No final tudo volta a ser o que era.
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Qua Dez 14, 2011 12:34 pm
por Wingate
"Estamos no bom caminho e estamos vencendo um conflito muito difícil", declarou Panetta a militares na base avançada de Shanara, na província afegã de Paktika, a 56 quilômetros da fronteira paquistanesa.
Já ouvi isso há muitos anos...no Sudeste Asiático, se não me falha a memória...
Wingate
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Qua Dez 14, 2011 5:02 pm
por J.Ricardo
Parabéns aos espanhóis!!!
Insurgentes afegãos entregam armas a militares espanhóis
DA EFE, EM MADRI
Mais de 250 insurgentes afegãos entregaram nesta quarta-feira suas armas na antiga base espanhola de Qala i Naw. Entre eles, estava um dos líderes mais procurados pelas autoridades do Afeganistão, Mohamed Yusef Hajji, informou o Ministério da Defesa espanhol.
A entrega ocorreu como parte do programa de reinserção, posto em prática pelas autoridades do país asiático, e é a mais numerosa das que já ocorreram até agora.
Os reinseridos pertencem a 15 grupos de insurgentes procedentes de diferentes pontos da província de Badghis e que se mudaram para Qala i Naw liderados por seus chefes, entre eles Mohamed Yusef Hajji.
Participaram do ato o chefe da Equipe Provincial de Reconstrução (PRT) espanhol, coronel Félix Eugenio García Cortijo, e o governador provincial Jam Arman, além de outras autoridades nacionais e locais.
Após entregar seu armamento e assinar as atas pelas quais se comprometem a abandonar a luta armada, a decisão dos insurgentes foi elogiada pelo governador.
O Ministério destacou que o abandono massivo das armas foi possível, em parte, graças ao bom trabalho do contingente espanhol.
A Espanha, mediante o PRT, oferece ajuda de primeiras necessidades a cada insurgente que deixa suas armas, até que aprendam uma profissão e se integrem ao mercado de trabalho.
Segundo o Ministério da Defesa espanhol, a província de Badghis, com mais de 1.200 reinseridos, é referência e modelo do programa de paz que o governo afegão colocou em prática com assessoramento espanhol.
fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1021 ... hois.shtml
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Seg Dez 19, 2011 3:40 pm
por EDSON
Agora os americanos querem que a vitória caia do céu.
19/12/2011 - 14h11
Comandante do Taliban nega diálogo secreto com os EUA
COMENTE
PESHAWAR, Paquistão (Reuters) - Um comandante sênior do Taliban no Afeganistão negou nesta segunda-feira que o grupo tenha mantido conversas secretas com autoridades norte-americanas.
"Como as conversações podem ter chegado a um ponto crítico se elas nem começaram?", disse o comandante à Reuters por telefone em resposta aos comentários feitos por autoridades norte-americanas, afirmando que as conversas ocorrem há dez meses e chegaram agora a um ponto decisivo.
As autoridades dos EUA afirmam que em breve saberão se é possível um avanço que leve a negociações de paz com a meta de pôr fim à guerra afegã.
Como parte da iniciativa diplomática, segundo a Reuters apurou, os EUA têm considerado a possibilidade de transferir um número não determinado de prisioneiros do Taliban, que estão na prisão militar de Guantánamo, para que fiquem sob a custódia do governo afegão.
Publicamente, o Taliban sustenta que não negociará enquanto as tropas estrangeiras permanecerem no Afeganistão. Assim, mesmo que o grupo esteja conversando, os líderes podem relutar em admitir isso.
Os comandantes também podem estar preocupados com o ânimo dos combatentes no campo de batalha, caso acreditem que seus líderes estejam negociando.
"Nossa posição sobre as conversações permanece a mesma. Todas as forças de ocupação têm de deixar o Afeganistão. Aí poderemos conversar", disse o comandante, a partir de uma localização não revelada.
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Qua Dez 21, 2011 12:26 pm
por FOXTROT
terra.com.br
Cinco militares poloneses da Otan mortos no Afeganistão
21 de dezembro de 2011 • 10h02 • atualizado às 10h48
Cinco militares poloneses da Otan morreram nesta quarta-feira em Ghazni (sudeste do Afeganistão), na explosão de uma bomba de fabricação caseira na passagem de seu comboio, anunciou um porta-voz da coalizão em um comunicado.
Os talibãs reivindicaram o ataque em uma mensagem enviada à AFP por um de seus porta-vozes, Zabihullah Mujahid. Ele afirmou que o alvo era um comboio polonês e que vários militares da Otan morreram, mas até o momento não foi possível confirmar suas afirmações.
"Uma bomba de fabricação caseira explodiu na passagem de um comboio militar estrangeiro em Ghazni", capital da província de mesmo nome, declarou Dilawar Zahid, chefe de polícia provincial.
Com as cinco vítimas, o número de mortes de militares poloneses no Afeganistão chega a 36. A Polônia mantém desde 2002 um contingente de 2,6 mil militares no Afeganistão.
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Seg Dez 26, 2011 1:47 pm
por kurgan
26/12/2011 - 09h54
Talibãs dizem que EUA fugirão do Afeganistão como os soviéticos
Cabul, 26 dez (EFE).- O movimento fundamentalista talibã declarou nesta segunda-feira q
ue os Estados Unidos e seus aliados da Otan fugirão do Afeganistão assim como fez a União Soviética e advertiu que este não é um país no qual os invasores possam sobreviver.
Em mensagem divulgada por ocasião do 32º aniversário da invasão soviética, que no calendário ocidental é nesta terça, os talibãs destacaram que "os invasores atuais já têm a intenção de se retirar do Afeganistão para salvar sua pele mediante a fuga".
"Se for observada a sequência dos eventos, fica claro como água que o Afeganistão não é um país no qual os invasores podem sobreviver ou se instalar", afirmaram os fundamentalistas.
O movimento talibã denunciou que
"três décadas depois da invasão do Exército Vermelho, os afegãos continuam sofrendo as consequências do pós-guerra" e defendeu a luta contra as forças da Otan presentes no território.
A resistência afegã à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) nos anos 1980 era formada por diversas facções mujahedins,
que receberam apoio econômico e logístico dos Estados Unidos, Paquistão e Arábia Saudita.
Em 1989, após quase uma década de ocupação e milhares de soldados mortos, os soviéticos se retiraram do Afeganistão e começou no país uma sangrenta guerra civil entre as facções mujahedins.
No meio desta disputa emergiram os talibãs, que em 1996 tomaram Cabul e depois implantaram gradualmente seu regime fundamentalista em quase todo o território afegão.
Depois dos atentados de 11 de setembro perpetrados pela Al Qaeda, os talibãs se negaram a entregar Osama bin Laden - morto em maio desse ano no Paquistão -, que se escondia em seu território, e os EUA decidiram invadir o Afeganistão com o apoio da comunidade internacional.
As tropas americanas derrubaram rapidamente ao regime do mulá Omar, mas na última década os talibãs foram recuperando terreno e a guerra afegã está atualmente em um de seus momentos mais violentos desde seu início, em 2001.
Em julho, as forças da Otan também começaram a se retirar progressivamente do Afeganistão e a transferir o controle da segurança ao Exército e à Polícia afegãos.
Este processo deve terminar em 2014, caso se cumprem os prazos previstos.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... ticos.jhtm
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Sex Dez 30, 2011 12:47 pm
por kurgan
30/12/2011 - 10h05
Saída da Otan é fim da galinha dos ovos de ouro para muitos afegãos
Fawad Peikar.
Cabul, 30 dez (EFE).- À medida que as tropas dos Estados Unidos e da Otan se retiram do Afeganistão, a preocupação aumenta entre afegãos cuja renda depende de projetos financiados pela comunidade internacional, que às vezes dão margem à prática de corrupção.
Para quem ganhou grandes quantias de dinheiro com contratos para fornecer provisões às tropas estrangeiras ou para reconstruir o país, esta situação representa um futuro incerto e o fim da galinha dos ovos de ouro.
O caso do afegão Abdul Qudos Gulbahari, de 43 anos, é um exemplo. Diretor-geral da construtora Musawer Mansoor, é hoje um terceirizado milionário graças a suas relações com o Exército americano, mas há pouco mais de uma década vendia verduras em um pequeno armazém de madeira no centro de Cabul.
Tudo mudou após a invasão dos EUA, depois dos ataques de 11 de setembro.
"Eu costumava ter problemas para chegar ao fim do mês, mas quando os talibãs foram afastados do poder, em 2001, pedi dinheiro emprestado a amigos e parentes e comprei um ônibus", explicou à Agência Efe em entrevista na capital afegã.
Nesse veículo, Gulbahari transportou diariamente de 2002 a 2004 20 trabalhadores até a Base Aérea de Bagram, a mais importante do país e controlada pelos EUA, que está situada na província oriental de Parwan, perto de Cabul.
Graças a esse primeiro trabalho e fruto dos contatos feitos na base aérea, Gulbahari conseguiu contratos de construção de estradas com os americanos, o mais recente de US$ 4,5 milhões.
"Meu negócio cresceu por conta do muito que trabalhei, mas me preocupa, assim como a muitos afegãos, o que acontecerá quando as tropas da Otan abandonarem o país em 2014", afirmou o construtor, para o qual trabalham 200 empregados.
"A saída das tropas dos EUA terá um impacto negativo total para a economia afegã", acrescentou a fonte, que destacou que há cerca de 6 mil afegãos trabalhando na Base Aérea de Bagram como faxineiros, tradutores, guardas, entre outras funções.
Para alguns, como o analista econômico afegão Ahmad Zia, após a saída das tropas estrangeiras o futuro de alguns empresários locais será inevitavelmente "o tráfico de drogas ou insurgência".
"Muitos fundos de ajuda são entregues a grupos da oposição afegã, ficam com os estrangeiros ou vão parar nas mãos dos senhores da guerra, algo que trouxe a corrupção entre a população, que descobriu como ganhar dinheiro fácil", ressaltou Zia à Efe.
Segundo um relatório divulgado em agosto, os EUA desperdiçaram entre US$ 31 milhões e US$ 60 milhões nas guerras do Iraque e Afeganistão na última década devido a problemas como a pouca supervisão de terceirizados, corrupção e falta de planejamento.
De acordo com o relatório, elaborado pelo Senado americano, isso significa que "todos os dias são desperdiçados US$ 12 milhões".
O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, apontou há duas semanas a comunidade internacional como corresponsável pelo aumento da corrupção nas instituições públicas afegãs.
"A existência de estruturas paralelas estrangeiras é uma das razões da corrupção", disse o governante durante um discurso em Cabul na presença de diplomatas estrangeiros.
As declarações de Karzai eram uma crítica velada às equipes de reconstrução provincial, uma parte do desdobramento das forças da missão da Otan centrada na promoção do desenvolvimento nas diversas províncias do país asiático.
Com maior ou menor transparência, não são poucas as pessoas no Afeganistão que começaram com um pequeno contrato e que agora ganham grandes quantias de dinheiro através de acordos civis e militares que mudaram o estilo de vida dos afegãos mais privilegiados.
"Se o senhor quer comprar os melhores produtos dos EUA, então o senhor deve vir a este bazar", disse à Efe Taj Mohammed, de 57 anos, encarregado de uma loja no mercado de Bush, em Cabul, cujo nome é uma homenagem ao ex-presidente americano.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... egaos.jhtm
Re: Notícias de Afeganistão
Enviado: Sáb Dez 31, 2011 10:29 am
por FOXTROT
terra.com.br
Mais de 560 soldados estrangeiros morreram no Afeganistão em 2011
31 de dezembro de 2011 • 00h05 • atualizado às 00h36
Sob a liderança dos EUA, as tropas estrangeiras no Afeganistão continuam pagando um preço alto por suas missões, com mais de 560 mortos em 2011, o segundo maior número de mortos gerado nos 10 anos de guerra contra a insurgência talibã. Os comandantes da Otan, liderados pela International Security Assistance Force (ISAF) dizem que a violência está em declínio na região, desde o envio extra de 33 mil soldados americanos ao terreno.
A ONU, no entanto, diz que violência tem aumentado na região, com greves em massa sendo geradas no país pelas vítimas dos talibãs. O número de mortos de soldados estrangeiros em 2011 foi de 565. Os países que perderam mais soldados foram os EUA e a Grã-Bretanha, com 417 e 45, respectivamente, segundo uma contagem da AFP baseada em números do site independente icasualties.org.
Em 2010, foram registradas 711 mortes de soldados, contra 521 em 2009. A contagem de mortos agravou-se após vários ataques devastadores, incluindo o bombardeio do carro de um comboio da ISAF em Cabul em outubro, que matou 17 soldados, e o abate de um helicóptero em Wardak, ao sul da capital, em agosto, quando 30 soldados dos EUA morreram .
Contudo, são os civis afegãos que pagam o preço mais alto. O ataque mais mortífero do ano deixou ao menos 80 mortos em Cabul, no dia sagrado da Ashura no início de dezembro. As tropas americanas, no entanto, já começaram a retirar, sendo que 10.000 soldados deixaram o país este ano e o restante deve sair até o próximo outono.
Outras forças estrangeiras também têm reduzido suas missões e devem sair integralmente até 2014. Desde a invasão liderada pelos EUA que derrubou o Talibã em 2001, um total de 2.846 soldados estrangeiros morreram no conflito.
"Vimos uma redução considerável dos ataques inimigos (este ano). Isso é um resultado de sucesso no campo de batalha e significa uma redução de sua capacidade de nos atacar", disse o porta-voz da ISAF, o brigadeiro-general Carsten Jacobson.