Desgraçadamente nunca consegui servir na MB, e acabei tendo que me virar com o EB, do qual fui honrosamente dispensado logo de primeira hora...
Até porque, ninguém em sã consciência colocaria um fuzil nas mãos de alguém que mau enxergava um palmo na frente dos olhos.
Ademais, eu era inteligente demais para ser recruta para eles.
Por outro lado, como disse, esse tal de viajar leve é muito legal, bacana, bonitinho, mas só na teoria; mas na prática isso não funciona exatamente como nos manuais.
No Alto Solimões o que mais se via eram patrulhas fluviais usando as voadeiras a maior parte do tempo. Andar no mato é coisa para ir bem ali e voltar, vide o que cito acima. E esse padrão se repete nos outros cmdo fronteira.
E quando é o caso de ter de fazer trajetos longos no mato, o pessoal faz isso através de outros meios - helos ou fluviais - a fim de chegar o mais perto possível do local de patrulha e ficar lá apenas o tempo suficiente para fazer o serviço. Não tem isso de ficar horas e dias caminhando no meio da selva. Podia ser normal a trocentos anos atrás, hoje em dia não mais.
Diga-se de passagem, que se o EB reclama até hoje da falta de apoio de meios aéreos, principalmente nas zonas de fronteira, é justamente porque voar é o melhor, não raro, único jeito de se chegar a determinados locais, e que se fosse feito de outra maneira, sequer compensaria o dispêndio da viajem.
Muita gente por aqui - militares e civis - morre na fronteira porque não existe a simples alternativa de uma missão SAR por via aérea. E não é por falta de onde operar, mas do meio em si.
Por fim, equipar um Pel olhando a patrulha é uma coisa, equipar ele para combate na selva tendo por conta um eventual adversário é bem diferente. E no entanto ele precisa estar bem equipado para realizar ambas as tarefas ao mesmo tempo de preferência. O que não é o nosso caso, aliás.
abs