Túlio escreveu:Guerra véio, quando falo em "trocar a composição da unidade-base", quero dizer que temos um GC composto apenas por Fuzileiros e passamos a ter Fuzileiros mais Metralhadores e/ou Operadores de Lança-Granadas, por exemplo. Diria que trocamos, ou mais precisamente, alteramos a composição da unidade-base que é, ao menos ao ver de meus olhos civis, o GC; acrescentaria que essa alteração aparentemente simples implicaria em profundas alterações doutrinárias...
Nos nossos GCs existem os atirdores de FM (um em cada esquadra), e tem tb o granadeiro, que usa granadas de bocal anticarro e antipessoal. Nós já trocamos essas granadas anticarro pelo ALAC, sem muitas mudanças doutrinárias. Creio que aumentar a cadencia da arma coletiva da esquadra, e colocar um lança granadas na 2ª, vai aumentar muito o poder de fogo do GC. E é obvio que isso vai trazer mais mudanças. Assim de cara, eu acredito que a MAG, vai poder vazar mais cedo de sua posição, numa situação defensiva. Além disso, pode ser que a frente do GC aumente, linhas de controle vão aumentar ou diminuir. Mas não são mudanças tão radicais, e que podem vir aos poucos.
Mas compreendo o que queres dizer, eu já estava botando palavras no teu teclado, realmente o que disseste lá foi apenas que, antes de ir pensando em trocar fuzil, que se pensasse nas alterações necessárias ao GC, muito mais importantes e complexas do que uma simples troca de um equipamento por outro, desculpaí, foi malz, truta...
Que isso! Não precisa pedir desculpas por isso.
Quanto ao Caçador, reconheço que um especialista com AGLC pode ser um exagero - provavelmente é - mas um 'marksman' com uma versão do fuzil de assalto me pareceria um must. Creio eu que o apoio necessário nem sempre estará disponível para todos, ao menos a hora e a tempo, os ianques em suas inúmeras guerras demonstraram isso, e falamos de um Exército que tem de tudo e em vasta quantidade...
Com certeza, ter um atirador mais treinado em cada esquadra é uma excelente ideia. Isso vai muito do cmt de pelotão. Ja vi muito cmt que se preocupa em treinar um cara para essa missão. Acho que isso deveria se previsto (se já não for) no adestramento, e, é claro, ter um material decente disponivel para incentivar o desenvolvimento da tecnica.
Por fim, vou te torrar a paciência: ainda estou confuso entre a definição dos termos Cavalaria e Infantaria Mecanizada ou Blindada...
Que isso, sem problema. O negocio é complicado memso, porque as vezes um faz missão do outro. vamos lá.
Primeiro os conceitos.
Missão da infantaria: cerrar sobre o inimigo empregando fogo e movimento e destrui-lo pelo combate aproximado.
Missão da cavalaria: a principal é destruir a força blindada do inimigo, e tb fazer segurança para a tropa etc.
No caso das brigadas a missão da infantaria e da cavalaria se misturam, e aparecem as FT (forças-tarefas)
A definição do manual:
As FT RCC, FT BIB e os RCB são organizadas, equipadas e instruídas para operar como elementos de choque das Bda C Bld, Bda Inf Bld e Bda C Mec, ampliando-lhes a capacidade de combate e as possibilidades operacionais.
Veja as missões dessas Forças-Tarefas Blindadas:
1) Força-Tarefa forte em carros de combate :
a ) cerrar sobre o inimigo a fim de destruí-lo ou neutralizá-lo, utilizando o fogo, a manobra e a ação de choque;
b ) destruir ou desorganizar o ataque inimigo por meio do fogo e de contra-ataques .
2) Força-Tarefa forte em fuzileiros blindados :
a ) cerrar sobre o inimigo a fim de destruí-lo, neutralizá-lo ou capturá-lo, utilizando o fogo, a manobra e o combate aproximado ;
b ) manter o terreno, impedindo, resistindo e repelindo o ataque inimigo por meio do fogo, do combate aproximado e de contra-ataques .
3) Força-Tarefa equilibrada :
a ) cerrar sobre o inimigo a fim de destruí-lo, neutralizá-lo ou capturá-lo, utilizando o fogo, a manobra, o combate aproximado e a ação de choque;
b ) manter o terreno, impedindo, resistindo e repelindo o ataque inimigo por meio do combate aproximado, do fogo e de contra-ataques ;
c ) executar movimentos retrógrados, particularmente a ação retardadora .
O RCB poderá, também, realizar missões de Rec e Seg em proveito da Bda C Mec, embora não seja a OM mais apta para estas operações. Suas subunidades poderão ser empregadas em reforço aos R C Mec, no curso das operações por estes desenvolvidas.
Nossas brigadas (blindadas e mecanizadas) são essas FT prontas.
O pessoal diz que a brigada de infantaria blindada e cavalaria blindada são diferentes, mas é tudo igual. basicamente é a mesma missão.
Já as brigadas de cavalaria mecanizadas já muda um pouco. Elas tem menos poder ofensivo. Acho que em breve teremos uma infantaria mecanizada que seria essa cavalaria mecanizada com mais poder ofensivo.
Pegou!?