MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

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Bourne
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2341 Mensagem por Bourne » Dom Jan 08, 2012 10:37 am

RobertoRS escreveu: O erro é conceitual: achar que a autoridade monetária tem outros objetivos que não a estabilidade monetária. É fato que as políticas monetárias estejam descoladas da realidade institucional do restantedo país, e isso têm sido a pedra da salvação para nossa economia. Poderíamos ao menos colocar a imaginação para funcionar e construir uma idéia de como estaria nossa situação caso a política tivésse sido mais frouxa, afinal nem mesmo durante todo o período a política de metas de inflaçõa logrou êxito em mantê-la dentro da meta.

Agora, quando não pudermos usar o sucesso de uma determinada política para provar ou embasar uma opinião sobre o acerto de tal política, então estará tudo perdido. No que me apego é que uma das causas da crise do sub-prime foi justamente políticas deliberadas do Fed em baixar os juros domésticos, exatamente o que os opositores das metas de inflação no Brasil propugnam. Ninguém mais do que o Brasil precisaria saber os perigos da inflação e suportar toda política possível para manter a estabilidade de preços. Ninguém.

Agora, não é porque Bacen e Gov. Fed. estão em rotas divergentes que a solução é realinhar a rota do Bacen. Na minha opinião, precisamos fazer o inverso, realinhar as rotas das políticas econômicas do Governo Central, que utiliza toda a máquina fiscal para pressionar a demanda agregada, "facilitando" o trabalho do Bacen em manter a estabilidade.
Erro conceitual é achar que a política monetária não afeta a economia real e possui o tempo da inflação e ciclos econômicos dentro da economia é maior que um ano. Repito que a forma que que foi aplicada no Brasil é errada. Pegaram a base do que foi implantado na Nova Zelândia e ignoraram as travas institucionais, como medir a inflação que é demanda e os efeitos deletérios sobre câmbio, taxas de juros no mercado, financiamento entre outros que influem na inflação d e curto e longo prazo. Não significa que é inflação é baixa por causa das metas. Isso simplifica tudo coloca um fator como salvador da pátria. A resposta fica muito simples. Isso não é coisa dos radicais. Existem opositores ferozes das metas de inflação dentro do mainstream e defensores vorazes de linhas alternativas.

Da mesma forma que em relação as uniões monetárias como a UE que possuem muita gente a favor e contra. A resposta mais comum que ouço sobre a crise européia é o problema central não são os déficits do governo, mas sim desalinhamento das taxas de câmbio entre os países da eurozona que criam instabilidades e acentuam as desigualdades. A solução é criam um sistema que equilibre o câmbio e federalismo fiscal para aumentar a taxa de transferência dentre da zona para regiões periféricas. O como fazer é outra discussão.

As políticas do FED baixaram a taxa de juros por que a inflação era baixa no período. Exatamente o que ocorria em um sistema de metas de inflação. A bolha iria inflar até mais no regime de metas e, quando subissem, para cumprir a meta implodiriam a bolha ainda com mais violência. Ainda bem que não foi no Brasil dos anos 2000s. Porém como o FED é mais pragmático foram aos poucos. O problema principal foi a estrutura e liberalização financeira que permitiram os agentes se endividarem de forma irracional e irrigados por um otimismo exagerado.

O Bacen e Governo federal será que realmente tem rotas divergentes atualmente?




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marcelo l.
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2342 Mensagem por marcelo l. » Dom Jan 08, 2012 11:15 am

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http://www.nybooks.com/blogs/nyrblog/20 ... ting-hope/

On the last day of 2011, a headline in The Wall Street Journal read: “Spain Misses Deficit Target, Sets Cuts.” The cruel forces of poor economic logic were at work to welcome in the new year. The European Union has become a vicious circle of burgeoning debt leading to radical austerity measures, which in turn further weaken economic conditions and result in calls for still more damaging cuts in government spending and higher taxes. The European debt crisis began with Greece, and that nation remains the European Union’s most stricken economy. But it has spread inexorably to Ireland, Portugal, Italy, and Spain, and even threatens France and possibly the U.K. It need not have done so. Rarely do we get so stark an example of bad—arguably even perverse—economic thinking in action.
Over the past two years, the severe 2009 recession, which started in the U.S. but spread across Europe, have imperiled the finances of one European country after another. As a result, Portugal, Ireland, Spain and Italy are coming under pressure from the EU to cut government spending and raise taxes to reduce their deficits if they wanted to qualify for a bailout. All have done so. Ireland and Portugal sharply cut spending and still had to take tens of billions of euros to help meet financial obligations as of course did Greece. The European Central Bank bought the bonds of Italy and Spain. Britain’s Conservative government led the way in ruthless government cutbacks in 2010. France has adopted its own austerity package, and even Germany, the supposed economic leader of Europe, has planned to cut its deficit by a record 80 billion euros in 2014.

Proponents of austerity claim that as nations take control of their finances businesses become more convinced that interest rates will not rise and that growth will resume. Their reasoning has been abetted by the financial markets, which drove up rates on Greek debt and soon enough on the debt of nations like Portugal, Spain and Italy. Should these nations not be able to pay their debts, bond buyers wanted a high enough interest rate to compensate for the risk.

But this is pre-Great Depression economics. How could the EU so misread history and treat with contempt the teachings of John Maynard Keynes, who argued that during recessions governments must expand economies through spending and tax cuts, not the opposite? In practice, making large-scale budget cuts or raising taxes, as Keynes showed, will reduce demand for goods and services just when an increase is needed. Faltering sales will undermine the confidence of businesses far more than fiscal consolidation will embolden them. By ignoring this, European policy makers will deepen, not solve, the financial crisis and millions of people will suffer needlessly.

Indeed, austerity economics has not worked in one single case in Europe in the last two years. When David Cameron’s government imposed a first round of harsh spending cuts in 2010, it utterly failed to revive the British economy as promised. To the contrary, it probably cut a budding recovery short. Unemployment and the deficit as a percent of GDP remained high. Some pro-Conservative observers I met at the time assured me that the Cameron team, led by George Osborne, the Chancellor of the Exchequer, was pragmatic and would reverse course on austerity if it wasn’t working. Yet when growth basically ground to a halt in late 2011, the Cameron team only doubled down, making further cuts. We need more of the same medicine, they told their citizens, a record number of whom are unemployed. Britian is a hair’s breadth away from outright recession only two years after its last one.

In November, meanwhile, Spaniards voted out of office a once-popular Socialist government, in part for its failed austerity program of the past year. The Socialists had earlier presided over a boom and even built a budget surplus. But then the housing and banking crises struck and private Spanish banks ran amok. In response, in 2010 the Socialists sharply reversed an earlier stimulus policy, cut spending, and raised taxes to the tune of about 5 percent of GDP. Government debt is still not high in Spain, and interest rates have not risen the way they have in Italy. But economic growth stalled after these measures were implemented, because reduced public spending weakened the demand for goods and services, pure and simple. With Spain’s official unemployment rate now 21.5 percent, the Socialists lost the election badly—paradoxically pushing voters to elect a conservative leadership that is calling for more austerity. In Spain, recession is now inevitable.
And then there is Ireland. The recent experience of this once booming country should be deeply embarrassing to those who advocate austerity economics. For six months early last year, its national income started growing again after a couple of years of dramatic collapse following its own financial crisis. Ireland guaranteed all the debt of its over-aggressive failing banks to appease investors and then paid for it by cutting social spending sharply. Ireland’s leaders said with almost religious authority that this painful self-discipline was necessary to right the economy, and officials in Ireland and across Europe hailed the country’s brief rebound in 2011 as proof that it works. But then the Irish economy plunged in the third quarter of 2011 at its fastest rate ever. The upturn in the economy proved only temporary under the restraints of austerity economics. It may yet need another bailout.
Climbing out of the morass left by the financial crisis and now the European debt crisis would not be easy even if the right steps had been taken as they unfolded. While the American economy has gathered a little strength, recession in the peripheral nations and possibly Britain could take down France and other stronger nations—particularly in the absence of a coherent policy beyond austerity.

There is a far better solution. And it would not require the failure of the euro. The eurozone and perhaps the entire EU must act like a unified country, ready to recognize that it must take responsibility for the drastic social effects of rapid spending cuts. The U.S. is no shining example of enlightened policies, but the European Central Bank must guarantee the debt of its members just like the Federal Reserve guarantees the debt of the U.S. Treasury. It can then force restructuring of debt in these nations, with some private investors taking losses. A financially unified Eurozone must then issue bonds to raise the money to pay back debts but also to provide a social net for the people of nations that are cutting back their spending on social programs to meet their remaining financial commitments. (This is what the US does, for example, by sending Social Security checks and aid for the unemployment to every state in the union.) This can be accompanied by demands for reforms in nations like Greece where taxes must now be collected more efficiently and unusually excessive public spending stopped.

Germany has the financial wherewithal to lead this rescue. But it is blocking the fiscal union from acting like a single nation with compassion for all Eurozone citizens. It is also refusing to underwrite a substantial new fiscal stimulus—good-old fashioned Keynesianism. Is this a new national arrogance? I hope not. So far, Germany is benefitting from the crisis as investors buy German bonds as safe havens from the turmoil. In fact, the failure to act will soon affect the German economy. It will take financial losses on its banks’ loans to the peripheral nations and its export markets will weaken. The bond buyers who are now gobbling up German debt, thus keeping rates low while they rise in Italy, Greece, Portugal, and Spain, will likely stop doing so.

The EU leaders must get over their obsession with eliminating deficits. They now want to reduce every country’s deficit to less than 0.5 percent. This is disaster. It will lead to very slow growth for a long time. Instead, they must use temporary deficits to restart growth. Rarely has policymaking been this poor. Sooner than later, the citizens of these nations will say, No more!, and political instability will result.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2343 Mensagem por LeandroGCard » Dom Jan 08, 2012 3:59 pm

RobertoRS escreveu:O erro é conceitual: achar que a autoridade monetária tem outros objetivos que não a estabilidade monetária. É fato que as políticas monetárias estejam descoladas da realidade institucional do restantedo país, e isso têm sido a pedra da salvação para nossa economia. Poderíamos ao menos colocar a imaginação para funcionar e construir uma idéia de como estaria nossa situação caso a política tivésse sido mais frouxa, afinal nem mesmo durante todo o período a política de metas de inflaçõa logrou êxito em mantê-la dentro da meta.
O erro conceitual é justamente achar que o objetivo da autoridade monetária seria só este. E mais ainda, que a política de juros seria a única ferramenta legítima para manter a estabilidade monetária.

Como órgão do governo e portanto político a autoridade monetária tem muito mais responsabilidades do que simplesmente conter a inflação, a menos que se utilize o conceirto puramente ideológico de que quanto menos o governo atuar melhor (que já mostrou que leva ao desastre mesmo em países muito melhor organizados do que o nosso).
Agora, quando não pudermos usar o sucesso de uma determinada política para provar ou embasar uma opinião sobre o acerto de tal política, então estará tudo perdido. No que me apego é que uma das causas da crise do sub-prime foi justamente políticas deliberadas do Fed em baixar os juros domésticos, exatamente o que os opositores das metas de inflação no Brasil propugnam. Ninguém mais do que o Brasil precisaria saber os perigos da inflação e suportar toda política possível para manter a estabilidade de preços. Ninguém.
A política monetária brasileira nos últimos anos (desde o início do governo FHC) não foi um sucesso, muito pelo contrário. Na maior parte deste tempo a inflação brasileira esteve em valores muito mais altos do que a da grande maioria dos países do planeta (e de todos os civilizados) ao mesmo tempo em que o crescimento esteve quase sempre abaixo da média mundial e bem abaixo de países com nível de desenvolvimento equivalentes ao nosso. Não se pode usar a comparação com os anos de hiperinflação para dizer que este modelo econômico foi um sucesso, até porque o plano real começou a derrubar a hiperinflação ANTES de FHC assumir o governo e da implantação do regime de metas, que só se daria 4 anos depois.

Apenas após o primeiro ano do governo Lula se pode dizer que a situação econômica do Brasil começou a melhorar, com a inflação convergindo para valores típicos mundiais e o crescimento começando a apresentar alguns surtos exporádicos de aceleração para níveis mais razoáveis. Mas este também foi o período em que os valores das commodities explodiu no mundo, ao passo que o regime de metas já exitia há vários anos. Usando seu próprio raciocínio então, como se pode afirmar quer a causa da melhoria da situação econômica do Brasil tenha sido o regime de metas e não a explosão do preço dos produtos básicos que exportamos?

E também não dá para comparar os níveis de juros praticados nos EUA, que caíram de cerca de 4%aa para menos de 1%aa com os do Brasil, que estão acima de 10 %aa e deveriam sim cair para 6 ou 7 % (ainda bem acima dos juros praticados nos EUA ANTES da crise do sub-prime). Qualquer valor de juros real acima da inflação esperada mais 1 ou 2 pontos percentuais já mostra em si que existe algo muito errado com a economia, e a solução não é jogar a taxa de juros para a estratosfera e sim identificar e resolver este problema (e no Brasil existem muitos problemas, que vão da indexação de diversos ítens econômicos ao custo-Brasil e a falta de capacidade de investimento do governo).

Agora, não é porque Bacen e Gov. Fed. estão em rotas divergentes que a solução é realinhar a rota do Bacen. Na minha opinião, precisamos fazer o inverso, realinhar as rotas das políticas econômicas do Governo Central, que utiliza toda a máquina fiscal para pressionar a demanda agregada, "facilitando" o trabalho do Bacen em manter a estabilidade.
Com o nível de dívida pública que temos hoje a simples tentativa em manter a política anterior de garantir a estabilidade dos preços via juros elevados tornou-se insustentável. Agora ou encontra-se alguma alternativa ou o aumento dos juros para combater qualquer novo surto inflacionário, qualquer que seja sua causa, vai simplesmente estourar as contas públicas e impedir qualquer investimento que permita uma queda consistente da inflação no futuro.

O Governo Federal irá ajudar muito se controlar o aumento dos seus gastos de forma a liberar recursos para investimentos, mas se a política do BC voltar ao que era até o final do governo Lula qualquer economia que o governo faça irá simplesmente ser consumida em pagamentos de juros, levando a um círculo vicioso que com o tempo colocaria nosso país em situação tão ou mais grave que o de outras economias que estão agora em crise.


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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2344 Mensagem por PRick » Seg Jan 09, 2012 10:56 am

‘Financial Times’: títulos do Brasil passam do ridículo ao invejável
4 de janeiro de 2012 | 18h19
Sílvio Guedes Crespo

Depois que o Brasil vendeu títulos públicos a investidores americanos e europeus com a menor taxa de juros da sua história, o site do “Financial Times” lembrou que o País já foi ridicularizado em outros tempos e agora aparece em posição invejável.

“O país latino-americano, antes ridicularizado por sua hiperinflação e por uma constante crise de moedas, vendeu títulos em dólar por US$ 750 milhões [...] com um retorno de 3,449%”, afirmou o “FT” em uma reportagem intitulada “Compradores andam em manada rumo aos títulos do Brasil“.

Em outro texto, com o título “Feliz 2012! A venda de títulos de Ano Novo do Brasil“, o diário britânico diz que o País “mais uma vez ostentou sua invejável posição nos mercados de dívida global”.

Ao aceitar receber juros de apenas 3,449% para papéis com vencimento em dez anos, os investidores mostraram que, neste momento, confiam mais na capacidade do Estado brasileiro de honrar suas dívidas do que na de algumas das grandes economias da Europa.

Títulos da Itália com o mesmo prazo de vencimento eram negociados com um retorno de 6,9%; os da Espanha, com 5,2%.

O “FT” chega a afirmar que o retorno oferecido pelos papéis brasileiros está baixando para um nível próximo dos títulos franceses. De acordo com o site do Wall Street Journal, os papéis da França com vencimento em dez anosoferecem um retorno de 2%.

“Sólido crescimento econômico de 3% no ano passado, classe média em rápida expansão, estabilidade política e a perspectiva de que as agências de classificação de risco melhorem a nota de crédito brasileiro tornaram a dívida do País desejável por investidores como fundos de pensão e bancos”, disse o “FT”.

Ao mesmo site, um analista afirmou: “O Brasil tem uma dinâmica política estável e perspectiva grande melhora econômica. Além disso, tem uma política monetária de credibilidade, diferentemente de outros mercados emergentes como a Turquia”.

Além dos US$ 750 milhões vendidos a europeus e americanos na terça-feira (3), o governo captou nesta quarta-feira US$ 75 milhões no mercado asiático.

http://blogs.estadao.com.br/radar-econo ... nvejaveis/




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2345 Mensagem por prp » Ter Jan 10, 2012 1:46 am

Só falta fazer um PAC da Educação pra esse país deslanchar e ninguém mais pegar. 8-] Ai o gigante vai dar aquela espreguiçada, uma chaqualhada e gritar: LEVANTEI, CADE MEU CAFÉ DA MANHÃ. MUHAHAMUHAAA




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2346 Mensagem por LeandroGCard » Ter Jan 10, 2012 9:40 am

PRick escreveu:Ao mesmo site, um analista afirmou: “O Brasil tem uma dinâmica política estável e perspectiva grande melhora econômica. Além disso, tem uma política monetária de credibilidade, diferentemente de outros mercados emergentes como a Turquia”.
Estes comentaristas financeiros sempre dão uma espetadela em quem não segue a ideologia deles (a qual inclusive é uma das maiores causas da atual crise econômica mundial).

A Turquia, após muitos anos praticando a mesma política de juros astronômicos do Brasil (e consequentemente vendo seu crescimento patinar da mesma forma que o nosso), recentemente mudou de prática e derrubou seus juros para valores compatíveis com o restante do mundo. A inflação praticamente não mudou (não baixou, mas também não disparou), mas o crescimento econômico foi para as alturas, o que permite agora a efetivação de investimentos que poderão levar à queda consistente dos níveis de inflação no futuro. E de imediato já deu à Turquia o cacife para levantar a voz e passar a tomar suas próprias decisões em termos de política regional.

Mas os comentaristas não podiam deixar de criticar esta mudança na política econômica deles como sendo não credível, independentemente da eficiência mostrada :( :wink: .


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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2347 Mensagem por LeandroGCard » Ter Jan 10, 2012 9:40 am

PRick escreveu:Ao mesmo site, um analista afirmou: “O Brasil tem uma dinâmica política estável e perspectiva grande melhora econômica. Além disso, tem uma política monetária de credibilidade, diferentemente de outros mercados emergentes como a Turquia”.
Estes comentaristas financeiros sempre dão uma espetadela em quem não segue a ideologia deles (a qual inclusive é uma das maiores causas da atual crise econômica mundial).

A Turquia, após muitos anos praticando a mesma política de juros astronômicos do Brasil (e consequentemente vendo seu crescimento patinar da mesma forma que o nosso), recentemente mudou de prática e derrubou seus juros para valores compatíveis com o restante do mundo. A inflação praticamente não mudou (não baixou, mas também não disparou), mas o crescimento econômico foi para as alturas, o que permite agora a efetivação de investimentos que poderão levar à queda consistente dos níveis de inflação no futuro. E de imediato já deu à Turquia o cacife para levantar a voz e passar a tomar suas próprias decisões em termos de política regional.

Mas os comentaristas não podiam deixar de criticar esta mudança na política econômica deles como sendo não credível, independentemente da eficiência mostrada :( :wink: .


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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2348 Mensagem por pafuncio » Ter Jan 10, 2012 10:43 am

LeandroGCard escreveu:
PRick escreveu:Ao mesmo site, um analista afirmou: “O Brasil tem uma dinâmica política estável e perspectiva grande melhora econômica. Além disso, tem uma política monetária de credibilidade, diferentemente de outros mercados emergentes como a Turquia”.
Estes comentaristas financeiros sempre dão uma espetadela em quem não segue a ideologia deles (a qual inclusive é uma das maiores causas da atual crise econômica mundial).

A Turquia, após muitos anos praticando a mesma política de juros astronômicos do Brasil (e consequentemente vendo seu crescimento patinar da mesma forma que o nosso), recentemente mudou de prática e derrubou seus juros para valores compatíveis com o restante do mundo. A inflação praticamente não mudou (não baixou, mas também não disparou), mas o crescimento econômico foi para as alturas, o que permite agora a efetivação de investimentos que poderão levar à queda consistente dos níveis de inflação no futuro. E de imediato já deu à Turquia o cacife para levantar a voz e passar a tomar suas próprias decisões em termos de política regional.

Mas os comentaristas não podiam deixar de criticar esta mudança na política econômica deles como sendo não credível, independentemente da eficiência mostrada :( :wink: .


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Leandro,

Sugiro leres o artigo do krugman publicado hoje no estadao, justamente acerca da demonização da opiniao alheia realizada pelo pessoal do mercado financeiro.

Salu2.




"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2349 Mensagem por LeandroGCard » Ter Jan 10, 2012 11:07 am

pafuncio escreveu:Sugiro leres o artigo do krugman publicado hoje no estadao, justamente acerca da demonização da opiniao alheia realizada pelo pessoal do mercado financeiro.

Salu2.
Pois é, tenho acompanhado os textos do Krugman no Estadão, e ele é uma das poucas vozes dissonantes do coro de comentaristas econômicos que tratam de suas crenças no liberalismo e no que chamam de ortodoxia econômica como se fossem dogmas religiosos, e parecem incapazes de fazer qualquer análise isenta dos resultados obtidos no mundo real.

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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2350 Mensagem por Boss » Sáb Jan 14, 2012 3:19 pm

Com as recentes notícias, vemos que não adianta nada ser 6ª economia do mundo, passar o decadente Reino Unido, etc.

A mentalidade porca de Brasília continua intacta.

Continuamos sendo o gigante falastrão e babaca do hemisfério sul. A língua gigante e o braço fininho.




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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2351 Mensagem por RobertoRS » Sáb Jan 14, 2012 3:40 pm

Boss escreveu:Com as recentes notícias, vemos que não adianta nada ser 6ª economia do mundo, passar o decadente Reino Unido, etc.

A mentalidade porca de Brasília continua intacta.

Continuamos sendo o gigante falastrão e babaca do hemisfério sul. A língua gigante e o braço fininho.
De alguma forma, estamos cumprindo nosso "destino manifesto" apesar dos Senhores Feudais de Brasília...




Se não houver campo aberto
lá em cima, quando me for
um galpão acolhedor
de santa fé bem coberto
um pingo pastando perto
só de pensar me comovo
eu juro pelo meu povo,
nem todo o céu me segura
retorno à velha planura
pra ser gaúcho de novo
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2352 Mensagem por LeandroGCard » Dom Jan 15, 2012 11:37 am

Muito já se discutiu neste tópico sobre os preços de praticamente tudo no Brasil estarem muito acima dos praticados no restante do mundo, mas embora tenham se apontados culpados que vão dos impostos e o custo-país até a ganância dos empresários, muito pouco se falou sobre a defasagem cambial. Sugiro portanto a leitura da reportagem abaixo:
Custo de vida do Brasil supera o dos EUA

Dados de 187 países-membros do FMI relativos ao ano passado apontam fato considerado anormal para um país emergente

14 de janeiro de 2012 - Fernando Dantas, de O Estado de S. Paulo

RIO - O custo de vida do Brasil superou o dos Estados Unidos em 2011, quando medido em dólares, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o PIB dos 187 países-membros. Este fato é extremamente anormal para um país emergente. Em uma lista do FMI de 150 países em desenvolvimento, o Brasil é praticamente o único cujo custo de vida supera o americano em 2011, o que significa dizer que é o mais caro em dólares de todo o mundo emergente.

Na verdade, há outros quatro casos semelhantes, mas referentes a São Vicente e Granadinas, um arquipélago minúsculo; Zimbábue, país cheio de distorções, onde a hiperinflação acabou com a moeda nacional; e Emirados Árabes Unidos e Kuwait, de população muito pequena, gigantesca produção de petróleo e renda per capita de país rico.

Considerando economias diversificadas como o Brasil, contam-se nos dedos, desde 1980, os episódios em que qualquer um de mais de cem países emergentes apresentasse, em qualquer ano, um custo de vida (convertido para dólares) superior ao dos Estados Unidos.

Há uma explicação para isso. O preço da maioria dos produtos industriais tende a convergir nos diferentes países, descontadas as tarifas de importação. Isso ocorre porque eles podem ser negociados no mercado internacional, e, caso estejam caros demais em um país, há a possibilidade de importar. Mas a maioria dos serviços, de corte de cabelo a educação e saúde, não fazem parte do comércio exterior. Assim, eles divergem muito em preço entre os países.

Em nações ricas, com salários altos, os serviços geralmente são muito mais caros do que nos emergentes. Isso se explica tanto pelo fato de que a renda maior tende a puxá-los para cima, como pelo fato de que a mão de obra empregada no setor de serviços recebe muito mais e representa um custo maior. Dessa forma, é principalmente o setor de serviços que faz com que o custo de vida seja mais alto no mundo avançado. Na comparação com os Estados Unidos, os países emergentes são quase sempre mais baratos.

É por isso que espanta que o Brasil apareça como mais caro do que os EUA nas tabelas de projeções do PIB de 2011 do FMI. "Essa inversão mostra que as coisas estão fora do padrão, porque a taxa de câmbio está completamente fora do padrão histórico, com uma valorização gigantesca nos últimos anos", diz o economista Armando Castelar, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio.

O custo de vida relativo dos países pode ser derivado da comparação entre as estimativas do FMI para o PIB em dólares correntes e o PIB ajustado pela paridade de poder de compra (PPP). Esse segundo método busca neutralizar - ao se fazer o cálculo do PIB - a diversidade dos preços, convertidos para dólares, dos mesmos produtos em diferentes países.
O fato é que hoje o principal problema da economia brasileira é a enorme sobrevalorização do Real frente à outras moedas, o que impacta não apenas os preços aqui dentro mas também de forma muito pesada nosso comércio internacional e consequentemente nossas empresas produtoras. E um dos principais motivos desta sobrevalorização são as absurdas taxas de juros praticadas aqui, não só a taxa básica do BC, mas as taxas de financiamento em geral, que estão em patamares ainda mais absurdos.

Isto precisa ser resolvido e logo, pois além de travar o nosso crescimento ainda nos coloca em uma situação de risco no caso do agravamento ainda maior da crise internacional (o que parece praticamente certo). Mas não será algo tão fácil assim de resolver, pois além de todo um arcabouço financeiro e legal já montado sobre estas taxas de juros elevadíssimas existem também outros aspectos a considerar, como o próprio ranking do país em termos de tamanho da economia (e portanto atração de investimentos e outros aspectos). Se, por exemplo, o real de repente caísse para um valor mais próximo do que deveria, em torno de 2,10 a 2,3 por dólar, nossa economia de um momento para o outro encolheria mais de 20% em dólares. E lá se iria nosso sexto lugar recém conquistado no ranking das maiores economias mundiais, cairíamos de volta para algo como um nono lugar (o que estaria aliás muito mais próximo da realidade).


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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2353 Mensagem por Andre Correa » Dom Jan 15, 2012 7:01 pm

15/01/2012 11h08 - Atualizado em 15/01/2012 11h08
Balança de manufaturados tem 'rombo' recorde em 2011
Déficit cresceu 30% frente a 2010, para US$ 92,46 bilhões.
Para economista da Fiesp, Brasil está 'exportando' empregos.


Enquanto as exportações do agronegócio brasileiro se destacam, o mesmo não acontece com as vendas de manufaturados, ou seja, produtos industrializados. Segundo números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a balança comercial dos manufaturados registrou um défcit (importações maiores do que exportações) recorde de US$ 92,46 bilhões em 2011.

Em todo ano passado, as exportações de manufaturados somaram US$ 92,29 bilhões (36,05% do total, o menor percentual desde 1977), ao mesmo tempo em que as importações destes produtos totalizaram US$ 184,75 bilhões em 2011, de acordo com dados oficiais.

Sobre o ano de 2010, quando o déficit da balança comercial dos produtos manufaturados somou US$ 71,21 bilhões, houve um crescimento de cerca de 30% no resultado negativo, ou US$ 21,25 bilhões. No ano retrasado, as exportações de manufaturados somaram US$ 79,56 bilhões, e as compras do exterior desta categoria de produtos totalizaram US$ 150,77 bilhões.

O último ano em que o Brasil registrou superávit na balança de manufaturados foi em 2006. Naquele ano, as exportações de manufaturados superaram as importações destes produtos em US$ 5 bilhões. Em 2007, 2008 e 2009, houve déficit nesta categoria de produtos de, respectivamente, US$ 9,23 bilhões, US$ 39,8 bilhões e US$ 36 bilhões.

Principais produtos
Nos produtos manufaturados, os dados do governo mostram que o Brasil comprou do exterior, principalmente, automóveis, no valor de US$ 11,89 bilhões em 2011, com crescimento de 39% sobre o ano anterior (US$ 8,54 bilhões).

Em segundo lugar no "ranking" de importações de manufaturados, aparecem os óleos combustíveis, com US$ 7,88 bilhões em compras, uma alta de 51% sobre 2010 (US$ 5,2 bilhões). Logo em seguida, vêm as partes e peças de automóveis, com importações de US$ 6,31 bilhões, com crescimento de 20,7% sobre o ano retrasado.

Do lado das exportações, o principal produto vendido pelo Brasil ao exterior, ainda na categoria de produtos manufaturados, foram os automóveis de passageiros, no valor de US$ 4,37 bilhões, com queda de 1% sobre 2010 (US$ 4,41 bilhões).

As partes e peças de automóveis vêm na sequência, com vendas externas de US$ 3,98 bilhões em 2011 - alta de 16,3% - seguidas pelos aviões (exportações de US$ 3,92 bilhões em 2011).

Balança dos produtos básicos
No caso da balança comercial dos produtos básicos (insumos), ainda de acordo com números do Ministério do Desenvolvimento, houve um superávit (exportações menos importações) de US$ 90,35 bilhões em 2011, ano no qual as vendas de básicos somaram US$ 122,45 bilhões e as compras do exterior destes produtos totalizaram US$ 32,1 bilhões.

Com isso, o superávit da balança comercial de produtos básicos, como grãos, petróleo e minério de ferro, por exemplo, registrou crescimento de 36,6% sobre o ano de 2010 - quando o saldo positivo somou US$ 66,1 bilhões. No ano retrasado, as exportações de básicos somaram US$ 90 bilhões, e as importações totalizaram US$ 23,89 bilhões. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento.

Para Fiesp, Brasil exporta empregos
Para o economista da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Roberto Giannetti da Fonseca, do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior, os números do governo mostram que não há dúvidas de que o Brasil está exportando empregos.

"A grande geração de emprego está nas manufaturas. Nada contra a exportação de básicos. Não é um contra o outro. É um e outro. A exportação de 'commodities' existe e é importante para a balança comercial, mas o que não podemos é negligenciar o que está ocorrendo em termos de desindustrialização no Brasil, que é substituição de produção local por importados. O déficit de manufaturas é o termômetro que mede a questão da desindustrialização", disse Giannetti.

Para o economista, o governo teria de conceder mais incentivos para a indústria brasileira. "Esperamos um pouco mais de agressividade do BC e da Fazenda com a questão do câmbio. Já melhorou, mas não está em um nível que deveria. Deveria estara cima de R$ 2 por dólar. Também tem questões tributárias, de créditos de exportação acumulados, e impostos sobre a energia elétrica e combustíveis. E há investimentos baixíssimos em logística, como ferrovias, hidrovias e dutovias", declarou. Para Giannetti, o déficit da balança de manufaturados deve superar a barreira dos US$ 100 bilhões em 2012.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Comércio Exterior (Abece), Ivan Ramalho, ex-secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, o crescimento do déficit da balança comercial de manufaturados, em 2011, preocupa. Entretanto, em sua visão, o Brasil não estaria exportando empregos, pois as compras do exterior, segundo ele, se concentram em 'insumos industriais'. Ele credita este aumento do déficit dos manufaturados em 2011 à queda do dólar - que gerou, em sua visão, aumento de "insumos industriais" importados.

"O câmbio pode levar a indústria a reduzir a nacionalização, gerando empregos lá fora. Em função da sobrevalorização do câmbio [dólar baixo, que vigorou durante a maior parte do ano passado, até a piora da crise financeira em agosto de 2011], faz com que as indústria reduza os componentes nacionais. Mas com a alta recente do dólar, e o programa Brasil Maior, a tendência é estabilizar o quadro atual, ou passar a ter um índice de nacionalização maior em alguns setores. Estou otimista que o déficit [de manufaturados] seja menor neste ano", disse Ramalho.
FONTE




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Andre Correa
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2354 Mensagem por Andre Correa » Dom Jan 15, 2012 7:04 pm

10/01/2012 10h24 - Atualizado em 10/01/2012 10h33
Exportações do agronegócio têm maior valor desde 1997, diz governo
Em 2011, vendas do setor somaram US$ 94,5 bilhões, diz governo.
Para este ano, previsão do Ministério da Agricultura é de US$ 100 bilhões.


As exportações brasileiras do agronegócio registraram um novo recorde histórico em 2011, somando US$ 94,59 bilhões, valor 24% superior ao alcançado em 2010 (US$ 76,4 bilhões). Trata-se do melhor resultado desde 1997, informou o governo. A meta do Ministério da Agricultura para 2012 é ultrapassar US$ 100 bilhões, com estimativa de 5,7% de crescimento.

O bom resultado aconteceu em um ano de alta nos preços das chamadas "commodities", que são alimentos, minério de ferro e petróleo, entre outros.

Os produtos do complexo soja (grão, farelo e óleo) foram os que mais contribuíram para o crescimento nas vendas externas em 2011, e os que registraram o maior valor de exportação, informou o governo. Complexo sucroalcooleiro e carnes também se destacaram nas exportações. Os principais destinos dos embarques de produtos nacionais foram os mercados da União Europeia, China, Estados Unidos, Rússia e Japão.

As importações brasileiras de produtos agropecuários atingiram US$ 17,08 bilhões (valor 28% superior ao registrado em 2010), resultando em um superávit de US$ 77,51 bilhões na balança comercial do agronegócio de 2011, informou o Ministério da Agricultura. O saldo do setor agropecuário é quase três vezes superior ao acumulado no resultado global da balança comercial brasileira, que fechou o ano de 2011 com superávit de US$ 29,8 bilhões.

Destaques
Os produtos do complexo soja foram os que mais contribuíram para a expansão das vendas externas em 2011, sendo responsáveis por 38,7% do crescimento total de US$ 18,15 bilhões no agronegócio, informou o Ministério da Agricultura. Em seguida encontram-se o café (16,4%), os produtos do complexo sucroalcooleiro (13,2%), as carnes (11,1%) e os cereais, farinhas e preparações (8%).

Na comparação com 2010, as exportações de soja em grãos cresceram 47,8% em valor (US$ 11,03 bilhões para US$ 16,31 bilhões), devido ao crescimento de 30,3% no preço médio de venda. Em volume, o aumento foi de 13,5%. As exportações de farelo e óleo de soja somaram, respectivamente, US$ 5,69 bilhões e US$ 2,13 bilhões em 2011,acrescentou o governo.

O complexo sucroalcooleiro teve receita de US$ 16,18 bilhões com vendas externas em 2011 (17,45% superior em relação ao ano anterior), informou o Ministério da Agricultura. O crescimento se deu em função do aumento de 29,9% no preço de venda, apesar da queda de 9,6% na quantidade exportada no período (29,52 milhões para 26,70 milhões de toneladas), acrescentou.

Segundo o governo, as carnes foram o terceiro setor de maior exportação, com vendas de US$ 15,64 bilhões, o que representa 14,8% de expansão em relação a 2010. Os produtos florestais, por sua vez, ficaram em quarto lugar no ranking de exportações do agronegócio, com US$ 9,64 bilhões e 3,8% de crescimento em relação ao ano anterior. Destaca-se ainda o café, que atingiu a cifra de US$ 8,73 bilhões (51,5% superior ao ano anterior).

Em conjunto, os cinco principais setores (complexo soja, complexo sucroalcooleiro, carnes, produtos florestais e café) somaram US$ 74,33 bilhões em exportações, sendo responsáveis por 78,6% do total das vendas externas de produtos brasileiros agropecuários em 2011. Essa participação representa um aumento na concentração da pauta exportadora. Em 2010, os mesmos setores foram responsáveis por 77,9% dos embarques, informou o Ministério da Agricultura.

Principais destinos
De acordo com o Ministério da Agricultura, as vendas externas concentraram-se, principalmente, em mercados como Ásia e União Europeia em 2011, responsáveis, em conjunto, por 57,4% do total exportado pelo agronegócio brasileiro (US$ 54,34 bilhões) – fatia maior que os 56,8% registrados em 2010 (US$ 43,38 bilhões). Em seguida, destaca-se a participação do Oriente Médio (10,1%), dos países do Nafta - Estados Unidos, México e Canadá - (8,5%) e da África, excluindo Oriente Médio (8%).

Na análise por país, destacam-se as exportações para a China, com US$ 16,51 bilhões em 2011, seguida de Estados Unidos (US$ 6,70 bilhões), Países Baixos (US$ 6,36 bilhões), Rússia (US$ 4,05 bilhões), Japão (US$ 3,52 bilhões) e Alemanha (US$ 3,50 bilhões), informou o governo.

"O bom desempenho nas exportações para a China se deve, em grande parte, às vendas de soja em grãos (US$ 10,96 bilhões), celulose (US$ 1,3 bilhão) e açúcar (US$ 1,22 bilhão). Esses produtos representaram, em conjunto, 81,6% do total das exportações do agronegócio para o país no período", concluiu.
FONTE




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RobertoRS
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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

#2355 Mensagem por RobertoRS » Dom Jan 15, 2012 7:07 pm

É aí que eu se refiro...




Se não houver campo aberto
lá em cima, quando me for
um galpão acolhedor
de santa fé bem coberto
um pingo pastando perto
só de pensar me comovo
eu juro pelo meu povo,
nem todo o céu me segura
retorno à velha planura
pra ser gaúcho de novo
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