Viking escreveu: ↑Seg Jul 03, 2023 1:02 pm
FCarvalho escreveu: ↑Sáb Jul 01, 2023 6:38 pm
Lendo a sua reposta caro Nauta, eu fico pensando o seguinte: o que é, ou seria, mais fácil para a MB diante da eterna falta de importância do assunto defesa no Brasil: comprar 4(6) Meko A100 ao custo de mais de US$ 2 bilhões de dólares, ou comprar 12 NaPaOc + 46 NaPa BR como estava planejado inicialmente com um valor menor que este
O que é mais factível para um país que vive de costas para o mar e indiferente ao que lhe acontece fora das quatro linhas de suas fronteiras e dos campos de futebol e tv
Prezado colega,
Concordo que seria mais eficaz e eficiente para manter nossas as AJB patrulhadas e controladas investir os recursos das FCT em OPV e IPV. Entretanto em minha opinião a divisão seria um pouco diferente, com a construção de 18 OPV e 36 IPV 500 BR. Os OPV realizam as mesmas missões que um IPV o que não e reciproco para os IPV.
Sds
Olá Lord.
Eu sempre faço uma conta simples. São 6 DN ao longo do litoral. Qualquer planejamento básico de equipamento tem de partir dessa premissa: equipar invariavelmente 6 DN com todos os meios disponíveis que se planeja obter, ainda que em número longe da real necessidade, desde que sejam todos equipados igualmente.
Neste aspecto, concordo consigo que 18 é o número mínimo de NaPaOc que se deve obter a fim de dispor ao menos 1 esquadrão de navios deste modelo para cada DN. O ideal é que fossem 6 a fim de mantermos sempre 4 disponíveis.
Assim também os NaPa BR, que a meu ver poderiam ser 2 a 3 esquadrões em cada DN. Para efeito de comparação, com os 46 incialmente aludidos seria possível equipar os 6 DN com até 7 undes destes navios, com sobra a mais para um ou outro DN. Me parece que 8 deles por DN seria o mínimo necessário.
Não dispensaria a presença dos NaPa 200 para vigilância das águas marrons e verdes, por assim dizer, que se referem as 12 e 24 mn das nossas águas territoriais. E precisamos de muitos deles.
Por mim, se poderia, ou deveríamos, pensar em algo assim:
36 NaPaOc BR - 6 por DN;
48 NaPa 500 BR - 8 por DN;
72 NaPa 200 BR - 12 por DN.
A questão dos botes, lanchas e outros meios de menor porte para os DN e delegacias poderiam ser resolvidos também junto à indústria nacional por meio da adaptação de modelos ou desenvolvimento de produtos autóctones, e mesmo a compra e produção sob licença de modelos que se adequem às nossas necessidades.
Pode até parece algo inatingível, mas se olharmos os valores envolvidos nestes meios, pode-se dizer que a economia governamental não tem desculpas para afirmar que não é possível obter tais quantidades em um prazo, digamos, de 10 anos, já que se trata de meios relativamente simples e sem maiores complexidades tecnológicas e industriais. E podem ser comprados e construídos em grandes quantidades por ano.
E antes que alguém diga que não existe a menor chance de construir pouco mais de 150 navios em 10 anos, lembro que construímos com dinheiro público mais de 10 megalíticos estádios de futebol para fazer uma porcaria de copa do mundo e mais alguns bilhões para o RJ sediar uma única olimpíada e ninguém disse uma palavra sequer sobre isso. E tudo empenhado em menos da metade daquele tempo. A defesa, como sempre, recebeu alguns trocados só para não ficarmos mal vistos lá fora ou passarmos o vexame de ter de pedir ajuda, já que incapazes(indolentes) em os defender e aos futebolistas e atletas por um mês.
Não conheço os preços unitários dos navios propostos acima. Esta é uma variante que sofre diversas influências antes se ser fixada. Mas analisando os pormenores, aço, porcas e parafusos é tudo muito barato de fazer aqui mesmo no Brasil. Já a parte eletrônica e de sistemas C4ISR de cada navio é um desafio talvez além de nossas ainda parcas capacidades industriais. Se bem que já temos aqui mesmo diversos projetos que apenas dependem da iniciativa do poder público em financiar seu apronto ou desenvolvimento, como é o caso, por exemplo, do radar Gaivota X.
A LAAD'23 trouxe várias novidades, e possibilidades, de contatos com novos atores industriais estrangeiros que são ainda estranhos e neófitos ao mercado brasileiro. Mas a sua presença naquela feita na verdade jogou luz sobre a BIDS e os diversos projetos das fffaa's, inclusive da MB, carente de tais parcerias.
Agora é ver como MD e ffaa's tratam as chances e oportunidades de novos negócios buscando produtos e soluções aos nossos problemas. A indústria naval com certeza também tem muito a ganhar com tais novas parcerias. E construir navios é algo que precisamos muito, e para ontem, e em grandes quantidades. Tudo o que a BIDS nacional mais depende para poder sobreviver aqui, e concorrer à altura no mundo lá fora.
Nós temos as repostas aqui mesmo para nossos problemas na defesa. E não precisamos achá-las em outros lugares. É só questão de abrir os olhos. E tirar o rabo de entre as pernas.