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Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Dom Jan 03, 2010 12:41 pm
por Francoorp
Walterciclone escreveu:
É melhor treinar primeiro com Burkina Faso.

Mas aproveitando a penetração grande que nós tínhamos na década de oitenta com o Bourtese, que era o ditador com maior resistência ao tabaco que a raça humana já viu nascer, não seria de má idéia mandar um grupo de peritos forenses em apoio a investigação. principalmente para esclarecer e incriminar os culpados pelos estupros coletivos que foram relatados.

Recordando sempre que a tática do estupro coletivo é velha quanto a própria guerra. Esta tática há como objetivo o abatimento da moral do inimigo, foi muito usada nas guerras do século XX, e em especial no Vietnam, guerra na qual pouquíssimos(ou nenhum??) oficiais foram à corte marcial por tolerar este comportamento dos próprios comandados.

Um dos pontos principais é que nasçam crianças misturadas nos vilarejos inimigos. Uma vez que tais crianças venham ao mundo, o inimigo debaterá entre si sobre o que fazer com estes bastardos filhos do INIMIGO, aumentando assim a discórdia entre os próprios irmãos de pátria, e tendo ainda possibilidades de violências "domesticas" entre os próprios compatriotas, reduzindo assim a concentração contra o inimigo comum, o invasor, e talvez até simpatizando com ele, pois se tem violência interna uma nova pergunta nasce espontânea.... Mas no fim das contas quem é o inimigo????

Assim reduzindo a vontade coletiva de combater do povo , sendo que ele, o inimigo tem filhos entre nós, e assim pode se transformar em um amigo, em um membro de nossa familia, em um nosso compatriota... Além obviamente dos distúrbios recados às mulheres do vilarejo, pois são as mulheres que mantém o " Barraco em pé" , sendo assim que discussões e hiper-sensibilidade feminina bloqueiam quaisquer possibilidade de dialogo e compreensão mútua entre os combatentes, aumentando mais uma vez o nível da distração e de stress entre os compatriotas, pois agora devem combater dois inimigos, um dos quais interno!!

Sei que para alguns é somente um crime hediondo, mas em termos militares, a guerra é cruel!!!

Certo não creio seja o caso dos estupres coletivos no Suriname, mas o estupro coletivo é sempre uma tática de combate, desde o inicio dos tempos, se foi usada, è porque somos considerados "O Inimigo" por alguns. Devemos investigar bem estes estupres, pois podem dizer muito sobre a verdade da situação de nossos irmãos brasileiros no país vizinho.

Muitas vezes é a coisa mais obvia que ninguém vê... somos o inimigo??? e se sim, porque somos este inimigo, se não atacamos ninguém?

ABçs. 8-]

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Dom Jan 03, 2010 12:50 pm
por Sterrius
Eu até concordo com um ajudinha financeira pra quem ta voltando do suriname. Ja que obviamente perderam tudo e da pra classificar quem volto como vitima de desastre. (Não é desastre natural mas se faz vista grossa :mrgreen: )

Agora ajudar quem resolver arriscar a sorte la em suriname, sendo que muitos estão ilegais é mecher no que não deve. Esse tipo de precedente nao pode ser criado ou todo brasileiro que sair do país vai querer dinheiro quando for assaltado ou lhe acontecer algo grave.

A "ajudinha financeira" iria variar de acordo com o que eles tinham la em albina! Logo nao seria muito.

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Dom Jan 03, 2010 8:28 pm
por Marino
Suriname: brasileiros são hostilizados na região de Albina

A ordem de retorno do clima de normalidade, determinada pelo governo do Suriname, ainda não foi seguida na região de Albina (localizada a 150 km de Paramaribo, capital do país), onde houve o ataque a brasileiros na véspera do Natal. Os poucos brasileiros que circulam na cidade são hostilizados. A recomendação dos policiais é para que evitem o local.

As imagens do local ainda são desoladoras: construções incendiadas e lojas fechadas. Desde o conflito do último dia 24, quando "marrons" (como são chamados os quilombolas no país) atacaram brasileiros, chineses e javaneses com agressões físicas, estupros e depredações, os brasileiros foram retirados da região Albina.

A maioria está hospedada em hotéis na capital do Suriname, alguns foram para casa de amigos e um pequeno grupo retornou ao Brasil.

Na capital do Suriname, os brasileiros podem andar pelas ruas e frequentar o comércio, sem restrições nem agressões verbais. Porém, os que viviam em Albina querem retornar para a cidade e manter as atividades que desempenhavam basicamente exploração de garimpo e comércio.

Em conversas com diplomatas, o grupo que está hospedado em Paramaribo demonstrou interesse em permanecer no Suriname. O objetivo dos homens e mulheres é economizar dinheiro, a partir da exploração do garimpo, para só depois retornar ao Brasil.

Paralelamente o governo brasileiro vai definir até o final desta semana se haverá envio de ajuda financeira aos brasileiros, que foram retirados da região de Albina, e a possibilidade de reencaminhá-los para a área com apoio logístico e de segurança.

Os brasileiros que retornaram ao Brasil receberam US$ 100 e uma muda de roupa. De acordo com diplomatas, as despesas com dinheiro e roupas estão incluídas na assistência consular. Os gastos de hospedagem, alimentação e vestimentas, além de hospital e medicamentos, são custeados pelo governo brasileiro. No total cerca de US$ 40 mil foram gastos.

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Seg Jan 04, 2010 10:08 am
por Hader
Quem conhece o Suriname sabe que aquilo lá é um faroeste caboclo digno de filme B chinês. O Brasil deveria é usar a boa e velha técnica da mão amiga, que te abraça e põe no bolso. Montar uma equipe diplomática e empresarial, com uma boa grana para "investir", e chegar fazendo o povo mameluco sorrir... Antes que a China acabe de fazer o que já começou.

Please to meet you. Hope you guess my name...

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Ter Jan 05, 2010 9:07 am
por WalterGaudério
Eu acho que vai haver uma revanche. Em Macapá estão tentando formar uma milícia..., para seguir para o Suriname. O que me preocupa no Suriname é que todos os ingredientes para um afeganistanização estão presentes. Tráfico de drogas, governo falido e incapaz de controlar grandes fatias de território, população a mercê da própria sorte em meio a miséria e o caos, e forças de segurança que não tem muita autoridade fora da capital. Inclusive existe por lá um território já totalmente sem lei que é objeto de disputa entre Suriname e Guiana conhecido como Traingulo New River, junto a fronteira com o Brasil. pelo fato de estar em litígio entre Guiana e Suriname nenhum dos dois pode policiar esta área..., que já é ocupada por marginais Russos e Chineses, sem falar do pessoal das FARC quem vão fazer sua logística por lá.

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Ter Jan 05, 2010 10:26 am
por Túlio
Walterciclone escreveu:Eu acho que vai haver uma revanche. Em Macapá estão tentando formar uma milícia..., para seguir para o Suriname.

PUTZ! Lembram do Acre?

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Ter Jan 05, 2010 10:50 am
por WalterGaudério
Túlio escreveu:
Walterciclone escreveu:Eu acho que vai haver uma revanche. Em Macapá estão tentando formar uma milícia..., para seguir para o Suriname.

PUTZ! Lembram do Acre?
Os grande problemas começam qdo. não se resolvem os pequenos...

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Ter Jan 05, 2010 11:47 am
por FOXTROT
O Brasil precisa tomar uma atitude antes que as coisas piorem, não será nada bom para nossa imagem, milícias formadas por brasileiros atuando no Suriname.

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Ter Jan 05, 2010 4:42 pm
por EDSON
Eu apoio!!! Principio de legitima defesa e sobrevivência.

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Ter Jan 05, 2010 4:49 pm
por jumentodonordeste
EDSON escreveu:Eu apoio!!! Principio de legitima defesa e sobrevivência.
Apoia porque eles são Brasileiros, se fosse uma milícia de marrons no brasil ?
Se isso acontecesse no Brasil, se esses garimpos fossem aqui ? se esse problema estivesse invertido ?

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Ter Jan 05, 2010 5:01 pm
por WalterGaudério
Túlio escreveu:
Walterciclone escreveu:Eu acho que vai haver uma revanche. Em Macapá estão tentando formar uma milícia..., para seguir para o Suriname.

PUTZ! Lembram do Acre?
Caboclo amazônico é meio vingativo. É de esperar que mais dia , menos dia, aconteça um acerto de contas...

E vcs já sabem como se faz isso por lá...

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Ter Jan 05, 2010 5:02 pm
por U-27
jumentodonordeste escreveu:
EDSON escreveu:Eu apoio!!! Principio de legitima defesa e sobrevivência.
Apoia porque eles são Brasileiros, se fosse uma milícia de marrons no brasil ?
Se isso acontecesse no Brasil, se esses garimpos fossem aqui ? se esse problema estivesse invertido ?

isso é problema dos surinameses

nos temos que ver nosso lado, eles que vejam os deles

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Ter Jan 05, 2010 6:02 pm
por FOXTROT
Do site o forte

Ataque no Suriname: brasileiros se armam

Primeiro, veio a notícia de que 600 “morenos” estavam subindo o rio Maroni para repetir no garimpo de Benzdorp o massacre contra brasileiros em Albina, na véspera do Natal.

Depois, chegou a informação de que dez ou 15 canoas estavam a caminho, com surinameses armados. Até agora, nada.

Mas foi o suficiente para levar medo à comunidade de 2.500 brasileiros que fazem de Benzdorp uma cidade verde-amarela a 500 km da capital do Suriname, Paramaribo.

Na dúvida, garimpeiros e ribeirinhos brasileiros passaram o fim de 2009 se armando para um ataque. “Se eles vierem, é na boca da 12“, diz Ricardo Ferreira, dono de uma espingarda calibre 12 de repetição, com capacidade para seis cartuchos. “Em Albina, pouca gente tinha arma. Aqui é diferente”, afirma.

As armas são apropriadas para o ambiente no meio da floresta amazônica, cujo acesso é apenas por canoa ou avião. São para caçar macaco, anta, capivara e cotia. Mas podem ter outra função em tempos de conflito. “A arma serve para tudo”, diz, em termos ameaçadores, Reginaldo, 30, conhecido como “Mau Elemento”. “Aqui, quem tem arma não fala, e quem não tem fala que tem”, diz seu irmão Raimundo Froes Filho, 38.

Em Benzdorp, brasileiros e “morenos” vivem juntos há décadas, com episódios de violência esporádicos -um assalto, uma briga de bar. A sensação é a de que o tempo não superou a desconfiança mútua.

Os garimpeiros começaram a chegar no final dos anos 80. Encontraram descendentes de escravos africanos já estabelecidos em pequenas roças e garimpos, os maroons -para os brasileiros, “morenos”.

As duas comunidades se misturam em vilarejos e trabalham juntas em alguns garimpos. Mas em Albina, lembram os moradores, sempre houve paz.

“A relação com os “morenos” hoje é tranquila, mas num momento isso pode mudar”, diz o pastor Osmar Abimael, líder local da igreja evangélica brasileira Assembleia de Deus.

Metralhadoras e fuzis
Entre o Natal e o Ano Novo, alguns brasileiros se cotizaram para contratar seis policiais do Suriname como seguranças. Por sete dias, homens vestindo coletes da polícia desfilaram com metralhadoras e fuzis.

Um deles, que se identificou apenas como Mike, disse que a polícia não dá conta de proteger a região. “Somos nove policias apenas. Já pedimos reforço, mas nunca chegou”, diz.

O problema é o que acontecerá quando forem embora. “Depois de 2 de janeiro [ontem], quem vai nos proteger?”, diz Maria Oseni, dona de mercado.

Foi ela quem recebeu uma chamada por rádio na véspera de Natal, alertando para o que estava acontecendo em Albina, a um dia de canoa motorizada, no mesmo rio Maroni. Algumas pessoas fugiram para o mato. Outras se trancaram em casa.

Como nada aconteceu, o tamanho real da ameaça passou a ser assunto nas mesas dos botecos de Benzdorp. “Existem quatro ou cinco barreiras policiais no rio. Não existe possibilidade de montarem um ataque contra nós sem sabermos com antecedência“, diz o comerciante Deusdeth Gomes.

Ao longo do rio, dezenas de pequenas comunidades de “morenos” vivem do garimpo, agricultura ou criação de gado. São do mesmo grupo étnico dos de Albina e falam a mesma língua, o tak-tak. Pelo menos nos locais que a Folha visitou, não se percebe nenhuma agressividade.

“Somos diferentes dos que vivem em Albina. Somos amigos dos brasileiros”, diz Jerry Vandriesa, 31, que fala português fluente após ter trabalhado 11 anos com brasileiros.

Ali perto, o garimpeiro Roberto Komse, 30, aproveitava o feriado de 1º de janeiro descansando com quatro amigos “morenos”, ouvindo reggae e fumando maconha.

Não parecia prestes a deflagrar um ataque. “Aqui os “morenos” trabalham e só pensam em ouro. A gente não tem tempo de brigar”, afirma.

Para brasileiros traumatizados, porém, só a garantia verbal não basta. “Estou com muito, muito medo”, diz Maria Oseni.

FONTE/FOTO: Folha de São Paulo/A Vignola

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Ter Jan 05, 2010 6:07 pm
por jumentodonordeste
Difícil falar assim e abandonar a razão, ação diplomática e todos os impactos que essas ações teriam na imagem do país.
No âmbito das relações exteriores, aquele que deixa o bom senso, atropela a própria nação e mata seus interesses, já dizia o "velho".

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Dom Jan 10, 2010 11:08 am
por Edu Lopes
Brasileiros são problema em seis países vizinhos

FABIANO MAISONNAVE
da Folha de S. Paulo, em Caracas


Em 6 de dezembro, 18 dias antes do violento ataque contra brasileiros no Suriname, um avião da FAB aterrissou na remota cidade colombiana de Inirida. A missão: repatriar dezenas de garimpeiros e familiares que fugiram pela selva após uma operação na Venezuela contra imigrantes ilegais.

Naquele dia, 32 brasileiros embarcaram para Boa Vista (RR) e Manaus. Outros 24, detidos na Venezuela nos dias 29 e 30 de novembro, seriam expulsos mais tarde. Mais 75 que escaparam seriam cadastrados pelo serviço consular brasileiro na Colômbia.

Somados aos dez que abandonaram a Venezuela voluntariamente, 141 garimpeiros e familiares deixaram o país de Hugo Chávez após a batida dos serviços de imigração, uma das maiores realizadas contra brasileiros nos últimos anos no país. Do Suriname, semanas mais tarde, voltaram 37.

Limítrofe com dez países, o Brasil é o terceiro Estado com mais fronteiras no mundo, atrás apenas de Rússia e China. Em quase todos, há comunidades brasileiras significativas -o Itamaraty estima que 500 mil brasileiros vivem nos vizinhos.

Desses, seis preocupam mais: os brasileiros têm grande envolvimento com garimpo em quatro (Guiana Francesa [França], Suriname, Guiana e Venezuela), e em dois estão em meio a problemas complexos ligados à terra (Bolívia e Paraguai). No Peru e na Colômbia, há casos esporádicos e em menor escala com exploração de madeira e garimpo, enquanto no Uruguai e na Argentina praticamente não há problemas.

"Muitos dos brasileiros que se encontram nos países vizinhos, especialmente em regiões próximas às fronteiras, fazem parte de desdobramentos de frentes de expansão (mineração, agrícola) do passado (Marcha para o Oeste e expansão capitalista na Amazônia) e do presente (soja) em território brasileiro", afirma o sociólogo José Lindomar Albuquerque, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

"As frentes de expansão no Brasil são lugares singulares de conflitos. Quando essas frentes ultrapassam os limites políticos do Brasil, reproduzem vários desses conflitos, acrescidos de lutas e reações nacionais difíceis de serem entendidas pelos brasileiros", conclui.

Para o Itamaraty, as comunidades brasileiras em países vizinhos atravessam uma situação considerada estável com relação ao aumento populacional e a tensões com governos locais, apesar dos episódios no Suriname e na Venezuela.

"Os nossos imigrantes são trabalhadores, 99% são honestos e vivem tranquilos e integrados", disse, por telefone, a embaixadora Mitzi Valente da Costa, subsecretária interina das Comunidades Brasileiras. "O Suriname foi um incidente isolado, e não foram só brasileiros vítimas dessa noite de violência, foram os residentes daquela cidade [Albina]. Mas não há nenhum contexto de xenofobia ou racismo específico contra o Brasil."

De acordo com Costa, as principais preocupações do Itamaraty atualmente são a Bolívia e o Paraguai -este abriga a maior comunidade brasileira em países da América do Sul. Ali, os chamados brasiguaios têm problemas recorrentes ligados a disputas fundiárias.

Costa descarta que os problemas na Bolívia e no Paraguai estejam ligados ao tom nacionalista dos presidentes Evo Morales e Fernando Lugo.

"De um modo geral, não há essa percepção de que estamos tentando anexar a Bolívia ou o Paraguai. Boa parte dessas comunidades é de filhos com dupla nacionalidade. Trata-se de um discurso que não é sentido no local e não nos preocupa."

Segundo Albuquerque, há um "duplo discurso" sobre os brasileiros: "Para os setores críticos, geralmente marginalizados (indígenas, camponeses, maroons), a presença brasileira representa mais uma forma de dominação de espaços vitais de sobrevivência".

"Para os setores dominantes desses países e que mantêm interesses com o desenvolvimento econômico dessas regiões, são vistos como trabalhadores que estão trazendo a modernização econômica para esses espaços periféricos. Somente podemos entender o caso recente da agressão a brasileiros no Suriname se compreendermos o lugar dos maroons na história."


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 7060.shtml