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Enviado: Sex Jul 14, 2006 9:42 pm
por Arthur
FinkenHeinle escreveu:Arthur escreveu:Finken,
Na moral e com o maior respeito. Se alguém aqui têm que ler mais é você, tanto sobre história quanto teoria econômica keynesiana, pós-keynesiana. Achar que foi o New Deal o culpado da crise dos anos 70 nos EUA é brincadeira.......
Apenas como curiosidade. Já leu a Teoria Geral do Keynes? Já leu algo de algum autor pós-keynesiano(Minsky, Davidson, Carvalho, entre outros)? E de autores pós-keynesianos estruturalistas (Kaldor, Taylor, etc)? Pois se vc realmente gosta de economia leia-los.
Arthur
Calma Arthur, que isso tchê?!
Você não sabe, mas eu e o Túlio conversamos muito pelo MSN. Ninguém aqui tá fazendo nenhum tipo de Flame por causa dessa ou daquela idéia. O Túlio vive de me dizer no MSN que precisamos de uma New Deal Brasileira. Meu comentário não se referia à Teoria Keynesiana, a qual eu acho brilhante. Honestamente, li a TG, meio por cima, claro, é um livro maçante, e como meio didático não é certamente o melhor para aprender sobre tal. Aliás, a TG não é um livro, é uma arma...
Mas voltando ao ponto, ninguém aqui tá depreciando Keynes, pelo contrário. Acho que a Teoria dele teve uma importância histórica tremenda. Muito menos tô atribuindo a Crise de 70 ao New Deal, hehehe... Pera lá... Embora pareça óbvio que o Custo do Welfare State tenha contribuído sobremaneira para a Crise, dentre outras questões, seria imbecilidade atribuir como causa algo que ocorreu 50 anos antes... Não é esse o ponto...
O ponto é mais simples. O New Deal (e você sabe que ele começou ainda antes da edição da TG) visava solucionar a queda vertiginosa da Demanda Agregada nos EUA. O meu argumento é simples: situações diferentes, soluções diferentes. Me parece evidente que não é esse o problema no Brasil. Por isso meu comentário.
Espero que fique claro que não estava desdenhando de nada, OK?!
PS: Li alguma coisa
sobre Taylor, mas basicamente Keynes!
Ok!!!
Enviado: Ter Jul 18, 2006 10:49 am
por rodrigo
18/07/2006 - 09h25
Credores rejeitam novo plano de recuperação e Varig pode falir
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
Os credores rejeitaram nesta segunda-feira o novo plano de recuperação judicial da Varig. A aprovação do plano era condição para a realização de um leilão com base na proposta da VarigLog. Os credores participaram de assembléia ontem no Rio.
O resultado da assembléia será agora encaminhado à Justiça do Rio, que deve se pronunciar ainda nesta semana sobre os rumos da companhia. Sem a proposta da VarigLog a companhia fica ainda mais próxima da decretação de falência.
A proposta de recuperação judicial foi aprovada pelos credores da classe 1, que é formada pelos trabalhadores, e contou com o voto favorável das estatais.
A principal rejeição partiu das empresas de leasing, que até então preferiam se abster nas votações.
Para aprovar o plano, a proposta deveria ser aprovada proporcionalmente pela maioria dos detentores de créditos e por cada uma das categorias dos credores. Na classe 2 de credores, formada pelo fundo de pensão Aerus e pelas empresas de leasing, a proposta foi rejeita por 94,4% na contagem individual. Em termos de volume de crédito, o contingente que vetou a proposta correspondia a 5,8% dessa classe.
Já na classe 3, que envolve estatais e também empresas de leasing, embora apenas 18,8% dos credores em volume de crédito tenham rejeitado a proposta, a desaprovação bateu em 57,1% dos votos na contagem per capita.
Os sindicatos dos aeroviários e aeronautas, assim como a VarigLog, disseram que vão entrar com recurso na Justiça para tentar impugnar os votos das empresas de leasing.
O presidente da Varig, Marcelo Bottini, culpou a GE Capital pelo fracasso da assembléia e disse que, se a Varig for à falência, a responsabilidade será dela. Bottini afirmou ter recebido informação prévia de que a GE vendeu créditos a receber para o banco JP Morgan. O presidente da Varig preferiu não atribuir essa venda a interferência de concorrentes do setor.
"A GE está dividida em várias pequenas empresas. No voto por cabeça, ela inviabilizou o resultado hoje [ontem]. Se a Varig falir, a responsável pela falência é a GE", disse Bottini.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 9453.shtml
Enviado: Qua Jul 19, 2006 1:22 pm
por cebola
O ESTADO DE S.PAULO
Assembléia é anulada e Varig vai a leilão
Alberto Komatsu, RIO
A Justiça do Rio confirmou ontem a realização do leilão de venda da Varig, mas a data foi transferida de hoje para amanhã. A nova disputa ficou ameaçada após a assembléia de credores da companhia aérea, realizada segunda-feira, ter vetado seu novo plano de reestruturação. A confirmação é do juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pela recuperação judicial da Varig, que anulou os votos que tiveram maior peso para o veto, de 17 arrendadoras de aviões ligadas à General Electric (GE). O pedido de impugnação dos votos da GE foi feito pela Varig, pela VarigLog e por sindicatos de trabalhadores.
A GE, por meio de comunicado, informou ontem que não teve participação no voto contrário ao novo plano de recuperação judicial da Varig porque vendeu seus créditos para o banco americano JP Morgan. Ainda conforme a nota, o JP Morgan revendeu esses créditos, em junho, para investidores no mercado secundário americano. Estes, por sua vez, é que teriam orientado o veto. O Ministério Público (MP) do Rio vai pedir a intimação da GE e do JP Morgan para o esclarecimento sobre quem é o atual dono dos créditos da GE.
“Os votos foram anulados porque há informação, acompanhada de provas nos autos, de que aqueles que votaram já não eram detentores do crédito, cedidos em junho de 2006. Se eles não eram titulares do crédito, perdem o direito de voto”, afirma o juiz Ayoub. Segundo uma fonte que acompanha a reestruturação da Varig, a GE não comunicou a venda dos créditos porque ainda não foi formalizada a negociação, o que tem de ser feito por meio de um instrumento de cessão de crédito.
O adiamento do leilão para amanhã tem como objetivo dar mais tempo para que eventuais competidores da VarigLog possam fazer um depósito de US$ 24 milhões, precondição para participar da disputa. Esse valor é o preço mínimo da Varig e corresponde ao empréstimo de US$ 20 milhões da ex-subsidiária de logística e transporte de cargas para custear a operação da ex-controladora até a nova concorrência, mais multa de 20%. Até sexta-feira passada, foram desembolsados US$ 14 milhões.
A proposta da VarigLog, a única até agora, inclui ainda US$ 485 milhões de aporte na Varig. O interesse da ex-subsidiária é pela Nova Varig, que vai a leilão com todas as operações nacionais e internacionais da Varig e Rio Sul. O programa de milhagem Smiles, com 6 milhões de usuários e passagens a serem honradas no valor de R$ 70 milhões, permanecerá nessa companhia, junto com toda a operação comercial. Estão previstos até 2 mil funcionários e 13 aviões na fase inicial de atividades. A meta é chegar até a 80 aviões, com possível recontratação de parte dos 8 mil empregados que deverão ser demitidos.
Também está prevista a cisão da Varig na chamada Varig antiga, que permanecerá em recuperação judicial para amortizar o passivo de R$ 7,9 bilhões da companhia.
Enviado: Qua Jul 19, 2006 1:23 pm
por cebola
O ESTADO DE S.PAULO
Assembléia é anulada e Varig vai a leilão
Alberto Komatsu, RIO
A Justiça do Rio confirmou ontem a realização do leilão de venda da Varig, mas a data foi transferida de hoje para amanhã. A nova disputa ficou ameaçada após a assembléia de credores da companhia aérea, realizada segunda-feira, ter vetado seu novo plano de reestruturação. A confirmação é do juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pela recuperação judicial da Varig, que anulou os votos que tiveram maior peso para o veto, de 17 arrendadoras de aviões ligadas à General Electric (GE). O pedido de impugnação dos votos da GE foi feito pela Varig, pela VarigLog e por sindicatos de trabalhadores.
A GE, por meio de comunicado, informou ontem que não teve participação no voto contrário ao novo plano de recuperação judicial da Varig porque vendeu seus créditos para o banco americano JP Morgan. Ainda conforme a nota, o JP Morgan revendeu esses créditos, em junho, para investidores no mercado secundário americano. Estes, por sua vez, é que teriam orientado o veto. O Ministério Público (MP) do Rio vai pedir a intimação da GE e do JP Morgan para o esclarecimento sobre quem é o atual dono dos créditos da GE.
“Os votos foram anulados porque há informação, acompanhada de provas nos autos, de que aqueles que votaram já não eram detentores do crédito, cedidos em junho de 2006. Se eles não eram titulares do crédito, perdem o direito de voto”, afirma o juiz Ayoub. Segundo uma fonte que acompanha a reestruturação da Varig, a GE não comunicou a venda dos créditos porque ainda não foi formalizada a negociação, o que tem de ser feito por meio de um instrumento de cessão de crédito.
O adiamento do leilão para amanhã tem como objetivo dar mais tempo para que eventuais competidores da VarigLog possam fazer um depósito de US$ 24 milhões, precondição para participar da disputa. Esse valor é o preço mínimo da Varig e corresponde ao empréstimo de US$ 20 milhões da ex-subsidiária de logística e transporte de cargas para custear a operação da ex-controladora até a nova concorrência, mais multa de 20%. Até sexta-feira passada, foram desembolsados US$ 14 milhões.
A proposta da VarigLog, a única até agora, inclui ainda US$ 485 milhões de aporte na Varig. O interesse da ex-subsidiária é pela Nova Varig, que vai a leilão com todas as operações nacionais e internacionais da Varig e Rio Sul. O programa de milhagem Smiles, com 6 milhões de usuários e passagens a serem honradas no valor de R$ 70 milhões, permanecerá nessa companhia, junto com toda a operação comercial. Estão previstos até 2 mil funcionários e 13 aviões na fase inicial de atividades. A meta é chegar até a 80 aviões, com possível recontratação de parte dos 8 mil empregados que deverão ser demitidos.
Também está prevista a cisão da Varig na chamada Varig antiga, que permanecerá em recuperação judicial para amortizar o passivo de R$ 7,9 bilhões da companhia.
Enviado: Qua Jul 19, 2006 1:24 pm
por cebola
Folha do Turismo - 18/7 - 19:31
Bottini: credores mostraram verdadeira disposição em favor da Varig
Mercado&Eventos
O presidente da Varig, Marcelo Bottini, declarou que a decisão do juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desconsiderando os votos dados em nome da GE Capital, "mostra a verdadeira disposição do grupo de credores da companhia em favor da recuperação da empresa".
Ontem (17/01), o resultado da Assembléia de Credores apresentou distorções, já que os votos dados em nome da GE impediram que os grupos de credores das classes 2 e 3 aprovassem a realização do leilão.
"A decisão da Justiça veio de encontro à expectativa da companhia e de todos os seus funcionários, que após a assembléia ainda acreditavam e confiavam que o judiciário ia corrigir as distorções", afirmou.
Enviado: Qua Jul 19, 2006 1:30 pm
por cebola
Conheci um sujeito em uma ocasião que queria ser piloto da VARIG e não conseguiu, e só criticava a empresa em todas as oportunidades que tinha.
Esse frustado morreu a algum tempo e teve uma vida de merda, entretando seu filho tomou as dores do pai e segue vivendo com amargura pq. tb não conseguiu ser nem piloto.(Incopetência é mal de família)
Fico aqui imaginando o que leva alguns a postar só as notícias negativas com relação ao "caso VARIG". Se for a mesma situação tenho um conselho:
Se converta ao espiritismo pq. na próxima encarnação vc pode tentar ser piloto da VRG novamente.
Enviado: Qua Jul 19, 2006 2:01 pm
por FinkenHeinle
cebola escreveu:Conheci um sujeito em uma ocasião que queria ser piloto da VARIG e não conseguiu, e só criticava a empresa em todas as oportunidades que tinha.
Esse frustado morreu a algum tempo e teve uma vida de merda, entretando seu filho tomou as dores do pai e segue vivendo com amargura pq. tb não conseguiu ser nem piloto.(Incopetência é mal de família)
Fico aqui imaginando o que leva alguns a postar só as notícias negativas com relação ao "caso VARIG". Se for a mesma situação tenho um conselho:
Se converta ao espiritismo pq. na próxima encarnação vc pode tentar ser piloto da VRG novamente.
E gostaria de saber porque tanta choradeira...
Pelo amor de Deus, parece aquelas viúvas chorando...
POWS, se o cara quer postar só notícias ruins, deixa ele POWS...
Tá louco, os outros só postam notícias boas, e ninguém aqui fica pentelhando...
Enviado: Qui Jul 20, 2006 11:47 am
por rodrigo
20/07/2006 - 11h20
Sozinha em leilão, VarigLog fica com a Varig por US$ 24 milhões
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio de Janeiro
A VarigLog, única empresa a participar do leilão de venda da Varig nesta quinta-feira, levou a companhia aérea por US$ 24 milhões, o equivalente a R$ 52,3 milhões. A ex-subisidiária de transportes de carga entrou no leilão identificada como Aéreo Transportes Aéreos S.A.
No leilão anterior, realizado em junho, quando o TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) arrematou a empresa, o preço mínimo para venda era de US$ 700 milhões para as rotas domésticas e de US$ 860 milhões para operações nacionais e internacionais.
O TGV ofereceu R$ 1,01 bilhão pela empresa, mas o leilão foi invalidado pela Justiça do Rio, por falta de garantias de que a proposta seria cumprida.
Em negociações com a VarigLog, o preço mínimo de venda da companhia caiu para R$ 277 milhões e depois para US$ 24 milhões.
O risco de sucessão de dívidas foi o principal fator a inibir a participação de outras empresas nos leilões da Varig.
A proposta da VarigLog inclui ainda o pagamento pelo uso de serviços da empresa aérea como o Centro de Treinamento de Tripulantes, o aluguel de imóveis e o fretamento de aeronaves. Esses recursos serão pagos à "velha Varig", parcela da empresa que permanece em recuperação judicial e carrega as dívidas estimadas em R$ 7,9 bilhões.
O novo dono deverá garantir um fluxo de caixa de R$ 19,6 milhões para a "velha Varig". O dinheiro será usado para pagar os credores nos próximos 20 anos.
A nova Varig vai receber investimentos de US$ 150 milhões em até 30 dias após o leilão. A companhia terá inicialmente 1.500 funcionários. Após o leilão, a Varig deve demitir 8.000 pessoas. Apesar das demissões, os credores avaliaram em assembléia que a proposta era melhor que a falência.
Além disso, o novo dono da Varig deverá assumir R$ 245 milhões em bilhetes emitidos e o passivo (milhas acumuladas) de R$ 70 milhões do Smiles. A VarigLog se comprometeu a emitir debêntures (títulos de dívida) de R$ 100 milhões, que podem ser convertidas em 10% de participação na nova empresa para funcionários e credores com garantias, como o Aerus, fundo de pensão dos empregados da empresa.
O comprador da empresa vai ficar com a marca Varig e Rio Sul, além das rotas domésticas e internacionais. A Varig antiga, que herda as dívidas, fica com um avião e com a Varig Nordeste.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 9537.shtml
Enviado: Qui Jul 20, 2006 11:57 am
por cebola
VarigLog quer operar até 80 aviões em 180 dias
Publicado em 19.07.2006, às 19h55
O leilão judicial da Varig que acontece amanhã deverá ser apenas uma cerimônia para homologar a única oferta pela companhia, feita pela ex-subsidiária de logística e transporte de cargas VarigLog. Hoje, ninguém se habilitou para participar da disputa, por meio do depósito do preço mínimo de US$ 24 milhões, e apresentação de uma carta de fiança bancária, de US$ 75 milhões.
A ex-subsidiária de logística e transporte de cargas quer iniciar a primeira etapa de reestruturação da Varig com até 2.000 funcionários e 13 aviões, o que vai custar a demissão de cerca de 8.000 pessoas. Situação bem diferente do fim do ano passado, quando havia quase 12 mil empregados e em torno de 80 aviões. A nova Varig, como está sendo chamada a empresa que vai a leilão, terá a concessão de toda a operação nacional e internacional da Varig e Rio Sul, assim como as duas marcas.
Em até 180 dias após a oficialização da compra, a VarigLog planeja ter até 80 aviões, o que indica a possibilidade de recontratação dos empregados que serão dispensados. O programa de milhagem Smiles, com 6 milhões de usuários e passagens a serem honradas no valor de R$ 70 milhões, também ficará na nova Varig. A VarigLog também vai assumir o passivo de R$ 245 milhões referente a passagens que já foram vendidas, mas não foram usadas. Dois dias após a oficialização da compra, estão previstos US$ 75 milhões para a empresa.
A área comercial, que inclui toda a venda de passagens, também permanecerá nessa estrutura. A oferta da VarigLog, de pouco mais de US$ 500 milhões, inclui US$ 20 milhões que estão sendo emprestados para custear a operação da ex-controladora até o leilão. Há ainda US$ 485 milhões previstos como aporte para a companhia que já teve a hegemonia do mercado nacional e internacional, mas que viu sua participação no País minguar para menos de 5% hoje.
Parte dos recursos prometidos pela VarigLog será usada para garantir uma receita mínima na Varig antiga, que é como está sendo conhecida a empresa que permanecerá em recuperação judicial para amortizar o passivo de R$ 7,9 bilhões da Varig. A Varig antiga herdará a marca Nordeste e apenas uma rota, o vôo ida e volta Congonhas-Porto Seguro, com 50 funcionários. Também fará fretamentos de aeronaves para a nova Varig, por meio de um contrato de 3 anos. O mesmo tipo de parceria valerá para o centro de treinamento de pilotos, num período de 10 anos. Todos os imóveis da Varig, avaliados em R$ 120 milhões, também renderão receita vinda de aluguel.
De acordo com o novo plano de recuperação judicial da Varig, até o dia 17 de agosto deverá ser convocada uma assembléia de credores para eleger um gestor judicial para a Varig antiga. Também está prevista a escolha de um agente fiduciário, que será responsável pela emissão de títulos de dívida (debêntures) para reduzir dívidas. Para trabalhadores e credores com garantias reais, estão previstos R$ 100 milhões em 10 anos. Para estatais e arrendadoras de aviões, foi reservado basicamente 70% do fluxo de caixa da Varig antiga, que tem previsão inicial de receita de R$ 19 milhões por ano.
Para o fundo de pensão Aerus, com 7,6 mil participantes das empresas do grupo Varig e R$ 2,3 bilhões a receber, a VarigLog destinou parte do que a ex-controladora tem a receber do governo por perdas com o congelamento de tarifas entre as décadas de 80 e 90, em torno de R$ 4,5 bilhões.
Fonte: Agência Estado
Enviado: Sex Jul 21, 2006 11:19 am
por rodrigo
20/07/2006 - 19h13
Novo dono da Varig suspende todos os vôos e fica apenas com a ponte aérea Rio-SP
da Folha Online
A VarigLog, nova dona da Varig, decidiu hoje suspender todos os vôos nacionais e internacionais com exceção da ponte aérea Rio-São Paulo. A medida foi a primeira tomada após a venda da companhia aérea em leilão nesta quinta-feira no Rio de Janeiro.
Segundo a empresa, os passageiros que têm vôos nacionais e internacionais cancelados deverão ser acomodados em outras empresas, de acordo com os procedimentos do plano de contingência da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), em vigor desde 21 de junho.
A empresa informa que as regras do plano de contigência permanecem as mesmas e não foram modificados após o leilão. A Anac ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Sob nova gestão, a Varig decidiu inclusive aumentar, a partir desta sexta, seus vôos na rota Rio-São Paulo, uma das mais rentáveis do país. O número de vôos diários da ponte aérea aumenta de dez para 36.
"Com isso, a Varig poderá rapidamente retomar seu crescimento e aumentar sua rentabilidade", diz a empresa, em comunicado divulgado agora à noite.
Segundo a Varig, a partir do dia 28, as demais rotas serão retomadas gradativamente. A empresa não detalhou o plano de retomar os destinos suspensos.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 9558.shtml
Enviado: Sex Jul 21, 2006 12:13 pm
por Carlos Mathias
Prá quem investiu pesado na falência da empresa, sifú...
Enviado: Sex Jul 21, 2006 2:10 pm
por rodrigo
Prá quem investiu pesado na falência da empresa, sifú...
Quem é credor da VARIG também, esse velho jeito brasileiro de consertar as coisas...
Enviado: Sex Jul 21, 2006 7:08 pm
por jambockrs
Meus prezados
Complementando o ótimo post do rodrigo:
Obscuro importante
A figura mais obscura no processo de sucessão da Varig é Lap Chan, executivo do fundo Matlin Patterson no Brasil. Avesso à imprensa, ele surpreendeu quando surgiu no hangar da Varig. Poucos conheciam seu rosto, mas quem o reconheceu fez questão de avisar, como prova da importância do momento. Ele é o principal estrategista da nova Varig.
Vendida
Ex-subsidiária compra Varig e anuncia suspensão de todos os vôos até o dia 28, com exceção da ponte aérea Rio-SP, e corte de mais de 8 mil funcionários
ALEXANDRE DE SANTI/ Enviado Especial/Rio
Depois de vendida ontem a Varig à beira da falência, o choque de realidade. O novo dono, a Varig Log, uma ex-subsidiária que, no início deste ano, foi adquirida pela Volo Brasil, anunciou que todos os vôos nacionais e internacionais estão suspensos até o dia 28.
A exceção são os da ponte aérea Rio-São Paulo, que foram ampliados de 10 para 36 por dia. Os passageiros com reservas e bilhetes emitidos terão de ser acomodados em outras companhias. A Varig Log planeja retomar as rotas para 25 destinos no país e no Exterior gradativamente a partir do dia 28. Além disso, devem ficar 1.680 funcionários. Ou seja, haverá mais de 8 mil demissões. O programa Smiles está mantido.
O martelo da venda foi batido, às 11h20min, por Marcelo Bottini, presidente da Varig, Carlos Alberto Barros, leiloeiro público, João Luis Bernes de Sousa, presidente da Varig Log, e Luiz Alberto Fiore, diretor da Deloitte, administradora judicial da recuperação que dura 13 meses. No segundo leilão em dois meses, a empresa foi arrematada por R$ 52,3 milhões. Somados os compromissos assumidos, o investimento do novo dono atinge US$ 500 milhões.
– Hoje renasce aqui uma nova Varig – disse Bottini, que ficará no cargo e foi muito aplaudido pelas cerca de 1,5 mil pessoas presentes.
– Vamos fazer a sua estrela brilhar no céu – afirmou Sousa, que homenageou o juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pelo processo de recuperação judicial e saudado como herói por vários funcionários.
Ao contrário do leilão de 8 de junho, que acabou em clima de fracasso, a sensação de ontem foi de alívio. A cerimônia foi animada, porém protocolar: apenas confirmou o negócio que vinha sendo costurado nas últimas semanas entre Varig, Varig Log, credores e Justiça do Rio.
A única surpresa foi quando o leiloeiro anunciou a existência de dois interessados: a Varig Log e a desconhecida Cooperativa de Trabalho dos Profissionais de Processamento de Dados, desqualificada por não ter depositado US$ 24 milhões no dia anterior, como previa o edital.
Os novos donos terão 30 dias para voltar a operar todas as concessões da Varig e não perder linhas, a partir do momento em que o negócio for aprovado pela Agência Nacional de Aviação Civil. Nos próximos dois meses, a meta é obter 25 aeronaves (hoje são 13 em condições de operar), informaram os sócios em plano apresentado para os sindicatos ontem. Depois, a idéia é acrescentar dois aviões por mês. Essa situação duraria um ano e representaria contratação de 3,5 mil trabalhadores.
– Nossa intenção é fazer a Varig voltar ao que era – disse Marco Antônio Audi, sócio da Volo.
DJ inspirado
O DJ contratado para embalar o leilão caprichou. No início, quando os presentes se acomodavam, o ritmo era dançante, do rock ao pop. Mas a música mudou. Com a batida do martelo, o responsável pelo som emendou Canção da América, na voz de Milton Nascimento (aquela do verso "Amigo é coisa para se guardar"), talvez numa referência ao salvamento da Varig. Ou talvez porque ontem era o Dia do Amigo.
Penúltimo capítulo
O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, avaliou que a venda da Varig foi a melhor solução para os credores estatais:
- Essa situação melhora muito a nossa perspectiva como credores da Varig. Ainda não posso dizer que se encerrou a novela, mas afirmo que se chegou ao penúltimo capítulo.A Varig deve à Infraero no total cerca de R$ 600 milhões em tarifas aeroportuárias.
Ayoub, a estrela
O juiz Luiz Roberto Ayoub, comandante da recuperação, foi a estrela do leilão. Um funcionário da Varig carregava um cartaz onde se lia "L.R. Ayoub é 100% Justiça". Foi homenageado até pelo leiloeiro público Carlos Alberto Barros:
- São pessoas que devemos guardar na memória para sempre como exemplo de como se deve aplicar as leis neste país.
Desafios da nova Varig
A negociação com as empresas de leasing para reaver os aviões que estão parados, sob ameaça de arresto, ou já foram retomados, será o principal desafio da Varig Log, empresa que arrematou a Varig no leilão de ontem. O presidente da Varig Log, João Luis Bernes de Sousa, explicou que agora as negociações serão melhores porque a empresa já tem autoridade para fechar acordos em nome da Varig.
Atualmente, uma consultoria, contratada pela Varig Log, trabalha para analisar quais os aviões que estão em melhores condições e seriam mais vantajosos para a Varig reaver, além de analisar também as aeronaves que estão paradas hoje sob ameaça de arresto. Segundo Souza, será com base nessas informações que a nova companhia poderá definir sua malha e o número de funcionários que irá ter.
- Acredito que em 10 a 15 dias já se possa responder a essas perguntas - comentou.
O presidente da Varig, Marcelo Bottini, acredita que as negociações possam mudar radicalmente o desenho do tamanho da nova companhia. Marco Antônio Audi, representante da Volo, empresa que controla a Varig Log, revelou que o grupo está negociando parcerias com empresas aéreas, entre as quais a canadense Aeroplas para dar fôlego à nova companhia. Entretanto, destacou que nada foi assinado oficialmente até o momento.
Os executivos confirmaram o interesse de reaver todas as rotas da Varig que foram suspensas e hoje estão sendo atendidas por outras companhias aéreas dentro do plano de contingência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Audi disse que o juiz da 8ª Vara Empresarial do Rio, Luiz Roberto Ayoub, vai solicitar à Justiça americana a extensão do prazo que protege as aeronaves da Varig de arresto. Hoje, será realizada em Nova York uma nova audiência para discutir o assunto. O presidente da Anac, Milton Zuanazzi, explicou que a companhia aérea tem 30 dias após a homologação da venda para a Varig Log para comprovar condições de manter todas as suas linhas. Nos últimos meses, a companhia aérea deixou de operar várias rotas, que foram atendidas por outras empresas em um plano de contingência preparado pela agência reguladora.
Quem são os novos donos
- A Varig Log é controlada pela Volo do Brasil, empresa com três sócios brasileiros e uma subsidiária do fundo de investimentos Matlin Patterson, dos EUA.
Filha próspera
> A atuação da Varig no setor cargueiro ganhou importância nas décadas de 1970 e 1980, até a criação da Varig Cargo, em 1993. Em 2000, a área se transformou na Varig Log, uma subsidiária do grupo focada em operações de logística.
A Varig Log detém 47% do mercado doméstico e 32% do internacional de carga brasileira. Cobre 4,8 mil destinos no Brasil e 210 no Exterior, e o faturamento cresceu 40% nos últimos dois anos: foi de US$ 560 milhões, em 2005.
A Volo do Brasil
A Varig Log foi comprada pela Volo do Brasil. São quatro acionistas:
> Marco Antonio Audi, empresário da Audi Helicópteros
> Marcos Haftel, economista, da Yala Gestora de Recursos
> Luiz Gallo, operador financeiro da Tática Asset Management
> Volo Logistics, empresa do grupo Matlin Patterson, também dos EUA
O Matlin Patterson
Com escritórios em Nova York, Hong Kong e Londres, o Matlin Patterson é conhecido no mercado financeiro como um "fundo abutre", que compra empresas à beira da falência, as recupera e lucra com a venda da companhia saudável. Tem experiência com o setor de aviação: adquiriu a Continental e destacou executivos para reerguer a empresa. Depois, vendeu sua participação. Especula-se que poderá fazer o mesmo com a Varig. A Worldcom, empresa de telecomunicações que protagonizou um escândalo financeiro em 2003, foi comprada e recuperada pelo Matlin.
fonte: jornal "Zero Hora" 21 jul 2006
Um abraço e até mais...
Enviado: Sex Jul 21, 2006 7:09 pm
por jambockrs
Meus prezados
Complementando o ótimo post do rodrigo:
Obscuro importante
A figura mais obscura no processo de sucessão da Varig é Lap Chan, executivo do fundo Matlin Patterson no Brasil. Avesso à imprensa, ele surpreendeu quando surgiu no hangar da Varig. Poucos conheciam seu rosto, mas quem o reconheceu fez questão de avisar, como prova da importância do momento. Ele é o principal estrategista da nova Varig.
Vendida
Ex-subsidiária compra Varig e anuncia suspensão de todos os vôos até o dia 28, com exceção da ponte aérea Rio-SP, e corte de mais de 8 mil funcionários
ALEXANDRE DE SANTI/ Enviado Especial/Rio
Depois de vendida ontem a Varig à beira da falência, o choque de realidade. O novo dono, a Varig Log, uma ex-subsidiária que, no início deste ano, foi adquirida pela Volo Brasil, anunciou que todos os vôos nacionais e internacionais estão suspensos até o dia 28.
A exceção são os da ponte aérea Rio-São Paulo, que foram ampliados de 10 para 36 por dia. Os passageiros com reservas e bilhetes emitidos terão de ser acomodados em outras companhias. A Varig Log planeja retomar as rotas para 25 destinos no país e no Exterior gradativamente a partir do dia 28. Além disso, devem ficar 1.680 funcionários. Ou seja, haverá mais de 8 mil demissões. O programa Smiles está mantido.
O martelo da venda foi batido, às 11h20min, por Marcelo Bottini, presidente da Varig, Carlos Alberto Barros, leiloeiro público, João Luis Bernes de Sousa, presidente da Varig Log, e Luiz Alberto Fiore, diretor da Deloitte, administradora judicial da recuperação que dura 13 meses. No segundo leilão em dois meses, a empresa foi arrematada por R$ 52,3 milhões. Somados os compromissos assumidos, o investimento do novo dono atinge US$ 500 milhões.
– Hoje renasce aqui uma nova Varig – disse Bottini, que ficará no cargo e foi muito aplaudido pelas cerca de 1,5 mil pessoas presentes.
– Vamos fazer a sua estrela brilhar no céu – afirmou Sousa, que homenageou o juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pelo processo de recuperação judicial e saudado como herói por vários funcionários.
Ao contrário do leilão de 8 de junho, que acabou em clima de fracasso, a sensação de ontem foi de alívio. A cerimônia foi animada, porém protocolar: apenas confirmou o negócio que vinha sendo costurado nas últimas semanas entre Varig, Varig Log, credores e Justiça do Rio.
A única surpresa foi quando o leiloeiro anunciou a existência de dois interessados: a Varig Log e a desconhecida Cooperativa de Trabalho dos Profissionais de Processamento de Dados, desqualificada por não ter depositado US$ 24 milhões no dia anterior, como previa o edital.
Os novos donos terão 30 dias para voltar a operar todas as concessões da Varig e não perder linhas, a partir do momento em que o negócio for aprovado pela Agência Nacional de Aviação Civil. Nos próximos dois meses, a meta é obter 25 aeronaves (hoje são 13 em condições de operar), informaram os sócios em plano apresentado para os sindicatos ontem. Depois, a idéia é acrescentar dois aviões por mês. Essa situação duraria um ano e representaria contratação de 3,5 mil trabalhadores.
– Nossa intenção é fazer a Varig voltar ao que era – disse Marco Antônio Audi, sócio da Volo.
DJ inspirado
O DJ contratado para embalar o leilão caprichou. No início, quando os presentes se acomodavam, o ritmo era dançante, do rock ao pop. Mas a música mudou. Com a batida do martelo, o responsável pelo som emendou Canção da América, na voz de Milton Nascimento (aquela do verso "Amigo é coisa para se guardar"), talvez numa referência ao salvamento da Varig. Ou talvez porque ontem era o Dia do Amigo.
Penúltimo capítulo
O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, avaliou que a venda da Varig foi a melhor solução para os credores estatais:
- Essa situação melhora muito a nossa perspectiva como credores da Varig. Ainda não posso dizer que se encerrou a novela, mas afirmo que se chegou ao penúltimo capítulo.A Varig deve à Infraero no total cerca de R$ 600 milhões em tarifas aeroportuárias.
Ayoub, a estrela
O juiz Luiz Roberto Ayoub, comandante da recuperação, foi a estrela do leilão. Um funcionário da Varig carregava um cartaz onde se lia "L.R. Ayoub é 100% Justiça". Foi homenageado até pelo leiloeiro público Carlos Alberto Barros:
- São pessoas que devemos guardar na memória para sempre como exemplo de como se deve aplicar as leis neste país.
Desafios da nova Varig
A negociação com as empresas de leasing para reaver os aviões que estão parados, sob ameaça de arresto, ou já foram retomados, será o principal desafio da Varig Log, empresa que arrematou a Varig no leilão de ontem. O presidente da Varig Log, João Luis Bernes de Sousa, explicou que agora as negociações serão melhores porque a empresa já tem autoridade para fechar acordos em nome da Varig.
Atualmente, uma consultoria, contratada pela Varig Log, trabalha para analisar quais os aviões que estão em melhores condições e seriam mais vantajosos para a Varig reaver, além de analisar também as aeronaves que estão paradas hoje sob ameaça de arresto. Segundo Souza, será com base nessas informações que a nova companhia poderá definir sua malha e o número de funcionários que irá ter.
- Acredito que em 10 a 15 dias já se possa responder a essas perguntas - comentou.
O presidente da Varig, Marcelo Bottini, acredita que as negociações possam mudar radicalmente o desenho do tamanho da nova companhia. Marco Antônio Audi, representante da Volo, empresa que controla a Varig Log, revelou que o grupo está negociando parcerias com empresas aéreas, entre as quais a canadense Aeroplas para dar fôlego à nova companhia. Entretanto, destacou que nada foi assinado oficialmente até o momento.
Os executivos confirmaram o interesse de reaver todas as rotas da Varig que foram suspensas e hoje estão sendo atendidas por outras companhias aéreas dentro do plano de contingência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Audi disse que o juiz da 8ª Vara Empresarial do Rio, Luiz Roberto Ayoub, vai solicitar à Justiça americana a extensão do prazo que protege as aeronaves da Varig de arresto. Hoje, será realizada em Nova York uma nova audiência para discutir o assunto. O presidente da Anac, Milton Zuanazzi, explicou que a companhia aérea tem 30 dias após a homologação da venda para a Varig Log para comprovar condições de manter todas as suas linhas. Nos últimos meses, a companhia aérea deixou de operar várias rotas, que foram atendidas por outras empresas em um plano de contingência preparado pela agência reguladora.
Quem são os novos donos
- A Varig Log é controlada pela Volo do Brasil, empresa com três sócios brasileiros e uma subsidiária do fundo de investimentos Matlin Patterson, dos EUA.
Filha próspera
> A atuação da Varig no setor cargueiro ganhou importância nas décadas de 1970 e 1980, até a criação da Varig Cargo, em 1993. Em 2000, a área se transformou na Varig Log, uma subsidiária do grupo focada em operações de logística.
A Varig Log detém 47% do mercado doméstico e 32% do internacional de carga brasileira. Cobre 4,8 mil destinos no Brasil e 210 no Exterior, e o faturamento cresceu 40% nos últimos dois anos: foi de US$ 560 milhões, em 2005.
A Volo do Brasil
A Varig Log foi comprada pela Volo do Brasil. São quatro acionistas:
> Marco Antonio Audi, empresário da Audi Helicópteros
> Marcos Haftel, economista, da Yala Gestora de Recursos
> Luiz Gallo, operador financeiro da Tática Asset Management
> Volo Logistics, empresa do grupo Matlin Patterson, também dos EUA
O Matlin Patterson
Com escritórios em Nova York, Hong Kong e Londres, o Matlin Patterson é conhecido no mercado financeiro como um "fundo abutre", que compra empresas à beira da falência, as recupera e lucra com a venda da companhia saudável. Tem experiência com o setor de aviação: adquiriu a Continental e destacou executivos para reerguer a empresa. Depois, vendeu sua participação. Especula-se que poderá fazer o mesmo com a Varig. A Worldcom, empresa de telecomunicações que protagonizou um escândalo financeiro em 2003, foi comprada e recuperada pelo Matlin.
fonte: jornal "Zero Hora" 21 jul 2006
Um abraço e até mais...
Enviado: Seg Jul 24, 2006 11:46 am
por rodrigo
24/07/2006 - 09h39
Varig retoma rotas, mas clientes sofrem
TALITA FIGUEIREDO
da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
A Varig operou, no final de semana, três rotas domésticas e quatro internacionais, além da ponte aérea Rio-São Paulo, conforme o combinado na sexta com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Mas não informou a seus clientes que outros vôos estão cancelados por tempo indeterminado.
O servidor público Gustavo Alves, 26, disse ter confirmado duas vezes, em uma loja da empresa, que estava mantido o vôo que pegaria para Porto Alegre (RS) às 10h de ontem, no aeroporto internacional do Rio. Ele só descobriu o cancelamento quando chegou ao Galeão com a mulher e a filha de seis anos.
"Meu destino final é Gramado. Tenho hotel reservado por uma semana com diária de mais de R$ 300. Se não embarcar hoje [ontem], não chego a Gramado e perco a reserva do hotel. Quem vai me reembolsar? Se eles [a Varig] tivessem confirmado que o vôo estava cancelado, teria vindo de madrugada, porque havia dois vôos da Gol em que seria mais fácil ter vaga. Agora, estou em três listas de espera, cada uma com 20 pessoas na frente."
O mesmo aconteceu com o personal trainner Ubiratan Xavier, 29. Ele afirmou ter ligado para a Varig e obtido a garantia de que o vôo para Manaus (AM), com escala em Brasília, previsto para as 8h45 de ontem, estava confirmado.
"Cheguei às 7h e descobri que não tinha o vôo. Isso é um absurdo", disse ele, antes de seguir para a Gol, onde descobriu que poderia entrar nas listas de espera de três vôos (com cerca de 30 passageiros cada um) que partiriam para Manaus.
Procurada, a Varig não se pronunciou sobre as declarações dos passageiros e disse que operou as rotas combinadas com a a Anac.
Rotas rentáveis
Depois que a ex-subsidiária VarigLog comprou a Varig no leilão de quinta-feira passada, os novos donos da companhia anunciaram a suspensão de todos os vôos, com exceção dos da ponte aérea Rio-São Paulo.
A Anac contestou a decisão, e a Varig informou que retomaria rotas com alta taxa de ocupação. Os vôos retomados são Rio-Recife-Fernando de Noronha; Rio-São Paulo-Fortaleza; São Paulo-Manaus. Eles foram cumpridos no sábado e ontem.
Na área internacional, decolaram aviões anteontem para Frankfurt, Londres, Miami e Nova York. Para ontem à noite, estavam confirmados vôos para Caracas e Buenos Aires.
As mudanças na grade de vôos da Varig afetaram outras aéreas. TAM e Gol não conseguiam dar conta da quantidade de passageiros que, com bilhetes da Varig, iam a seus balcões tentar uma transferência. Segundo a Anac, as empresas têm de endossar as passagens da Varig de rotas suspensas, mas as listas de espera são enormes.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 9603.shtml