Fórum Defesa Brasil

Enviado em 15/03/2013 as 18:40
Caros amigos do Poder Aéreo, boa noite

Como vocês sabem, visito regularmente este site e, sempre que possível, registro algumas informações que possam sanar as dúvidas dos leitores.

Sobre o KC-X2, gostaria de esclarecer:
- o número do projeto (2) não significa que outro processo de licitação foi feito anteriormente e “não deu certo”, como está na Nota do Editor. O Programa KC-X existiu, tendo dado origem ao desenvolvimento do KC-390. É um outro projeto, com diferentes requisitos.
- O KC-X2 prevê a aquisição de 2 aeronaves, mas com opção de uma terceira. Esta opção será estudada a partir da semana que vem, quando começaremos a negociar o contrato.
- As aeronaves B-767-300ER a serem adquiridas usadas não poderão ter mais de dez anos de construídas, cinco mil ciclos, inexistência de acidentes, zero danos estruturais etc. Apesar de usadas, os requisitos nos trarão aeronaves pouquíssimo usadas. Há diversos requisitos técnicos e logísticos que nos garantem um bom produto.
- o custo X benefício desta solução é muito bom, vis-à-vis a missão que a FAB cumprirá.
- As aeronaves terão 3 pontos para reabastecimento hose and drogue (ou probe and drogue): um em cada asa, e uma FRU (Fuselage Refuelling Unit), para que eles possam reabastecer os KC-390, no futuro.
- As aeronaves receberão novo sistema aviônico, porta de carga, reforço de piso e atualização logística completa.
- Não é justa nem verdadeira a insinuação de que a decisão servirá para beneficiar a TAM.
- a IAI tem muita experiência neste tipo de conversão, como comprovamos ao voar a aeronave da Força Aérea da Colômbia.
Dentro do acordo de Offset, a segunda aeronave será convertida no Brasil, e mais 15 kits de conversão serão fornecidos pela indústria brasileira à IAI, para serem usadas para outros clientes.
- A aquisição de mais aviões, neste momento, não é necessária. Sugiro aos leitores acompanharem o desenvolvimento do KC-46.

Espero que tenha contribuído com estas informações.

Um abraço

Brig Baptista Junior – Presidente da COPAC

Justin Case escreveu:Enviado em 15/03/2013 as 18:40
Caros amigos do Poder Aéreo, boa noite

Como vocês sabem, visito regularmente este site e, sempre que possível, registro algumas informações que possam sanar as dúvidas dos leitores.

Sobre o KC-X2, gostaria de esclarecer:

...

- A aquisição de mais aviões, neste momento, não é necessária. Sugiro aos leitores acompanharem o desenvolvimento do KC-46.

Espero que tenha contribuído com estas informações.

Um abraço

Brig Baptista Junior – Presidente da COPAC

Olinda escreveu:Os aviões 767-300 que serão convertidos serão selecionados pela FAB?

Dieneces escreveu:Carvalho , o KC-767 só tem vantagens numa possível conversão para passageiros/VIP e/ou para traslados a longa distância de emergência . Dois aparelhos bastam . Talvez três . De resto , 28 KC-390 , ou mais , rapidamente conversíveis de Carga para evacuação aeromédica , transporte de paraquedistas , soldados , índios ou flagelados e para Cisterna , possuem muito melhor custo-benefício. Quanto a longas distâncias é só utilizar mais aviões , abastecendo uns aos outros até chegar nos caças , se for o caso . Sem falar que serão feitos aqui . Vantagens mesmo teríamos de comprássemos uns 4 C-17 . Aí sim teríamos um real complemento aos KC-390 .

Justin Case escreveu:Amigos, boa noite.
O Pres. da COPAC postou no PA um esclarecimento sobre o Programa:
http://www.aereo.jor.br/2013/03/14/boei ... ue-da-fab/

Enviado em 15/03/2013 as 18:40
Caros amigos do Poder Aéreo, boa noite
Como vocês sabem, visito regularmente este site e, sempre que possível, registro algumas informações que possam sanar as dúvidas dos leitores.
Sobre o KC-X2, gostaria de esclarecer:
- O KC-X2 prevê a aquisição de 2 aeronaves, mas com opção de uma terceira. Esta opção será estudada a partir da semana que vem, quando começaremos a negociar o contrato.
Três aeronaves já eram esperadas, visto que a atual organização da FAB não dispõe de maiores necessidades para ser atendida. No entanto, podemos observar como será esta mesma situação para as próximas duas décadas, onde se supõe que, na teoria, esta mesma estrutura seja reorganizada e até mesmo expandida.
- As aeronaves B-767-300ER a serem adquiridas usadas não poderão ter mais de dez anos de construídas, cinco mil ciclos, inexistência de acidentes, zero danos estruturais etc. Apesar de usadas, os requisitos nos trarão aeronaves pouquíssimo usadas. Há diversos requisitos técnicos e logísticos que nos garantem um bom produto.
Aqui a FAB "vai roer um pupunha" como se diria lá na minha terra. Não existem muitas células de 767-300ER disponíveis para a venda, posto que este é o modelo mais vendido e utilizado dos Boeing 767, e dificilmente a IAI vai encontrar tais células com os requisitos exigidos, e se o fizer, o preço com certeza não será tão bom assim. Eu particularmente não entendo como a FAB espera conseguir aeronaves tão novas e com um número de ciclos tão baixo para um modelo que é dos mais largamente utilizados pelas cias aéreas ao redor do mundo, e que não obstante, ainda é, na prática, o grande concorrente da Boeing para os A330 da Airbus. Se alguém souber de algum, por favor, avise a FAB.
- As aeronaves receberão novo sistema aviônico, porta de carga, reforço de piso e atualização logística completa.
É provável que haja em torno de cinco possibilidades aqui, quanto aos sistemas aviônicos. A primeira e mais óbvia, penso eu, seria a comunalização com os sistemas empregados no KC-390; uma segunda opção é a adoção de sistemas análogos ao dos que hora estão sendo desenvolvidos para o KC-46; a terceira a adoção de uma versão dos sistemas da modernização dos C-95's; a quarta empregar os mesmos sistemas dos C-130's modernizados e por fim, quinto e última opção, escolher-se o desenvolvimento pela AEL de um novo sistema sob as especificações da FAB para estas aeronaves, Todos eles no entanto, irão depender, em termos de definição, das verbas que o CoMaer conseguir para levar a efeito este negócio.
- A aquisição de mais aviões, neste momento, não é necessária. Sugiro aos leitores acompanharem o desenvolvimento do KC-46.
Esta aeronave pode servir como referencia para aplicações e desenvolvimentos tecnológicos futuros de nossa versão, mas não espere-se aquisições do mesmo.
Espero que tenha contribuído com estas informações.
Um abraço
Brig Baptista Junior – Presidente da COPAC

Abraços,
Justin

jumentodonordeste escreveu:Fab não costuma esclarecer, mas quando esclarece.

PQP...É de quebrar as duas pernas.

FCarvalho escreveu:Aqui a FAB "vai roer um pupunha" como se diria lá na minha terra. Não existem muitas células de 767-300ER disponíveis para a venda, posto que este é o modelo mais vendido e utilizado dos Boeing 767, e dificilmente a IAI vai encontrar tais células com os requisitos exigidos, e se o fizer, o preço com certeza não será tão bom assim. Eu particularmente não entendo como a FAB espera conseguir aeronaves tão novas e com um número de ciclos tão baixo para um modelo que é dos mais largamente utilizados pelas cias aéreas ao redor do mundo, e que não obstante, ainda é, na prática, o grande concorrente da Boeing para os A330 da Airbus. Se alguém souber de algum, por favor, avise a FAB.

FCarvalho escreveu:Esta aeronave pode servir como referencia para aplicações e desenvolvimentos tecnológicos futuros de nossa versão, mas não espere-se aquisições do mesmo.

sapao escreveu:

FCarvalho escreveu:Aqui a FAB "vai roer um pupunha" como se diria lá na minha terra...

FC,
ai que está o X da questão: encontrar celulas neste estado NÃO é problema da FAB e sim da contratada, caso o contrato seja assinado nestes termos.
A FAB estipula os requisitos e paga para te-los, quem recebe deve entrega-los. Se a IAI falou que faz, e tem intenção de assinar isso, eu acho que é porque eles certamente já tem algo em mente. Que salvo engano já entregaram para a Colombia, diga-se de passagem.
Sapão, em se tratando de israelenses, com certeza eles já tem algo em vista. Mas como disse, quero ver primeiro, para depois crer, pois a versão oferecida por eles não é das mais dispensáveis pelas aéreas por ai. Mas se eles dizem que entregam...
Outra coisa, o da COlombia são -200, bem mais fáceis de se encontrar. Mas é bem capaz deles terem um "estoque" de Boeing guardados no lojinha para quaisquer ocasiões...
Mas por enquanto estou que nem São Tomé.

FCarvalho escreveu:Esta aeronave pode servir como referencia para aplicações e desenvolvimentos tecnológicos futuros de nossa versão, mas não espere-se aquisições do mesmo.

Pelo Brasil ou pelos USA?

Penguin escreveu:Apenas para se comparar a ordem de grandeza dos preços, os A330MMRT custaram a RAAF USD300mi/und em 2004. Os novos reabastecedores da FAB custarão USD80mi/und hoje.

FCarvalho escreveu:

Penguin escreveu:Apenas para se comparar a ordem de grandeza dos preços, os A330MMRT custaram a RAAF USD300mi/und em 2004. Os novos reabastecedores da FAB custarão USD80mi/und hoje.

Penguin, esses 80 milhões refere-se a eles totalmente operacionais, ou preço de compra para adaptação a missão?

abs

alcmartin escreveu:

Olinda escreveu:Os aviões 767-300 que serão convertidos serão selecionados pela FAB?

Olinda, boa noite.
Acho que "premiado" caberia melhor que selecionado... porque todos modelos, tanto 767, quanto A330, que em tem em bom estado nao devolve. Os mais bagacados e' que vao para a xepa...
Aqui no Brasil, p.ex., uma cia aerea QUERIA parar seus chamados caveiroes, mas os novos donos nao so' nao deixaram, como vao mandar mais. E levar A330 para la'...
Abs.