Aqui:gabriel219 escreveu: ↑Sáb Set 26, 2020 9:16 am Um GC de 12 Fuzileiros seria bastante interessante, sendo composto em quatro frações, com:
1x Esq Cmd =
- 1 Sgt (IA2 + Pst); e
2x Esq Tr, 8 Fuzileiros (4 cada) =
- 1 Fz-médico (IA2 + Pst);
- 1 Cb (IA2 + M72FFE),
- 1 Sd-Mtr (LAMG + Pst),
- 1 Sd-Gr (IA2 + 40 mm LG); e
- 1 Sd-Especialista (IA2 DMR ou IA2 Fz Ass + Cal 12).
1x Esq AT =
- 1 Cb (IA2 + PSRL-2); e
- Sd-Aux (IA2 + Mun 90/105 mm RPG).
Sendo caso, o Esq AT pode transportar mísseis Spike-SR ou, em ambientes de selva mais densos, Mtr 7.62 mm (LAMG 7.62), com a opção de um morteiro 60 mm leve:
INFANTARIA DE SELVA
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Re: INFANTARIA DE SELVA
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Re: INFANTARIA DE SELVA
Organização atual do Pelotão de Fuzileiros de Selva do Exército Brasileiro considerando a substituição do FAL pelo IA2 e do FAP pela Minimi.
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Re: INFANTARIA DE SELVA
Pessoal do 1º PEF/34º BIS, Tiriós-PA, patrulhando na fronteira Brasil-Suriname.
Guerra na selva nem sempre é na selva...
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Re: INFANTARIA DE SELVA
Um único PEF para toda a fronteira com o Suriname. Nós estamos muito bem na defesa da Amazônia.
O que deveria ser um BIS é apenas um pelotão. Mesma situação do PEF de Oiapoque na fronteira com a Guiana Francesa.
São as duas únicas OM situadas naqueles lados, tirando o BIS em Macapá.
Há mais de 900kms de fronteira simplesmente sem nada do nosso lado.
Mas se alguém tentar passar para o lado francês, advinha o que acontece...
abs
O que deveria ser um BIS é apenas um pelotão. Mesma situação do PEF de Oiapoque na fronteira com a Guiana Francesa.
São as duas únicas OM situadas naqueles lados, tirando o BIS em Macapá.
Há mais de 900kms de fronteira simplesmente sem nada do nosso lado.
Mas se alguém tentar passar para o lado francês, advinha o que acontece...
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Re: INFANTARIA DE SELVA
Olá AlfaBR
Fosse eu, trocaria essa MAG por um lançador de míssil AC compacto, e dois outros infantes levariam 2 Mrt 60mm/munição.
E acrescentaria mais 1 carabina nas na segunda esquadra de cada GC. São muito úteis para combate na selva, via de regra muito aproximados. Eu deixaria elas como armas secundárias e não como opção.
Seria melhor se tivéssemos um terceiro grupo de combate para a função de apoio de fogo, como na inf leve americana. Isso liberaria o GC de comando para exercer suas funções primárias, e nos daria maior poder de fogo.
abs
Fosse eu, trocaria essa MAG por um lançador de míssil AC compacto, e dois outros infantes levariam 2 Mrt 60mm/munição.
E acrescentaria mais 1 carabina nas na segunda esquadra de cada GC. São muito úteis para combate na selva, via de regra muito aproximados. Eu deixaria elas como armas secundárias e não como opção.
Seria melhor se tivéssemos um terceiro grupo de combate para a função de apoio de fogo, como na inf leve americana. Isso liberaria o GC de comando para exercer suas funções primárias, e nos daria maior poder de fogo.
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Re: INFANTARIA DE SELVA
Engraçado que eu tinha lido que o primeiro grupo de militares que tinha ido reconhecer e mapear a fronteira do Brasil com o Suriname foi a 3 Companhia de Forças Especiais, que tinha se infiltrado por salto livre porque segundo a reportagem, a área é a fronteira de mais difícil acesso por ser de selva densa e conter rios encachoeirados não navegaveis. O que não condiz nada com a foto.
"Nada justifica que se abrandem os rigorosos métodos de formação do combatente paraquedista." Gen. De Pessoa
"Enquanto houver no céu a silhueta de um paraquedista, haverá sempre a esperança de vitória!" Gen Acrísio
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Re: INFANTARIA DE SELVA
A fronteira com o Suriname e parte da Guiana francesa faz parte do planalto das guianas, assim como o nordeste do estado de Roraima, que apresenta muitas áreas de monte e planaltos. Isso abre espaço para este tipo de vegetação em diversas localidades, o que não quer dizer que sejam muitas ou extensas.
De qualquer forma, o acesso a Tiriós é feito apenas por via fluvial ou aérea já que naquela região não existem estradas.
abs
De qualquer forma, o acesso a Tiriós é feito apenas por via fluvial ou aérea já que naquela região não existem estradas.
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Re: INFANTARIA DE SELVA
FCarvalho escreveu: ↑Dom Out 04, 2020 7:35 pm Olá AlfaBR
Fosse eu, trocaria essa MAG por um lançador de míssil AC compacto, e dois outros infantes levariam 2 Mrt 60mm/munição.
E acrescentaria mais 1 carabina nas na segunda esquadra de cada GC. São muito úteis para combate na selva, via de regra muito aproximados. Eu deixaria elas como armas secundárias e não como opção.
Seria melhor se tivéssemos um terceiro grupo de combate para a função de apoio de fogo, como na inf leve americana. Isso liberaria o GC de comando para exercer suas funções primárias, e nos daria maior poder de fogo.
abs
Pelo que vi VOSMEÇÊS já saíram faz tempo do conceito de GC Sv e começaram a montar algo que parece mais com uma LRRP compacta mas com muito maior poder de fogo.
Se a original, do tamanho de um Pel, não adiantou muito no Vietnã, não sei no que essa iria funcionar na Amazônia. Nunca marchei dentro da tale de rainforest mas conheci quem já e o normal era ouvir "em uma semana de patrulha eu perdia uns seis kg".
E era índio que só portava PARAFAL 17 pol com dois a quatro carregadores extras e mochila/dois cantis. Nessa coisa aí em breve vão estar botando até Browning M2 e RBS-70, sugiro mandar junto UMA AMBULÂNCIA com Paramédicos para qualquer Missão que dure mais de dois dias...
Se a original, do tamanho de um Pel, não adiantou muito no Vietnã, não sei no que essa iria funcionar na Amazônia. Nunca marchei dentro da tale de rainforest mas conheci quem já e o normal era ouvir "em uma semana de patrulha eu perdia uns seis kg".
E era índio que só portava PARAFAL 17 pol com dois a quatro carregadores extras e mochila/dois cantis. Nessa coisa aí em breve vão estar botando até Browning M2 e RBS-70, sugiro mandar junto UMA AMBULÂNCIA com Paramédicos para qualquer Missão que dure mais de dois dias...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
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Re: INFANTARIA DE SELVA
Eu já me dei o trabalho de andar muito no mato por aqui quando ainda tinha saúde e pernas para isso. Hoje em dia não mais. E conheci muita gente que fazia isso, e que ainda faz, e é bem mais velho do que eu.
Tem mateiros aqui que deixam o pessoal do CIGS incrédulos tal o vigor e vivacidade andando no mato com um monte de tralha no lombo e o cara parece que nem fez nada.
Mas tirando essa questão do preparo físico, que é muito importante também, quem é daqui tá acostumado a fazer esses passeios e não apresenta maiores dificuldades com isto, já o pessoal importado de fora - stgs e oficiais - passam um perrengue muito grande até porque não estão acostumados com a realidade. Mas isso pode e é contornado mantendo-se os princípios básicos do TFM.
Nas OM de fronteira o TFM é feito na prática nas patrulhas e atividades diárias que os PEF realizam. Normalmente, quanto maior o homem, maior é o cansaço e a fadiga. O pessoal aqui não costuma ter mais do que 1,65 mts de altura média. E se esgueira com mais facilidade.
Em termos de doutrina, fico pensando aqui: quanto tempos vamos demorar para mudar nossos padrões afim de atualizá-los para os desafios da guerra moderna? Isto inclui rever a organização, armamento e equipamentos utilizados nas OM de slv.
O que temos hoje, por exemplo, não é muito diferente do que tínhamos quando me alistei, em 1990. Seja organização ou material.
De fato, mudou a mochila de campanha, alguns equipamentos individuais ficaram mais portáteis, e utensílios foram acrescidos e outros retirados. Mas nada que tenha deixado o infante mais pesado, ou mais leve. Se eu fosse comparar, me parece que ficamos mais ou menos na mesma em termos de carga que se carrega.
Um GC não caminha muito na selva, seja lá como estiver equipado. Simplesmente porque não se consegue fazer isso em mato fechado como o nosso. Como bem disseste, o pessoal cansa rápido, e o calor e a desnutrição/desidratação fazem o resto. Deixe um sujeito transportando 20 kgs de equipamentos na selva com outro carregando 40 kgs, e vais ver que nem um e nem outro irão muito longe na mesma patrulha. Falo isso porque já vi vários exemplos e histórias contadas de gente que se exauriu ainda no primeiro dia de operação boina. Se a minha memória fosse melhor talvez até contasse algumas delas, mas infelizmente mal lembro o que comi ontem na janta.
Quanto ao GC acima, penso que a MAG também possa ser substituída por uma Mínimi 7,62mm enquanto as Minimi 5,56mm das esquadras poderiam ser substituídas por metralhadoras mais leves como as já apontadas aqui pelo CKraulo e Gabriel, pesando entre 4 e 5 kgs. Mas parece que o EB acha isso mudança demais para ele. Se isto fosse feito, uma Minimi 5.56mm no GC de comando já bastaria. Aliás, a adoção de armamentos mais leves pode proporcionar espaço para a adoção de armas coletivas nos Pel como o mrt 60mm e/ou míssil AC que aludi. Ficarmos parado achando que do jeito que está tá bom não é muito razoável.
Lá fora forças militares mudam seu repertório mais rapidamente do que nós conseguimos ou queremos pensar em rever nossos manuais.
E aqui um adendo, se formos esperar mudar primeiro os manuais para só depois mudar os equipamentos, em um exército avesso a novidades e mudanças como o nosso, vamos passar a eternidade esperando chegar ao século XXI. E quando o fizermos, é provável que a vizinhança lá no norte do mundo já esteja entrando no XXII.
abs
Tem mateiros aqui que deixam o pessoal do CIGS incrédulos tal o vigor e vivacidade andando no mato com um monte de tralha no lombo e o cara parece que nem fez nada.
Mas tirando essa questão do preparo físico, que é muito importante também, quem é daqui tá acostumado a fazer esses passeios e não apresenta maiores dificuldades com isto, já o pessoal importado de fora - stgs e oficiais - passam um perrengue muito grande até porque não estão acostumados com a realidade. Mas isso pode e é contornado mantendo-se os princípios básicos do TFM.
Nas OM de fronteira o TFM é feito na prática nas patrulhas e atividades diárias que os PEF realizam. Normalmente, quanto maior o homem, maior é o cansaço e a fadiga. O pessoal aqui não costuma ter mais do que 1,65 mts de altura média. E se esgueira com mais facilidade.
Em termos de doutrina, fico pensando aqui: quanto tempos vamos demorar para mudar nossos padrões afim de atualizá-los para os desafios da guerra moderna? Isto inclui rever a organização, armamento e equipamentos utilizados nas OM de slv.
O que temos hoje, por exemplo, não é muito diferente do que tínhamos quando me alistei, em 1990. Seja organização ou material.
De fato, mudou a mochila de campanha, alguns equipamentos individuais ficaram mais portáteis, e utensílios foram acrescidos e outros retirados. Mas nada que tenha deixado o infante mais pesado, ou mais leve. Se eu fosse comparar, me parece que ficamos mais ou menos na mesma em termos de carga que se carrega.
Um GC não caminha muito na selva, seja lá como estiver equipado. Simplesmente porque não se consegue fazer isso em mato fechado como o nosso. Como bem disseste, o pessoal cansa rápido, e o calor e a desnutrição/desidratação fazem o resto. Deixe um sujeito transportando 20 kgs de equipamentos na selva com outro carregando 40 kgs, e vais ver que nem um e nem outro irão muito longe na mesma patrulha. Falo isso porque já vi vários exemplos e histórias contadas de gente que se exauriu ainda no primeiro dia de operação boina. Se a minha memória fosse melhor talvez até contasse algumas delas, mas infelizmente mal lembro o que comi ontem na janta.
Quanto ao GC acima, penso que a MAG também possa ser substituída por uma Mínimi 7,62mm enquanto as Minimi 5,56mm das esquadras poderiam ser substituídas por metralhadoras mais leves como as já apontadas aqui pelo CKraulo e Gabriel, pesando entre 4 e 5 kgs. Mas parece que o EB acha isso mudança demais para ele. Se isto fosse feito, uma Minimi 5.56mm no GC de comando já bastaria. Aliás, a adoção de armamentos mais leves pode proporcionar espaço para a adoção de armas coletivas nos Pel como o mrt 60mm e/ou míssil AC que aludi. Ficarmos parado achando que do jeito que está tá bom não é muito razoável.
Lá fora forças militares mudam seu repertório mais rapidamente do que nós conseguimos ou queremos pensar em rever nossos manuais.
E aqui um adendo, se formos esperar mudar primeiro os manuais para só depois mudar os equipamentos, em um exército avesso a novidades e mudanças como o nosso, vamos passar a eternidade esperando chegar ao século XXI. E quando o fizermos, é provável que a vizinhança lá no norte do mundo já esteja entrando no XXII.
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Re: INFANTARIA DE SELVA
Foste Escoteiro? Além do "sempre alerta", o "viajar leve" não te lembra nada?
PUTZ...
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Re: INFANTARIA DE SELVA
Desgraçadamente nunca consegui servir na MB, e acabei tendo que me virar com o EB, do qual fui honrosamente dispensado logo de primeira hora...
Até porque, ninguém em sã consciência colocaria um fuzil nas mãos de alguém que mau enxergava um palmo na frente dos olhos.
Ademais, eu era inteligente demais para ser recruta para eles.
Por outro lado, como disse, esse tal de viajar leve é muito legal, bacana, bonitinho, mas só na teoria; mas na prática isso não funciona exatamente como nos manuais.
No Alto Solimões o que mais se via eram patrulhas fluviais usando as voadeiras a maior parte do tempo. Andar no mato é coisa para ir bem ali e voltar, vide o que cito acima. E esse padrão se repete nos outros cmdo fronteira.
E quando é o caso de ter de fazer trajetos longos no mato, o pessoal faz isso através de outros meios - helos ou fluviais - a fim de chegar o mais perto possível do local de patrulha e ficar lá apenas o tempo suficiente para fazer o serviço. Não tem isso de ficar horas e dias caminhando no meio da selva. Podia ser normal a trocentos anos atrás, hoje em dia não mais.
Diga-se de passagem, que se o EB reclama até hoje da falta de apoio de meios aéreos, principalmente nas zonas de fronteira, é justamente porque voar é o melhor, não raro, único jeito de se chegar a determinados locais, e que se fosse feito de outra maneira, sequer compensaria o dispêndio da viajem.
Muita gente por aqui - militares e civis - morre na fronteira porque não existe a simples alternativa de uma missão SAR por via aérea. E não é por falta de onde operar, mas do meio em si.
Por fim, equipar um Pel olhando a patrulha é uma coisa, equipar ele para combate na selva tendo por conta um eventual adversário é bem diferente. E no entanto ele precisa estar bem equipado para realizar ambas as tarefas ao mesmo tempo de preferência. O que não é o nosso caso, aliás.
abs
Até porque, ninguém em sã consciência colocaria um fuzil nas mãos de alguém que mau enxergava um palmo na frente dos olhos.
Ademais, eu era inteligente demais para ser recruta para eles.
Por outro lado, como disse, esse tal de viajar leve é muito legal, bacana, bonitinho, mas só na teoria; mas na prática isso não funciona exatamente como nos manuais.
No Alto Solimões o que mais se via eram patrulhas fluviais usando as voadeiras a maior parte do tempo. Andar no mato é coisa para ir bem ali e voltar, vide o que cito acima. E esse padrão se repete nos outros cmdo fronteira.
E quando é o caso de ter de fazer trajetos longos no mato, o pessoal faz isso através de outros meios - helos ou fluviais - a fim de chegar o mais perto possível do local de patrulha e ficar lá apenas o tempo suficiente para fazer o serviço. Não tem isso de ficar horas e dias caminhando no meio da selva. Podia ser normal a trocentos anos atrás, hoje em dia não mais.
Diga-se de passagem, que se o EB reclama até hoje da falta de apoio de meios aéreos, principalmente nas zonas de fronteira, é justamente porque voar é o melhor, não raro, único jeito de se chegar a determinados locais, e que se fosse feito de outra maneira, sequer compensaria o dispêndio da viajem.
Muita gente por aqui - militares e civis - morre na fronteira porque não existe a simples alternativa de uma missão SAR por via aérea. E não é por falta de onde operar, mas do meio em si.
Por fim, equipar um Pel olhando a patrulha é uma coisa, equipar ele para combate na selva tendo por conta um eventual adversário é bem diferente. E no entanto ele precisa estar bem equipado para realizar ambas as tarefas ao mesmo tempo de preferência. O que não é o nosso caso, aliás.
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Re: INFANTARIA DE SELVA
Por isso defendo essa organização abaixo:Túlio escreveu: ↑Seg Out 05, 2020 1:38 pmFCarvalho escreveu: ↑Dom Out 04, 2020 7:35 pm Olá AlfaBR
Fosse eu, trocaria essa MAG por um lançador de míssil AC compacto, e dois outros infantes levariam 2 Mrt 60mm/munição.
E acrescentaria mais 1 carabina nas na segunda esquadra de cada GC. São muito úteis para combate na selva, via de regra muito aproximados. Eu deixaria elas como armas secundárias e não como opção.
Seria melhor se tivéssemos um terceiro grupo de combate para a função de apoio de fogo, como na inf leve americana. Isso liberaria o GC de comando para exercer suas funções primárias, e nos daria maior poder de fogo.
absPelo que vi VOSMEÇÊS já saíram faz tempo do conceito de GC Sv e começaram a montar algo que parece mais com uma LRRP compacta mas com muito maior poder de fogo.
Se a original, do tamanho de um Pel, não adiantou muito no Vietnã, não sei no que essa iria funcionar na Amazônia. Nunca marchei dentro da tale de rainforest mas conheci quem já e o normal era ouvir "em uma semana de patrulha eu perdia uns seis kg".
E era índio que só portava PARAFAL 17 pol com dois a quatro carregadores extras e mochila/dois cantis. Nessa coisa aí em breve vão estar botando até Browning M2 e RBS-70, sugiro mandar junto UMA AMBULÂNCIA com Paramédicos para qualquer Missão que dure mais de dois dias...
As armas "pesadas" ficam no Grupo de Apoio. Numa patrulha, o GP AP não iria, ficando na base em posições fortificadas para defende-la. E caso precisassem de mais poder de fogo, poderiam destacar as peças para reforçar os GC ou o Grupo de Comando, como por exemplo uma MAG só com o bipé (não levariam o reparo tripé).
Em operações de maior vulto o poder de fogo maior seria justificado, como num assalto contra um ponto-forte inimigo ou na tomada de um centro urbano, ou uma defensiva em um ponto-forte...
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Re: INFANTARIA DE SELVA
Para o que tem sido exposto o que tenho a dizer: Patrulha alguma se aguentaria com tanta carga; por outro lado, boa parte do exposto seria sonho de consumo para PEF, e eu acrescentaria pequenos drones de observação diuturna, GL-6, capacetes e coletes balísticos/plate carriers à "lista de Natal"; claro, PEF envia Patrulhas, mas estas iriam apenas com o necessário e facilmente transportável, restando o material pesado para defesa da sede do PEF e, em ataques, apenas para quando um alvo "duro" fosse devidamente localizado e imobilizado pela(s) Patrulha(s)...
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