UM MBT NACIONAL

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: UM MBT NACIONAL

#2236 Mensagem por gabriel219 » Seg Dez 14, 2020 9:02 pm

Diupa escreveu: Seg Dez 14, 2020 12:37 pm Não dá a vocês uns 15 tipos de medo diferentes negociar de novo com a Ucrânia? Além disso o país está praticamente em guerra civil. Tem que ter algo de MUITO mais problemático nas alternativas Japão e Coreia do Sul, além das propostas alemã, italiana, francesa para sequer cogitar comprar esse produto ucraniano. É tão fora da curva (ideológica, política, histórica, financeira, etc) pensar que o Exército brasileira queira algo da Ucrânia.
gabriel219 escreveu: Seg Dez 14, 2020 2:24 am Sinceramente não vejo nenhuma vantagem, mas precisamos saber sobre o preço disso. Se for mais barato que SLEP ou a proposta da Leonardo, talvez seria vantajoso.

Mas vantajoso mesmo é o EB buscar MBT pronto e usar o que tem do jeito que estão.
O problema, pra mim, nem são os Ucranianos em si, mas sim se é vantajoso. Se tivéssemos uma frota completa de M60, talvez valesse a pena.

Até onde sei, somente há 26 M60 operacionais. Se tivéssemos 324 ou coisa parecida, creio que essa modeenização seria bem vinda, já que o M60 modernizado ainda causa respeito, principalmente aqui.

Alguns SABRA tomaram Kornet na fuça e não penetrou a blindagem, existem milhares de viaturas pra se aproveitar em desertos, componentes modernos compatíveis e ebtre outros.

Mesmo ele sendo um MBT desajeitado, muito pela sua torre altíssima, o que compromete o centro de massa - algo que essa torre do T-84-120 poderia resolvee - e ser submotorizado - algo que também tem solução - penso que teria sido melhor se fosse adotado em todas aa fileiras do EB em detrimento do Leopard 1A5 e do 1BE.

Claro, com tanto que esse pacote fosse totalmente fabricado em solo nacional, usando nosso parque iindustrial. Pois depender da Ucrânia pra receber o pacote 100% importado...




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Re: UM MBT NACIONAL

#2237 Mensagem por FCarvalho » Seg Dez 14, 2020 10:11 pm

Da Ucrânia é muito mais negócio para nós aproveitar a expertise em engenharia de projeto que eles tem de sobra no que diz respeito às partes componentes de um CC.
Estava olhando na internet e não consegui identificar, por exemplo, uma única empresa no Brasil que fabrique um motor com mais de 1 mil hp por aqui. Todos os que existem no mercado são importados. Os ucranianos tem estes motores.
Outra, eles projetam e produzem um canhão 120/125 mm. Produzir/manter aqui e fazer a transferência de tecnologia nesta área seria fulcral para nós. A mesma coisa com o trem de suspensão e rolamento de um CC. Não temos nada aqui.
A munição poderia ser objeto de parcerias em produção e desenvolvimento de novos produtos.
Enfim, pelo menos no que diz respeito a indústria pesada, eles podem nos ser muito úteis em termos de parcerias que tragam para o país a expertise necessária para projetar, fabricar e manter na BID quase tudo que precisamos em um novo CC.
E se esta lógica vale para a VBC CC, igualmente se aplica a VBC Fuz e toda a família de novos bldos SL que o exército deseja.
Tais ligações não são apenas oportunas com os ucranianos, mas com todos os países que hoje tem uma indústria de defesa relevante em termos de oportunidades para gerar parcerias comerciais/indútriais, acesso a novas tecnologias, produtos e serviços que possam ser internados em seu processo produtivo e desenvolvimento pela BID no Brasil.
Sem uma BID capaz de sustentar os projetos das ffaa's em termos tecnológicos, industriais e logísticos, não adianta comprar o mais moderno e fuderoso dos MBT que em pouco tempo ele irá se tornar um recurso inócuo.
E é por isso, também, que a BID tem que procurar sentar e conversar com muito mais gente do que o clube do bolinha de fornecedores tradicionalíssimos mantido hoje.




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Re: UM MBT NACIONAL

#2238 Mensagem por marcusv » Seg Dez 14, 2020 11:19 pm

Uma questão esta torre e motor não poderiam também serem adaptadas nos Léo 1a5?




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Re: UM MBT NACIONAL

#2239 Mensagem por FCarvalho » Seg Dez 14, 2020 11:31 pm

Eu acho que o pessoal do CTEx e do CIBld devem ter feito essa mesma pergunta aos ucranianos.




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Re: UM MBT NACIONAL

#2240 Mensagem por gabriel219 » Ter Dez 15, 2020 12:57 am

Poder pode, mas aonde arranjam as peças pro restante do chassis?

Provavelmente os M60 nossos são mais novos que os 1A5, que foram uma das primeiras unidades do mesmo, lá na década de 60.

Modernizar o M60 é bem mais simples por já existir pacote desenvolvido e existem peças originais aos montes estocadas por ai.

Mas, sendo sincero, não vale a pena modernizar nenhum dos dois.




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Re: UM MBT NACIONAL

#2241 Mensagem por FCarvalho » Ter Dez 15, 2020 11:43 am

Qualquer solução em MBT para o exército passa obrigatoriamente pela capacitação da BID e da indústria nacional para sustentá-lo. Do contrário, continuamos escorregando no mesmo dilema dos M-41 e Leo 1Be, e agora dos Leo 1A5.

Para resumir, o que precisamos na BID para ter um MBT sustentável?

1. Arma Principal/Secundária - Sim ou Não?
2. Motor e transmissão - Sim ou Não?
3. Suspensão e trem de rolamento - Sim ou Não?
4. Sistemas Eletro-ópticos - Sim ou Não?
5. Comunicações, C2 e EW - Sim ou Não?
6. Proteção, Defesa Ativa/Passiva - Sim ou Não?
7. Sistemas ISR - Sim ou Não?
8. Munições - Sim ou Não?

Para ser bem honesto, não temos nada realmente nacional dentro deste quadro aí. Mas temos empresas de defesa estrangeiras com filiais no país que podem oferecer seus produtos/soluções de forma a amparar a logística aqui, como é o caso dos israelenses. Mas há outras. Só que nem todos oferecem o que precisamos, ou as vezes até tem, mas não está disponível para nós por questões outras fora da alçada da Defesa.

Se conseguirmos as parcerias internacionais certas para trazer, digamos, 60% a 70% dos itens acima para serem produzidos/desenvolvidos aqui no país, já podemos pensar em alternativas no sentido de um bldo 50 ton como reza o ROB do GT do Nova Couraça a partir de soluções endógenas. Mas isso seria uma proposta para gerar frutos nos próximos 10/15 anos como defende uma parte do pessoal da cavalaria do EB.

A outra, mais pragmática, é comprar um CC novo que tem por aí e pagar, também, o olho da cara para tentar dispor de manutenção e logística no país. De qualquer forma, uma e outra não será uma solução barata para nós. E é aí que entra a questão fulcral da BID nessa conta. Em qual delas ela ganha mais e por isso até vale a pena pagar mais caro para obter esse avanço?

Respostas difíceis.




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Re: UM MBT NACIONAL

#2242 Mensagem por Viktor Reznov » Ter Dez 15, 2020 4:50 pm

marcusv escreveu: Seg Dez 14, 2020 11:19 pm Uma questão esta torre e motor não poderiam também serem adaptadas nos Léo 1a5?
Podem sim.




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Re: UM MBT NACIONAL

#2243 Mensagem por marcusv » Ter Dez 15, 2020 6:52 pm

Dando uma olhada nos cc citados no ebrevista os precos do k2 e do cv90/120T estao por volta dos $8.000.000 o que daria para cerca de 300 carros $ 2.400.000.000! financiado em 20 anos 120.000.000 ano! sei la....




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Re: UM MBT NACIONAL

#2244 Mensagem por Viktor Reznov » Ter Dez 15, 2020 11:06 pm

marcusv escreveu: Ter Dez 15, 2020 6:52 pm Dando uma olhada nos cc citados no ebrevista os precos do k2 e do cv90/120T estao por volta dos $8.000.000 o que daria para cerca de 300 carros $ 2.400.000.000! financiado em 20 anos 120.000.000 ano! sei la....
Eu pensei em dizer que esses preços estão razoáveis mas aí vi que você cotou eles em dólar, e o CV90/120 é algo que o EB nem sequer deve considerar. Ser pobre é foda.




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Re: UM MBT NACIONAL

#2245 Mensagem por Túlio » Qua Dez 16, 2020 12:40 am

Estava zapeando à toa pelo QUORA, onde sempre encontro histórias bem legais e relatos por pessoal Militar sobre tudo o que se possa imaginar, e me deparei com este trecho ESPANTOSO sobre o Leo2:

Anyway, while we were talking and I was exploring, I noticed the heavy ceramic armour added to the already considerable armour of the beast’s sides and turret. A bit more chatting and I learned something astonishing: that armour’s composite was secret. A Canadian AFV tech could not work on it - nor could they work with certain parts of the beast’s electronics and drive. Krauss technicians would come in, close the hangar doors and work on the machine away from the curious eyes of Canadian soldiers.

It was literally impossible for a VTech to work on it - it was illegal to work on said parts without training and no-one outside of Krauss-Maffei could get training. Specific, unique tools were required, there were anti-tamper failsafes included in the design. When I asked “What happens if you take a round?” the TC just smiled and shrugged - I got the message and smiled back.

I was astonished, but not really surprised; we’d heard plenty of stories. The Leo 2 is OWNED by Canada, but we don’t have full rights to the machine’s design.

Ou seja, e a estar correto o que foi dito, isso que vivemos postando sobre "vamos comprar o MBT tale" ou "não, vamos pegar aquele outro e modificar como quisermos" ou ainda "vamos fazer ele todo aqui" é pura BS, há um enorme balaio de salvaguardas, pelo jeito...


PS.: notar, estamos falando da frota de MBTs DO CANADÁ, não do Brasil. E pior, não sei estabelecer link de lá para o DB, ou seja, acreditem se puderem/quiserem.




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

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Re: UM MBT NACIONAL

#2246 Mensagem por Frederico Vitor » Qua Dez 16, 2020 10:34 am

Brasil e Japão assinam memorando de cooperação e intercâmbio

Na manhã desta terça-feira (15), o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e o ministro de Defesa do Japão, Nobuo Kishi, assinaram memorando de cooperação e intercâmbio entre o Brasil e o Japão.

Fernando Azevedo destacou as relações de Defesa entre os dois países e lembrou das vezes em que o Presidente Jair Bolsonaro e o comandante do Exército, General Leal Pujol, visitaram a nação asiática. “A celebração deste memorando vai estreitar ainda mais os nossos laços de amizade e união”, reforçou o ministro.

Por sua vez, Nobuo Kishi apontou os 125 anos das relações diplomáticas entre os dois países, comemoradas este ano, e reafirmou que “o Japão e o Brasil compartilham valores fundamentais, tais como liberdade, democracia, direitos humanos básicos e Estado de direito, sendo que também estão unidos pelos nipodescendentes”.

fonte: gov.br / http://www.epex.eb.mil.br/index.php/ult ... ntercambio

Type 10 a caminho?




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Re: UM MBT NACIONAL

#2247 Mensagem por FABIO » Qua Dez 16, 2020 10:55 am

O carro de combate Type 10 é muito , mas é caríssimo.




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Re: UM MBT NACIONAL

#2248 Mensagem por FCarvalho » Qua Dez 16, 2020 1:54 pm

Túlio escreveu: Qua Dez 16, 2020 12:40 am
Estava zapeando à toa pelo QUORA, onde sempre encontro histórias bem legais e relatos por pessoal Militar sobre tudo o que se possa imaginar, e me deparei com este trecho ESPANTOSO sobre o Leo2:
Ou seja, e a estar correto o que foi dito, isso que vivemos postando sobre "vamos comprar o MBT tale" ou "não, vamos pegar aquele outro e modificar como quisermos" ou ainda "vamos fazer ele todo aqui" é pura BS, há um enorme balaio de salvaguardas, pelo jeito...
PS.: notar, estamos falando da frota de MBTs DO CANADÁ, não do Brasil. E pior, não sei estabelecer link de lá para o DB, ou seja, acreditem se puderem/quiserem.
Eu já li por aí que os alemães fazem o mesmo, guardadas as devidas proporções, com os nossos Leo 1A5. Até a kilometragem deles é contada, e existem limitações contratuais de onde podemos levá-los, e até mesmo chegarmos perto das fronteiras com eles, e coisas do tipo. É algo bem surreal.
Não creio que seja diferente com qualquer outro fornecedor de material militar.
Sem soluções endógenas de raiz, fica-se nas mãos dos outros de qualquer forma. E como não temos cacife para projetar um CC para chamar de nosso. :roll:
É por essas e outras que ainda tem muita gente dentro do EB que prega ao vento a proposição de um CC de projeto próprio. Mas não dá para fazer isso quando nem os motores para este tipo de veículo nós produzimos aqui.




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Re: UM MBT NACIONAL

#2249 Mensagem por FCarvalho » Qua Dez 16, 2020 2:01 pm

Frederico Vitor escreveu: Qua Dez 16, 2020 10:34 amType 10 a caminho?
Tenho aqui comigo que a visita no ano passado ao exército nipônico, com direito a demonstração e tudo do Type 10 + visita à fábrica e centro de blindados, com toda aquele gente do CTEx, CIBld e EME não foi de graça.
A ver.




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Re: UM MBT NACIONAL

#2250 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Dez 16, 2020 2:12 pm

Túlio escreveu: Qua Dez 16, 2020 12:40 am
Estava zapeando à toa pelo QUORA, onde sempre encontro histórias bem legais e relatos por pessoal Militar sobre tudo o que se possa imaginar, e me deparei com este trecho ESPANTOSO sobre o Leo2:

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It was literally impossible for a VTech to work on it - it was illegal to work on said parts without training and no-one outside of Krauss-Maffei could get training. Specific, unique tools were required, there were anti-tamper failsafes included in the design. When I asked “What happens if you take a round?” the TC just smiled and shrugged - I got the message and smiled back.

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Ou seja, e a estar correto o que foi dito, isso que vivemos postando sobre "vamos comprar o MBT tale" ou "não, vamos pegar aquele outro e modificar como quisermos" ou ainda "vamos fazer ele todo aqui" é pura BS, há um enorme balaio de salvaguardas, pelo jeito...


PS.: notar, estamos falando da frota de MBTs DO CANADÁ, não do Brasil. E pior, não sei estabelecer link de lá para o DB, ou seja, acreditem se puderem/quiserem.
Eu já cá coloquei fotografias de técnicos alemães a fazerem manutenção aos nossos Leopard 2 A6, usando para isso a sua própria maquinaria rodeados de militares Portugueses que estavam a trabalhar noutras coisas, isto em Portugal. O Exército Português consegue fazer toda a manutenção dos Pandur, mas quando chega aos Leopards os Alemães é que fazem a manutenção mais profunda. Como é que isto funcionaria em caso de guerra... é algo que eu não sei dizer.

Penso que os Espanhóis como construíram mais de 200 CC sob licença, não precisam dos Alemães para nada para a manutenção dos seus Leopards 2 E.

Imagem
By Oscar in the middle - flickr, CC BY-SA 2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=4500249




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

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